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INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS

CURSO DE LICENCIATURA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Tipos Especiais de Funções

Nome do Estudante: Luisa Sifónia Silvestre Zaqueu

Senha: lzaqueu@gmail.com

Maxixe, Maio de 2023


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INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS

CURSO DE LICENCIATURA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Tipos Especiais de Funções

Trabalho de Campo a ser submetido na


Coordenação do Curso de Licenciatura em
Administração Publica do ISCED.

Nome do Estudante: Luisa Sifónia Silvestre Zaqueu

Senha: lzaqueu@gmail.com

Maxixe, Maio de 2023


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Índice
1. Introdução .................................................................................................................................... 3
1.1. Objectivos do Trabalho ............................................................................................................ 3
1.1.1. Objectivo Geral...................................................................................................................... 3
1.1.2. Objectivos Específicos .......................................................................................................... 3
1.2. Metodologias ............................................................................................................................ 3
1.3. Estrutura do Trabalho ............................................................................................................... 3
2. Revisão Literária.......................................................................................................................... 4
2.1. Conceito de Funções ................................................................................................................. 4
2.1.1. Funções Polinomiais .............................................................................................................. 4
2.1.2. Funções Trigonométricas ...................................................................................................... 5
2.1.3. Regiões no Plano Cartesiano ................................................................................................. 6
2.1.4. Funções como modelos Matemáticos .................................................................................... 8
3. Conclusão .................................................................................................................................. 12
4. Referencias Bibliográficas ......................................................................................................... 13
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1. Introdução

Neste presente trabalho abordar-se-á a temática dos “Tipos especiais de funções”, onde de forma
breve e sucinta serão discutidos muitos pressupostos teóricos relacionados com Tipos especiais
de funções. Uma função matemática é uma relação entre dois conjuntos quaisquer que associa, a
cada elemento de partida, denominado domínio, um único elemento de um conjunto de chegada,
denominado contradomínio. Os elementos do conjunto contradomínio que são imagem de algum
elemento do domínio constituem o conjunto imagem da função.

1.1. Objectivos do Trabalho

1.1.1. Objectivo Geral

 Compreender sobre os tipos especiais de funções.

1.1.2. Objectivos Específicos

 Descrever as funções poligonais;

 Abordar sobre as funções com modelos matemáticos.

1.2. Metodologias

Para a elaboração do presente trabalho, recorreu-se à revisão bibliográfica das obras que tratam
do tema em destaque, que finalmente, culminou com a elaboração do presente texto.

1.3. Estrutura do Trabalho

Quanto a estrutura, o trabalho apresenta elementos pré-textuais que são: a capa, a folha de rosto,
índice; elementos textuais que são: introdução, desenvolvimento e conclusão e elementos pós-
textuais que são as referências bibliográficas.
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2. Revisão Literária

2.1. Conceito de Funções

O conceito de função está relacionado à ideia de associação de um elemento a outro, segundo


uma regra específica. Assim, por exemplo, podemos considerar o tamanho de uma população
relacionado apenas ao tempo (ou variando em função da variação do tempo), ou associado ao
tempo e ao espaço, ou a qualquer outro factor que interfira na população em estudo; o preço de
um produto pode estar associado apenas ao seu custo de produção, ou ao seu custo e à margem de
lucro do fabricante, ou ainda, ao seu custo, à margem de lucro do fabricante e à demanda; o
volume de uma esfera pode estar associado apenas ao tamanho de seu raio, porém o raio pode
variar com o tempo e assim, o volume estará variando também com a variação do tempo; e assim
por diante.

Como podemos observar, o conceito de função envolve uma relação de dependência, onde um
elemento depende de outro ou de vários outros, os quais podem variar livremente. Como a
variação de um deles acarreta na variação do que depende dele, chamamo-nos de elementos
variáveis ou simplesmente variáveis.

2.1.1. Funções Polinomiais

Pela experiência adquirida no estudo das equações de primeiro e segundo grau é razoável supor
que o número de raízes de um polinómio está relacionado ao seu grau. Sabemos, por exemplo,
que a equação x2 = 0 tem uma única raiz igual a zero. Na verdade, esta equação tem duas raízes
idênticas, ambas iguais a zero. Esta equação pode ser escrita como (x – 0).(x – 0) = 0.

Esta forma (factorada) de escrever a equação permite perceber, claramente, que a mesma possui
duas raízes iguais. O mesmo acontece com a equação (x – 1)2 = 0 que apresenta duas raizes
idênticas e iguais a 1.

Podemos encontrar facilmente, muitos exemplos de equações de segundo grau que não têm
nenhuma raiz real. Considere, por exemplo, a equação x2 + 1 = 1 . Ao tentarmos encontrar as
raizes desta equação, chegaremos a x2 = -1, que não tem solução real. No entanto, como já
vimos, se admitirmos que as raízes podem pertencer ao conjunto dos números complexos, esta
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equação tem duas raízes complexas conjugas, a saber,x1 = 1 = i e x2 = 1 = i. Da mesma maneira


que no exemplo anterior, esta equação pode ser escrita na forma fatorada como (x – i).(x + i) = 0 .

No caso mais geral de uma equação de segundo grau, temos que a equação ax2 + bx + c = 0 pode
sempre ser escrita na forma y = a (x - x1).(x - x2), onde x1 e x2 são as duas raízes da equação, que
como já vimos pelos exemplos acima, podem ser distintas, repetidas, isto é, iguais, ou mesmo
complexas.

Este facto pode ser generalizado para equações polinomiais de qualquer grau. De um modo geral,
sempre que x1 for um zero complexo de um polinómio P(x), isto é sempre que x1 for uma raiz
complexa da equação P(x)= = 0, temos que (x – x1) é um factor de P(x). Este fato foi
estabelecido por René Descartes na sua obra "Discours de la méthode pour bien conduire sa
raison et chercher la verité dans les sciences" (Discurso do método para bem conduzir a razão e
procurar a verdade nas ciências), publicada em 1637.

Exemplo

Ache os zeros da função polinomial P(x) = x3 – 4x2 + 2x + 3 e representa-a graficamente, num


sistema cartesiano ortogonal (sco).

Solução

Assim, dividindo P(x) por (x - 3), (tente fazer essa divisão). Obtemos (x2 – x – 1). O que implica
que (x – 3).(x2 – x – 1) deve ser igual a x3 – 4x2 + 2x + 3, ou P(x) = (x – 3).(x2 – x – 1).

2.1.2. Funções Trigonométricas

Em matemática, as funções trigonométricas são funções angulares, importantes no estudo dos


triângulos e na modelação de fenómenos periódicos. Podem ser definidas como razões entre dois
lados de um triângulo rectângulo em função de um ângulo, ou, de forma mais geral, como razões
de coordenadas de pontos no círculo unitário.

Na análise matemática, estas funções recebem definições ainda mais gerais, na forma de séries
infinitas ou como soluções para certas equações diferenciais. Neste último caso, as funções
trigonométricas estão definidas não só para ângulos reais como também para ângulos complexos.
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As inversas destas funções são chamadas de função de arco ou funções trigonométricas inversas.
A nomenclatura é feita através do prefixo "arco-", ou seja, arco seno, arco co-seno, etc.
Matematicamente, são designadas por "arcfunção", i.e., arcsen, arccos, etc.; a notação usando-se
−1 como na notação da função inversa não é recomendada, pois causa confusão com o inverso
multiplicativo, como em sen-1 e cos-1.

Funções trigonométricas directas.

y = sen x
y = cos x
y = tg x

Respectivas funções inversas:

y = 1/sen x = cosec x
y =1/ cos x = sec x
y = 1/tg x = cotg x

O ângulo x é o argumento (variável independente) e o valor da função é a variável dependente y


ou f(x). É importante recordar que a medida dos ângulos pode expressar-se em graus ou em
radianos.

2.1.3. Regiões no Plano Cartesiano

Na semana 20 vocês trabalharam com dois sistemas de coordenadas, cuja principal diferença é
que num deles (batalha naval) a ordem das coordenadas NÃO IMPORTA, por exemplo: as
coordenadas C3 ou 3C indicavam a mesma região do plano. Já no segundo sistema (a tabela de
letras), a ordem IMPORTA, por exemplo: as coordenadas (3, 4) e (4, 3) indicam letras diferentes
que eram, respectivamente, U e P.

Nessa semana vamos concentrar nossos estudos nesse segundo sistema de coordenadas, o Plano
Cartesiano, que foi criado pelo filósofo e matemático René Descartes (1596 – 1650). O plano
cartesiano é formado por duas rectas que se cruzam perpendicularmente na origem (Figura 1A).
A recta horizontal (x) é chamada de eixo das abcissas e a vertical de eixo das ordenadas. Tais
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rectas dividem o plano em quatro regiões chamadas de quadrantes como podemos ver na Figura
1B.

Figura 1A

Figura 1B

Através do plano cartesiano podemos localizar todo e qualquer ponto do plano através de um Par
Ordenado. Na figura ao lado vemos que a localização do ponto P é dada por duas informações:
a coordenadas (x, y).
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O par ordenado é como se fosse “o endereço” de cada ponto, pois indica a sua localização. Na
figura abaixo podemos ver que “o endereço” do ponto A é o par ordenado (- 5, 3). Já o par
ordenado (6, 5) indica a localização do ponto B.

2.1.4. Funções como modelos Matemáticos

Um modelo matemático é a descrição matemática de um fenómeno do mundo real, como por


exemplo: o tamanho de uma população, a demanda de um produto, a concentração de um produto
em uma reacção química ou o custo da redução de poluentes.

Uma importante aplicação da Matemática, em termos de modelagem, está presente na Economia


através das Funções Custo, Receita e Lucro.

Para Biembengut (2011, p. 12), pode-se definir como Modelo Matemático “um conjunto de
símbolos e relações matemáticas que procura traduzir de alguma forma, um fenómeno em
questão, ou problema de situação real”. Do mesmo modo, Bassanezi (2011, p. 25) também afirma
de modo análogo, que o Modelo Matemático é aquele que pode traduzir em símbolos e operações
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próprios da matemática um problema em questão e, da mesma maneira, em sentido contrário,


consegue-se o resultado da pesquisa na linguagem original do problema.

A modelagem Matemática não deve ser utilizada apenas para justificar o conteúdo que está sendo
ensinado, mas sim deve valorizar a razão, o motivo pelo qual o aluno deve aprender matemática,
e a importância que isso representa na formação dele como cidadão responsável e participativo na
sua sociedade. (p. 04).

Por sua vez, Caldeira (2009) propõe a Modelagem Matemática não apenas como um método de
ensino e sim como uma concepção de ensino e aprendizagem. Com tal perspectiva, Barbosa
(2001) pontua que nem matemática nem modelagem são “fins”, mas sim “meios” para se
questionar a realidade vivida.

Função Custo

A função custo está relacionada aos gastos efetuados por uma empresa, indústria, loja, na
produção ou aquisição de algum produto. O custo pode possuir duas partes: uma fixa e outra
variável. Podemos representar uma função custo usando a seguinte expressão: C(x) = Cf + Cv,
onde Cf: custo fixo e Cv:custo variável

Função Receita

A função receita está ligada ao facturamento bruto de uma entidade, dependendo do número de
vendas de determinado produto.

R(x) = px , onde p: preço de mercado e x: nº de mercadorias vendidas.

Função Lucro

A função lucro diz respeito ao lucro líquido das empresas, lucro oriundo da subtracção entre a
função receita e a função custo.

L(x) = R(x) – C(x)


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Exemplo 1

Uma indústria siderúrgica fabrica pistões para fábrica de montagem de motores de automóveis. O
custo fixo mensal (em unidade de 1000 MT) é de 950,00 inclui conta de energia eléctrica, de
água, impostos, salários e etc. Existe também um custo variável que depende da quantidade de
pistões produzidos, sendo que o fabrico de cada pistão custa (em unidade de 100MT) 41,00.
Considerando que o valor de cada pistão no mercado (em unidades de 100 MT) seja equivalente a
120,00. Monte as Funções Custo, Receita e Lucro. Calcule o valor do lucro líquido na venda de
1000 pistões e quantas peças, no mínimo, precisam ser vendidas para que se tenha lucro.

Função Custo total mensal:

C(x) = 950 + 41x

Função Receita

R(x) = 120x

Função Lucro

L(x) = R(x) – C(x) = 120x – (950 + 41x)

Lucro líquido na produção de 1000 pistões

L(1000) = 120*1000 – (950 + 41 * 1000)


L(1000) = 120.000 – (950 + 41000)
L(1000) = 120.000 – 950 - 41000
L(1000) = 120.000 – 41950
L(1000) = 78.050

O lucro líquido na produção de 1000 pistões (em unidades de 100 MT) será de 78.050,00.

Para que se tenha lucro é preciso que a receita seja maior que o custo.

R(x) > C(x)


120x > 950 + 41x
120x – 41x > 950 79x > 950
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x > 950 / 79
x > 12

Para ter lucro é preciso vender acima de 12 peças (pistões).

Função Demanda

A função que associa um preço "p" à procura de mercado ou demanda em um período


determinado é chamada de função demanda e, está relacionada ao ponto de vista do consumidor.

Pode ser representada por D(p).

Sabe-se que quando o preço aumenta, a procura diminui, e vice-versa. A função demanda é uma
função decrescente.

Função Oferta

A função oferta relaciona o preço "p" e a quantidade ofertada, do ponto de vista do produtor.
Pode ser representada por O(p).

A função oferta, ao contrário da função demananda, é uma função crescente.

Ponto de equilíbrio

O ponto de equilíbrio é o preço "p" que torna iguais a quantidade demadanda e ofertada de um
bem.

Funções Marginais

A função marginal de uma função f(x) é a derivada da função f(x), ou seja, f '(x).

Assim, tem-se que: a função custo marginal é a derivada da função custo, a função receita
marginal é a derivada da função receita, a função lucro marginal é a derivada da função lucro.

Função custo marginal

A função custo marginal é a variação do custo total decorrente da variação de uma unidade na
quantidade produzida.

Cmg(x) = C(x + 1) – C(x) C'(x).


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3. Conclusão

Conclui-se neste trabalho que o conceito de função envolve uma relação de dependência, onde
um elemento depende de outro ou de vários outros, os quais podem variar livremente. Como a
variação de um deles acarreta na variação do que depende dele, chamamo-nos de elementos
variáveis ou simplesmente variáveis. Deste modo, para cada associação, temos uma variável
dependente e uma ou mais, independentes. Chamaremos de função à variável dependente e
simplesmente de variáveis, às variáveis independentes, o que é bem intuitivo, uma vez que um
elemento varia em função da variação daquele do qual depende.
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4. Referencias Bibliográficas

BARBOSA, J. C. Modelagem na Educação Matemática: contribuições para o debate teórico. In:


REUNIÃO ANUAL DA ANPED, 24., 2001, Caxambu. Anais... Caxambu: ANPED, 2001.1 CD-
ROM.

BIEMBENGUT, Maria Sallet. HEIN, Nelson. Modelagem matemática no ensino. São Paulo, SP.
Editora Contexto, 2011.

CALDEIRA, A. D. Educação Ambiental e suas Implicações na Formação do Professor de


Matemática. Profissão Docente, Universidade de Uberaba, v.1, n.1, 2001.

PAIVA, T.; MOREIRA, F. M. B. Modelagem matemática e jogos como ensino diferenciado em


educação matemática. In: IV semana de matemática: praticas e saberes na formação de
professores que ensinam matemática, 2016. Teixeira de Freitas. Anais... Teixeira de Freitas,
2016.

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