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Equação do segundo grau 

A equação do segundo grau recebe esse nome porque é uma equação polinomial cujo termo de
maior grau está elevado ao quadrado. Também chamada de equação quadrática, é representada
por:ax2 + bx + c = 0
Numa equação do 2º grau, o x é a incógnita e representa um valor desconhecido. Já as
letras a, b e c são chamadas de coeficientes da equação.
Os coeficientes são números reais e o coeficiente a tem que ser diferente de zero, pois do contrário
passa a ser uma equação do 1º grau.
Resolver uma equação de segundo Grau, significa buscar valores reais de x, que tornam a equação
verdadeira. Esses valores são denominados raízes da equação.
Uma equação quadrática possui no máximo duas raízes reais.
Equações do 2º Grau Completas e Incompletas
As equações do 2º grau completas são aquelas que apresentam todos os coeficientes, ou seja a, b
e c são diferentes de zero (a, b, c ≠ 0).
Por exemplo, a equação 5x2 + 2x + 2 = 0 é completa, pois todos os coeficientes são diferentes de
zero (a = 5, b = 2 e c = 2).
Uma equação quadrática é incompleta quando b = 0 ou c = 0 ou b = c = 0. Por exemplo, a equação
2x2 = 0 é incompleta, pois a = 2, b = 0 e c = 0
Exercícios Resolvidos
1) Determine os valores de x que tornam a equação 4x2 - 16 = 0 verdadeira.
Solução:
A equação dada é uma equação incompleta do 2º grau, com b = 0. Para equações deste tipo,
podemos resolver, isolando o x. Assim:
Note que a raiz quadrada de 4 pode ser 2 e - 2, pois esses dois números elevados ao quadrado
resultam em 4.
Assim, as raízes da equação 4x2 - 16 = 0 são x = - 2 e x = 2
As equações do 2º grau ou equações quadráticas são da forma: ax² + bx + c = 0, em que a, b e c
são números reais com a diferente de zero. a é o coeficiente de x², b é o coeficiente de x c é o
termo independente.

Uma equação do segundo grau é considerada incompleta, quando pelo menos um de seus


coeficientes, que não aquele que acompanha o termo x², é de valor zero.

O formato clássico da equação do segundo grau é o ax² + bx + c = 0, não é mesmo? Pois bem,
mas se uma equação do 2º grau for incompleta, pelo menos um de seus coeficientes,
que não aquele que acompanha o termo x², será de valor zero. Isso nos proporcionará uma série de
formatos diferentes, como os que vemos na figura abaixo:

Apesar de não serem esteticamente tão “bonitas” quanto uma equação no seu formato completo,
vejam que as equações acima permanecem sendo equações do 2º grau, porque o termo x² está
presente em todas elas.

Esse termo é quem caracteriza a equação como sendo “do 2º grau”, e por isso temos enfatizado
tanto que o coeficiente a, que acompanha o termo x², jamais pode ser zero. Se, b, c, ou ambos os
coeficientes forem iguais a zero, teremos apenas uma equação do 2º grau incompleta, mas se o
coeficiente a for igual a zero, então o termo ax2  deixará de existir, restando apenas uma expressão
tal como “bx + c = 0”, que representa, na verdade, uma equação do 1º grau.

Resolver uma equação do segundo grau, significa encontrar as suas duas raízes, que nada mais
são do que os valores de x que fazem com que a equação seja igual a zero. É por isso que
todos os formatos de equação que vimos até agora são sempre igualados a zero, porque só assim
é possível obter as raízes dessas equações. Então para resolver equações do 2º grau incompletas,
nós vamos lembrar um pouquinho como é que resolvíamos uma equação mais simples, a equação
do 1º grau.
3x – 6 = 0

3x = 6

x = 6/3

x = 2

Vejam que no exemplo acima, a equação do primeiro grau foi igualada a zero, como deve ser, e
para descobrirmos a raiz dessa equação, nós utilizamos apenas algumas operações básicas da
matemática para isolar a incógnita x, e só! Agora, experimentem isolar a incógnita x das equações
abaixo, tendo por objetivo encontrar as suas raízes, mas mantendo a igualdade das expressões ao
valor zero:

2x2 + 3x – 5 = 0

x2 – x – 6 = 0

x2 – 8x + 16 = 0

– x2 + 2x – 2 = 0

Não tem como não é mesmo? Por isso, quando as equações do 2º grau se encontram no
seu formato completo, é necessário utilizar a fórmula de Bhaskara, ou o método da soma e
produto para resolvê-las! Agora, se elas fossem incompletas, eu garanto a vocês que nós
conseguiríamos isolar a incógnita x utilizando apenas operações básicas da matemática, da
mesma forma que as equações do 1º grau são resolvidas. É justamente isso que nós vamos
aprender na sequência, a encontrar as duas raízes das equações do 2º grau incompletas apenas
isolando a incógnita x de cada caso. Vocês verão logo mais, que dependendo do coeficiente que
valer zero, nós faremos operações diferentes e teremos conclusões diferentes sobre as raízes das
equações. Vamos lá!

1. QUANDO OS COEFICIENTES b E c  SÃO IGUAIS A ZERO

Quando os coeficientes b e c de uma equação do 2º grau são iguais a zero, temos o caso mais
simples de resolução deste tipo de equação. Deem uma olhada nesse exemplo:

Pois é, o resultado foi igual a zero, mas o fato é que não haveria como ser diferente. Em um caso
como esse, independentemente do valor que o coeficiente a assumir, sempre serão obtidas duas
raízes reais e iguais a zero, que são representadas, em forma de conjunto solução, por
um conjunto unitário.

2. QUANDO O COEFICIENTE b É IGUAL A ZERO

Quando apenas o coeficiente b de uma equação do 2º grau é igual a zero, ainda temos um caso
bastante simples de resolução deste tipo de equação. Acompanhem o exemplo abaixo:
Vejam que para resolver essa equação, nós utilizamos apenas operações básicas da matemática,
incluindo a racionalização de denominadores. Mas o melhor de tudo, é que o resultado obtido se
mostrou muito mais interessante que o anterior, não é mesmo? Pois então, toda equação do 2º
grau, em que o coeficiente b é de valor zero, possuirá sempre duas raízes reais e iguais em
módulo, mas de sinais opostos ou simétricos:

3. QUANDO O COEFICIENTE c É IGUAL A ZERO

Quando apenas o coeficiente c de uma equação do 2º grau é igual a zero, temos definitivamente, o
caso mais complexo de resolução deste tipo de equação. Mesmo assim, eu garanto que de difícil as

resoluções a seguir não têm nada. Tudo será baseado na seguinte ideia:

Acima vocês veem um produto entre 3 fatores, no caso, x, y,  e z, mas é claro que esse produto
poderia se estender a 2, 4, 5, 6 ou a quantos fatores vocês desejassem. A grande questão aqui é: o
que pode fazer esse produto ser igual a zero?
Apesar de existirem diversas combinações que podem levar o resultado de um produto a zero,
como vemos nos cálculos acima, se pelo menos um dos fatores for igual a zero, então o resultado
será zero, independente dos valores dos demais fatores.Assim, através de um exemplo, nós vamos
descobrir exatamente onde aplicaremos tudo o que acabamos de aprender:

E agora, como isolar a incógnita x, se nesse caso ela se encontra nos dois termos da equação? Isso
é simples pessoal, desde que vocês já tenham ouvido falar na técnica que consiste em “colocar os
fatores comuns em evidência”. Observem que a incógnita x, é o único fator comum entre os dois
termos, e quando a colocamos em evidência, damos origem a um produto entre dois termos.

E não é que era justamente de um produto que nós falávamos anteriormente? Então, novamente
nós temos a presença de um produto cujo resultado deve ser zero. Para que isso aconteça, nós
sabemos que ou o primeiro termo, x, ou o segundo termo, x  + 5, ou os dois, devem ser iguais a
zero. Partindo desse pressuposto, nós devemos igualar esses dois termos separadamente a zero, e
de cada um dos cálculos irá surgir o valor de uma raiz da equação x² + 5x = 0.

Isso nos permite concluir, que toda equação do 2º grau, em que apenas o coeficiente c for igual a
zero, possuirá sempre duas raízes reais e distintas, sendo que uma delas sempre será de valor
zero. Essa raiz de valor zero, geralmente é obtida quando o termo que foi colocado em evidência na
equação é igualado a zero.

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