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Unidade 1
(Organização)
CÁLCULO DIFERENCIAL
E INTEGRAL I
CÁLCULO DIFERENCIAL
E INTEGRAL I
Curitiba
2015
Ficha Catalográfica elaborada pela Fael. Bibliotecária – Cassiana Souza CRB9/1501
FAEL
Direção Acadêmica Francisco Carlos Sardo
Coordenação Editorial Raquel Andrade Lorenz
Revisão e organização Maria Eugênia de Carvalho e Silva
Projeto Gráfico Sandro Niemicz
Capa Vitor Bernardo Backes Lopes
Imagem da Capa Shutterstock.com/Vasilius
Arte-Final Evelyn Caroline dos Santos Betim
Apresentação
– 4 –
1
Estudos de Limites
2x 2 − 5x − 3 (2x + 1) ⋅ (x − 3)
=f (x) =
x −3 x −3
À esquerda:
– 8 –
Estudos de Limites
Essa condição 0 < x − 3 nos leva a uma análise nos valores de f ( x ) nas
proximidades de 7, ou seja, para valores extremamente próximos de x = 3, e
isso pode ser melhor demonstrado pela figura 1 a seguir.
2x 2 − 5x − 3
Figura 1: Gráfico da função f(x) =
x -3
lim 2x + 1 =7
x →3
exista um número positivo δ tal que f ( x ) − L < ε para todo 0 < x − a < δ .
– 9 –
Cálculo Diferencial e Integral I
a x
Exemplo 1
Tomando como exemplo a função f(x) = 2x + 1 já estudada anterior-
mente, podemos determinar um valor para δ > 0 para o valor dado de e,
utilizando a definição formal de limites:
lim (2x + 1) =
7 ε = 0,002
x →3
f (3x + 4) − L < ε=
, com, ε 0,002
= e L 7
⇓
Assim: f (x) − 7 < 0,002 ⇒
Obs : Pela definição módulo, temos que :
− 0,002 < f (x) − 7 < 0,002
x < a, se somente se, − a < x < a, log o:
6,998 < f (x) < 7,002
– 10 –
Estudos de Limites
Teorema 2
Se c é uma constante, então para qualquer número a,
Lim c = c
x →a
Exemplo: Lim 17 = 17
x →2
Teorema 3
Lim x = a
x →a
Exemplo: Lim x = 5
x →5
Teorema 4
=
Lim f (x) L=
e Lim g(x) Q , então
x →a x →a
– 11 –
Cálculo Diferencial e Integral I
Teorema 5
=
Se Lim f1 (x) L=
1 , Lim f2 (x) =
L2 ,......., Lim fn (x) Ln então
x →a x →a x →a
Teorema 6
=
Lim f (x) L=
e Lim g(x) Q , então
x →a x →a
Teorema 7
=
Se Lim f1 (x) L=
1 , Lim f2 (x) =
L2 ,......., Lim fn (x) Ln , então,
x →a x →a x →a
Teorema 8
Se Lim f (x) = L, e "n" é um número inteiro positivo, então
x →a
Lim[f (x)]n = Ln
x →a
3
Exemplo: Lim(x + 3)3 = Lim(x + 3) = [ 5 ] = 125
3
x →2 x →2
Teorema 9
=
Lim f (x) L=
e Lim g(x) Q , então
x →a x →a
– 12 –
Estudos de Limites
f (x) L
=
Lim se, Q ≠ 0
x → a g(x) Q
Teorema 10
Lim f (x) = L, então,
x →a
=
Lim n f (x) n
L Se L ≥ 0 e n∈Ν ∗ , ou se L ≤ 0 e n∈Ν ∗ e ímpar.
x →a
64 64 4
=
Exemplo: Lim 3 3 =
Lim 3
x →3 x3 x →3 x 3
Esses teoremas explicam detalhadamente o processo do cálculo dos limites.
Podemos, agora, calcular, de maneira mais objetiva, os limites, fazendo
uma simples substituição do valor da tendência na variável da função.
Exemplos
x2 − 4 x + 5 32 − 4 ⋅ 3 + 5 2 1 1 3 3 3
1. lim = = = = ⋅ = =
x →3 3x − 3 3⋅3−3 6 3 3 3 9 3
3. lim 4x 2 = 64
x →−4
– 13 –
Cálculo Diferencial e Integral I
Assim, seja uma função f, cujo limite está assim definido: xlim
→a
f (x) ,
estamos interessados em analisar o valor de x em todo o intervalo aberto que
contém a, mas não o próprio a.
=
Assim, uma f (x) x − 2 não existe para x < 2 e f não está definida
para nenhum intervalo aberto contendo 2. Logo, lim x − 2 não tem
x →2
significado.
Porém, se x estiver definido para valores maiores que 2, a expressão
x − 2 passa a ter significado. Agora com essas colocações, vamos falar em
limite lateral a direita de 2.
Definição
Seja f uma função definida em todo um intervalo aberto (a,c). Então, o
limite de f(x) quando x tende a a pela direita é L, e escrevemos
lim = L se para todo ε> 0, existir um δ > 0 tal que Se 0 < x – a < δ, então
x →a +
f (x) − L < ε
.
Analogamente, podemos considerar na existência de um limite lateral à
esquerda de a onde a função não esteja definida para valores de x à direita de a.
– 14 –
Estudos de Limites
Gráfico
y
–1
Solução
lim f (x) =lim+ 1 =1 e lim f (x) =lim− − 1 =−1
x →0+ x →0 x →0− x →0
=1 = −1
O lim
x →a
f (x) existe e será igual a “L” se e somente se
=
lim =
f (x) lim f (x) L
x →a + −
x →a
y
4
Esboce o gráfico e 3
encontre o limite da f ( x ) 2
– 15 –
Cálculo Diferencial e Integral I
Solução
lim f (x)= lim+ (x)= e lim f (x)= lim− ( − x)=
x →0+ x →0 x →0− x →0
0= 0
=
lim f (x) lim 4=
−t e =
lim f (x) lim t =
+4
x →−4 + x →−4 + x →−4 − x →−4 −
8= 0
Não existe limite, pois os limites de f(x) com x tendendo a –4, pela
direita e pela esquerda, são diferentes.
x −3
que no ponto x = 3, a função não existe.
– 16 –
Estudos de Limites
Definição
Uma função é contínua em algum ponto a do domínio se, e somente se:
= =
f (a) Lim+
f (x) Lim− f (x)
x →a x →a
Exemplo 5
2x + 3 se x ≠ 1
Seja a função f definida por f (x) = . Verificar se a
2 se x = 1
mesma é contínua em x =1.
Determinar:
f (1) = 2
Lim+ 2x + 3 = 2 ⋅ (1) + 3 = 5
x →1
Lim− 2x + 3 = 2 ⋅ (1) + 3 = 5
x →1
Graficamente
– 17 –
Cálculo Diferencial e Integral I
Como:
f (1) = 2
Lim
x →1+
f (x)
=
Lim f (x) =
Lim f (x) 5, Logo Lim f (1) ≠
x →1+ x →1−
Lim
x →1−
f (x)
A função é descontínua em x = 1.
– 18 –
Estudos de Limites
Definição 1
Uma função definida em um intervalo semi-aberto [a,b) será contínua
em [a; b), se ela for contínua no intervalo (a,b) e contínua à direita de a.
Definição 2
Uma função definida em um intervalo semi-aberto (a; b] será contínua
em (a; b] se ela for contínua no intervalo (a,b) e contínua à esquerda de b.
Exemplo 7
=
Verificar se a f (x) x 2 − 9 é contínua em [3; + ∞)
f=
(3) x2 − 9
f (3)= 32 − 9= 0
Lim+ x 2 =
−9 (3+ )2 =
−9 0
x →3
– 19 –
Cálculo Diferencial e Integral I
Atividades
1. Dada a função f(x), e sabendo que lim f ( x ) = L , usando a definição de
x →a
=
lim 2 x − 5 1, =ε 0,01
x →3
x 2 − 4 se x < 2
=
2. Verifique se a função f ( x ) = 4 se x 2 é uma função con-
se x > 2
4 − x
2
tínua em x = 2.
b) m ⋅ lim
x →a
f ( x ) + n ⋅ lim g ( x )
x →a
1
c) m ⋅ lim f ( x ) + lim g ( x )
x →a n x →a
1
d) (m + ) lim f ( x ) + g ( x )
n x →a
x − 2, se x ≤ 1 x 2 , se x < 2
4. Sejam f ( x ) = e g(x ) =
, pode-
2 x − 5, se x > 1 x + 2, se x ≥ 2
mos afirmar que:
– 20 –
Estudos de Limites
– 21 –
2
Formas indeterminadas
e limites no infinito
0
2.1 Forma indeterminada (com x→a, com a ≠ 0)
0
Procedimentos:
22 se for possível, fatora‑se a expressão, e após simplifica‑se;
22 ou dividem‑se o numerador e o denominador se possível.
Exemplo 1
x 2 − 49
1) lim
x →7 x − 7
Aplica‑se a tendência
7 2 − 49 0
1) lim = em seguida, aplica‑se
x →7 7 − 7 0
x 2 − 49 (x + 7) ⋅ ( x − 7 )
lim ⇒ lim ⇒ lim(x + 7) =
14
x →7 7 − 7 x →7 x −7 x →7
Exemplo 2
2x 2 − 9x − 5 2.(5)2 − 9.(5) − 5 0
=
lim = indeterminado;
3x 2 − 75 3. ( 5 ) − 75
2
x →5 0
2(x − 5) x + 2(x − 5) x +
1 1
lim 2
= lim 2
x →5 3(x − 25)
2 x → 5 3(x − 5)(x + 5)
2 x +
1
2 11
= lim
=
x → 5 3(x + 5) 30
– 24 –
Formas indeterminadas e limites no infinito
0
2.2 Forma indeterminada (com x → 0)
0
Procedimento:
22 dividir o numerador e o denominador pela menor potência de x
se possível.
Exemplo 3
3x − 2
lim
x →+∞ 2x + 1
Aplicando a tendência
3x − 2 ∞
lim =
x →+∞ 2x + 1 ∞
3x 2
−
x x
lim
x →+∞ 2x 1
+
x x
3−0 3
lim =
x →+∞ 2 + 0 2
– 25 –
Cálculo Diferencial e Integral I
Exemplo 4
5x + 7
lim
x →+∞ 9x + 3
x 5 + 5+ 7 5+ 7
7
5x + 7 x x = ∞ (5 + 0) 5
lim = lim = lim = =
x →+∞ 9x + 3 x →+∞
x 9 +
3 x →+∞ 3 9 + 3 ( 9 + 0) 9
9+
x x ∞
k k
Obs.: quando temos uma fração do tipo n
, com k ∈ R o lim n e
x x →+∞ x
k
lim tende a ser zero respectivamente, e essa definição será utilizada
x →−∞ x n
Exemplo 5
x 5 3 + − 2 + 5
1 8 3
3x + x − 8x + 3
5 4 3
x x x
lim = lim
x →−∞ 4x 5 + x 3 + x 2 + x + 2 x →−∞ 5
x 4 + 2 + 3 + 4 + 5
1 1 1 2
x x x x
3 3
= lim
=
x →−∞ 4 4
– 26 –
Formas indeterminadas e limites no infinito
Exemplo 6
1. lim 2 − = ∞ − ∞
1 1
x →0 x + x x
1 − (x + 1) 1 − x − 1 lim −x 0 ,
lim = lim= = indeterminado, mas:
x →0 x + x
2 x →0 x + x
2 x →0 x 2 + x 0
indeterminado, mas:
−x
x = lim −1 = −1
lim 2
x →0 x x x →0 x + 1
+
x x
−x −x −1
lim 2 = lim = lim = −1
x →0 x + x x → 0 x(x + 1) x →0 x + 1
Exemplo 7
x x +1 x − x 2 − 3x − 2 − x 2 − 2x − 2
lim± 2= − lim = lim
x →2±
x →2 x − 4 x − 2 x →2± x2 − 4 x −4
2
− x 2 − 2x − 2
o lim− tende a ser + ∞.
x −4
2
x →2
– 27 –
Cálculo Diferencial e Integral I
Exemplo 8
2x
1. lim ( x − 3) x − 4
x →4
2x
=
ln y ⋅ ln [lim (x - 3)]
x-4 x →4
2x
=
ln y ⋅ ln [lim (4 - 3)]
x-4 x →4
2x
=
ln y ⋅ ln 1]
x-4
ln y = 0
=
y e0 ⇒ 1
Então,
2x
lim(x - 3) x -4 = 1
x →4
– 28 –
Formas indeterminadas e limites no infinito
Exemplo 9
1
cos x −1
lim(sen 2x + 1) =
x →0
1
cos x −1
=ln y ln lim(sen 2x + 1)
x →0
1
ln y = ⋅ ln lim(sen 2x + 1)
cos x − 1 x →0
1
=
ln y ⋅ ln 1
cos x − 1
1
=
ln y ⋅0
cos x − 1
ln y = 0
y = e0
1
cos x −1
y= 1 log o, y= lim(sen 2x + 1) = 1
x →0
Demonstração:
Representando o ciclo trigonométrico das funções sen, cos e tg, para
uma arco comum x, iremos obter a figura 2.1 a seguir:
– 29 –
Cálculo Diferencial e Integral I
De acordo com o a figura acima, é possível observar que: sen x < x < tg x.
Dividindo a sentença por sen x, temos:
sen x x tg x
< <
sen x sen x sen x
x 1
1< <
sen x cos x
x 1
lim1 < lim < lim
x →0 x →0 sen x x → 0 cos x
x
1 < lim <1
x →0 sen x
sen x
Logo, podemos concluir que lim = 1.
x →0 x
Exemplo 10
sen 4x
lim
x →0 2x
– 30 –
Formas indeterminadas e limites no infinito
Aplicando a tendência
sen 4x 0
lim =
x →0 2x 0
Como o arco da função trigonométrica que compõe o limite é igual a 4x
e o valor da função no denominador é igual a 2x, devemos procurar artifícios
matemáticos que nos proporcionam a igualdade do arco da função no nume-
rador com a função do denominador. Assim, multiplicando o numerador e
denominador por 2 temos:
sen 4x sen 4x sen 4x
lim = lim 2 ⋅ = 2 ⋅ lim = 2 ⋅ 1= 2
x →0 2x x →0 2 ⋅ 2x x →0 4x
Exemplo 11
sen 5x
lim
x →0 x
Aplicando a tendência
sen 5x 0
lim =
x →0 x 0
Vamos multiplicando o numerador e o denominador por 5. Teremos
sen 5x 5 ⋅ sen 5x sen 5x
lim = lim = 5 ⋅ lim = 5 ⋅ 1= 5
x →0 x x →0 5⋅x x →0 5x
– 31 –
Cálculo Diferencial e Integral I
x
1 + 1
x
x
1 2
2 2,25
3 2,3703
10 2,5937
100 2,7048
1000 2,7169
10000 2,7181
100000 2,7182
px
k k
Assim, podemos concluir que lim 1 + para todo k, p e x ∈ IR*
x →∞
px
px
k k
tende a ser igual a e e ≅ 2,7182818, logo temos que, lim 1 + =
e
x →∞
px
Exemplo 12
7
x 7 7
x
7
lim 1 + = lim 1 + = e 7
x →∞ x x →∞ x
Exemplo 13
3
x 3 3
5x 5
3
3
lim 1 + = lim 1 + = e5
x →∞ 5x x →∞ 5x
– 32 –
Formas indeterminadas e limites no infinito
3
x f (x) =
(x − 3)2
4 3
3,5 12
3,1 300 3
Então, lim+ = +∞
3,01 30.000 x →3 (x − 3)2
3,001 3.000.000
À esquerda de x = 3
3
x f (x) =
(x − 3)2
2 3
2,5 12
3
2,9 300 Então, lim− = +∞
x →3 (x − 3)2
2,99 30.000
2,999 3.000.000
– 33 –
Cálculo Diferencial e Integral I
Se para qualquer número N > 0, existir um δ > 0 tal que 0 < |x – a| < δ,
então, f(x) > N.
−3 .
Seja f uma função definida pela equação f ( x ) =
(x − 3)2
– 34 –
Formas indeterminadas e limites no infinito
À direita de x = 3.
−3
x f (x) =
(x − 3)2
4 –3
3,5 –12 −3
Então, lim+ = −∞
3,1 –300 x →3 (x − 3)2
3,01 –30.000
3,001 –3.000.000
À esquerda de x = 3.
−3
x f (x) =
(x − 3)2
2 –3
−3
2,5 –12 Então, lim− = −∞
2,9 –300
x →3 (x − 3)2
2,99 –30.000
2,999 –3.000.000
– 35 –
Cálculo Diferencial e Integral I
Definição 2
Seja f uma função definida em um intervalo aberto que contém a
exceto o a. Quando x tende a a , f(x) decresce indefinidamente e temos
lim f (x) = −∞ .
x →a
3x
Seja a função f definida por f (x) = . Então, o gráfico será definido assim
x −1
– 36 –
Formas indeterminadas e limites no infinito
3x
lim = +∞
x →1+ x −1
3x
lim = −∞
x →1 − x −1
Comentários:
22 quando x se aproxima de 1 pelo lado direito, ou seja, para valores
próximos a 1, como por exemplo 1,000001, o valor correspon-
dente da imagem para esse valor tende a um valor extremamente
grande, ou seja, mais infinito;
22 quando x se aproxima de 1 pelo lado esquerdo, ou seja, para valo-
res próximos a 1 como por exemplo 0,999999, o valor correspon-
dente da imagem para esse valor tende a um valor extremamente
pequeno, ou seja, menos infinito.
Teorema 1
Seja k um número real qualquer e n um número inteiro positivo, então,
teremos dois desdobramentos:
k
1. lim+ = +∞ e
x →0 xn
Exemplo 14
Desdobramento 1:
1
lim+ = +∞ e
x →0 x5
1
lim+ = +∞
x →0 x6
– 37 –
Cálculo Diferencial e Integral I
Desdobramento 2:
1
lim = −∞ e
x →0− x5
1
lim− = +∞
x →0 x6
Teorema 2
Seja f uma função racional, onde o limite do denominador é nulo e o
limite do numerador diferente de zero. Então podemos escrever:
Se "a" ∈ R e lim f (x) =
0 e lim g(x) =
q, onde q ≠ 0
x →a x →a
– 38 –
Formas indeterminadas e limites no infinito
+
3x 3 ⋅ (1 )
2. lim+ = + = +∞
x →1 x − 1 (1 ) − 1
+ 2 +
x 2 + 2x + 5 (3 ) + 2 ⋅ (3 ) + 5 20
3. lim+ = = = +∞
x →3 x 2 − 2x − 3 (3+ )2 − 2 ⋅ (3+ ) − 3 0 +
− 2 −
x 2 + 2x + 5 (3 ) + 2 ⋅ (3 ) + 5 20
4. lim− 2 = − 2 = = −∞
x → 3 x − 2x − 3 (3 ) − 2 ⋅ (3− ) − 3 0 −
Teorema 3
Se lim f (x) = +∞ e lim g(x) = q, onde q é uma constan te qualquer, então,
x →a x →a
Exemplo 16
1 5 5
lim = +∞ e lim+ =
x → 3+ x −3 x → 3 x+4 7
1 5
lim+ + = +∞
x →3 x − 3 x + 4
Teorema 4
Se lim f (x) = +∞ e lim g(x) = q, onde q é uma constan te qualquer, então,
x →a x →a
– 39 –
Cálculo Diferencial e Integral I
Exemplo 17
7 x+5
lim = +∞ e lim+ =9
x →4 + (x − 4) 2
x → 4 (x − 5)2
7 x+5
lim+ ⋅ 2
= +∞
(x − 4) (x − 5)
2
x →4
Teorema 5
Se lim f (x) = − ∞ e lim g(x) = q, onde q é uma constante qualquer, então,
x →a x →a
Exemplo 18
−7 x+5
lim+ = −∞ e lim+ =2
x →3 (x − 3) 2
x → 3 (x − 5)
2
−7 x+5
lim ⋅ 2
= −∞
(x − 3) (x − 5)
2
x → 3+
– 40 –
Formas indeterminadas e limites no infinito
3x 2
Seja f (x) = . Vamos considerar valores de x variando de zero até
x2 + 1
valores bem maiores que zero.
3x 2
x f (x) =
x2 + 1
0 0
1 1,5
3 2,7
5 2,88
10 2,97
100 2,9997
1000 2,999997
Graficamente
ε > 0, tão pequeno quanto se queira, existir um número N > 0 tal que se
x > N, então,
– 41 –
Cálculo Diferencial e Integral I
3x 2
x f (x) =
x2 + 1
–1 1,5
–2 2,4
–3 2,7
–5 2,88
–10 2,97
–100 2,9997
–1000 2,999997
Graficamente
Definição
Seja f a função definida para x ≤ 0. Então o lim f (x) = L quando x
x →−∞
– 42 –
Formas indeterminadas e limites no infinito
3x 2
lim =3
x →−∞ x2 + 1
Exemplo 19
Calcule o limite
5x − 7
1. lim
x →+∞ 10x + 4
x 5 −
7 7
5− 1
5
1. lim
x ∞ =
⇒ lim =
4 10 2
x 10 +
x →+∞ 4 x →+∞
10 +
x ∞
– 43 –
Cálculo Diferencial e Integral I
Gráfico
Atividades
1. De acordo com os conceitos de limites fundamentais temos que
sen(3 x )
lim é igual a:
x →0 x
1
2. Aplicando os conceitos de limites, determine o valor de lim± :
x →2 x −4
2
– 44 –
Formas indeterminadas e limites no infinito
a) R$ 16 000 000,00
b) R$ 8 000 000,00
c) R$ 48 000 000,00
d) R$ 64 000 000,00
4 5 −4 4
a) b) c) d)
3 4 5 5
– 45 –
3
A diferencial
x 1 1
xa ya 1 = 0
xb yb 1
– 48 –
A diferencial
= 0º
y
0º < < 90º
– 49 –
Cálculo Diferencial e Integral I
Obs.: para o ângulo de 90o, temos que a tg 900 não está definida no
conjunto de reais.
– 50 –
A diferencial
y b _ ya
m= tg α= , xb ≠ xa
xb _ xa
y b _ ya
partindo da equação m = , chegaremos à expressão,
xb _ xa
yb − y=a m(xb − xa ) e generalizando, teremos, y − ya= m(x − xa ) que
representa a equação da reta r no espaço.
Soubemos que m é o coeficiente angular da reta tangente à curva em
um ponto qualquer. Podemos dizer então que m = f ’(x), sendo f ’(x) a
primeira derivada da função f(x).
Portanto, podemos reescrever a equação acima como sendo
y – ya = f ’(x) (x – xa)
Exemplo 1
1. Escrever a equação da reta tangente à curva f ( x ) = x2 + 1 no ponto A
(2, 5) com f `( x ) = 2 x. (obs.: estaremos ainda neste capítulo, demons-
trando os cálculos para se obter o valor de f`(x) = 2x). Substituindo
a coordenada x = 2 do ponto na primeira derivada, vamos obter:
– 51 –
Cálculo Diferencial e Integral I
m = f ` ( x ) = 2 . (2) = 4
y – ya = f `( x ) ( x – xa )
y–5=4(x–2)
y – 5 = 4 x – 8 então, y = 4x – 3
O gráfico de y = x2 + 1
x y
0 1
1 2
2 5
-1 2
-2 5
– 52 –
A diferencial
1
Assim, equação da reta normal é expressa da forma y – y a= t ( x – xa).
m
No exemplo anterior, o valor determinado pela declividade é 4. Então, o
valor do m t = –1/4 e a equação da reta normal ficam assim:
x 1
y − 5 =− +
4 2
4 y − 20 =− x + 2
− x + 22
y=
4
3.4 Derivada
Seja f uma função definida num intervalo aberto ]a,b[ e x0 um ponto desse
∆y f (x0 + ∆x) - f (x0 )
intervalo. O limite lim = lim , quando existe, isto é,
∆x → 0 ∆x ∆x → 0 ∆x
quando é um número real, recebe o nome de derivada da função f no ponto x0.
– 53 –
Cálculo Diferencial e Integral I
Exemplo 2
Determinar =
a derivada f (x) x=
2
, no ponto x0 2.
Exemplo 3
Determinar a derivada de f (x) =
2x − 1, no ponto x0 =
1.
f (x0 + ∆x) − f (x0 ) [2(x0 + ∆x) −1]− f (x0 )
=
y '(1) lim lim ,
∆x → 0 ∆x ∆x → 0 ∆x
como x0 = 1 temos que;
[2.1 + 2 ∆x − 1] − 1 2 ∆x
=
lim = lim = lim = 2 2
∆x → 0 ∆x ∆x → 0 ∆x ∆x →0
Exemplo 4
=
Determinar a derivada de f (x) =
x , no ponto x0 4.
– 54 –
A diferencial
Exemplo 5
x 2 se x < 1
Considere a função definida por f (x) = . Como o
2x − 1 se x ≥ 1
limx →1 f (x)= 1= f (1), segue que f é continua em 1. Determinando seu
Exemplo 6
3 − 2x se x < 2
Considere a função f definida por: f (x) = . Como o
x − 3 se x ≥ 2
lim f (x) =−1 =f (2) , segue que f é contínua em 2. No entanto, se formar-
x →2
– 55 –
Cálculo Diferencial e Integral I
– 56 –
A diferencial
Definição:
Quando os dois pontos P e M, pertencentes a uma curva, se aproximam
indefinidamente, a reta secante que passa por P e M acaba por transformar‑se
na tangente à curva no ponto M, ou seja, calculamos o limite da razão incre-
mental ∆x, quando a distância entre os dois pontos P e M tende a zero.
P
f(x + x)
secante P1
P2
M
f(x)
PM
x
0 x x + x
x
Atividades
1. Encontre a equação da reta tangente à curva no seguinte caso:
– 57 –
Cálculo Diferencial e Integral I
y = x2 + x – 2 no ponto A( 1, 0 )
2. A derivada da função f ( x=
) x 3 + x 2 , é expressa por:
f ( x + ∆x ) − f ( x )
3. Utilizando a definição de derivada lim , determine a
∆x →0 ∆x
função f`(x) de f (=
x ) 4 x 2 + 2 é.
a) 4x + 2 c) 2x2 + 2
b) 8x + 2 d) 8x
– 58 –
Referências
Cálculo Diferencial e Integral I
– 160 –
Faculdade Educacional da Lapa
Unidade 2
(Organização)
CÁLCULO DIFERENCIAL
E INTEGRAL I
CÁLCULO DIFERENCIAL
E INTEGRAL I
=
Se f (x) 3,=
então f '(x) 0
Exemplo
Se f (x)= x 3 , então f '(x)= 3 ⋅ x 2
Exemplo
5⋅1
g(x) =
3x 5 ,temos g '(x) =
3 ⋅ 5x =
15x 4
– 60 –
Regras básicas para diferenciação
Se f (x) =
g(x) + h(x), implica que f '(x) =
g '(x) + h'(x),
Exemplo
Exemplo
Seja:
x2 x2
f (x) =(7 + x 3 ) + 2 , logo f '(x) =(3x 2 ) ⋅ + 2 + (7 + x 3 ) =
2x
3 3 3
Exemplo
1 6x 2 3x 2 3 3x −4
Seja f =
(x) , logo f =
'(x) = = =
2x 3 4x 6 2x 6 2x 4 2
– 61 –
Cálculo Diferencial e Integral I
Exemplo
(x 3 − 2) (x + 3) 3x − (x − 2) 2x 3x 4 + 9x 2 − 2x 4 + 4x
2 2 3
=
Se: f (x) = = =
(x 2 + 3) (x 2 + 3)2 (x 2 + 3)2
x 4 + 9x 2 + 4x
=
(x 2 + 3)2
Exemplo
Se g(x) = (x 3 − 1)5 , então g '(x) = 5(x 3 − 1)4 ⋅ 3x 2 = 15x 2 ⋅ (x 3 − 1)4
Exemplo
= =
f (x) sen x 2 temos f '(x) 2xcos x 2
Exemplo
f (x) =cos2x temos f '(x) =−2 ⋅ sen 2x.
– 62 –
Regras básicas para diferenciação
Exemplo
=f (x) tg=
3x temos f '(x) 3 sec 2 3x
Exemplo
f (x) = co g5x f '(x) = −5cos sec 2 5x
Exemplo
= =
f (x) sec x 3 temos f '(x) 3x 2 sec x 3 ⋅ tgx 3
Exemplo
f (x) =
cossec 2x 3 temos f '(x) =
−6x 2 ⋅ cossec ⋅ 2x 3 ⋅ cotg ⋅ 2x 3
Exemplo
D=
xe
u
Dx u ⋅ e u
– 63 –
Cálculo Diferencial e Integral I
Exemplo
=f (x) e=
2x
temos f '(x) 2 e 2 x
Exemplo
5
= =
f (x) log3 5x temos f '(x)
5x ⋅ ln3
Exemplo
2x
=
f (x) arcsen x 2 temos f '(x)
1 − x4
– 64 –
Regras básicas para diferenciação
– 65 –
Cálculo Diferencial e Integral I
Exemplo
−3x 2
=
f (x) arccossec x 3 temos f '(x)
x3 x6 − 1
Atividades
Utilizando as regras de diferenciação, determine a derivada das funções nas
atividades um e dois.
2. y = senx . cos.
2
a) f ' ( x ) = 3 sec 3 x c) f ' ( x ) = tg 3 x
tg 3 x ln 3 tg 3 x ln 3
tg 3 x 3tg 2 3 x
b) f ' ( x ) = d) f ' ( x ) =
3 ln 3 3sec 2 3 x ln 3
4. Se f ( x ) =tg x ⋅ sen x + x 3 , sua derivada é
– 66 –
Regras básicas para diferenciação
– 67 –
Referências
Cálculo Diferencial e Integral I
– 160 –
Faculdade Educacional da Lapa
Unidade 3
(Organização)
CÁLCULO DIFERENCIAL
E INTEGRAL I
CÁLCULO DIFERENCIAL
E INTEGRAL I
A função é crescente no intervalo, quando para x1 < x2, temos f(x1) < f(x2).
É dita decrescente, quando x1 < x2, temos f(x1) > f(x2). Vamos testar o cresci-
mento e decrescimento de uma função, aplicando a derivada.
I. se f ’(x) > 0, ∀ x pertencente todo o intervalo definido a função é
crescente.
II. se f ’(x) < 0, ∀ x pertencente todo o intervalo definido a função é
decrescente.
Uma ferramenta importante no estudo sobre a monotocidade de uma
função é o Teorema do valor médio.
– 70 –
Determinação da monotocidade de uma função através do teorema do valor médio
– 71 –
Cálculo Diferencial e Integral I
Demonstração:
Consideremos, inicialmente, a reta que passa pelos pontos (a, f(a)) e
(b, f ( b )), isto é:
f (b) − f(a)
=
y − f (a) ⋅ (x − a)
b−a
Essa reta é o gráfico da função
f (b) − f (a)
=
t(x) ⋅ (x − a) + f (a)
b−a
Seja g a função que é a diferença entre f e t, isto é g(x) = f (x) – t(x).
f (b) − f (a) ⋅ (x − a) + f (a)
Assim, g(x)= f (x) −
b−a
quando x = a, temos:
f (b) − f (a)
g(a) = f − ⋅ (a − a) + f (a) = f (a) − f (a) =0
b−a
e, quando x = b, temos:
f (b) − f (a)
g(b)= f (b) − ⋅ (b − a) + f (a) = f (b) − f (b) − f (a) + f (a)= 0
b−a
– 72 –
Determinação da monotocidade de uma função através do teorema do valor médio
isto é,
f (b) − f (a)
f '(c) − como queríamos demonstrar.
b−a
Demonstração
Precisamos provar que, para quaisquer que sejam x1 e x2 em um intervalo,
com x1< x2, teremos f(x1) < f(x2).
Sejam então x1 e x2 no intervalo, com x1< x2: por hipótese, f é contínua,
no intervalo [x1; x2], e derivável em todo ponto interior a esse intervalo. Logo,
pelo TVM, existe c.
f (x2 ) − f (x1 )
c ∈ ]x1 ; x2 [ / f '(c) −
x2 − x1
f (x2 ) − f (x1 )
> 0
x2 − x1
– 73 –
Cálculo Diferencial e Integral I
Exemplo 1
x2
Seja a função definida por f (x) = .
6
I. Verifique a hipótese de teorema do valor médio para a função no
intervalo [6,2].
f (6) − f (2)
II. Ache um valor para c no intervalo (2,6) tal que f '(c) = .
6−2
Solução
2 16
6−
c 3 c 3
= ⇒ = ⇒ 4c = 16 ⇒ c = 4. Portanto, c ∈ (2,6).
3 6−2 3 4
Exemplo 2
Seja a função f(x) = x2 – 6x + 7 em 0 ≤ x ≤ 5.
Portanto, f ‘(x) = 2x – 6), quando x = 3, a função se anula que é o único
valor crítico. Os valores de f(x) no ponto crítico e nos extremos de seu
domínio é:
– 74 –
Determinação da monotocidade de uma função através do teorema do valor médio
f (0) = 0 2 − 6 ⋅ 0 + 7 = 7
f (3) =32 − 6 ⋅ 3 + 7 =−2
f (5) = 5 2 − 6 ⋅ 5 + 7 = 2
Exemplo 3
Se f (x) = x 3 − 2x 2 + x + 1, para determinar o crescimento ou decresci-
mento da função é preciso determinar a derivada da função. Portanto,
f '(x) = 3x 2 − 4x + 1 = (x − 1)(3x − 1) , (fatorando o polinômio do
1
segundo grau) com isso temos dois pontos críticos = x 1=ex , pois
3
são raízes de f ’(x) = 0.
f ( −1) =( −1)3 − 2( −1)2 + ( −1) + 1 =−3
3 2
f = − 2 + + 1=
1 1 1 1 31
= 1,1481
3 3
3 3 27
f (1) = 13 − 2.12 + 1 + 1 = 1
f (2) = 2 3 − 2.2 2 + 2 + 1 = 3
– 75 –
Cálculo Diferencial e Integral I
1
Concluímos que a função tem dois pontos críticos x = e o ponto crí-
1 3
tico x =1. Portanto, a função é crescente para x < ou x > 1 e decrescente
1 3
para < x < 1 .
3
Vimos, nesta aula, com a ajuda do teorema do valor médio o intervalo
onde as funções crescem ou decrescem. A partir de agora determinaremos
os valores máximos e mínimos de uma função. Esses valores são determina-
dos com o uso da reta tangente, com a diferenciação e com o crescimento e
decrescimento de funções.
– 76 –
Determinação da monotocidade de uma função através do teorema do valor médio
1
nem mínimo, como foi visto em limites. A função f (x) = no intervalo
x
(0,2) não tem máximo nem mínimo. Porém se considerarmos o intervalo
(0,2], ela admitira o valor máximo no extremo x = 2. Portanto, toda vez que
uma função for contínua e seu domínio for um intervalo fechado, ela terá
máximo e mínimo.
Se uma função f possui um máximo ou um mínimo em um ponto,
dizemos que f possui um extremo relativo nesse ponto. Chamaremos o
ponto máximo ou mínimo de ponto crítico. Logo, esse ponto crítico será um
máximo ou mínimo da função.
Exemplo 4
Seja a função f (x) = x 2 − 6x + 5 em 0 ≤ x ≤ 5 . Calculando a derivada
de f(x), encontraremos como solução f`(x) = 2x − 6 , tendo como zero
o valor x = 3, que é o ponto crítico da função. Determinando os valores
de f(x) nos extremos, nesse ponto crítico teremos:
f (0) = 0 2 − 6 ⋅ 0 + 5 = 5
f (5) = 5 2 − 6 ⋅ 5 + 5 = 0
f (3) =32 − 6 ⋅ 3 + 5 =−4
– 77 –
Cálculo Diferencial e Integral I
– 78 –
Determinação da monotocidade de uma função através do teorema do valor médio
Atividades
Nas atividades um e dois, determine os extremos absolutos, das funções dadas.
1. f (x ) =− x 2 + 5 x − 4 em [0;5] .
Logo a função possui:
22 Máximo absoluto em 9/4 para x = 5/2;
22 Mínimo absoluto em –4 para x = 0 e x = 5.
2x − 1 se x ≤ 2
2. f (x) em [−3;4]
2x − 5 se x > 2
2
x − 3, se x < 4 é decres-
2
3. O intervalo(s) em que a função f (x) =
cente pode ser: 10 − 3x se x ≥ 4
a) ]0 ; 2[ c) (-∞ ; 4]
b) [0 ; 4] d) [4 ; +∞)
– 79 –
Cálculo Diferencial e Integral I
a) y = 90 c) y = 40,5
b) y = 70 d) y = 25
– 80 –
Referências
Cálculo Diferencial e Integral I
– 160 –
Faculdade Educacional da Lapa
Unidade 4
(Organização)
CÁLCULO DIFERENCIAL
E INTEGRAL I
CÁLCULO DIFERENCIAL
E INTEGRAL I
– 82 –
Ponto de inflexão e concavidade de uma função
Exemplo 1
Determine na função abaixo, o intervalo onde a função f(x) = 2x3 –
1
– 7x + 2, possui o gráfico com concavidade voltada para baixo ou
2x 2
para cima.
1
f(x) = 2x3 – –7x + 2
2x 2
Gráfico de f(x)
f`(x) = 6x2 – x –7
f``(x) = 12x –1
1
f``(x) = 0 , temos como raiz de f``(x) = .
12
1
Atribuindo valores menores que 12 em f``(x) temos que:
1
22 f``(x) < 0 → Concavidade para baixo para x <
12
1
Atribuindo valores maiores que em f``(x) temos que:
12
1
22 f``(x) > 0 → Concavidade para cima para x > .
12
– 83 –
Cálculo Diferencial e Integral I
Exemplo 2
Determine os pontos de inflexão da função f(x) = x3.
A primeira derivada de f ’(x) = 3x2. Portanto, a segunda derivada é f ’’(x)
= 6x. Como f‘’’ é contínua em toda parte e é zero se x = 0. Temos que
(0,0) é um ponto de inflexão da função f.
– 84 –
Ponto de inflexão e concavidade de uma função
Exemplo 3
Determinando os extremos relativos da função usando o teste da segunda
derivada, para a função:
1
f (x) = x 3 − 3x 2 + 5x + 3 ⇒ f`(x) = x 2 − 6x + 5 =(x − 5) ⋅ (x − 1)
3
– 85 –
Cálculo Diferencial e Integral I
16
Como o teste da segunda derivada implica que f (1)= é um máximo
3
relativo de f. Além disso f ''(5) =2(5 − 1) =8 > 0 e o teste da segunda
16
derivada implica que f (5) = − é um mínimo relativo de f, o que
3
confirma os resultados obtidos. Observe o gráfico:
Atividades
Determine em cada função das atividades um e dois os intervalos onde o
gráfico das funções é côncavo para cima ou para baixo.
5
=
2. f (x) x− .
x
– 86 –
Ponto de inflexão e concavidade de uma função
– 87 –
7
Aplicações de derivadas
– 90 –
Aplicações de derivadas
– 91 –
Cálculo Diferencial e Integral I
Exemplo 2
Suponha que o custo total semanal incorrido pela Empresa S &
A para a fabricação de x maquinas seja dado pela função custo total
C(x)= 800 + 200x − 0,2x 2 (0 ≤ x ≤ 400) . Determine o custo total envol-
vido na fabricação da 251‑ésima máquina, a taxa de variação da função
custo total com a relação a x = 250.
C(x)= 800 + 200x − 0,2x 2 (0 ≤ x ≤ 400) o custo atual envolvido na
produção da 251‑ésima da maquina é igual à diferença entre o custo de
produção de 251 e 250 maquinas.
C(251) – C(250) = [8000 +200.(251) – 0,2.(251)2] – [8000+200.(250)
– 0,2(250)2 = 99,80.
A taxa de variação do custo total C com relação a x é dada pela deri-
= 200 − 0,4x , assim para a produção de
vada de C, isto é, C'(x)
250 temos:
C'(250) = 200 − 0,4 ⋅ (250) = 100 .
3t – 1 t –1 Conclusão
1
t< – – V é positivo, o ponto material move‑se para a direita
3
1 V é zero, o ponto material está mudando
t= 0 –
3 de sentido da direita para a esquerda
1 V é negativo, o ponto mate‑
< t <1 + –
3 rial move‑se para a esquerda
V é zero, o ponto material está mudando
t=1 + 0
de sentido da esquerda para a direita
Atividades
De acordo com a situação problema a seguir, determine a solução das ativi-
dades um e dois.
Uma bola é atirada verticalmente para cima a partir do solo, com uma veloci-
dade inicial de 32 m/s. Se o sentido positivo da distância do ponto de partida
for para cima, a equação do movimento será S(t) = - 8t2 + 32t. Onde t é o
número de segundos decorridos, desde que a bola foi atirada, e S o número
de metros da distância percorrida pela bola.
– 93 –
Cálculo Diferencial e Integral I
2. Quantos segundos a bola leva para atingir o seu ponto mais alto.
– 94 –
8
Definição de integral
8.1 Antiderivação
Uma função F será chamada de antiderivada de uma função f num
intervalo I se F’(x) = f(x) para todo x no intervalo I.
Se F(x) = 3x2 + 2x –1 então F’(x) = 6x + 2. Portanto se f for definida por
f(x) = 6x + 2, teremos que f é a derivada de F(x) e que F(x) é uma antideri-
vada de f.
Sendo G uma função, será chamada de antiderivada de uma função G
num intervalo I se G’(x) = g(x) para todo x no intervalo I. Se G(x) = x3 – 2x2
+ 3x – 5, então g(x) = 3x2 – 4x + 3. Portanto termos que g é a derivada de
G(x) e que G(x) é uma antiderivada de g.
De um modo geral, se uma função H for antiderivada de uma função
h num determinado intervalo I e se a função P for definida por P (x) = H(x)
+ c, em que c é uma constante arbitrária, então P’(x) = H’(x) = h(x).
8.1.1 Teorema I
Se f e g forem duas funções, tais que f ’(x) = g’(x) para todo x no intervalo
I, então haverá uma constante c, tal que f(x) = g(x) + c para todo x em I.
8.1.2 Teorema II
Se G for uma antiderivada particular de g em um intervalo I, então
toda antiderivada de g no intervalo I será dada por G(x) + c, em que c é uma
constante arbitrária.
Exemplo
A antiderivada, ou seja, a função primitiva de cada função a seguir é:
a) f(x) = 3x2 – 5x + 6
x3 x2
F(x ) = 3 − 5 + 6x + C
3 2
2
x
F(x ) = x 3 − 5 + 6 x + C
2
– 96 –
Definição de integral
b) g(x) = 2x – 1
x2
=
G(x) 2 –x + C
2
= x 2 –x + C
G(x)
c) h(x) = –2x + 5
x2
H(x) = −2 + 5x + C
2
H( x ) = − x 2 + 5 x + C
8.2 Integral
Para iniciarmos os estudos sobre integral de uma função f em um inter-
valo [a, b], será interessante relembrarmos alguns conceitos sobre áreas, sabe-
mos que a área de um polígono pode ser determinada pela soma das áreas
dos retângulos que o compõem. Podemos provar que a área assim obtida
independe de como o polígono é decomposto. Quando decompomos um
polígono em retângulos de bases ∆x e alturas f(x), onde o produto entre ∆x
e f(x) definem as áreas desses retângulos. O conceito de “integral definida”
parte desse princípio e representa a soma de todas as áreas formada por uma
curva limitada por uma função, assim, para determinarmos a área sob a curva
delimitada pelo gráfico de uma função positiva f, e pelo eixo dos x em um
intervalo fechado [a, b], (figura seguinte). Dividindo o intervalo [a, b] em N
b−a
sub‑intervalos iguais, com comprimentos iguais a ∆x = .
N
– 97 –
Cálculo Diferencial e Integral I
O que se espera é que quando N for muito grande o valor da soma acima
se aproxime do valor da área abaixo da curva e, portanto, da integral de f(x)
no intervalo. Ou seja, que o limite
N
lim ∑ f (xi )∆x
x →∞
i =1
– 98 –
Definição de integral
8.2.1 Exemplos
5
a) ∫ 4 dx = 4 5 − ( −3 ) = 4.8 = 32
−3
3 x 2 3 32 31 9 3
b) ∫ 1
xdx = [ = − = − =3
2 1 2 2 2 2
c)
1 x −4 x −4 1
d)
∫ x5 ∫
−5
dx = x dx = + c = − +c =− 4 +c
−4 4 6x
11
1
5x 25 x 2 5 x
6 5
∫ 5x x dx =5 ∫ x . x dx = 5 ∫ x dx = 11 + c = 11 + c
5 5 5
e)
5
8.3 Propriedades das integrais
Após termos estudado as antiderivadas, vamos conhecer quais são os teo-
remas e aplicações de suas propriedades operatórias para facilitar os cálculos
com as Integrais indefinidas.
8.3.1 Teorema
Se f(x) = 1, temos que:
I. ∫ 1 . dx = x + c
8.3.2 Teorema
II. Se k é uma constante, temos:
∫ kf ( x ) dx = k ∫ f ( x ) dx
Exemplo
x2
∫ 3x dx = 3∫ x dx = 3 2
+C
– 99 –
Cálculo Diferencial e Integral I
8.3.3 Teorema
III. Se f1, f2, f3, ...fn são funções e estão definidas no mesmo intervalo,
e C1, C2, C3... Cn constantes então:
∫[c f ( x ) + c f ( x ) + c f ( x ) + + c f ( x )]dx =
11 2 2 3 3 n n
= c1 ∫ f1 ( x ) dx + c2 ∫ f2 ( x ) dx + cn ∫ f3 ( x ) dx + + cn ∫ fn ( x ) dx
Exemplo
∫ ( 2 x − 3x + 12 x 3 ) dx = 2 ∫ x dx − 3 ∫ x 2 dx + 12 ∫ x 3 dx
2
x2 x3 x4
∫ ( 2 x − 3x + 12 x 3 ) dx = 2 − 3 + 12 + C
2
2 3 4
∫ ( 2 x − 3x + 12 x 3 ) dx = x 2 − x 3 + 3x 4 + C
2
8.3.4 Teorema
IV. Se n é um número racional temos:
x n +1
∫ x dx = +c
n
n +1
Exemplo
x 3 +1 x4
∫ x dx = +c = +c
3
3+1 4
8.3.5 Teorema
Se o numerador é a derivada do denominador, temos que:
du
V. ∫u = l n | u |= c
– 100 –
Definição de integral
Exemplo
dx 1 dx 1
∫ 2x = 2 ∫ x = ln x + c
2
8.3.6 Teorema
Sabendo que a derivada de e x é igual a e x, temos que:
∫ e du = e +c
u u
V.
V. ∫ sec u tg u Du = sec u + C
– 101 –
Cálculo Diferencial e Integral I
Exemplo
Determine a integral de cada item a seguir:
a)
∫ ( 2 x − sen x ) dx = 2 ∫ x dx − ∫ senx dx
∫ ( 2 x − sen x ) dx = x + cos x + C
2
c)
∫ ( 2 cos x − cos se c x + 3 cossec x.cot gx ) dx =
2
Atividades
De acordo com os conceitos de integral estudados nesta aula, a integral
das funções propostas nas atividades 1 e 2 a seguir serão iguais a:
1. ∫ 75 x³ dx=
2. ∫ x (x − 3)dx =
– 102 –
Definição de integral
2 x2
4. Calculando a integral, ∫ − x 4 + 6 x dx temos como valor
3
x −
correto a assertiva.
0
2
– 103 –
Cálculo Diferencial e Integral I
124
gando ao resultado . Esta aula é de fundamental importância para com-
15
preendermos as próximas regras de integração.
– 104 –
9
Integração por
substituição e
por partes
( x2 + 3) + c
51
1 1 u 51
∫ x(x + 3)
50
2
dx = ∫ u 50 du → ⋅ +c→
2 2 51 102
– 106 –
Integração por substituição e por partes
Exemplo
∫ 5 x − 3dx =
du
Mudando a variável temos que 5x – 3 = u, logo 5dx = du, ou dx =
5
3 3
1 1 1 1 u 2 2 ( 5x − 3 ) 2
5∫ 5∫ 2
udu = u du = = +c
5 3 15
2
Exemplo
x2
∫ (x 3 − 3)3 dx =
1
Mudando a variável temos que x3 – 3 = u, logo 3x2dx = du, ou x2 dx = du.
3
x2 1 du 1 −3 1 u −2 (x 3 − 3)−2
∫ (x 3 − 3)3 dx =
3 ∫ u3 3 ∫
= u du = ⋅
3 −2
= −
6
+c
∫ tg xdx = − ln cos x + C
– 107 –
Cálculo Diferencial e Integral I
– 108 –
Integração por substituição e por partes
– 109 –
Cálculo Diferencial e Integral I
Exemplo
Para determinarmos o valor de ∫x cos xdx, usando a integração por par-
tes com u = x e dv = cos x, logo du = dv e v = sen x. Assim, utilizando a
equação de recorência,
∫udv = u · v – ∫v du
teremos
∫x cox dx = x senx – ∫ sen x dx = x senx – (–cos x) + c = x sen x + cos x + c
Exemplo
x2 1
∫ x ln x dx = ln x − ∫ x dx =
2 2
x2 x2
∫ x ln x dx = ln x − +C
2 4
Exemplo
Determinando a ∫exsen x dx, usaremos a integração por partes, em que
u = ex e dv = senx dx. Portanto temos que du = ex dx e v = – cosx
∫exsen x dx = uv – ∫vdu
∫exsen x dx = ex(–cos x) – ∫ – cos x · ex dx
∫excos x dx = –ex · cos x + ∫ cos x · ex dx (I)
Agora, vamos determinar pela integração por partes a integral de
∫cos x · exdx.
– 110 –
Integração por substituição e por partes
Considere u = ex
Logo du = ex dx, e dv = cosx Logo v = senx + c. Portanto
∫excos x dx = ex(sen x) – ∫ sen x · ex dx (II)
Observe que o último termo da expressão (II) é igual à integral inicial.
Podemos concluir da seguinte forma. Logo, substituindo (II) em (I)
temos ∫exsen x dx = – ex cos x + (ex senx – ∫ sen x · ex dx)
2∫exsen x dx = – ex cos x + ex senx
−e x cos x + e x senx
∫ e sen x dx =
x
2
e ( senx − cosx )
x
∫ e sen x dx
= +C
x
2
A integral por substituição facilita o cálculo da integral de algumas fun-
ções e serve de pré‑requisito para compreendermos a aplicação da técnica de
integração por partes, o qual é muito utilizado em funções composta de fun-
ções logaritmos, funções trigonométricas e exponenciais. Portanto, a impor-
tância de aprendermos sua resolução se deve a suas aplicações nas engenharias
e em outros campos do estudo da matemática.
Atividades
Aplicando os conceitos e propriedades de integração por substituição e
por partes, determine o valor das integrais das questões 1 e 2.
(6 x − 2)dx
1. ∫ 3
(3 x 2 − 2 x + 1)
2. ∫x2 lnx dx
3. O valor da integral ∫x e3x dx , aplicando a regra de integração por
partes, temos como resultado a alternativa
xe 3 x e 3 x xe 3 x e 3 x
a) − +c c) + +c
3 9 9 3
– 111 –
Cálculo Diferencial e Integral I
xe 3 x e 3 x xe 3 x e 3x
b) − +c d) +− +c
3 9 9 3
a) (3 x + 2) + C c) (6 x + 2) + C
2 101 2 101
606 606
b) (3 x + 2) + C d) (6 x + 2) + C
2 101 2 101
101 101
– 112 –
10
Integração de
potências da função
seno e cosseno
cos3 x
∫ cos x ⋅ senx dx = −
2
3
+C ( II )
Substituindo ( II ) em ( I ), teremos:
cos3 x
∫ =− − − +C
3
sen x dx cos x
3
cos3 x
∫ sen x dx =− cos x + +C
3
Veja que para resolver uma integral cujo integrando é uma função potên-
cia de seno ou cosseno como a do exemplo anterior, é necessário que
– 114 –
Integração de potências da função seno e cosseno
1 2
∫ sen x dx =
− sen cosx + ∫ senx ⋅ dx
3 2
3 3
– 115 –
Cálculo Diferencial e Integral I
1 2
∫ sen xdx = − 3 sen cos x − cos x + C
3 2
3
1 2
∫ sen xdx = − 3 (1 − cos x )2 cos x − cos x + C
3 2
3
cos3 x
∫ sen x dx =− cos x + +C
3
3
Veja que, para resolver uma integral de uma função potência de seno,
utilizando a equação de recorrência, o cálculo se torna mais fácil, vamos
ver outro exemplo.
Exemplo:
Determine a integral ∫cos2x · senn–2x dx
Como
∫cos2x · sen2x · dx = ∫sen2x · (1 – sen2x) dx = ∫sen2x · dx – ∫sen4x dx
I II
Aplicando a equação de recorrência
1 ( n −1) ( n − 1) ( n−2 )
∫ sen xdx = − n sen x ⋅ cox + ∫ sen
n
dx em I e II temos,
n
1 ( 2 − 1)
I.
∫ sen xdx = − 2 sen ∫ sen
2 −1 2 −2
2
x cos x + xdx
2
1 1
∫ sen xdx = − 2 senx ⋅ cos x + 2 ∫ sen xdx
2 0
1 1
∫ sen xdx = − 2 senx ⋅ cos x + 2 ∫ dx
2
1 1
∫ sen x dx = − 2 senx ⋅ cos x + 2 x
2
1 ( 4 − 1)
II.
∫ sen xdx = − 4 sen 4 ∫
4 −1
4
x cos x + sen 4 −2 xdx
– 116 –
Integração de potências da função seno e cosseno
1 3
∫ sen xdx = − 4 sen x ⋅ cos x + 4 ∫ sen xdx
4 3 2
1 3 1 1
∫ sen xdx = − 4 sen x ⋅ cos x + 4 − 2 senx ⋅ cos x + 2 x
4 3
1 3 3
∫ sen x dx = − 4 sen x . cox − 8 senx ⋅ cox + 8 x
4 3
Como, logo:
∫cos2x · sen2x · dx = ∫sen2x · dx – ∫sen4x dx
I II
1 1
∫ cos x ⋅ sen 2 x ⋅ dx = − senx ⋅ cos x + x
2
2 2
1 3 3
− − sen3 x ⋅ cos x − senx ⋅ cos x + x
4 8 8
1 1 1
∫ cos x ⋅ sen 2 x ⋅ dx = − senx ⋅ cos x + x + sen3 x ⋅ cos x + C
2
8 8 4
– 117 –
Cálculo Diferencial e Integral I
n
Estudamos e demonstramos o cálculo da integral da potência do seno
e do cosseno, aplicando a fórmula de recorrência. Esse cálculo servirá como
pré‑requisito do estudo da integração por substituição trigonométrica que
veremos a seguir.
Atividades
Aplicando os conceitos de integração por partes e utilizando a fórmula
de recor-rência, determine o valor da integral das questões 1 e 2.
1. ∫cos4 x dx
2. ∫sen4 x cos5 x dx
3. Qual a assertiva correta para a integral da função ∫sen5x dx ?
– 118 –
Integração de potências da função seno e cosseno
x
a) + sen x cos x + c
2
x
b) − sen x cos x + c
2
1
c) ( x + sen x cos x ) + c
2
d) 1 ( x − sen x cos x ) + c
2
– 119 –
11
Cálculos de áreas
A área de um polígono qualquer pode ser definida como a soma das áreas
dos triângulos nos quais ele pode ser decomposto. Podemos provar que a área
assim obtida independente de como o polígono é decomposto em triângulos
(Figura 1).
Figura 1 Polígono de faces triangulares.
Assim, seja uma função f(x) contínua no intervalo [a;b] de seu domínio,
a área definida pela região entre a curva de f(x) e o eixo de x, e pelas retas x =
b
a e x = b pode ser calculada por Àrea = ∫ a
f (x)dx o qual representa o valor
– 122 –
Cálculos de áreas
Exemplo
Determine a área entre a curva da função f(x) = 2x + 1 e o eixo abscissa
no intervalo [1;3].
Observação: Para se calcular a área definida pela curva e o eixo de x, no
intervalo dado, deve‑se:
a) representar o gráfico para verificar a região definida;
b
b) calcular ∫ a
f (x)dx no(s) intervalo(s) definido(s) pelo gráfico.
1° Gráfico
– 123 –
Cálculo Diferencial e Integral I
Por meio do gráfico, foi possível verificar que o mesmo não interceptou
o eixo das abscissas em nenhum ponto do intervalo [1;3]. Assim:
Área =
3 3
∫ 1
(2 x + 1)dx = x 2 + x = (32 + 3) − (12 + 1 ) =
1
(12) − (2) = 12 − 2 = 10 = 10
(B + b) ⋅ h (7 + 3) ⋅ 2
A= = = 10 ua
2 2
– 124 –
Cálculos de áreas
Exemplo
Determine a área entre a curva da função f(x) = 2x ‑2 e o eixo abscissa
no intervalo [0;2].
3° Gráfico
(1 + 1 ⋅ 1) − (0 + 0) = (−1) − (0) = −1 = 1 ua
2 2
– 125 –
Cálculo Diferencial e Integral I
2
2 x x2
3
23 03
A1 = ∫ (x − 2 x )dx = − 2
2
= − 2 2 − − 02 =
0 3 2 0 3 3
4 4 4
− − ( 0 ) = − = ua
3 3 3
3
3 x x2
3
33 2 2 3 2
A2 = ∫ (x − 2 x )dx = − 2
2
= −3 − − 2 =
2 3 2 2 3 3
4 4 4
( 0 ) − −
= = ua
3 3 3
4 4 8
Como AT = A1 + A2, logo AT = + . Concluímos que AT = ua
3 3 3
– 126 –
Cálculos de áreas
– 127 –
Cálculo Diferencial e Integral I
1
A= ∫−2
− x 2 − x + 2 dx
1
x3 x 2
A = − − + 2x
3 2 −2
(−2)3 (−2)2 13 12
A = − − + 2(−2) − − − + 2 ⋅ 1
3 2 3 2
8 4 1 1
A = − − 4 − − − + 2
3 2 3 2
10 7
A = − −
3 6
9 9
A= − = ua
2 2
9
Logo a área da região entre as curvas de f(x) e g(x) é igual a ua.
2
Exemplo
A região limitada pelas curvas f(x) = x3 + 1 e g(x) = x + 1 é:
– 128 –
Cálculos de áreas
0 1
x4 x2 x4 x2
AT = − + −
4 2 −1
4 2 0
0 4 0 2 (−1)4 (−1)2 14 12 0 4 0 2
AT = − − − + − − −
4 2 4 2 4 2 4 2
1 1
AT = [ 0 ] − − + − − [ 0 ]
4 4
– 129 –
Cálculo Diferencial e Integral I
1 1 1
AT = + = ua
4 4 2
Atividades
1. A área compreendida entre a função y = x + 2, e o eixo das abscissas, no
intervalo de x = [0,2].
y
5
4
3
2
1
x
–2 –1 1 2 3 4
–1
–2
a) 10,5 u.a c) 15 u.a
b) 21u.a d) 7,5 u.a
1
x
–2 –1 1 2
–1
y
4
1
x
–3 –2 –1 1 2 3
–1
a) 9 u . a c) 10,66 u . a
b) 4,5 u . a d) 7,5 u . a
1
x
–3 –2 –1 1 2 3
–1
– 131 –
Cálculo Diferencial e Integral I
– 132 –
Referências
Cálculo Diferencial e Integral I
– 160 –