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1ª Edição Equações
do 2º Grau
+30 Exemplos Resolvidos
Equações do Segundo Grau
23 de novembro de 2021
Equações do 2o. Grau ii
Sumário
1 Equações Quadráticas 9
1.1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
1.2 Definição . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
1.3 Resolução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
1.3.1 Equações Incompletas . . . . . . . . . 12
1.3.2 Equações Completas . . . . . . . . . . 17
1.3.3 Demonstração da Fórmula . . . . . . . 21
1.4 Soma e Produto das Raízes . . . . . . . . . . 24
1.4.1 Soma das Raízes . . . . . . . . . . . . 24
1.4.2 Produto das Raízes . . . . . . . . . . . 25
1.4.3 Produto de Stevin . . . . . . . . . . . 27
1.4.4 Teorema Fundamental da Álgebra . . 29
1.4.5 Operações Algébricas com as Raízes . 31
1.5 As Somas de Newton . . . . . . . . . . . . . . 34
1.5.1 Potências das Raízes . . . . . . . . . . 38
1.6 Problemas do Segundo Grau . . . . . . . . . . 41
1.6.1 Equações Biquadradas . . . . . . . . . 41
1.6.2 Funções Quadráticas . . . . . . . . . . 43
1.6.3 Equações Fracionárias . . . . . . . . . 44
1
Equações do 2o. Grau 2
Embora o que vou dizer aqui não é uma lei (nem axioma,
nem princípio), você pode encarar como uma sugestão, não
só de uso deste livro, como também de todos os outros que
você tenha em mãos.
3
Equações do 2o. Grau 4
Bons estudos!
Leonardo Santos
Sobre o Autor
5
Equações do 2o. Grau 6
Prefácio
7
Equações do 2o. Grau 8
Equações Quadráticas
1.1 Introdução
Este é um assunto, em geral, comum na vida dos “pobres
indefesos” estudantes desde o atual nono ano do ensino fun-
damental brasileiro até onde quer que a carreira deles aca-
dêmica envolva matemática.
9
Equações do 2o. Grau 10
1.2 Definição
Dizemos que uma equação é do segundo grau ou quadrática
quando a mesma é representada por um polinômio inteiro
do segundo grau, isto é, quando a equação é da forma:
ax2 + bx + c = 0
0 · x3 + x2 + 2x + 1 = 0
x2 + 2x + 1 = 0
1.3 Resolução
Como qualquer equação, resolver uma equação quadrática,
significa encontrar um valor que substituído em sua incóg-
nita resulte em uma setença verdadeira. Por exemplo, x = 1
é solução da equação x2 − 2x + 1 = 0, pois 12 − 2 · 1 + 1 = 0
é uma afirmação verdadeira.
Só precisamos escrever:
0
25x2 = 0 ⇔ x2 = ⇔x=0
25
Ou seja, S = {0}, como vimos anteriormente. Vamos
ao próximo caso.
Equações do 2o. Grau 14
(2) c = 0 e b 6= 0;
ax2 + bx = 0 ⇔ x · (ax + b) = 0
(i) x = 0; ou
(ii) ax + b = 0, o que resulta em x = − ab .
(3) b = 0 e c 6= 0;
Ficamos com
r
2 7
2x = 7 ⇔ x = ±
2
q q
Então α = + 72 e β = − 72 (e vice-versa) e α+β = 0.
(ii) ∆ = 0;
√
Se ∆ é nulo, claramente tem-se ∆ ∈ R e veja que
b
isto implica x1 = x2 = − 2·a .
(iii) ∆ < 0.
∆ = (−3)2 − 4 · 1 · 4m = 0
9
Portanto, 9 − 16m = 0 ⇔ m = 16 .
9
No penúltimo exemplo, vimos que m = 16 tornava a ex-
pressão um trinômio quadrado perfeito, o que é verdade,
9
pois x2 − 3x + 4 · 16 é o mesmo que (x − 32 )2 .
Vamos seguir.
kara/Tartaglia.
Equações do 2o. Grau 22
b b2 c b2
x2 + x + 2 + = 0 + 2
a 4a a 4a
2
Acontece que x2 + ab x + 4a
b b 2
2 = (x + 2a ) e teremos:
2
b2
b c
x+ + = 2
2a a 4a
Que resulta em:
2
b2
b c
x+ = 2−
2a 4a a
Continuando: 2
b2 − 4ac
b
x+ =
2a 4a2
Extraindo a raiz quadrada de ambos os lados teremos:
r
b b2 − 4ac
x+ =±
2a 4a2
Veja que isso é o mesmo que:
√
b b2 − 4ac
x=− ± √
2a 4a2
√
E a2 = |a|, logo:
√
b b2 − 4ac
x=− ±
2a 2|a|
23 CAPÍTULO 1. EQUAÇÕES QUADRÁTICAS
√
Ou seja, S = − ab . Perceba que, mesmo que ∆∈
/ R, tere-
mos o cancelamento desta parcela.
Raízes Simétricas
Uma consequência direta de sabermos que a soma das raízes
é igual a − ab é o fato de que, se as raízes são simétricas, sua
soma é zero, portanto − ab = 0, o que resulta em b = 0.
Teremos então:
√
(−b)2 − ( ∆)2
P =
(2a)2
√ b2 −∆
Com ∆ ≥ 0, teremos ( ∆)2 = ∆, implicando P = 4a2 .
Com ∆ = b2 − 4ac, temos:
Raízes Inversas
Vimos que há uma consequência direta em saber que S =
− ab para raízes simétricas. O mesmo ocorre aqui, porém
quando as raízes são inversas uma da outra. Se isto acon-
tece, teremos P = x1 · x2 igual a 1 o que ocasiona ac = 1,
27 CAPÍTULO 1. EQUAÇÕES QUADRÁTICAS
Como − ab = S e c
a = P , podemos escrever:
a · (x2 − Sx + P ) = 0
Portanto teremos:
a · [x2 − (x1 + x2 ) · x + x1 x2 ] = 0
x2 − (x1 + x2 ) · x + x1 x2 = 0
22 − 2m + m = 0
Continuando:
√ √
2ax + b − ∆ · 2ax + b + ∆
=0
4
Resultando em
√
4a2 x2 + 4abx + b2 − ( ∆)2
=0
4
Considerando ∆ ≥ 0 teremos:
4a2 x2 + 4abx + b2 − ∆
=0
4
Como ∆ = b2 − 4ac teremos:
4a2 x2 + 4abx + b2 − b2 + 4ac
=0
4
Logo, colocando 4a em evidência:
4a(ax2 + bx + c)
= 0 ⇔ ax2 + bx + c = 0
4
Justamente o que esperávamos encontrar. Mais uma vez,
se ∆ < 0, este resultado é igualmente válido. Mas não dis-
cutiremos isto aqui. Mas qual a utilidade disso? É o que
veremos adiante.
Simples, teremos:
a · (x − 13) · (x − (−7)) = 0
31 CAPÍTULO 1. EQUAÇÕES QUADRÁTICAS
Logo:
a · (x − 13) · (x + 7) = 0
Para a = 1, teremos:
(x − 13) · (x + 7) = 0 ⇔ x2 − 6x − 91 = 0
1 1 x1 + x2
+ =
x1 x2 x1 x2
Equações do 2o. Grau 32
Ou seja, como x1 + x2 = − ab e x1 · x2 = c
a, encontramos
1 1 b
x1 + x2 = − c .
1 1 m+n
Se m e n são as raízes teremos: m + n = mn . Então:
m+n − −12 12
= 351 =
mn 1
35
Podemos ir além e pensar em outras possibilidades; abaixo,
listamos algumas. Todas podem ser obtidas meramente ope-
rando com as raízes ou simplemente manipulando as expres-
sões de soma e produto das raízes:
x1 +x2
b
(i) Média aritmética: = − 2a ;
2
√ pc
(ii) Média geométrica: x1 x2 = a ;
2x1 x2 2c
(iii) Média harmônica x1 +x2 = b ;
Assim: 2
b c
x21 + x22 = − −2·
a a
Com base então do que você deve (ou deveria. . . ) saber
sobre produtos notáveis, deixamos algumas dessas relações:
33 CAPÍTULO 1. EQUAÇÕES QUADRÁTICAS
2
(i) Soma dos quadrados: x21 + x22 = − ab −2· c
a
√
(ii) Diferença dos quadrados: x21 − x22 = − b a∆
Logo:
(α + β)3 = α3 + 3αβ(α + β) + β 3
Ou seja:
α3 + β 3 = (α + β)3 − 3αβ(α + β)
Como α + β = − −2
1 e αβ =
1
1 temos:
α3 + β 3 = (2)3 − 3 · 1 · (1) = 2
a · Sn + b · Sn−1 + c · Sn−2 = 0
Para n = 2 teremos
1 · S2 + (−5) · S1 + 6 · S0 = 0
S2 + (−5) · (5) + 6 · 2 = 0 ⇒ S2 = 13
35 CAPÍTULO 1. EQUAÇÕES QUADRÁTICAS
S3 + (−5) · S2 + 6 · S1 = 0
Ou seja:
S3 + (−5) · 13 + 6 · 5 = 0 ⇒ S3 = 35
S4 + (−5) · S3 + 6 · S2 = 0
Calculando S4 :
S4 + (−5) · 35 + 6 · 13 = 0 ⇒ S4 = 97
Finalmente, para S5 :
S5 + (−5) · S4 + 6 · S3 = 0
Então:
S5 + (−5) · 97 + 6 · 35 = 0
Teremos S5 = 275.
Ficamos com:
2
(−b) · Sn + b · Sn−1 + b · Sn−2 = 0
3
Logo, dividindo tudo por b:
2
−Sn + Sn−1 + · Sn−2 = 0
3
Para o cálculo de S4 :
2
−S4 + S3 + · S2 = 0
3
Substituindo S3 e S2 , agora já conhecidos:
2 7 41
−S4 + 3 + · = 0 ⇔ S4 =
3 3 9
Agora S5 :
2
−S5 + S4 + · S3 = 0
3
Substituindo S4 e S3 :
41 2
−S5 + + ·3=0
9 3
Ufa! Finalmente temos S5 = 599 . Achou ruim?! Tente fazer
resolvendo o sistema para comparar:
m+n=1
m 3 + n3 = 3
Teríamos n = 1 − m e lógico:
m3 + (1 − m)3 = 3
Equações do 2o. Grau 38
Boa sorte.
Ou seja:
2
b bc c
x3 = − x+ 2
− x
a a a
Ou ainda: " 2 #
3 b c bc
x = − − ·x+ 2
a a a
Ou seja, já temos o cubo de uma das raízes. Poderíamos
agora, multiplicar por x2 e obter x5 em função de x3 , já
conhecida em função de x, e o processo simplesmente conti-
nuaria, a fim de obtermos potências ainda maiores das raízes
em função dela. Vejamos exemplos.
x3 = 3x2 − 2x
x3 = 3 · (3x − 2) − 2x ⇒ x3 = 7x − 6
a3 + b2 = 9.
x4 = 2x2 + x
Resolvendo: √
29 − 5 5
2α3 + 3β 4 =
2
Caso queira, você pode tentar elevar as raízes ao cubo e à
quarta potência pra conferir. Boa sorte!
√ √
As soluções y1 = −b+2a
∆
e y2 = −b−
2a
∆
, serão na realidade
uma etapa para acharmos as raízes da equação original que
√ √
serão da forma x1,2 = ± y1 e x3,4 = ± y2 , ou seja:
s √ s √
−b + ∆ −b − ∆
x1,2 = ± e x3,4 = ±
2a 2a
Ou seja, x1 + x2 + x3 + x4 = 0.
S = 2 + (−2) + 3 + (−3) = 0
e o produto é
36
P = 2 · (−2) · 3 · (−3) = 36 =
1
O interessante é a soma dos quadrados das raízes S 0 é:
2 · (−13)
S 0 = 22 + (−2)2 + 32 + (−3)2 = 26 = −
1
Então: √
−(−27) ± 169
x=
2·5
7
Portanto x1 = 4 ou x2 = 5 , não acredita? Confere lá.
v
L = ∆t . Dada a informação do problema, sendo V o vo-
lume total do tanque considerado, teremos L1 = Vt para a
V
primeira torneira e L2 = t+6 para a segunda torneira.