Você está na página 1de 15

INTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS

LICENCIATURA EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

TIPOS ESPECIAIS DE FUNÇÕES

RICHARD ARANVE ALBINO PAIVA

Quelimane 29 de Maio de 2023


2

Índice
1. Introdução .............................................................................................................................. 3
1.1. Objectivos ........................................................................................................................... 3
1.1.1. Geral: ............................................................................................................................ 3
1.1.2. Específicos: .................................................................................................................. 3
2. Função polinomial ................................................................................................................. 4
2.1. Valor Numérico de um Polinómio ...................................................................................... 4
2.2. Grau dos Polinómios ........................................................................................................... 4
2.3. Gráficos da Função Polinomial ........................................................................................... 5
Função polinomial de grau 1 .............................................................................................. 5
Função polinomial de grau 3 .............................................................................................. 5
2.4. Igualdade de Polinómios ..................................................................................................... 6
2.5. Operações com Polinómios................................................................................................. 6
Adição ................................................................................................................................. 6
Subtração ............................................................................................................................ 7
Multiplicação ...................................................................................................................... 7
Divisão ................................................................................................................................ 7
2.6. Funções ............................................................................................................................... 8
3.6.1. Representação das funções .............................................................................................. 8
2.7. Plano cartesiano .................................................................................................................. 9
2.7.1. Rectas numéricas: abcissa e ordenada .......................................................................... 9
2.7.2. Plano cartesiano com destaque para a abcissa e a ordenada .......................................... 10
2.7.3. Pares ordenados e localizações no plano ....................................................................... 10
2.7.4. Quadrantes ..................................................................................................................... 11
2.8. Funções como modelo matemático ................................................................................... 12
2.8.1. Modelos Lineares ........................................................................................................... 12
3. Conclusão............................................................................................................................. 14
4. Referências bibliográficas .................................................................................................... 15
3

1. Introdução

O trabalho que se segue tem como tema, tipos especiais de função. Na Matemática, função
corresponde a uma associação dos elementos de dois conjuntos, ou seja, a função indica
como os elementos estão relacionados. Debruçou-se na presente pesquisa sobre algumas
funções especiais como a função polinomial que é aquela em que a lei de formação pode ser
descrita por um polinómio. O valor numérico de uma função polinomial é encontrado quando
substituímos a variável por um valor numérico e encontramos um valor numérico para a
função. Toda função polinomial pode ser representada no plano cartesiano, e o
comportamento da função depende directamente do grau do polinómio. Também debruçou-se
sobre o plano cartesiano que é um objecto matemático plano e composto por duas rectas
numéricas perpendiculares, ou seja, rectas que possuem apenas um ponto em comum,
formando um ângulo de 90°. Por ultimo debruçou-se a cerca da função como um modelo
matemático que se refere a descrição matemática (frequentemente por meio de uma função
ou de uma equação) de um fenómeno do mundo real, como o tamanho de uma população, a
demanda por um produto, a velocidade de um objecto caindo, a concentração de um produto
em uma reacção química, a expectativa de vida de uma pessoa ao nascer ou o custo da
redução de poluentes.

1.1. Objectivos

1.1.1. Geral:
a) Conhecer os tipos de funções especiais de modo geral.

1.1.2. Específicos:
a) Descrever aspectos relacionados as funções especiais em matemática;
b) Dar exemplos concretos correspondentes a cada função;
c) Citar os graus das funções polinomiais.
4

2. Função polinomial

A função polinomial é aquela em que a lei de formação pode ser descrita por um polinómio.
O valor numérico de uma função polinomial é encontrado quando substituímos a variável por
um valor numérico e encontramos um valor numérico para a função. Toda função polinomial
pode ser representada no plano cartesiano, e o comportamento da função depende
directamente do grau do polinómio.

Uma função P é denominada polinómio se P (x) = anx n + an –1x n –1 + . . . + a2x 2 + a1x +


a0

Onde n é um inteiro não negativo e os números

a0 , a1 , a2 , . . ., an

São constantes chamadas coeficientes do polinómio.

2.1. Valor Numérico de um Polinómio


Para encontrar o valor numérico de um polinómio, substituímos um valor numérico na
variável x.

Exemplo

Qual o valor numérico de p(x) = 2x3 + x2 - 5x - 4 para x = 3?

Substituindo o valor na variável x temos:

2 . 33 + 32 - 5 . 3 - 4 = 54 + 9 - 15 - 4 = 44

2.2. Grau dos Polinómios


Dependendo do expoente mais elevado que apresentam em relação à variável, os polinómios
são classificados em:

 Função polinomial de grau 1: f(x) = x + 6


 Função polinomial de grau 2: g(x) = 2x2 + x - 2
 Função polinomial de grau 3: h(x) = 5x3 + 10x2 - 6x + 15
 Função polinomial de grau 4: p(x) = 20x4 - 15x3+ 5x2 + x - 10
5

 Função polinomial de grau 5: q(x) = 25x5 + 12x4 - 9x3 + 5x2 + x - 1

O polinómio nulo é aquele que possui todos os coeficientes iguais a zero. Quando isso ocorre,
o grau do polinómio não é definido.

2.3. Gráficos da Função Polinomial


Podemos associar um gráfico a uma função polinomial, atribuindo valores a x na expressão
p(x). Desta forma, encontraremos os pares ordenados (x,y), que serão pontos pertencentes ao
gráfico.Ligando esses pontos teremos o esboço do gráfico da função polinomial.

Função polinomial de grau 1

Função polinomial de grau 2

Função polinomial de grau 3


6

2.4. Igualdade de Polinómios


Dois polinómios são iguais se os coeficientes dos termos de mesmo grau são todos iguais.

Exemplo:

Determine o valor de a, b, c e d para que os polinómios p(x) = ax4 + 7x3 + (b + 10)x2 - c e


h(x) = (d + 4)x3 + 3bx2 + 8.

Para os polinómios serem iguais é necessário que os coeficientes correspondentes sejam


iguais.

Então,

a = 0 (o polinômio h(x) não tem o termo x4, sendo assim seu valor é igual a zero)
b + 10 = 3b → 2b = 10 → b = 5
-c=8→c=-8
d+4=7→d=7-4→d=3

2.5. Operações com Polinómios


Adição

(- 7x3 + 5x2 - x + 4) + (- 2x2 + 8x -7)


- 7x3 + 5x2 - 2x2 - x + 8x + 4 - 7
- 7x3 + 3x2 + 7x -3
7

Subtração

(4x2 - 5x + 6) - (3x - 8)
4x2 - 5x + 6 - 3x + 8
4x2 - 8x + 14

Multiplicação

(3x2 - 5x + 8) . (- 2x + 1)
- 6x3 + 3x2 + 10x2 - 5x - 16x + 8
- 6x3 + 13x2 - 21x + 8

Divisão

Na divisão de polinómios utilizamos o método chave. Primeiramente realizamos a divisão


entre os coeficientes numéricos e depois a divisão de potências de mesma base. Para isso,
conserva-se a base e subtraia os expoentes.

A divisão é formada por: dividendo, divisor, quociente e resto.

Divisor. Quociente + resto = dividendo

O Teorema do Resto representa o resto na divisão dos polinómios e possui o seguinte


enunciado: O resto da divisão de um polinómio f(x) por x - a é igual a f(a).
8

2.6. Funções
Na Matemática, função corresponde a uma associação dos elementos de dois conjuntos, ou
seja, a função indica como os elementos estão relacionados.

Por exemplo, uma função de A em B significa associar cada elemento pertencente ao


conjunto A a um único elemento que compõe o conjunto B, sendo assim, um valor de A não
pode estar ligado a dois valores de B.

Notação para função: f: A → B (lê-se: f de A em B).

3.6.1. Representação das funções


Em uma função f: A → B o conjunto A é chamado de domínio (D) e o conjunto B recebe o
nome de contradomínio (CD).

Um elemento de B relacionado a um elemento de A recebe o nome de imagem pela função.


Agrupando todas as imagens de B temos um conjunto imagem, que é um subconjunto do
contradomínio.

Exemplo: observe os conjuntos A = {1, 2, 3, 4} e B = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8}, com a função


que determina a relação entre os elementos f: A → B é x → 2x. Sendo assim, f(x) = 2x e cada
x do conjunto A é transformado em 2x no conjunto B.
9

Note que o conjunto de A {1, 2, 3, 4} são as entradas, "multiplicar por 2" é a função e os
valores de B {2, 4, 6, 8}, que se ligam aos elementos de A, são os valores de saída.

Portanto, para essa função:

 O domínio é {1, 2, 3, 4}
 O contradomínio é {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8}
 O conjunto imagem é {2, 4, 6, 8}

2.7. Plano cartesiano


O plano cartesiano é um objecto matemático plano e composto por duas rectas numéricas
perpendiculares, ou seja, rectas que possuem apenas um ponto em comum, formando um
ângulo de 90°. Esse ponto comum é conhecido como origem e é nele que é marcado o
número zero de ambas as rectas. O plano cartesiano recebeu esse nome por ter sido idealizado
por René Descartes e é usado fundamentalmente para sistematizar técnicas de localização no
plano.

2.7.1. Rectas numéricas: abcissa e ordenada


As duas rectas que dão origem ao plano cartesiano precisam ser rectas numéricas, pois essa é
a condição que tornará possível encontrar localizações de pontos quaisquer no plano. Essa
localização é a base fundamental de muitos conhecimentos comuns no quotidiano, como
distância entre pontos. Uma recta numérica é uma recta comum em que foi estabelecida uma
correspondência com os números reais. Desse modo, cada ponto da recta está ligado a um
10

único número real e é esse fato que permite qualquer localização. Um número real qualquer
terá apenas uma localização em toda a extensão infinita da recta.

O plano cartesiano é formado por duas dessas rectas: Uma responsável pela coordenada
horizontal e outra responsável pela coordenada vertical. É comum usar as letras x para a
primeira e y para a segunda e os termos “coordenada x” e “coordenada y”.

No plano cartesiano, a recta vertical responsável pelas coordenadas y é chamada de ordenada,


e a recta horizontal, responsável pelas coordenadas x, é chamada de abcissa.

2.7.2. Plano cartesiano com destaque para a abcissa e a ordenada

2.7.3. Pares ordenados e localizações no plano


Um par ordenado é formado por dois números reais que representam uma coordenada. A
ordem escolhida é a seguinte: Primeiro vêm as coordenadas x e, depois, as coordenadas y,
que são colocadas entre parênteses para representar uma localização qualquer. Por exemplo,
observe a imagem a seguir:"

"Perceba que o ponto A possui coordenadas x = 2 e y = 3. Caso seja dado um ponto para que
sua localização seja marcada no plano, como o ponto B = (3, -3), devemos primeiro traçar
uma linha vertical sobre o número 3 no eixo das abcissas (coordenadas x). Isso acontece
11

porque a primeira coordenada sempre é a coordenada x. Posteriormente, desenhamos uma


linha horizontal sobre o número – 3 no eixo das ordenadas (coordenadas y):

O ponto B é o encontro entre as linhas horizontais desenhadas, como ilustra a imagem acima.

2.7.4. Quadrantes
Por ser formado por duas rectas numéricas, existem algumas particularidades do plano
cartesiano. Pontos mais à direita possuem coordenada x maior que pontos mais à esquerda.
Pontos mais para cima possuem coordenada y maior que números mais para baixo.

Além disso, a região onde x e y são positivos simultaneamente é chamada de primeiro


quadrante. A região onde y é positivo e x é negativo é conhecida como segundo quadrante. Já
a região onde x e y são negativos simultaneamente é chamada de terceiro quadrante. Por fim,
quando x é positivo e y é negativo, os pontos estão localizados no quarto quadrante. Esses
quadrantes são numerados em sentido anti-horário, partindo do primeiro quadrante, que fica à
directa do eixo y e acima do eixo x, como mostra a figura a seguir:
12

2.8. Funções como modelo matemático


Um modelo matemático é a descrição matemática (frequentemente por meio de uma função
ou de uma equação) de um fenómeno do mundo real, como o tamanho de uma população, a
demanda por um produto, a velocidade de um objecto caindo, a concentração de um produto
em uma reacção química, a expectativa de vida de uma pessoa ao nascer ou o custo da
redução de poluentes. O propósito desses modelos é entender o fenómeno e talvez fazer
previsões sobre seu comportamento futuro.

Um modelo matemático nunca é uma representação completamente precisa de uma situação


física - é uma idealização. Um bom modelo simplifica a realidade o bastante para permitir
cálculos matemáticos, mantendo, porém, precisão suficiente para conclusões significativas. É
importante entender as limitações do modelo. A palavra final está com a Mãe Natureza.

Existem vários tipos diferentes de funções que podem ser usadas para modelar as relações
observadas no mundo real. A seguir, discutiremos o comportamento e os gráficos dessas
funções e daremos exemplos de situações modeladas apropriadamente por elas.

2.8.1. Modelos Lineares


Quando dizemos que y é uma função linear de x, queremos dizer que o gráfico da função é
uma recta. Assim, podemos usar a forma inclinação-intersecção da equação de uma recta para
escrever uma fórmula para a função, como:

y = = mx + b ou f (x) = mx + b

Onde m é o coeficiente angular da recta e b é a intersecção com o eixo y.

Uma característica peculiar das funções lineares é que elas variam a uma taxa constante. Por
exemplo, a Figura 2 mostra o gráfico da função linear f(x) = 3x – 2 e uma tabela de valores
amostrais.
13

Note que sempre que x aumenta 0,1, o valor de f(x) aumenta em 0,3. Então, f(x) aumenta três
vezes mais rápido que x. Assim, a inclinação do gráfico y = 3x – 2, que é igual a 3, pode ser
interpretada como a taxa de mudança de y com relação ao x
14

3. Conclusão
Após o termino da presente pesquisa, conclui que em matemática, função é uma relação
entre dois conjuntos na qual há uma correspondência entre elementos de um conjunto A com
elementos de um conjunto B. Para que essa relação entre o conjunto A e B seja uma
função, cada elemento do conjunto A precisa ter um único correspondente no conjunto B. O
conjunto A é chamado de domínio e o conjunto B de contradomínio. Na maioria das vezes,
utilizamos para ambos o conjunto dos números reais. Existem alguns tipos mais comuns de
função, sendo eles: função polinomial do 1º grau; função polinomial do 2º grau; função
modular; função exponencial e função logarítmica.

Existem também as funções trigonométricas, que são a função seno, a função co-seno e a
função tangente. De acordo com as suas características, uma função pode ser injectora,
sobrejetora e bijetora.
15

4. Referências bibliográficas
1. Prof. Lino Silva – UNIVASF (Modelos Matemáticos: Uma Lista de Funções
Essenciais)
2. SILVA, Luiz Paulo Moreira. "O que é plano cartesiano?"; Brasil Escola. Disponível
em: https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/matematica/o-que-e-plano-cartesiano.htm.
Acesso em 29 de maio de 2023.
3. https://www.todamateria.com.br/funcao-polinomial/

Você também pode gostar