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Gêneros poema, reportagem, entrevistas, lendas e questões emergentes no cotidiano escolar ou sobre informações
Produzir argumentações orais e escritas comparando a transcrição de um texto oral com a versão grafada
SEQUÊNCIA DIDÁTICA
A Sequência didática oferece práticas complementares às do material impresso. Cada bimestre será trabalhado três ou quatro sequências didáticas para
abordar os conteúdos propostos, indicando propostas para organização e desenvolvimento das aulas e para distribuição do tempo necessário para a execução das
atividades.
PROJETO INTEGRADOR
Uma das formas mais eficazes de ação interdisciplinar no contexto escolar é a realização de projetos.
Os Projetos integradores consistem no planejamento e na execução de ações que integrem diferentes componentes curriculares e áreas de conhecimento, de
modo aplicado ao contexto dos alunos em suas comunidades. Dessa forma, a aprendizagem se torna vivencial e, por isso, mais significativa, verdadeira e
interessante.
O Projeto integrador objetiva proporcionar a interdisciplinaridade e a contextualização dos assuntos propostos por meio da conexão entre diferentes
disciplinas.
a. Leitura silenciosa
A leitura silenciosa é parte fundamental no processo de compreensão do texto. Para que o processo de leitura silenciosa seja significativo para os alunos, é
importante que o professor explicite quais são os objetivos da leitura a ser realizada. No primeiro contato com o texto, é importante levantar hipóteses a partir
de seu título, bem como de suas imagens, auxiliando na construção da autonomia leitora.
b. Leitura em voz alta
De acordo com os objetivos das atividades das aulas, a leitura em voz alta pode ser trabalhada de duas maneiras: ora deve ser realizada pelo professor, ora
pelos alunos.
A leitura realizada em voz alta pelo professor promove a aproximação dos alunos ao universo literário. Durante os Anos Iniciais do Ensino Fundamental, é
importante que o professor seja um modelo de leitor, tornando-se, dessa forma, uma referência para os alunos.
Por outro lado, o trabalho com leitura em voz alta, feita pelos alunos, dá a eles oportunidades de associar os sons das letras a suas grafias, permitindo que
utilizem seu conhecimento para antecipar o que pode estar escrito no texto. Assim, eles também constroem hipóteses sobre o texto lido, validando-as durante a
leitura ou reformulando-as, o que torna a leitura significativa.
c. Leitura coletiva
Para ajudar os alunos perceber a velocidade, entonações e ritmo da leitura.
Tal como acontece na vida fora da escola, as oportunidades de leitura devem variar, no sentido de que os textos propostos sejam de gêneros
diferentes (contos, fábulas, poemas, editoriais, notícias, comentários, cartas, avisos, propagandas etc.) e no sentido de que os objetivos propostos
para a leitura sejam também diferentes, alterando-se, para tanto, as estratégias de leitura e de interpretação. Deve-se fortalecer também a atenção
dos alunos para as diferenças lexicais (de vocabulário) e morfossintáticas entre o texto falado de forma coloquial e o texto escrito formal; também
se deve exercitar o uso apropriado dessas diferenças. Nessa mesma perspectiva da diversificação, devem-se providenciar oportunidades para os
alunos manusearem diferentes tipos de material escrito (por exemplo: rótulos, listas, cartazes, folhetos, revistas, jornais, livros), de maneira que
possam perceber diferenças de linguagem e de apresentação, por conta das diferenças do suporte em que o texto circula. (ANTUNES, 2003. p.
82-83.)
e. Linguagem oral
A prática da oralidade está presente nas diferentes situações sociocomunicativas do mundo letrado.
Permitir aos alunos aprender a escutar com atenção o professor e os colegas, a falar respeitando sua vez, emitir opiniões sobre assuntos discutidos em sala
de aula, bem como participar de rodas de conversa para expor suas experiências vividas são algumas sugestões presentes neste Material Digital que visam à
formação de um cidadão crítico e que se sinta seguro para colocar seus pontos de vista diante de quaisquer públicos, sendo esse um dos objetivos do ensino da
Língua Portuguesa.
f. Produção de textos
Assim como a leitura, as práticas de escrita estão presentes nas mais variadas situações sociocomunicativas, estando atreladas, dessa forma, ao letramento.
Portanto, toda escrita responde a um propósito funcional qualquer, isto é, possibilita a realização de alguma atividade sociocomunicativa entre as pessoas e está
inevitavelmente em relação com os diversos contextos sociais em que essas pessoas atuam. (ANTUNES, 2003. p. 48.)
Para desenvolver a competência escritora, é preciso relacioná-la diretamente à competência leitora, uma vez que ambas possibilitam o contato com as
especificidades presentes em diferentes gêneros textuais.
Ao escrever, é necessário compreender o objetivo dessa prática. Assim, nesse momento, deve-se ter clareza em relação a alguns aspectos, como para que
escrever, para quem escrever e como escrever, adequando a linguagem à sua função social.
Para que o processo de produção textual tenha êxito, é fundamental propor diferentes atividades que contemplem as distintas e integradas etapas da escrita,
tais como o planejamento, a elaboração, a revisão e a reescrita.
A primeira etapa, o planejamento, consiste na delimitação do tema, bem como dos objetivos. Nessa etapa, também se escolhe o gênero textual.
A segunda etapa, a elaboração da escrita, corresponde à tarefa de registrar no papel o que foi planejado anteriormente.
A terceira etapa é o momento de análise do que foi escrito, ou seja, quando o sujeito avalia o que produziu, podendo perceber como suas ideias estão
organizadas, se o texto traz a mensagem desejada, decidindo o que está bom e o que precisa ser retirado e/ou reformulado.
A quarta e última etapa corresponde ao momento da reescrita com base na análise realizada durante a revisão do texto. Toda escrita pressupõe a reescrita.
Por isso é importante mostrar aos alunos a necessidade de escrever e reescrever o texto, revisando-o até que seja considerado adequado à sua finalidade e
possa, assim, ser finalizado.
Durante o processo de escrita, é importante que o professor planeje intervenções baseadas nas produções dos alunos, estabelecendo critérios específicos
para cada intervenção, como ortografia, concordância, marcas da oralidade. Essas intervenções devem ter como objetivo proporcionar a reflexão dos alunos
sobre seus próprios textos e estimular, assim, o pensamento crítico e a autonomia dos alunos.
i. Análise linguística
A análise linguística visa possibilitar o aprofundamento do conhecimento prévio dos alunos nas mais variadas situações comunicativa, levando-os a refletir
sobre o processo de leitura e escrita e aprimorando seu entendimento sobre esse processo. Fazer os alunos compreenderem as modalidades orais e escritas da
língua. Portanto, serão sugeridas atividades que exploram os eixos de conhecimentos linguísticos e gramaticais, de acordo com a BNCC, de modo que
propiciem aos alunos o reconhecimento de estruturas linguísticas para, assim, poder elaborar novos textos, sejam eles orais ou escritos.
A pesquisa é parte fundamental no processo de ensino e aprendizagem. Ao realizar uma pesquisa, os alunos acionam estratégias que permitem a
apropriação de novos saberes.
Porém, para que essa atividade seja realizada com êxito, é preciso ensiná-la. A pesquisa é desenvolvida com prática e orientação do professor. Ao mostrar
aos alunos alguns documentos para pesquisa, por exemplo, eles poderão ter contato com suportes textuais reais, com a oportunidade de aprender como
utilizá-los e qual a função deles na sociedade letrada.
Para pesquisar, é preciso oferecer aos alunos um ponto de partida, direcionando-os à pesquisa. Nesse momento, também é importante instruir em qual
suporte textual a pesquisa deverá ser realizada, o qual é uma fonte de informação e de conhecimento. Além disso, é importante que as atividades de pesquisa
sejam planejadas pelo professor, para que os alunos percebam a seriedade de tal atividade e passem a realizá-la, futuramente, com autonomia.
A realização das pesquisas explora habilidades linguísticas fundamentais a serem trabalhadas nas aulas de Língua Portuguesa, tais como a escrita e a leitura
das informações registradas e, também, a oralidade, uma vez que os alunos podem expor oralmente a pesquisa realizada. No decorrer deste Material Digital, são
sugeridas algumas atividades de pesquisa que têm como objetivo estimular o conhecimento de mundo dos alunos para, assim, aprofundá-lo, bem como
aprimorar seus conhecimentos linguísticos.
AVALIAÇÃO
Uma forma de analisar o desenvolvimento de aprendizagem dos alunos, bem como nortear a continuidade do trabalho do professor, é realizar o processo de
avaliação por diferentes estratégias.
Inicialmente, será realizada uma avaliação diagnóstica simples para conhecer as necessidades dos alunos. Durante o processo de aprendizagem será
realizado uma avaliação qualitativa contínua na qual na qual de dois meses gerará uma nota quantitativa para o aluno e dois e dois meses uma escrita que
também gerará uma nota. (SEMED- PII- PI). Ambas as formas de avaliar terá caráter diagnóstica, de modo que o professor possa rever suas ações e planejar
novas propostas, buscando uma aprendizagem efetiva. O aluno terá conhecimento pleno de ambas para que seja um instrumento fundamental para auxiliar cada
um no seu processo de assimilação das competências e crescimento para a autonomia.
Considerando a terceira versão da BNCC, os eixos organizadores que contemplam leitura, escrita, oralidade, conhecimentos linguísticos e gramaticais
colaboram para o desenvolvimento da aprendizagem de Língua Portuguesa e, portanto, merecem ser avaliados, para que, assim, o processo seja analisado em
seu todo e o conhecimento prévio dos alunos seja desenvolvido e aprofundado.
BIBLIOGRAFIA
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SOLÉ, Isabel. Estratégias de leitura. Porto Alegre: Artmed, 1998.
ZABALA, Antoni (Org.). A prática educativa: como ensinar. Porto Alegre: Artmed, 2010.
Esse plano foi eleborando com o Material disponibilizado em licença aberta do tipo Creative Commons – Atribuição não comercial (CC BY NC – 4.0
International). Adaptados e reestruturado por:
FRANCISCO, José de Sousa Silva, Psicopedagogo, Filósofo; 2020, PII-PI.
É importante salientar que todas as propostas contidas neste plano são sugestões. Portanto, podem ser adaptadas às diversas realidades encontradas no
decorre do ano em sala de aula.