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Lista de abreviaturas e siglas

AT Autoridade Tributária de Moçambique


Artg. Artigo
Ed.F Educação Fiscal
PCM Posto de Cobrança da Maxixe
IRPC Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas
IRPS Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares
ISPC Imposto Simplificado para Pequenos Contribuintes
IVA Imposto Sobre Valor Acrescentado
NUIT Número Único de Identificação Tributária
SFM Sistema Fiscal Moçambicano
SICR Sistema Interino de Cobrança de Receitas
SISTAFE Sistema de Administração Financeira do Estado
Introdução

Nos últimos três anos, o país foi vítima de várias calamidades naturais que afectaram
negativamente o nível de produção e bem-estar da população e as hostilidades políticas das quais
acompanhamos dia-a-dia retardam o desenvolvimento económico do país, portanto estes factos
se reflectem directamente no nível de cobrança de receitas tributárias.

Face a estas situações, o governo moçambicano, tem vindo a adoptar medidas correctivas a fim
de estabilizar a actual situação política económica do país, sendo que, a educação fiscal, faz parte
de uma das medidas correctivas adoptadas, cuja mesma tem um papel fundamental na
disseminação da matéria fiscal, dando a conhecer a sociedade a actividade financeira do Estado,
incutindo nos contribuintes o espírito patriótico - fiscal e alavancar os níveis de cobrança de
receitas.

O presente trabalho tem como tema: “Educação Fiscal como Instrumento para o Incremento das
Receitas Tributárias”: Caso do Posto de Cobrança da Cidade da Maxixe no período de 2015 a
2018

A partir da entrada em funcionamento da Autoridade Tributária de Moçambique (AT), notou-se


uma dinâmica nas cobranças das receitas a nível de todo país, cujas mesmas contribuem para o
funcionamento do Estado.

No presente trabalho, falamos da Educação Fiscal tendo como referência a formação de novas
gerações para o exercício da cidadania com princípios de justiça e ética, pois, se todos pagassem
os impostos, naturalmente que o Governo, na execução das suas obrigações, teria um nível de
satisfação acima do actual em infra-estruturas, educação, vias de acesso e saneamento, saúde e
segurança.

No Cômputo geral, parte da população não sabe que deve pagar tributos, desconhecendo sua
própria contribuição para o financiamento do Estado como um todo. Deste modo, encaramos a
Educação Fiscal como sendo uma das formas ou política de integração do cidadão na vida
económica do país, pois através desta, os potenciais contribuintes e a sociedade no geral, estaria
consciencializada da importância que os impostos traduzem para a economia do país e não só,
isso afectaria directa e positivamente na vida do próprio cidadão.
Delimitação do tema
O presente trabalho versa sobre a “Educação Fiscal como Instrumento para o Incremento das
Receitas Tributárias”.O estudo será realizado no Posto de Cobrança da Maxixe no Município do
mesmo nome, no período compreendido entre 2015 a 2018.
Importa realçar que, pela natureza da pesquisa, serão feitos estudos relacionados com a Ed.F nos
distritos de Maxixe, Morrumbene, Homoine e Panda, que por sinal, compreende a área de
actuação do Posto da Maxixe com objectivo de analisar o contributo da disseminação da Ed.F
nas receitas cobradas pelo Posto e para a população no geral.

Objectivos

MARCONI e LAKATOS (1992:102) ostentam “Objectivo como sendo o sinónimo de meta, fim
e podendo ser gerais e objectivos específicos”.

Os objectivos podem ser concebidos como o resultado final a ser alcançado numa determinada
acção levada a cabo, cujos mesmos podem ser divididos em geral e específicos, como se segue:

Geral

 Analisar o contributo da Educação Fiscal no Incremento das Receitas Tributárias no PCM


de 2015 a 2018.

Específicos

 Explicar a importância socioeconómica dos impostos;


 Relacionar a educação fiscal no incremento das receitas tributárias.
 Avaliar as mudanças ocorridas na arrecadação das receitas tributárias como resultado da
educação fiscal levada a cabo pelo Posto de Cobranças da Maxixe nos períodos 2015 a
2018.

Justificativa

Segundo LIBÂNEO (1994:233) a justificativa pode ser iniciada por consideração sobre as
funções sociais tendo em vista os objectivos que desejamos alcançar no trabalho. Esta deve
responder as três questões básicas, designadamente: o por quê da pesquisa, para quê e como. Este
processo facilitará enormemente nos passos subsequentes da elaboração do trabalho.

A opção pelo tema deveu-se por um lado, à necessidade de aprofundar os conhecimentos


adquiridos ao longo dos quatro anos de formação na Universidade Pedagógica Delegação da
Maxixe, pois despertou um grande interesse no que tange ao estudo ligado a matéria fiscal e no
que os impostos traduzem na vida social, económica e financeira do país.

Por outro lado, o ano de 2010, foi o ano em que a ATM lançou oficialmente a formação e
disseminação da matéria ligada a Ed.F., pelo que, despertou uma curiosidade em estudar a sua
contribuição nas receitas cobradas.

Sob ponto de vista social, com base nas acções de Ed.F, a população ficará mais informada em
matéria ligada a fiscalidade e sua importância, para tal, passa necessariamente que a população
tenha o domínio do imposto, uma vez que parte desta não conhece a sua importância e no que os
impostos traduzem para prossecução de serviços públicos, todos devem estar certos que o destino
da receita colectada reverte-se à favor do cidadão.

Sob ponto de vista académico, o presente estudo facultará informações importantes inerentes ao
tema e o seu impacto na colecta de receitas e na vida do cidadão. De referir que, ainda são
poucos os estudos que tratam da educação fiscal propriamente dita, portanto, existe uma vasta
oportunidade de elaboração de estudos mais aprofundados ligados a esta temática, quer no seio
da comunidade académica quer por parte do próprio governo.

De uma forma geral, o presente estudo é de estrema importância, tanto para o sector público
assim como privado, pois, contribui para análise do nível das receitas cobradas por consequência
da disseminação da Ed.F, outro sim, abre-se uma grande oportunidade de elaboração de estudos
de âmbito académico, e uma investigação em torno desta realidade.

Formulação do Problema

A educação fiscal lançada oficialmente pela AT a nível nacional em Dezembro de 2010, tem em
vista um trabalho activo e permanente, onde o seu foco abrange os contribuintes e a população
no geral, visa de igual forma engajar nos cidadãos, o espírito de cidadania fiscal, promover o
ideal alargamento da base tributária e desenvolver o conhecimento do imposto e sua importância
socioeconómico.

De acordo com os Relatórios das actividades Anuais do Posto, no que diz respeito aos níveis de
sonegação do imposto, apontam para 19.6% no ano de 2015, 5.5% em 2016 e 11.1%, sendo que
os distritos de Homoine e Panda são os que mais registam maiores índices de sonegação fiscal.

É nesta vertente, que o PCM vem levando a cabo acções de educação fiscal junto aos
contribuintes, com vista a colmatar a fuga ao fisco, e consequentemente contribuir nos níveis da
receitas cobradas, pois, não obstante a legislação fiscal vigente no país, parte dos agentes
económicos, ao invés de contribuírem positivamente no cumprimento das suas obrigações
fiscais, praticam actos tendentes a fuga ao fisco, podendo ser por via de não licenciamento das
suas actividades, sonegação do imposto através da omissão de recibos nas transacções de compra
e venda.

Diante destes factos, a questão que se coloca é a seguinte:

Será que a educação fiscal promovida pela PCM contribuiu para o incremento das receitas
tributárias arrecadadas?

Hipóteses

Na óptica de BARRETO HONORATO apud IVALA et al., (2007:23), hipótese é uma


expectativa a ser encontrada ao longo da pesquisa, categorias ainda não completamente
comprovadas empiricamente, ou opiniões vagas oriundas de um senso comum que ainda não
passaram pelo crítico exercício científico.

Para o presente estudo de pesquisa foram levantadas as seguintes hipóteses:

H1: A educação fiscal disseminada pelo Posto de Cobranças da Maxixe, contribui para o
incremento das receitas tributárias arrecadadas;

H2: A educação fiscal promovida pelo Posto de Cobranças da Maxixe não contribui no
incremento das receitas tributárias arrecadas, devido às constantes tendências a fuga ao fisco;
H3: Não obstante a educação fiscal promovida pela PCM, existem comportamentos por parte de
alguns contribuintes que persistem na fuga ao fisco.
CAPITULO I: REVISÃO DA LITERATURA

1.1 Referencial Teórico

1.1.1 Modelos de abordagem da Ed.F

No que diz respeito aos modelos de abordagem da Ed.F, encontramos diferentes modelos, onde,
de acordo com BORGES at al (2008), têm uma abordagem da disseminação da Ed.F incumbida
somente ao governo, pôs, conforme eles:

A Ed.F proporciona ao governo o redimensionamento de suas políticas de


inserção social, esse redimensionamento deve partir da formulação e de
uma implantação de políticas, programas e projectos que favoreçam e
disseminem o pleno entendimento do que é o Estado, como ele funciona e
actua, suas obrigações em gerenciar os recursos que arrecada. Também
devem permitir o entendimento sobre a efectiva participação nesse
processo conscientizando a sociedade sobre a importância da contribuição
progressiva, e por adequada formação para fiscalizar a actuação do
Estado.

Portanto esta abordagem, centraliza as acções de disseminação da Ed.F, dado que, encarrega ao
governo a responsabilidade de criação de políticas de integração social, e disseminação da
responsabilidade da actuação do próprio governo.

O autor FREIRE (2014:22) trás outra abordagem de um modelo pedagógico de Ed.F, ao afirmar
que a mesma se destina para estabelecimentos de ensino fundamental, ensino médio, instituições
de ensino superior, servidores e gestores públicos, entidades da sociedade civil no geral.

Ibid., p. 15. A Ed.F deve ser estudada em sala de aula como um tema social contemporâneo, cujo
mesmo pode ser discutido em qualquer disciplina ou área de estudo, podendo compor os
projectos pedagógicos escolares constituídos pelos seguintes temas:

 Relação Estado/Sociedade/Administração Publica;

 Ética e cidadania;
 Direitos, Deveres e Garantias fundamentais do contribuinte;

 Dívida tributária;

 Carga tributária e distribuição de renda;

 Lei de responsabilidade fiscal e instrumento de controlo social.

Este modelo de abordagem de Ed.F, é sustentada pela autora BUJANDA (1967:2), ao afirmar
que, a educação tributária deve ser objecto de um ramo importante da ciência pedagógica. Na
óptica da autora, a Ed.F deve estar inserida no contexto geral da educação, uma vez que deve se
preocupar com os problemas da sociedade e possíveis soluções.

Portanto, é nesta perspectiva que será analisada a Ed.F no presente trabalho, à luz do modelo
pedagógico, por este ter a componente futurista, abrangendo neste caso as gerações futuras no
processo integração do cidadão na vida económica do país.

1.2. Definição e Discussão de Conceitos

Conforme nos referimos anteriormente, o tema em alusão está voltado para os agentes
económicos e a sociedade no geral na perspectiva de que haja uma consciência capaz de
despertar uma condição de cidadania a todos aqueles que estão na obrigação de pagar o imposto.

Neste capítulo, procuramos trazer alguns conceitos teóricos que de forma específica relacionam-
se com o tema, cujas obras estão patentes nas referências bibliográficas, são conceitos que vão
desde, a educação fiscal, educação como prática da cidadania, sistema fiscal e suas
características, receita tributária, imposto e seus objectivos e relação jurídico-fiscal.

1.2.1. Educação Fiscal

Educação fiscal, é um instrumento que, para além de procurar melhorar a arrecadação de tributos
nas diferentes esferas do poder, prepara novas gerações para a importante missão de administrar
ou entender como é ou deve ser a administração pública1.

1
Educação Fiscal No Contexto Social. Disponível em: www.esaf. Fazenda.
Gov.br/esafsite/educacao-fiscal/caderno_pdf. Acesso em 15 de Fev. 2016.
Educação Fiscal é também uma forma de aproximar mais o Estado ao cidadão, mediante a
passagem de informação relevante sobre o imposto, sua importância, forma de pagamento e os
benefícios advenientes de uma correcta utilização dos recursos arrecadados resultantes da
contribuição de cada cidadão2.

Educação Fiscal tem como objectivo, despertar na sociedade uma reflexão a respeito da
actividade financeira do Estado, que compreende o papel social dos impostos assim como do
controlo social na gestão de recursos públicos como pressupostos para a construção de uma
democracia mais participativa.

As acções de educação fiscal visam essencialmente, falar da responsabilidade fiscal que os


agentes económicos têm em relação as suas obrigações e por sua vez falar da responsabilidade
social. Esta temática, para além de assuntos relacionados com tributos, trata também a questão da
ética, do exercício da cidadania e visa criar uma proximidade entre o cidadão e o Estado.

De acordo com MFE/PNEF3 encontramos a Ed.F no sentido strito-sensu que tem uma
abordagem didáctico-Pedagógica capaz de interpretar as vertentes financeiras e dos gastos
públicos, de modo a estimular o contribuinte, garantir a arrecadação e o acompanhamento da
aplicação dos recursos arrecadados em benefício da sociedade, com justiça, transparência,
honestidade e eficiência, minimizando o conflito de relação entre o cidadão contribuinte.

E outra vertente no sentido lato-sensu, trata da compreensão do que é Estado, suas origens, seus
propósitos com a sociedade sobre o gasto público, uma vez que a participação só ocorre no
ambiente democrático4.

Estas duas abordagens ostentam em comum a compreensão financeira do Estado e seu dever de
satisfazer as necessidades da colectividade, porém, o sentido restrito apenas enfatiza a
disseminação da educação fiscal nas instituições de ensino, a fim de incutir nos educandos e/ou
contribuinte a responsabilidade no acto do pagamento do imposto.

2
Autoridade Tributaria De Moçambique. Manual de Educação Fiscal e Aduaneira para Disseminadores. Maputo,
2010.
3
Ministério da Fazenda e da Educação (Programa Nacional de Educação Fiscal de Moçambique), 2004.
4
MARTINS, W. A. Educação Fiscal no Ensino. 2008.
A Autoridade Tributária de Moçambique, lançou em Dezembro de 2010, uma campanha de
formadores em matérias fiscais, com o objectivo de promover o alargamento da base tributária
aliada ao engajamento de todos os moçambicanos no sentido de exercerem a cidadania fiscal, o
desenvolvimento do conhecimento do imposto, a sua importância económica, social e ambiental.

A educação fiscal no contexto social corresponde a formação do ser humano com espírito
patriótico fiscal, dotado de conhecimentos e habilidades que o tornem capaz de compreender o
mundo e intervir conscientemente para modificar a realidade em que vivemos.

1.2.2. Educação Fiscal como Prática da Cidadania.

Edução fiscal num contexto social, compreende ao processo de formação do ser humano que
objectiva prepará-lo para a vida, dotando-o de conhecimento e habilidades que o tornem capaz
de compreender o mundo e intervir conscientemente para modificar a realidade em que vivemos,
capaz de edificar uma sociedade livre, justa, solidária e democrática5.

Com a formação do ser humano na prática da cidadania ajudaria o governo no cumprimento do


seu objectivo primordial que é a realização do bem comum 6. Neste caso, para o exercício da
cidadania em torno da educação fiscal, há necessidade de formar o indivíduo em matéria de
fiscalidade cuja mesma pode ser feita com base na educação fiscal tornando o cidadão mais
participativo e contribuindo no crescimento económico do país.

Para garantir os direitos dos cidadãos, como por exemplo: direito à saúde, educação, trabalho,
segurança, vias de acesso, entre outros, é necessário à obtenção de recursos financeiros
arrecadados na sua maioria através dos impostos, sendo que é de responsabilidade de todos
nacionais contribuírem para a construção de um país melhor e provedor de bens e serviços
públicos.

As práticas de sonegação fiscal que atentam à Lei Fiscal, merecem um total repúdio e sanção,
pois tiram o direito de outros cidadãos se usufruírem de certos serviços públicos. Portanto, a
educação fiscal exerce um papel preponderante na mudança de mentalidade no seio dos

5
Educação fiscal no Contexto Social. Disponível em www.esaf. Fazenda. Gov. Acesso em 2 de Dezembro de 2016.
6
O bem comum é dos indivíduos por serem membros de um Estado, trata-se de um valor comum que os indivíduos
podem se usufruir em conjunto.
cidadãos, com este tipo de consciencialização, o cidadão torna-se mais responsável e sente-se na
obrigação de contribuir para o bem-estar da colectividade.

Educação fiscal como prática da cidadania é um processo a longo prazo, uma vez que trata-se de
transmissão de novos valores morais e culturais à sociedade que já exerce a actividade
económica, não só, mas também as novas gerações. Por outro lado, faz com que haja uma
proximidade entre o cidadão e o Estado na prossecução dos interesses públicos.

Para DEMO (1995:36), a cidadania, para além de ser o factor mais decisivo para civilizar o
mercado, é a força que qualifica o Estado.

O governo deve não apenas recolher os impostos aos seus cofres, mas produzir alterações na vida
económica e social do próprio país, por essa via, o contribuinte/cidadão é chamado para financiar
a administração governamental pagando os impostos.

1.2.3 Receita tributária

Para PALUDO (2011:58), “Receitas tributárias são ingressos provenientes da arrecadação de


impostos, taxas e contribuições de melhorias”.

O autor afirma ainda que tributo é uma receita instituída pelas entidades de direito público,
compreendendo os impostos e as taxas fixadas nos termos da constituição e das Leis vigentes em
matéria fiscal.

Para JUND (2008:60), receita tributária corresponde aos impostos, taxas e contribuições de
melhoria que possuem características de rendas fiscais e sujeitas a cobrança compulsória em
razão da função social.

Ambos autores são unânimes ao definirem receita tributária como sendo fundos monetários
canalizados nos cofres do Estado advindos da cobrança dos impostos, podendo de igual forma
nascerem das cobranças de taxas pelo facto dos sujeitos usufruírem de alguns bens e serviços
públicos.
As receitas tributárias tem seu contributo para o país no geral, pois é com base nelas que o
Estado consegue construir centros de saúde, vias de acesso, pagar salários aos funcionários e
agentes, construir escolas, prover segurança e garantir o bem-estar aos cidadãos.

1.2.3.1 Imposto

É de acordo com o artg.4oda Lei no 15/2002 de 26 de Junho7, um pagamento para o orçamento do


Estado, com natureza unilateral e obrigatória, incluindo encargos legais e juros previstos em
normas tributárias.

RIBEIRO (2013:258), imposto é uma prestação pecuniária, coactiva e unilateral, sem carácter de
sanção, exigida pelo Estado com vista à realização de fins públicos.

IBRAIMO (2006:46) é mais específico ao descrever este conceito onde segundo ele:

É uma prestação coactiva imposta pelo Estado, pecuniária (avaliável em


dinheiro, havendo portanto impostos que podem ser pagos em bens ou
serviços), de prestação definitiva (sem direito a restituição, reembolso,
retribuição ou indemnização), prestação unilateral (sem contraprestação
específica, individual, imediata e directa, é estabelecido por lei de acordo
com o princípio da legalidade, sem fins sancionatórios e é uma prestação
a favor do Estado.

Em outras palavras, imposto corresponde a uma determinada percentagem em dinheiro que o


sujeito passivo paga ao Estado pela posse ou transmissão de um bem previsto na Lei e
susceptível a tributação ou pelo exercício de qualquer actividade tributável por mais que seja
ilícita.

Os impostos tem vários objectivos que se encontram geralmente associados predominando este
ou aquele dependendo de cada realidade específica, portanto neste caso, abordaremos objectivos
fiscais, sociais e económico do imposto. Ibid., p. 46.

a) O objectivo fiscal do imposto - visa a obtenção de receitas para financiamento das despesas
públicas, isto é, “a satisfação das necessidades financeiras do Estado”;

7
Lei que estabelece as Bases do Sistema Tributário da Legislação Fiscal moçambicana.
b) Objectivo social - visa a repartição justa da riqueza e dos rendimentos, a diminuição das
desigualdades tendo em conta as necessidades e os rendimentos do agregado social, nisso é
que reside a verdadeira redistribuição de riqueza;
c) Objectivo económicos - impostos podem combater a inflação (reduzindo o rendimento
disponível e consequentemente o consumo), proteger as indústrias nacionais (estabelecendo
direitos aduaneiros protectores durante um certo período), incentivar a poupança e o
investimento.

Um dos objectivos fiscais dos impostos consiste em potenciar o estado financeiro do país, os
objectivos sociais estão mais virados à proporcionar o bem-estar ao cidadão e numa perspectiva
económica os impostos visam necessariamente controlar as variações da nossa moeda em relação
a moeda estrangeira.

1.2.4 Relação jurídica fiscal e obrigação fiscal

De acordo com o artg. no 2 da Constituição da República, “todo o cidadão tem o dever de


cumprir as obrigações previstas na lei e obedecer às ordens emanadas das autoridades legítimas,
emitidas nos termos da Constituição e com respeito pelos seus direitos fundamentais”.

Por outro lado, este facto determina a obrigatoriedade que os agentes económicos e a população
no geral têm para com o Estado, primeiro como cidadãos e por exercerem actividades
susceptíveis à tributação, a não observância desta regra incorre a sanções previstas na Legislação
Fiscal moçambicana.

Quando se fala da relação jurídica fiscal, refere-se aos intervenientes directamente envolvidos no
processo de cobrança e pagamento do imposto, doravante designados sujeitos ou elementos da
relação jurídica do imposto.

Para IBRAIMO (2000:48), o conceito de relação jurídica fiscal é mais vasto, pois conclui que:

Para além da obrigação fiscal do contribuinte, todas as relações


que aquela obrigação central dá origem, directa ou indirectamente
(obrigações de prestar declarações, de não praticar certos actos), e
que obrigam não só ao contribuinte, mas também outras pessoas
de algum modo ligadas aos pressupostos de facto da tributação.
Por outras palavras, pode dizer-se que a relação jurídica fiscal
compreende a obrigação de imposto e as obrigações ou deveres,
tributários e/ou fiscais acessórios.

Nesta vertente, a relação jurídica do imposto, não resume-se apenas no cumprimento das
obrigações do sujeito passivo envolvido directamente no processo de tributação, envolve por
outro lado, a obrigação de prestar declarações fiscais ligadas a actividade, documentos
justificativos, apresentar esclarecimentos sempre que necessário e cumprir na íntegra com a
legislação fiscal.

Segundo mesmo autor, entende-se por obrigação fiscal, o vínculo que nasce entre o Estado e o
sujeito passivo obrigado a pagar o imposto, verificados os pressupostos de facto que integram o
tipo tributário abstracto descrito na lei.

Assim, sempre que ocorrer um facto gerador8 previsto na lei que origine o dever de pagar o
imposto, haverá uma obrigação tributária principal sendo que a acessória decorrerá a posterior de
ter de o cumprir. E para que a mesma obrigação seja legalmente caracterizada, é necessário que
se faça conhecer o seu facto gerador, o sujeito passivo e o sujeito activo, constituindo-se segundo
o autor acima mencionado, elementos básicos para a existência do tributo.

Em jeito de súmula, no que tange a relação jurídica e obrigação fiscal, podemos encontrar dois
sujeitos, onde passamos a citar a seguir:

1.4.1 Sujeito Activo

O no 1 do artg. 8o da Lei no 15/2002 de 26 de Junho9, define sujeito activo da relação tributária à


toda entidade do direito público, titular de direito de exigir o cumprimento das obrigações
tributárias, quer directamente quer através do representante.

8
Facto gerador da obrigação tributária refere-se a qualquer situação previamente definida na lei como necessária e
suficiente à sua ocorrência e susceptível ao imposto por parte do sujeito passivo.
Para MACHADO, o tributo é devido somente quando consumado o facto sobre o qual incide a norma de tributação,
ou seja, quando concretiza a hipótese de incidência tributária.
9
Lei que estabelece as Bases do Sistema Tributário da Legislação Fiscal moçambicana.
É de acordo com IBRAIMO (2006:56) o credor, com o direito de exigir a prestação tributária, é
aquela pessoa de direito público em benefício da qual é estabelecido o imposto.

O sujeito activo pode ser entendido como sendo toda entidade Estatal com poder estatuído por
Lei de cobrar impostos a todos sujeitos passivos.

1.4.2 Sujeito Passivo

O no1 do artg. 14o Da Lei 1/2002 de 22 de Março10, define o sujeito passivo da relação tributária
à todo aquele que está obrigado ao cumprimento de uma prestação tributária, de natureza
material ou formal, seja uma pessoa singular ou colectiva, uma entidade constituída observando
ou não os requisitos legais, um património, uma organização de facto de direito ou qualquer
outro agrupamento de pessoas.

Sujeito passivo ou devedor do imposto, é a pessoa a quem pode ser exigido o cumprimento da
prestação tributária. O dever fundamental do sujeito tributário passivo, é o de realizar a prestação
de imposto, que por sua vez, corresponde ao objecto mediato da relação jurídica do imposto.

São considerados sujeitos passivos todos entes públicos e privados que de forma constante ou
esporádica exercem actividades de compra e venda de bens e/ou serviços ou qualquer outra
actividade desde que esteja prevista na Lei por mais que seja ilícita dê azo a tributação.

10
Lei que estabelece o Ordenamento Jurídico Tributário moçambicano.
CAPITULO II: METODOLOGIA

Para a materialização de qualquer trabalho seja do âmbito profissional, científica ou académico,


torna-se imprescindível a escolha de um bom método e técnica na medida em que ajuda na
racionalização do tempo induzindo o investigador a obter melhores resultados em muito pouco
tempo e sem muito esforço.

Segundo MARCONI & LAKATOS (1990:17) “toda pesquisa deve basear-se em uma teoria, que
serve como ponto de partida para a investigação bem – sucedida de um problema. A teoria sendo
um instrumento de ciência é utilizada para conceituar o tipo de dados a serem analisados”.

2.1. Tipo de Pesquisa

Será aplicada a pesquisa exploratória que segundo SEVERINO (2007:123) busca apenas levantar
informações sobre um determinado objecto, delimitando assim um campo de trabalho, mapeando
as condições de manifestação desse objecto.

Nesta ordem de ideia, a pesquisa exploratória será válida para o presente trabalho, pois, permitira
colher dados em campo de estudo atinentes a assimilação da Ed.F, permitira também analisar os
Relatórios das Actividades Anuais do Posto e os Mapas de atribuição e Comunicação de Receita
tendo-nos conduzido até os níveis de cobrança do imposto e da Ed.F promovida pelo Posto.

Usaremos de igual forma a pesquisa explicativa, na medida em que traremos de forma detalhada
a forma como a educação fiscal é disseminada pelo PCM e os resultados desta mesma
disseminação, onde em jeito de tabelas e gráficos demonstraremos a real situação em torno da
Ed.F e os factores que estão aliados aos níveis de cobranças das receitas.

De acordo com GIL (2008:121), a pesquisa explicativa é a que mais aprofunda o conhecimento
da realidade, porque explica a razão, o porquê das coisas. Por isso, é o tipo mais complexo e
delicado.

2.2. Método de pesquisa

Para a materialização dos objectivos do presente trabalho, optámos pelo método de procedimento
monográfico ou de estudo de caso, onde de acordo com MARKONI &LAKATOS (2007:92)
consiste no estudo de determinados indivíduos, profissões, condições, instituições ou
comunidades com a finalidade de obter generalizações.

Quando se deseja colher informações sobre um ou mais aspectos de um grupo grande ou


numeroso, verifica-se muitas vezes, ser praticamente impossível fazer um levantamento do todo.
Ibid., p. 27.

Assim sendo, viu-se a necessidade de investigar apenas uma parte da população, sendo que
vamo-nos cingir no método indutivo, que segundo o autor, é uma operação lógica que vai do
particular ao geral. Neste caso, os resultados dos dados a serem colhidos no PCM vão nos
conduzir a uma generalidade da campanha de Ed.F.

2.3. Método de abordagem

Pela natureza do nosso estudo, quanto ao método de abordagem do problema trata-se de uma
pesquisa quantitativa e qualitativa.

Pesquisa quantitativa, primeiro por considerar que os dados serão extraídos em documentos que
nos darão informações relacionadas com as receitas tributárias arrecadadas, segundo é pelo facto
de este método facilitar na sistematização e análise da informação obtida com base nas
demonstrações gráficas facilitando a sua interpretação, a fim de buscar percepções e
entendimento sobre o tema em volta da população.

Na óptica de RICHARDSON citado por BOAVENTURA (2007:56), a pesquisa quantitativa


caracteriza-se pelo emprego da quantificação tendo nas modalidades de colecta de informações
quanto ao tratamento desses através de técnica estatística, e a pesquisa qualitativa no contexto
das ciências sociais especialmente em educação, caracteriza-se como fonte directa de dados no
ambiente natural.

Esta pesquisa é também de carácter qualitativa uma vez que baseamo-nos numa argumentação
lógica das ideias expostas em volta do tema, e permitira à posterior uma interpretação e análise
dos dados a serem colhidos.
2.4. Técnicas de recolha de dados

Técnica é de acordo com MARCONI & LAKATOS (2010:49), “o conjunto de processos de que
se serve uma ciência ou arte, ou seja, é a habilidade para usar esses processos ou normas, a parte
prática”.

O trabalho deu privilégio a pesquisa documental que segundo SEVERINO (2007:122) tem-se
como fonte documentos no sentido amplo, cujos conteúdos dos textos ainda não tiveram nenhum
tratamento analítico, são ainda matéria-prima, a partir da qual o pesquisador vai desenvolver sua
investigação e análise.

Para a análise das informações, orientamo-nos na técnica documental, onde encontramos as


fontes primárias (fornecidas no campo de estudo) e secundárias 11, cujos autores acima citados
afirmam que a técnica documental tem como base a análise de documentos institucionais de
acesso restrito que ainda não sofreram a análise analítica por nenhum autor.

Uma das técnicas não menos importante para a presente pesquisa é o questionário que segundo
GIL (2009:121), é uma técnica de investigação composta por um conjunto de questões que são
submetidas a pessoas com o propósito de obter informações sobre conhecimentos, crenças,
sentimentos, valores, interesses, expectativas, aspirações, etc.

Uma das técnicas a serem usadas para a recolha de dados será a entrevista dirigida aos
funcionários do Posto afim de colher informações acerca do estágio da educação fiscal e da
receita cobrada.

O questionário auxiliará na recolha de informações por parte dos contribuintes do Posto a fim de
aferir o nível de assimilação da educação fiscal e pagamento do imposto.

2.5. Colecta de dados

Segundo MARCONI & LAKATOS (2002:18), colecta de dados, corresponde a etapa da


pesquisa em que se inicia a aplicação dos instrumentos elaborados e das técnicas seleccionadas, a
fim de se efectuar a colecta dos dados previstos.

11
Correspondem a imprensa em geral e obras literárias.
Antes da análise e interpretação, os dados devem seguir os seguintes passos: selecção,
codificação e Tabulação.

Importa referir que, após a colecta de dados realizada de acordo com os procedimentos indicados
nas técnicas de recolha de dados, todas as informações extraídas dos relatórios das actividades
anuais do Posto, dos inquéritos e entrevistas, serão cuidadosamente seleccionadas de forma
sistemática, pertinência e organizados em jeito de tabelas e gráficos a fim de facilitar a sua
interpretação.

2.6. Delimitação do universo

População ou universo é de acordo com MULENGA (2014:03) conjunto de todos elementos que
apresentam pelo menos, uma característica comum de estudo. A população a ser estudada pode
ser finita ou infinita, consoante o número dos elementos considerados na observação.

A população alvo de estudo é constituída pelos agentes económicos da área de jurisdição do


ATM composta por 2808 elementos até 31 de Dezembro de 2018. Mesmo não fazendo parte da
população, importa referir que serão de igual forma entrevistados os funcionários do Posto
afectos nos sectores de: IVA, ISPC, IRPS, IRPC, Contencioso e a chefe do Posto a fim de obter
apenas dados preliminares da disseminação da educação fiscal e os níveis de arrecadação das
receitas.

2.6.1. Tipo de amostragem

Amostra é uma parte das unidades estatísticas seleccionadas da população para o estudo, muitas
vezes quando não é possível ou difícil estudar toda a população. As características obtidas das
amostras são chamadas estatísticas. Ibid., p. 03.

O estudo de uma unidade de um universo conduz a uma conclusão generalizada ou não muito
distante da realidade como um todo. Conforme nos referimos, a nossa pesquisa é constituída por
uma população de 2.808 elementos dos quais extraímos uma amostra probabilista estratificada
uniforme12 de 280 elementos que representam a décima parte da população 13 com uma
probabilidade diferente de zero. A amostra será estratificada consoante o tipo de regime a que os
contribuintes estão inscritos, subdivididos em igual número de elementos do extracto
correspondente a 70 elementos por distrito.

12
Caracteriza-se por dividir a população em grupos homogéneos em estratos, em que cada unidade estatística
pertença a um e só estrato, em seguida seleccionar os elementos dentro de cada estrato e finalmente somá-los de
modo que seja igual ao tamanho da amostra pretendida. As variáveis de estratificação mais comuns são encontradas
nas modalidades como: classe social, idade, sexo, profissão, etc., (MULENGA, 2014: 84).
13
Esta amostra é considerada suficiente para a generalização dos resultados. Alberto MULENGA. Introdução à
Estatística. Maputo, 2014.
Referências bibliográficas

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prática, Editora Atlas, São Paulo, 2003.

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São Paulo, Editora Alta, 2007.

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Janeiro, Elsevier, 2003 – 6 reimpressão.

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11. GOLDENBERG, Mirian. A arte de pesquisar: como fazer pesquisa qualitativa em ciências
sociais. Rio de Janeiro. Record, 1997.

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científicas. 1ª ed., Nampula, 2007.

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16. LAKATOS, Eva Maria, MARCONI, Mariana de Andrade. Metodologia Científica. 5ª ed.
São Paulo: Editora Atlas, 2007.

17. MARCONI, Mariana de Andrade & LAKATOS, Eva Maria. Técnicas de Pesquisa. São
Paulo. 7ª ed., Editora Atlas, 2010.

18. MATANGUE, Alípio de Jesus. Custos e Despesas da Educação. Maputo, 2010.

19. MEIRELES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 18ª Edição, São Paulo: Editora
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20. OLIVEIRA, Márcia Cristina. “Educação de Jovens e Adultos no Brasil: Aspectos específicos
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22. RIBEIRO, José Joaquim Teixeira. Lições de Finanças públicas. 5a Edição. Coimbra Editora,
2013.

Legislação

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Orgânico da Inspecção-Geral de Finanças. In: Boletim da República, 40/99 de 29 de Junho de
1999.

2. República de Moçambique, Boletim da República: Decreto-Lei que aprova o Imposto


Simplificado para Pequenos Contribuintes. In: Boletim da República, 5/2009, de 12 de Janeiro de
2009.
3. República de Moçambique, Boletim da República: Decreto-Lei que aprova a criação do
Imposto sobre o Valor Acrescentado. In: Boletim da República, 32/2007, de 31 de Dezembro de
2007.

4. República de Moçambique, Boletim da República: Decreto-Lei que regula a Lei do Imposto


sobre o Rendimento das Pessoas Singulares. In: Boletim da República, 33/2007, de 31 de
Dezembro de 2007.

5. República de Moçambique, Boletim da República: Decreto-Lei que regula a Lei do Imposto


sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas. In: Boletim da República, 34/2007, de 31 de
Dezembro de 2007.

6. República de Moçambique, Boletim da República: Lei que estabelece as Bases do Sistema


Tributário Nacional. In: Boletim da República, 15/2002, de 26 de Junho de 2002.

7. República de Moçambique, Boletim da República: Lei do Ordenamento Jurídico Tributário.


In: Boletim da República, 2/2006, de 22 de Março de 2006.

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