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UNIVERSIDADE ABERTA ISCED

Faculdade de Ciências de Educação

Curso de Licenciatura em Administração Pública

TIPOS ESPECIAIS DE FUNÇÕES

Nome: Alberto Bernardo Buanalindo, código: 96230690

Lichinga, Maio de 2023


UNIVERSIDADE ABERTA ISCED

Faculdade de Ciências de Educação

Curso de Licenciatura em Administração Pública

TIPOS ESPECIAIS DE FUNÇÕES

Nome: Alberto Bernardo Buanalindo, código: 96230690

Lichinga, Maio de 2023


Índice
1. Introdução..........................................................................................................................................4
1.1. Objectivos....................................................................................................................................4
1.1.1. Geral....................................................................................................................................4
1.1.2. Específicos...........................................................................................................................4
1.2. Metodologia.................................................................................................................................4
2. TIPOS ESPECIAIS DE FUNÇÕES.................................................................................................5
2.1. Funções Polinomiais...................................................................................................................5
2.1.1. Exemplo 1:...........................................................................................................................5
2.1.2. Exemplo 2:...........................................................................................................................6
2.2. Funções........................................................................................................................................6
2.2.1. Exemplo 1:...........................................................................................................................6
2.2.2. Exemplo 2:...........................................................................................................................7
2.3. Regiões no Plano Cartesiano......................................................................................................7
2.3.1. Exemplo 1:...........................................................................................................................8
2.3.2. Exemplo 2:...........................................................................................................................8
2.4. Funções como Modelos Matemáticos........................................................................................8
2.4.1. Exemplo 1............................................................................................................................9
2.4.2. Exemplo 2..........................................................................................................................10
3. Conclusão.........................................................................................................................................11
4. Referências bibliográficas...............................................................................................................12
1. Introdução
O presente trabalho irá tratar sobre os tipos especiais de funções, podendo dentro deste tema
descrever as funções polinominais, indicar as regiões no plano cartesiano e pontar as funções
como modelos matemáticos.

Segundo Marra e Abrão (2008), função é um dos conceitos mais importantes da matemática.
Existem várias definições, dependendo da forma como são escolhidos os axiomas. Uma relação
entre dois conjuntos, onde há uma relação entre cada um de seus elementos. Uma função é uma
aplicação entre conjuntos, de partida e de chegada.

As funções descrevem fenómenos numéricos e podem representar-se através de gráficos sobre


eixos cartesianos. O gráfico de uma função permite ver, muito facilmente, toda a sua evolução.
Porém, por vezes, pode ser mais cómodo trabalhar com a equação (expressão analítica) ou
fórmula da função, já que com ela temos à nossa disposição o conjunto de operações que
devemos aplicar à variável independente, normalmente representada por x, para obter a variável
dependente, normalmente representada por y.

1.1. Objectivos
1.1.1. Geral
 Conhecer os tipos especiais de funções
1.1.2. Específicos
 Descrever as funções polinominais
 Indicar as regiões no plano cartesiano
 Apontar funções como modelos matemáticos.
1.2. Metodologia

Para a realização deste trabalho usou-se o método bibliográfico, que consistiu em consulta de
obras, artigos científicos de onde foram extraídos os conteúdos para adequação do estudo em
causa, versando por vários autores.

A pesquisa bibliográfica pode ser definida como aquela que “[...] possibilita um amplo alcance de
informações, além de permitir a utilização de dados dispersos em inúmeras publicações,

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auxiliando também na construção, ou na melhor definição do quadro conceitual que envolve o
objecto de estudo proposto (GIL, 1994 apud LIMA; MIOTO, 2007, p.400)

2. TIPOS ESPECIAIS DE FUNÇÕES


2.1. Funções Polinomiais

De acordo com Flemming e Gonçalves (2007), funções polinomiais são funções que possuem
apenas expoentes inteiros não negativos da variável independente. Alguns exemplos de funções
polinomiais são a função linear, a função quadrática e a função cúbica. Os gráficos dessas
funções variam dependendo do grau da função.

A função polinomial é aquela em que a lei de formação pode ser descrita por um polinómio. Há
diferentes tipos desse tipo de função, que podem ser classificados de acordo com o grau do
polinómio que descreve a lei de formação. Por exemplo, quando o polinómio da lei de formação
possui grau 1, a função é conhecida como função polinomial do 1º grau, ou função afim; quando
possui grau 2, a função é chamada de função do 2º grau ou função polinomial do 2º grau
(Flemming e Gonçalves,2007),

Assim, o valor numérico de uma função polinomial é encontrado quando substituímos a variável
por um valor numérico e encontramos um valor numérico para a função. Toda função polinomial
pode ser representada no plano cartesiano, e o comportamento da função depende directamente
do grau do polinómio.

2.1.1. Exemplo 1:

Considere f(x) = x5 + 2x² – 10x – 15 e calcule f(3).

Calcularemos o f(3), ou seja, o valor da função quando x = 3.

f(3) = 35 + 2·3² – 10 · 3 – 15

f(3) = 243 + 2 · 9 – 30 – 15

f(3) = 243 + 18 – 45

f(3) = 216
5
2.1.2. Exemplo 2:

p(– 3) = 2 (– 3)³ – 4 (– 3)k + 24

0 = 2 (– 27) + 12k + 24

0 = – 54 + 12k + 24

– 12k = – 54 + 24

– 12k = – 30

k = (– 30) : (– 12)

k = 2,5

2.2. Funções

Segundo Marra e Abrão (2008), função é uma lei ou regra que associa cada elemento de um
conjunto A à um único elemento de um conjunto B. O conjunto A é chamado de domínio da
função, enquanto que o conjunto B é denominado de contradomínio da função.

Com essa definição podemos dizer que função é um tipo de dependência, um valor depende do
outro, matematicamente podemos dizer que função é uma relação de dois valores, por exemplo:
f(x) = y, sendo que x e y são valores, onde x é o domínio da função (a função está dependendo
dele) e y é um valor que depende do valor de x sendo a imagem da função (Marra e Abrão 2008).

Dos autores percebemos que, função é uma regra que associa cada elemento num determinado
conjunto à um conjunto de outro elemento.

2.2.1. Exemplo 1:

Um taxista cobra um valor fixo de R$ 4,20 mais R$ 0,30 por quilómetro rodado. Escreva a
função que determina o valor de uma corrida e qual o valor que uma pessoa irá pagar por ter
usado os serviços do taxista após rodar 20 km.

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Função: f(x) = 0,30x + 4,20 (onde x: km rodados e R$ 4,20 valor fixo)

f(x) = 0,30x + 4,20

f(20) = 0,30 * 20 + 4,20

f(20) = 6 + 4,20

f(20) = 10,20

A pessoa irá pagar R$ 10,20 pelo serviço prestado.

2.2.2. Exemplo 2:

Carlos é um técnico em electrónica e presta serviços autónomos. Por uma visita ele cobra R$
40,00 mais R$ 5,00 por hora de trabalho. Quanto Carlos irá cobrar por um trabalho que demorou
9 horas?

Função: f(x) = 5x + 40

f(x) = 5x + 40

f(9) = 5 x 9 + 40

f(9) = 45 + 40

f(9) = 85

Carlos irá cobrar R$ 85,00.

2.3. Regiões no Plano Cartesiano

De acordo com Leitholde (1994), plano Cartesiano é uma ferramenta matemática gráfica, ou seja,
desenhada com duas dimensões. Ele é formado por duas rectas numéricas perpendiculares: na
vertical, Y ou Ordenadas e na horizontal, X ou Abcissas. O plano é utilizado para a localização
de pontos do sistema de coordenadas, importante para geometria, geografia e outras áreas.

As regiões do plano cartesiano são compostas por duas linhas perpendiculares reais, que dividem
o plano cartesiano em quatro regiões. Cada uma dessas regiões é chamada de quadrantes e os

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elementos do plano cartesiano são chamados de pontos. O plano, juntamente com os eixos das
coordenadas, é chamado de plano cartesiano em homenagem ao filósofo francês René Descartes ,
que inventou a geometria analítica (Leitholde, 1994)

Para construir o plano cartesiano, são escolhidas duas linhas reais perpendiculares, por
conveniência, uma horizontal e a outra vertical, cujo ponto de intersecção é a origem de ambas as
linhas.

Essas linhas são chamadas eixos de coordenadas; sua intersecção é chamada origem e é denotada
por O, a linha horizontal é chamada eixo X e a linha vertical é chamada eixo Y.

2.3.1. Exemplo 1:

Se um indivíduo está no centro da cidade em uma posição O=(0,0,0) e quer andar para a frente 3
quarteirões, depois andar para o lado 2 quarteirões e depois subir até o 10o andar de um prédio a
posição final do mesmo após o percurso será o ponto P=(3,2,10) e podemos observar que as
unidades não são necessariamente as mesmas.

Se este mesmo indivíduo se deslocasse para a posição final P=(3,10,5), certamente chegaria a um
lugar diferente.

2.3.2. Exemplo 2:

Podemos associar o Plano Cartesiano com a latitude e a longitude, temas relacionados aos
estudos geográficos e à criação do actual sistema de posicionamento, o GPS. O Sistema de
Posicionamento Global permite que saibamos nossa localização exacta na terra, desde que
tenhamos em mão um receptor de sinais GPS, informando a latitude, a longitude e a altitude com
o auxílio de satélites em órbita da Terra.

Um exemplo de utilização do GPS são os aviões, que para não se colidirem são monitorados e
informados em qual rota devem seguir.

2.4. Funções como Modelos Matemáticos

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De acordo com Bassanezi (2002), um modelo matemático ou simplesmente modelo, pode ser
apresentado como uma representação de um sistema real, o que significa que um modelo deve
representar um sistema e a forma como ocorrem as modificações no mesmo.

Bassanezi (2002), apresenta vários modelos matemáticos que podem ser utilizados para
interpretar diferentes situações, envolvendo conteúdos como funções, geometria, equações
diferenciais, estatística etc. O autor apresenta também situações-problema com diferentes
possibilidades de abordagem matemática.

O acto de modelar, conhecido como modelagem, pode ser aplicado a um grande número de
problemas. Por exemplo, o estudo da análise ambiental nas proximidades de um rio, a forma da
asa de um avião, um sistema económico, uma cultura agrícola, um estudo populacional, uma
epidemia de malária, um estudo físico, e até mesmo um sistema matemático como o conjunto dos
números naturais (Bassanezi, 2002).

Entendemos assim que, modelo matemático é a modificação da representação de um sistema.

2.4.1. Exemplo 1

Uma indústria siderúrgica fabrica pistões para fábrica de montagem de motores de automóveis. O
custo fixo mensal (em unidade de 1000 MT) é de 950,00 inclui conta de energia elétrica, de água,
impostos, salários e etc. Existe também um custo variável que depende da quantidade de pistões
produzidos, sendo que o fabrico de cada pistão custa (em unidade de 100MT) 41,00.
Considerando que o valor de cada pistão no mercado (em unidades de 100 MT) seja equivalente a
120,00. Monte as Funções Custo, Receita e Lucro. Calcule o valor do lucro líquido na venda de
1000 pistões e quantas peças, no mínimo, precisam ser vendidas para que se tenha lucro.

Função Custo total mensal: C(x) = 950 + 41x

Função Receita R(x) = 120x

Função Lucro L(x) = R(x) – C(x) = 120x – (950 + 41x)

Lucro líquido na produção de 1000 pistões

L(1000) = 120*1000 – (950 + 41 * 1000)

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L(1000) = 120.000 – (950 + 41000)

L(1000) = 120.000 – 950 - 41000

L(1000) = 120.000 – 41950 L(1000) = 78.050

O lucro líquido na produção de 1000 pistões (em unidades de 100 MT) será de 78.050,00.

Para que se tenha lucro é preciso que a receita seja maior que o custo.

R(x) > C(x)

120x > 950 + 41x

120x – 41x > 950 79x

x > 12> 950

x > 950 / 79

Para ter lucro é preciso vender acima de 12 peças (pistões).

2.4.2. Exemplo 2

No caso específico da COVID-19, os modelos matemáticos podem auxiliar no entendimento da


epidemia, ajudando a estimar: que fracção da população será infectada ao final do ciclo
epidémico; quantos pacientes estarão infectados no pico de máxima incidência; quão rápida é a
infecção - por exemplo, informando em quanto tempo o número de infectados dobra; quantas
pessoas susceptíveis à doença são atingidas por um indivíduo já infectado; como uma epidemia
se distribuirá em um determinado espaço, prevendo quais cidades estão em maior risco de
vivenciarem o aumento súbito de casos.

Com base nessas informações, os modelos matemáticos auxiliam na escolha das estratégias para
enfrentamento da pandemia pelo uso de simulações para cada cenário de intervenção.

Os modelos iniciais baseiam-se na distribuição homogénea da infecção na população. Com o


desenvolvimento das técnicas de modelagem, foram incorporadas formas de lidar com a
heterogeneidade da população, por exemplo, tratando o contacto entre grupos diferentes como

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idosos e crianças. O estudo da heterogeneidade no contacto chegou até mesmo ao estudo da
transmissão da doença por redes de contacto social.

3. Conclusão

Terminado o presente estudo percebemos que a unção é uma lei ou regra que associa cada
elemento de um conjunto A à um único elemento de um conjunto B. O conjunto A é chamado de
domínio da função, enquanto que o conjunto B é denominado de contradomínio da função.

Com essa definição podemos dizer que função é um tipo de dependência, um valor depende do
outro, matematicamente podemos dizer que função é uma relação de dois valores, por exemplo:
f(x) = y, sendo que x e y são valores, onde x é o domínio da função (a função está dependendo
dele) e y é um valor que depende do valor de x sendo a imagem da função.

A modelagem pode ser aplicada a um grande número de problemas. Por exemplo, o estudo da
análise ambiental nas proximidades de um rio, a forma da asa de um avião, um sistema
económico, uma cultura agrícola, um estudo populacional, uma epidemia de malária, um estudo
físico,

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4. Referências bibliográficas

BARDIN, L. (2004). Análise de Conteúdo. 3. ed. Lisboa:.

BASSANEZI, R. C. (2002), Ensino-aprendizagem com Modelagem Matemática: uma nova


estratégia. São Paulo: Contexto.

DOLCE, O. et al.( 2008). Matemática elementar. São Paulo: Atual Editora.

GIL, A. C. (1994). Como elaborar projectos de pesquisa. 5.ed. São Paulo: Atlas.

LEITHOLDE, Louis (1994). O cálculo com geometria analítica. Volume 1 e 2. 3ª edição São
Paulo: Ed. Harbra.

LIMA, T. C. S. de; MIOTO, R. C. T. (2007 ). Procedimentos metodológicos na construção do


conhecimento Científico: a pesquisa bibliográfica. Katál, Florianópolis,v.10,spe.

MARRA, Fernando Cesar e ABRÃO, Mariangela, (2008). Matemática Basica para Decisões
Administrativas. 2 edição Editora Atlas.

SILVA, Elio Medeiro da; SILVA, Ermes Medeiros da e SILVA, Sebastião Medeiros da. (2002).

Matemática Basica para Cursos Superiores. 1 edição Editora Atlas.

FLEMMING, Diva Marília e GONÇALVES, M. B. (2007). Cálculo A. 6 ª edição São Paulo:


Pearson-PrenticeHall.

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