Você está na página 1de 36

UNIVERSIDADE ZAMBEZE

FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA

CURSO DE ENGENHARIA MECATRÓNICA - 4° ANO LABORAL

PROJECTO MECATRÓNICO

ACCIONAMENTO AUTOMATIZADO DE TAMBOR DE CORTE DE REBARBA DE


PEÇAS ESTAMPADAS: CÁLCULO PRÁTICO DA TRANSMISSÃO

DISCENTE:

SAUÉ, ATANÁSIO FELIX TRAQUINHO

DOCENTE:

ENG. JACINTO LAQUENE

BEIRA, AGOSTO DE 2019


ÍNDICE
ÍNDICE DE TABELAS ................................................................................................................ 3

LISTA DE SÍMBOLOS................................................................................................................ 4

ENUNCIADO DA TAREFA TÉCNICA .................................................................................... 5

1. INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 6

2. OBJECTIVOS ................................................................................................................ 6

2.1. Objectivo Geral............................................................................................................. 6

2.2. Objectivo Específico..................................................................................................... 6

3. CÁLCULO DA TRANSMISSÃO POR CORREIA ................................................... 7

3.1. CORREIA TRAPEZOIDAL ........................................................................................ 8

3.1.1. Cálculo da potência de serviço ................................................................................. 8

3.1.2. Determinação da velocidade da correia .................................................................... 9

3.1.3. Determinação do diâmetro da polia maior ................................................................ 9

3.1.4. Determinação da distãncia interaxial ........................................................................ 9

3.1.5. Determinação do comprimento da correia .............................................................. 10

3.1.6. Determinação da frequência de passagem .............................................................. 10

3.1.7. Determinação do ângulo de abraçamento ............................................................... 11

3.1.8. Determinação da distância interaxial corrigida....................................................... 11

3.1.9. Determinação da força de tensão inicial na correia ................................................ 11

3.1.10. Cálculo da potência transmissível por cada correia ................................................ 12

3.1.11. Determinação da força sobre os veios .................................................................... 13

3.1.12. Determinação da longevidade das correias ............................................................. 14

3.2. CÁLCULO E ESCOLHA DAS POLIAS .................................................................. 14

3.2.1. Materiais de Fabricação da polia ............................................................................ 15

3.2.2. Parâmetros geométricos .......................................................................................... 15

1
4. CÁLCULO DO PROJECTO DE ENGRENAGEM ................................................. 16

4.1. CÁLCULO PROJECTIVO DE ENGRENAGENS CILÍNDRICAS DE DENTES


HELICOIDAIS.......................................................................................................................... 16

4.1.1. Escolha dos materiais e tratamento térmico para as rodas dentadas ....................... 16

4.1.2. Determinação das tensões admissíveis ao contacto ................................................ 17

4.1.3. Determinação do coeficiente de longevidade ......................................................... 17

4.1.4. Determinação do diâmetro do círculo primitivo do pinhão .................................... 20

4.1.5. Determinação dos módulos normal e tangencial .................................................... 21

4.1.6. Determinação do ângulo de inclinação dos dentes ................................................. 21

4.1.7. Determinação do número de dentes do pinhão ....................................................... 22

4.1.8. Determinação do número de dentes do pinhão ....................................................... 22

4.1.9. Cálculo das tensões admissíveis à flexão................................................................ 24

4.1.10. Cálculo testador à fadiga por contacto .................................................................... 26

4.1.11. Cálculo testador à fadiga por tensões de flexão ...................................................... 28

4.1.12. Cálculo de resistência ao contacto sob acção da carga máxima ............................. 30

4.1.13. Cálculo dos parâmetros geométricos da transmissão.............................................. 31

4.1.14. Calculo das forças da transmissão .......................................................................... 32

CONCLUSÃO ...................................................................................................................... 34

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................................. 35

2
ÍNDICE DE TABELAS
Tabela 1 - Materiais das rodas dentadas ....................................................................................... 16
Tabela 2 - Parâmetros da transmissão por engrenagens cilíndricas de dentes helicoidais ........... 33
Tabela 3 – Resultados dos calculus testadores ............................................................................. 33

3
LISTA DE SÍMBOLOS
Diâmetro da polia motriz;

Diâmetro da polia movida;

Distancia interaxial.

é o coeficiente do ângulo de abraçamento;

é coeficiente da relação de transmissão ;

é o coeficiente de regime de carga;

é o coeficiente de comprimento da correia;

é a densidade do material da correia;

é a área da secção transversal da correia;

Coeficiente de regime de carregamento;

Coeficiente que considera as condições climatéricas;

Longevidade média das correias;

Coeficiente de utilização durante o dia;

Coeficiente de utilização durante o ano;

Número de anos de trabalho da máquina;

coeficiente que toma em conta as dimensões da roda.

coeficiente de segurança.

limite de fadiga por contacto das superfícies dos dentes

é o limite de fadiga por contacto correspondente ao número básico de ciclos de


variação de tensões;

é o coeficiente de longevidade.
4
ENUNCIADO DA TAREFA TÉCNICA

Figura 1 – Esquema cinemático do accionamento de tambor de corte de rebarbas de pecas estampadas

Legenda:

1. Motor Eléctrico
2. Transmissão por correia trapezoidal;
3. Redutor com engrenagens cilíndricas helicoidais;
4. União de cadeia;
5. Tambor para tirar rebarbas.

5
1. INTRODUÇÃO

O presente trabalho dedica-se ao desenvolvimento do Segundo e Terceiro Capitulo do projecto


de accionamento automatizado de tambor de corte de rebarba de peças estampadas, onde faz-se o
cálculo prático da transmissão por correia e cálculo do projecto de engrenagens.

No calculo prático da transmissão por correia determina-se o parâmetros básicos de transmissão


por correia tendo como dado de partida a relação da transmissão e a potencia a ser transmitida.

Já no cálculo do projecto de engrenagens faz-se a escolha de materiais das engrenagens e logo


depois determina-se a dimensão do conjunto, nesse caso a roda dentada maior e menor. Todo o
cálculo é feito de modo que a transmissão ocorra sem interferência ou outro tipo de
funcionamento anormal.

2. OBJECTIVOS

2.1.Objectivo Geral

 Determinar os principais parâmetros transmissão por correia e engrenagens.

2.2.Objectivo Específico

 Escolha do tipo de correia e material


 Escolha do material das polias
 Calculo de dimensões das polias

 Escolha dos materiais e tratamento térmico para as rodas


 Determinação do ângulo de inclinação dos dentes
 Realizar cálculos testadores
 Cálculo dos parâmetros geométricos das engrenagens

6
3. CÁLCULO DA TRANSMISSÃO POR CORREIA

As transmissões por correia pertencem ao grupo de transmissões por meio do atrito (há uma
excepção). Nas transmissões por correia o movimento do elemento motor é transmitido ao
elemento movido por intermédio de um elemento flexível chamado "correia". As transmissões
por correia podem ser utilizadas quando os eixos dos elementos motores e movido estão a uma
distância tal que o contacto directo entre estes é impossível. Estes elementos são abraçados pela
correia, possibilitando a obtenção de uma transmissão com grandes distâncias interaxiais.

Os principais componentes da transmissão por correias são:

 Polia motriz – órgão que cede energia à correia;


 Polia movida – órgão receptor da energia mecânica da correia;
 Correia – elemento flexível que une as polia e transmite o movimento entre elas.

As correias podem ser feitas de tela cauchutado e tecido de nylon. Já o conjunto de polias
geralmente é fabricado de ferro fundido.

Figura 2 - Principais elementos da transmissão por correia

Legenda

Polia motriz;

7
Polia motora;

Correia;

Diâmetro da polia motriz;

Diâmetro da polia movida;

Distancia interaxial.

3.1. CORREIA TRAPEZOIDAL

As correias trapezoidais são as mais comuns na construção de accionamentos contemporâneos.


Nestas correias, a secção transversal tem a forma de cunha que se encaixa no gorne da polia. A
transmissão pode ter uma ou várias correias. O uso de várias correias finas em vez de uma
correia grossa permite reduzir as tensões de flexão.

3.1.1. Cálculo da potência de serviço


Dados inicias:

A potência de serviço é dada pela seguinte fórmula de [2]:

Escolhe-se um factor de serviço de 1,6 para uma máquina com tempo de funcionamento de 16 a
24h por dia.

Substituindo os dados na equação (1), tem-se:

8
Com o resultado encontrado escolhe da Figura 1.14 de [2] uma correia de secção A.

Para correia de secção A na Tabela A2 de [1] obtém-se:

Opta-se por um diâmetro da polia menor (Serie normal R40) .

3.1.2. Determinação da velocidade da correia

[ ]

Substituindo os dados na formula (2), tem-se:

A velocidade calculada esta dentro do intervalo de valores admissíveis.

3.1.3. Determinação do diâmetro da polia maior

Substituindo os dados na formula (3), tem-se:

3.1.4. Determinação da distãncia interaxial


Segundo [1], para relação de transmissão 5 a distância de interaxial é dado pela seguinte fórmula:

9
Substituindo os valores na equação (4):

3.1.5. Determinação do comprimento da correia


O comprimento da correia calcula pela seguinte fórmula de [1]:

( )

Assim tem-se:

( )

O valor normalizado mais próximo do valor calculado é . Escolhe –se


.

3.1.6. Determinação da frequência de passagem


A frequência de passagens é determinada como:

Com isso tem-se:

10
3.1.7. Determinação do ângulo de abraçamento

( )

Substituindo os valores na formula (7), obtém-se:

( )

Este valor não esta abaixo do valor mínimo admissível para correias trapezoidais e
por isso não é preciso alterar a distância interaxial ou usar um dispositivo tensor/divisor.

3.1.8. Determinação da distância interaxial corrigida


A distância interaxial corrigida é:

[ √ ]

[ √ ]

3.1.9. Determinação da força de tensão inicial na correia


A força de tensão em cada correia é dada pela formula:

Onde:

é o coeficiente do ângulo de abraçamento;

11
é coeficiente da relação de transmissão ;

é o coeficiente de regime de carga;

é o coeficiente de comprimento da correia;

Onde o é dado pela formula:

é a densidade do material da correia que é 1250 kg/m3

é a área da secção transversal da correia que é tirado da tabela A2 de [1];

Substituindo os dados na formula (10), tem-se:

3.1.10. Cálculo da potência transmissível por cada correia


A potência transmissível por cada correia é calculada pela fórmula seguinte:

De [1] obtém-se os seguintes valores de coeficiente de correcção:

12
Substituindo os respectivos valores na fórmula (11):

Considerando que se obterá um número de correia inferior a 6 (i.e. ), o número de


correia para transmitir a potencia total será dado pela fórmula (12) de [1]:

Para melhorar as condições de funcionamento em segurança toma-se .

Substituindo os valores na formula (9) para determinar a força de tensão inicial em cada correia:

3.1.11. Determinação da força sobre os veios

Para Z correias multiplica-se a força cada correia por Z:

( )

Quando a transmissão funciona a :

13
( )

Confirma-se que a força centrífuga é pequena

3.1.12. Determinação da longevidade das correias


A vida útil da correia é calculada para regime de exploração médio pela seguinte formula de [1]:

Onde:

Coeficiente de regime de carregamento, toma-se ;

Coeficiente que considera as condições climatéricas, toma-se ;

Longevidade média das correias, toma-se .

Pela formula (16) ,tem-se:

3.2.CÁLCULO E ESCOLHA DAS POLIAS

Para o cálculo dos parâmetros geométricos das polias, tomam-se os seguintes dados de partida:

14
Figura 3 - Representação dos parâmetros da polia

3.2.1. Materiais de Fabricação da polia


As polias são normalmente fabricadas com materiais ferrosos como ferro fundido ou aço. Para o
presente trabalho usamos o ferro fundido.

3.2.2. Parâmetros geométricos


Para os parâmetros geométricos das polias, tomam-se os seguintes dados:

15
4. CÁLCULO DO PROJECTO DE ENGRENAGEM

Engrenagem é o mecanismo formado por duas rodas dentadas, que é o fenómeno segundo o qual
as saliências dos dentes duma das rodas dentadas se introduzem nas reentrâncias da roda dentada
conjugada, possibilitando a transmissão do movimento; o princípio de funcionamento deste tipo
de transmissão, baseia-se no engrenamento do par de rodas dentadas de tal modo que o
escorregamento seja impossibilitado.

4.1. CÁLCULO PROJECTIVO DE ENGRENAGENS CILÍNDRICAS DE DENTES


HELICOIDAIS

Para início dos cálculos tem-se como dados de partida:

4.1.1. Escolha dos materiais e tratamento térmico para as rodas dentadas


Da tabela 1 e 2 do [2] escolhe –se o tratamento térmico, o material, , e da roda dentada,
mostradas na tabela seguinte:

Tabela 1 - Materiais das rodas dentadas

Tipo de roda Marca do Dureza,[kgf/mm2] σr(MPa) σe(MPa) Tratamento


aço
Térmico

Pinhão 40X HB (230...260) 834 540 Melhoramento

Roda movida 40 HB (192…228) 687 392 Melhoramento

Foram tomados os seguintes valores de dureza:

Pinhão:

16
Roda movida:

4.1.2. Determinação das tensões admissíveis ao contacto


As tensões admissíveis ao contacto determinam-se pela seguinte fórmula de [3]:

Onde: limite de fadiga por contacto das superfícies dos dentes

Previamente toma-se:

O valor de determina-se pela seguinte fórmula:

Onde:

é o limite de fadiga por contacto correspondente ao número básico de ciclos de


variação de tensões;

é o coeficiente de longevidade.

Pela tabela (5) de [3] determina -se:

4.1.3. Determinação do coeficiente de longevidade


Para determinação dos coeficientes de longevidade procura-se o número básico de ciclos de
variação das tensões pela seguinte fórmula:

17
Determina -se o número equivalente de ciclos de variação das tensões para carga constante pela
fórmula (20) do [3]:

Onde é dado por:

Consideremos que o mecanismo funciona no máximo 16 horas por dia pelas condições do
accionamento.

Coeficiente de utilização do dia toma-se:

Coeficiente de utilização durante o ano é a relação entre o número de dias de trabalho durante o
ano (assume-se 319) pelo número de dias por ano (365).

Substituindo os dados na fórmula (21), tem-se:

Logo pela formula (20):

18
As relações:

Calcula –se o coeficiente de longevidade pela seguinte fórmula:

Para , tem-se:

A seguir determina-se o limite de fadiga por contacto superficial dos dentes que corresponde ao
número equivalente de ciclos de variação das tensões substituindo os valores na fórmula (18):

19
Os coeficientes de segurança usados para determinação das tensões admissíveis serão
para melhoramento.

As tensões admissíveis de contacto determinam –se pela formula (17):

Pela fórmula (6) de [3] determina-se as tensões admissíveis. Para engrenagens cilíndricas de
dentes helicoidais:

4.1.4. Determinação do diâmetro do círculo primitivo do pinhão


Pela fórmula (24) do [3] determina-se o valor de orientação do diâmetro do círculo primitivo:

Onde:

da tabela 15 do [3] para dentes helicoidais;

20
Pela tabela (17) do [3];

pela tabela 16 do [3] ( para disposição assimétrica do pinhão relativamente aos


apoios para um veio muito rígido).

Pela formula (24), tem-se:

Normalizado opta-se:

Com isso:

Não normaliza-se o diâmetro da roda maior pois causara uma alteração na relação de
transmissão.

4.1.5. Determinação dos módulos normal e tangencial


Pela tabela 19 do [3] escolhe-se para redutor com veios rígidos.

Então:

normalizado e extraído da tabela 20 do [3] (1a série);

pela recomendação para dentes helicoidais.

4.1.6. Determinação do ângulo de inclinação dos dentes


Pela fórmula (26) do [3] determina-se o ângulo de inclinação dos dentes:

21
O valor do ângulo encontra-se dentro dos limites, isto é no intervalo que varia de a .

4.1.7. Determinação do número de dentes do pinhão


Da formula (26) de [3] determina – se o número de dentes do pinhão:

Tomando-se , calcula-se o ângulo de inclinação dos dentes, usando a fórmula (28) do


[3], onde:

Assim sendo:

4.1.8. Determinação do número de dentes do pinhão

Em seguida calcula-se os diâmetros dos círculos divisores, em mm

22
Logo determina- se a distancia interaxial, em mm.

Recalcula-se a relação de transmissão

Pela fórmula (17) do [3], precisam-se os valores tensões admissíveis ao contacto

Onde:

e (antes determinado).

Toma-se a qualidade das superfícies de trabalho do pinhão e da roda dentada para o grau de
precisão 6 para ( ) e escolhe-se

Calcula-se a velocidade linear no engrenamento pela fórmula (34) do [3] , em. .

Como , então e .

Como então e .

23
Substituindo os respectivos dados na formula (17), tem-se:

Pela fórmula (35) do [3] calcula -se as tensões admissíveis de contacto calculados:

4.1.9. Cálculo das tensões admissíveis à flexão


A tensão de admissão determina-se pela fórmula do [3]:

Onde:

Os valores de determinam-se por:

valor retirado da Tabela (10) do [3] para melhoramento;

O coeficiente para engrenagens com superfície de transição dos pés dos dentes não
rectificada;

24
para rodas dentadas sem endurecimento por deformação ou para tratamento
electroquímico das superfícies de transição;

para transição irreversível;

coeficiente de longevidade que determina-se pela fórmula do [3], onde para


todas marcas de aço.

Para carga constante:

Portanto: e pelo que

Pela formula (37) determina-se :

Determinam-se também os valores das grandezas contidas em na formula (36):

(para rugosidades da superfície de transição com precisão não pior que a da 4a classe);

(extraído da Tabela 8, para );

(Tabela 9);

Portanto pela formula formula (36), tem-se:

25
4.1.10. Cálculo testador à fadiga por contacto
A tensão de fadiga determina-se pela fórmula do [3]:

Escolhem-se os valores das grandezas contidas na fórmula acima:

obtido por interpolação na Tabela 21 do [3], para

extraído da Tabela 21 do [3] para uma conjugação de um par aço/aço;

√ para engrenagens de dentes helicoidais com , onde determina-se pela

fórmula (39) seguinte do [3]:

[ ( )]

[ ( )]

Logo:

A força tangencial específica calculada determina-se pela fórmula abaixo do [3], em :

26
Pela Tabela 23 do [3] escolhe-se o 9° grau de precisão de transmissão, toma-se:

extraído da Tabela 22 do [3].

antes determinado.

O coeficiente calcula-se usando a fórmula abaixo do [3 ]:

calcula-se usando a formula do [3] que é a seguinte:

Onde:

para dentes helicoidais, pela Tabela 22 do [3].

extraído da Tabela 26 do [3] para o 9° grau de precisão.

Substituindo os respectivos valores na formula (42):

Pela fórmula (41), tem-se:

Com isso determina-se pela formula (43):

27
Finalmente determina-se o pela formula (38):

Calculando o a margem do erro:

A resistência as tensões de contacto cumpre-se.

4.1.11. Cálculo testador à fadiga por tensões de flexão


Faz –se o cálculo testador à fadiga por tensões com base na fórmula (44) do [3]:

Para determinação do factor da forma do dente , tem-se:

Para , toma-se pela tabela 27 de [3];

Para , toma-se pela tabela 27 de [3];

28
, para engrenagens com dentes helicoidais;

A força tangencial calcula –se pela formula (48) do [3] :

Onde:

determina-se pela fórmula (49) do [3]:

Escolhe pela tabela (16) de [3];

O coeficiente determina-se pela formula seguinte:

Da fórmula (34) de [3] determina-se a força dinâmica tangencial específica:

√ √

Onde:

pela tabela 24 de [3];

pela tabela 24 de [3];

29
Substituindo os dados na formula (50) ,determina –se o valor de :

Substituindo os valores de e pela formula (44) :

Calculando a margem de erro tem-se:

Portanto, a condição de resistência dos dentes à flexão cumpre-se.

4.1.12. Cálculo de resistência ao contacto sob acção da carga máxima

30
Substituindo na fórmula (52):

A condição de resistência ao contacto sob acção da carga máxima cumpre-se.

4.1.13. Cálculo dos parâmetros geométricos da transmissão


Diâmetros primitivos (ou divisores) das rodas dentadas em mm:

Diâmetros exteriores:

Diâmetros interiores:

31
Passo normal da engrenagem:

Passo tangencial da engrenagem:

4.1.14. Calculo das forças da transmissão


Força Tangencial em N:

Força Radial em N:

Força axial:

Os parâmetros da transmissão por engrenagens cilíndricas de dentes helicoidais estão resumidos


na tabela 2 abaixo.

32
Tabela 2 - Parâmetros da transmissão por engrenagens cilíndricas de dentes helicoidais

Parâmetro Valor Parâmetro Valor Parâmetro Valor

Distância interaxial Diâmetro da Diâmetro da


Circunferência circunferência externa:
Módulo 2,5 divisora:
em
Do pinhão 71 Do pinhão
Da roda movida 284 Da roda movida
Largura da coroa Número de dentes: Diâmetro da
dentada circunferência da raiz
em : dos dentes:

Do pinhão 28 Do pinhão 66
Do pinhão 71 Da roda movida 112 Da roda movida
Da roda movida 71
Ângulo de inclinação
dos dentes Tipos de dentes Rectos
𝛽 em

Os resultados dos cálculos testadores das engrenagens cilíndricas de dentes helicoidais estão
resumidos na tabela 3 abaixo.

Tabela 3 – Resultados dos calculus testadores

Parâmetro Valor admissível Valor calculado Margem (%)


Tensão de contácto em 9%

Tensão de flexão, em 77 %
[ 80 %

33
CONCLUSÃO

Feitos todos os cálculos olhando de modo geral cumpriu-se todos os objectivos traçados.

Por esses elementos serem já padronizados houve a necessidade de padronizar os resultados


encontrados e por fim escolher-se valores já tabelados. A padronização foi feita para escolha do
comprimento das correia, diâmetros das polias e para os diâmetros das rodas dentadas.

34
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

[1]- Rui V. Sitoe, Apontamentos da disciplina de órgãos de máquinas II (capítulo Transmissões


por correia), UEM, Maputo 2001-2005, (material não editado);

[2]-FILHO. Marco, Elementos de transmissão flexíveis , Departamento de Engenharia Mecânica


-UFRJ, São Paulo, 2009.

[3] Cálculo de transmissões por engrenagens, I. V. Iatsina, R. V. Sitoe, Departamento de


Engenharia Mecânica da Universidade Eduardo Mondlane, Maputo,1991;

35

Você também pode gostar