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1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................................ 4
2 PROBLEMA DE VALOR DE CONTORNO UNIDIMENSIONAL .............................................. 5
2.1 Formulação Clássica ............................................................................................................ 5
2.2 Formulação Variacional ....................................................................................................... 5
2.3 Aproximação por Elementos Finitos ..................................................................................... 7
2.4 Condições para convergência do MEF................................................................................ 11
3 ELASTICIDADE PLANA .......................................................................................................... 14
3.1 Introdução.......................................................................................................................... 14
3.2 Formulação Clássica do Problema de Elasticidade Plana..................................................... 15
3.3 Formulação Variacional ..................................................................................................... 16
3.4 Princípio dos Trabalhos Virtuais......................................................................................... 18
3.5 Energia Potencial Total ...................................................................................................... 18
3.6 Formulação Variacional Discreta........................................................................................ 20
3.6.1 Energia de Deformação ................................................................................................. 22
4 PROBLEMAS DE ELASTICIDADE TRIDIMENSIONAL......................................................... 23
4.1 Introdução.......................................................................................................................... 23
4.2 Formulação Clássica do Problema de Elasticidade Tridimensional ...................................... 23
4.3 Formulação do MEF .......................................................................................................... 24
5 ELEMENTOS DE BARRA......................................................................................................... 26
5.1 Barra Submetida a Esforços Axiais..................................................................................... 26
5.2 Barra Submetida a Esforços de Flexão................................................................................ 29
6 PROBLEMAS DE POTENCIAL ................................................................................................ 34
6.1 Introdução.......................................................................................................................... 34
6.2 Formulação Clássica .......................................................................................................... 34
6.3 Formulação Variacional ..................................................................................................... 35
6.4 Formulação Variacional Discreta........................................................................................ 36
7 ELEMENTOS ISOPARAMÉTRICOS ........................................................................................ 37
7.1 Integração no Domínio Real ............................................................................................... 37
7.2 Mapeamento Isoparamétrico............................................................................................... 38
7.2.1 Jacobiano da Transformação de Coordenadas................................................................. 39
7.3 Mapeamento: Generalização............................................................................................... 44
7.4 Elementos Isoparamétricos de Continuidade C0 .................................................................. 45
7.4.1 Elementos Uniaxiais...................................................................................................... 45
7.4.2 Elementos Quadriláteros - Família de Lagrange ............................................................. 47
7.4.3 Elementos Quadriláteros - Família de Serendipity .......................................................... 51
7.4.4 Elementos Triangulares ................................................................................................. 58
7.4.5 Hexaedros ..................................................................................................................... 63
7.4.6 Tetraedros ..................................................................................................................... 65
7.5 Exercícios Propostos .......................................................................................................... 68
8 INTEGRAÇÃO NUMÉRICA ..................................................................................................... 70
8.1 Integração Numérica de Gauss ........................................................................................... 70
8.2 Regras de Integração para Triângulos e Tetraedros ............................................................. 74
9 ESTIMATIVAS DE ERRO......................................................................................................... 77
9.1 Estimativas de Erro Globais e Locais.................................................................................. 77
9.2 Taxas de Convergência ...................................................................................................... 79
10 EXEMPLOS NUMÉRICOS........................................................................................................ 81
10.1 Estado Plano de Deformação.............................................................................................. 81
10.2 Elasticidade Tridimensional ............................................................................................... 84
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Introdução ao Método dos Elementos Finitos – Programa de Engenharia Civil,
COPPE / UFRJ – Notas de aula do Prof. Fernando L. B. Ribeiro
1 PROBLEMA DE VALOR DE CONTORNO UNIDIMENSIONAL
d 2u
+ f ( x ) = 0 em [0,1] (1.1)
dx 2
Dados f (x ) e g, determinar u ( x) ∈ U ∀ w( x) ∈ W,
∫ ∫
1 1
du dw
dx = f w dx - g w(0) (1.3)
0 dx dx 0
du
2
∫
1
U = u ( x ) u (1) = 0, dx < ∞ (1.4)
0 dx
5
Introdução ao Método dos Elementos Finitos – Programa de Engenharia Civil,
COPPE / UFRJ – Notas de aula do Prof. Fernando L. B. Ribeiro
e W o espaço de funções peso, ou funções de ponderação,
dw
2
∫
1
W = w( x ) w(1) = 0, dx < ∞ (1.5)
0 dx
Observações:
2) A base de U ≡ W tem dimensão infinita e pode ser dada, por exemplo, por funções
polinomiais de grau p contínuas em [0, 1] e diferentes de zero somente em uma
parte do domínio:
∞
u ( x) = ∑ N ( x) a
i =1
i i (1.6)
Ni
p=1
l xi
Ni
p=2
xi
Verificação:
Se a equação diferencial (1.1) é válida no domínio [0, 1], então a seguinte equação
integral também deve ser satisfeita para todas as funções w(x ) pertencentes ao espaço
W:
d 2u
∫
1
2 + f w dx = 0 (1.7)
0
dx
d 2u
∫ ∫
1 1
− w dx = f w dx
0 dx 2 0
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1
d 2u du
∫ ∫
1 1 du dw
− w dx = - dx w + dx
0 dx 2 0
0 dx dx
∫ ∫ f w dx
1 1
du du du dw
− (1) w(1) + (0) w(0) + dx = (1.8)
dx dx 0 dx dx 0
∫ ∫ f w dx
1 1
du dw
g w(0) + dx = (1.9)
0 dx dx 0
O Método dos Elementos Finitos (MEF) resolve por aproximação o problema (1.1) na
forma variacional (1.3). O domínio é discretizado em elementos, resultando em uma
malha com n pontos nodais. São utilizadas aproximações do tipo:
uˆ ( x) = ∑ N ( x) u
j =1
j j , uˆ( x) ∈ Uˆ (Uˆ ⊂ U ) (1.10)
wˆ ( x) = ∑ ϕ ( x) w ,
i=1
i i wˆ ( x ) ∈ Wˆ (Wˆ ⊂ W ) (1.11)
1, para x = x j
N j ( x) = (1.12)
0, para x = xi (i ≠ j )
x − xj
− + 1 , x j ≤ x ≤ x j +1
( x j +1 − x j )
N j ( x) = (1.13)
x − x j −1
, x j −1 ≤ x ≤ x j
x j − x j −1
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Nj
1
1 n
x
x=0 j-1 j j+1 x=1
Observações:
d 2 uˆ
+ f ( x) = R( x) em [0, 1] (1.14)
dx 2
A idéia central do MEF é ponderar este resíduo no domínio (Método dos Resíduos
Ponderados) usando as funções de ponderação wˆ ( x ) :
∫
1
R wˆ dx = 0, ∀wˆ ∈ Wˆ (1.15)
0
n
wˆ ( x ) = ∑ N ( x) w
i=1
i i (1.16)
resultando em
duˆ dwˆ
∫ ∫ f wˆ dx − g wˆ (0)
1 1
dx = (1.17)
0 dx dx 0
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Como pode-se observar, a equação acima corresponde ao problema (1.3), com u (x) e
w(x ) substituídas por uˆ ( x) e wˆ ( x ) . Introduzindo (1.10) e (1.16) em (1.17) chega-se à
expressão:
d dN
n n n
∑ ∫ ∑ ∑ ∫ f N dx − g N (0)
1 1
wi N j u j i dx = wi (1.18)
dx dx i i
i =1
0
j =1 i =1 0
d dN
n
∫ ∑ ∫ f N dx − g N (0)
1 1
N j u j i dx = (i = 1,..., n) (1.19)
dx dx i i
0
j =1 0
n
∑∫
dN j dN i
∫ fN
1 1
dx u j = i dx − g N i (0) (i = 1,..., n) (1.20)
j =1
0 dx dx 0
∑K
j =1
ij u j = Fi (i = 1,..., n) (1.21)
dN j dN i
∫
1
K ij = dx (1.22)
0 dx dx
∫fN
1
Fi = i dx − g N i (0) (1.23)
0
KU = F (1.24)
K 11 . . K 1n F1 u1
. . . . .
K= ; F = ; U= (1.25)
. . . . .
K n1 . . K nn Fn u n
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Observações:
1) A matriz K é simétrica:
dN i dN j dN j dN i
∫ ∫
1 1
K ij = dx = dx = K ji
0 dx dx 0 dx dx
Ni Nj
i j
Figura 1.3
dN i dN j dN i dN j
∫ ∫
1 xj
K ij = dx = dx
0 dx dx xi dx dx
Ni Nj
i j
Figura 1.4
2
dN
∫
1
K ii = i dx > 0
0 dx
2 2
dN im dN in
2 2
dN i dN i
∫ ∫ ∫ ∫
1 xi + 1 xi xi + 1
K ii = dx = dx = dx + dx
0 dx xi − 1 dx xi −1
dx xi
dx
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Ni
m n
Ni Ni
=
m n m n
i-1 i i+1 i-1 i i+1
K ii = K iim + K iin
Figura 1.5
Seja uˆ ( x) uma solução aproximada do problema (1.3), e u (x) a solução exata. Define-
se com erro e(x) da solução aproximada a diferença
e( x) = u ( x) − uˆ ( x ) (1.26)
du ∆2 x d 2u ∆x p d pu
u ( ∆x ) = u + ∆x + +... + + ........ (1.27)
x =0 dx x=0 2! dx 2 x =0 p ! dx p x=0
u(x)
u(∆x)
u(0)
x
x=0 x = ∆x
Figura 1.6
(
e ≈ O ∆x p +1 ) (1.28)
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Da mesma forma, os erros das derivadas de uˆ ( x) são:
duˆ
dx
: e1 ≈ O h p ( ) (1.29)
d 2 uˆ
2
(
: e2 ≈ O h p −1 ) (1.30)
dx
d n uˆ
dx n
(
: en ≈ O h p +1− n ) (1.31)
Para que haja convergência, todas as derivadas que aparecem na formulação variacional
(1.3) devem ser representadas corretamente, no limite, quando o tamanho h dos
elementos tende a zero:
en → 0, quando h → 0 (1.32)
Portanto, a seguinte relação deve ser válida:
p+1 − n ≥ 1 ⇒ p ≥ n (1.33)
Então, uma primeira condição para que haja convergência é que as funções de
interpolação utilizadas na aproximação de uˆ ( x) sejam representadas por polinômios
completos de grau n (condição de completidade).
duˆ dwˆ
∫
1
dx < ∞ (1.34)
0 dx dx
A expressão acima equivale a dizer que as derivadas que aparecem na integral devem
ser de quadrado integrável. Uma função contínua por partes, por exemplo, é de
quadrado integrável. Em outras palavras, se n é a ordem mais alta das derivadas que
aparecem na integral, as derivadas da aproximação de ordem n-1 devem ser contínuas
nas interfaces dos elementos, como mostra a Figura 1.7.
uˆ ( x)
duˆ
dx
Figura 1.7 – Aproximação uˆ ( x) contínua e derivada descontínua nas interfaces dos elementos.
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Resumindo, são duas as condições para convergência de uma aproximação:
Observações:
∫
2
f ( x) dΩ < ∞ ⇒ f ( x ) ∈ L2
Ω
Exercícios proposto:
d 2u
− 2 = 0 em [0,1]
dx 2
u (1) = 0
du
(0) = −2
dx
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2 ELASTICIDADE PLANA
2.1 Introdução
x z
y
x
y z
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2.2 Formulação Clássica do Problema de Elasticidade Plana
t
n
Γu Γq
y
Ω Γ = Γu ∪ Γq
σx
σx τ xy
T= σ = σ y
σ y
; (2.6)
τ xy τ xy
εx ∂ ∂x 0
ε = ε y ;
L = 0 ∂ ∂y (2.7)
γ xy ∂ ∂y ∂ ∂x
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Para problemas de estado plano de tensões a matriz D é igual a
1 ν
0
E
D= ν 1 0 (2.8)
1− ν2 1− ν
0 0
2
1 ν (1 − ν ) 0
E (1 − ν )
D= ν (1 − ν ) 1 0 (2.9)
(1 + ν )(1 − 2ν )
0 0 (1 − 2ν ) 2(1 − ν )
Dados b , t e u , determinar u ∈ U ∀w ∈ W ,
∫ (Lw ) DL u dΩ = ∫ b w dΩ + ∫ t w dΓ
t t t
(2.10)
Ω Ω Γq
∂u ∂u
U = u = (u x , u y ) u = u em Γu , , ∈ L2 (2.11)
∂x ∂y
∂w ∂w
W = w = (w x , w y ) w = 0 em Γu , , ∈ L2 (2.12)
∂x ∂y
Verificação:
∫ (L σ + b) w dΩ = 0 ,
t
t
∀w ∈ W (2.13)
Ω
∂σ x ∂τ xy ∂τ xy ∂σ y
∫
Ω
∂x
+
∂y
+ bx wx +
∂x
+
∂y
+ b y w y dΩ = 0
(2.14)
∂σ x ∂w x
∫
Ω
∂x Γ
∫ Ω
∫
w x dΩ = σ x n x w x d Γ − σ x
∂x
dΩ (2.15)
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∂τ xy ∂w x
∫
Ω
∂y ∫
w x dΩ = τ xy n y wx dΓ − τ xy
Γ
∫
Ω
∂y
dΩ (2.16)
∂τ xy ∂w y
∫
Ω
∂x ∫
w y dΩ = τ xy n x w y dΓ − τ xy
Γ
∫
Ω
∂x
dΩ (2.17)
∂σ y ∂w y
∫
Ω
∂y ∫
w y dΩ = σ y n y w y dΓ − σ y
Γ
∫
Ω
∂y
dΩ (2.18)
e substituindo,
∂σ x ∂τ xy ∂τ xy ∂σ y
∫
Ω
∂x
+
∂y
+ bx w x +
∂x
+
∂y
+ b y w y dΩ =
= ∫ (σ n
Γ = Γu + Γq
x x + τ xy n y ) wx + (τ xy n x + σ y n y )w y dΓ + (2.19)
∂w x σwx ∂w y σw y
Ω
∫
− σ x
∂x
+ τ xy
∂y
+ τ xy
∂x
+ σy
∂y
∫
dΩ + bx w x + b y w y dΩ = 0
Ω
∫ (L σ + b) w dΩ = ∫ (Tn ) w dΓ − ∫ (Lw ) σ dΩ + ∫ b w dΩ = 0
t t t t t
(2.20)
Ω Γ = Γu ∪ Γq Ω Ω
∫ (Lw ) σ dΩ = ∫ b w dΩ + ∫ t w dΓ
t t t
(2.21)
Ω Ω Γq
∫ (Lw ) DL u dΩ = ∫ b w dΩ + ∫ t w dΓ
t t t
Ω Ω Γq
Pode-se também chegar a esta mesma forma variacional empregando-se o princípio dos
trabalhos virtuais ou o princípio da energia potencial total mínima, como será visto a
seguir.
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2.4 Princípio dos Trabalhos Virtuais
Wint = ∫ (δε) σ dΩ
t
(2.22)
Ω
onde σ são as tensões resultantes das forças externas impostas à estrutura. O trabalho
destas das forças externas é dado por:
∫
Ω
∫
Wext = b t δu dΩ + t t δu dΓ
Γq
(2.23)
∫ (δε ) D(L u) dΩ = ∫ b δu dΩ + ∫ t δu dΓ
t t t
(2.24)
Ω Ω Γq
∫
1 t
U= ε Dε dΩ (2.25)
2Ω
O trabalho das forças externas (energia potencial das forças externas) é negativo,
quando o corpo retorna a sua configuração indeformada:
∫
Ω
∫
W = − b t u dΩ − t t u dΓ
Γq
(2.26)
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A energia potencial total do corpo, que é função da configuração deformada u, será
portanto igual a:
Π (u) = U + W (2.27)
δΠ (u) = δU + δW = 0 (2.28)
∫
δU = (δε) t Dε dΩ
Ω
(2.29)
∫
Ω
∫
δW = − b t δu dΩ − t t δu dΓ
Γq
(2.30)
U +W / 2 = 0 (2.31)
Π (u) = U + W = −U (2.32)
Portanto, pode-se deduzir da expressão acima que, sendo a energia potencial total Π
superestimada, a energia de deformação U será sempre subestimada na formulação em
deslocamentos do método dos elementos finitos, na ausência de tensões ou deformações
iniciais.
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É importante ressaltar que nem sempre é possível estabelecer um funcional de energia
associado às equações diferenciais do problema. Isto só ocorre quando o operador
diferencial é auto-adjunto, como é o caso de problemas de elasticidade. Por este motivo,
a forma variacional obtida a partir da ponderação de resíduos ponderados é mais geral, e
pode ser aplicada a qualquer tipo de problema, como por exemplo, problemas de
mecânica dos fluidos.
Para obter a formulação variacional discreta deve-se proceder da mesma forma que no
item 1.3, com a diferença que agora a solução da equação diferencial u = (u x , u y ) é uma
função vetorial de duas componentes, e portanto deve ser aproximada por uma função
vetorial:
uˆ x n
N j 0 u xj n
uˆ =
y
∑ j =1
0
N j
j;
u y
uˆ = ∑N u
j =1
j j (2.33)
wˆ x n
Ni 0 w ix n
wˆ =
y
∑i =1
0
N i
i ;
w y
ˆ =
w ∑N w
i =1
i i (2.34)
∫ (Lwˆ ) DL uˆ dΩ = ∫ b wˆ dΩ + ∫ t wˆ dΓ
t t t
(2.35)
Ω Ω Γq
Desenvolvendo,
t
n
n n n
∫ ∑
L
Ω i =1
N i w i DL
∑ j =1
N j u j dΩ = b t
∫ ∑
Ω i =1
N i w i dΩ + t t
∫ ∑N w
Γq i =1
i i dΓ (2.36)
∑ ∫ (L N ) D (L N )dΩ u = ∫ N b dΩ + ∫ N t dΓ ,
n
(i = 1, ..., n)
t
i j j i i (2.37)
j =1 Ω Ω Γq
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Denotando por B i o operador diferencial aplicado às funções de interpolação N i ,
∂N i
0
∂x
∂N i
Bi = L Ni = 0 (2.38)
∂y
∂N ∂N i
i
∂y ∂x
∑ ∫ (B ) D (B )dΩ u = ∫ N b dΩ + ∫ N t dΓ
n
(i = 1, ... , n)
t
i j j i i (2.39)
j =1 Ω Ω Γq
ou equivalentemente,
∑k u
j =1
ij j = fi (i = 1, ... , n) (2.40)
k ij = ∫ (B ) D (B ) dΩ
t
i j (2.41)
Ω
∫
f i = N i b dΩ + N i t dΓ
Ω
∫
Γq
(2.42)
KU = F (2.43)
onde,
k 11 . . k 1n u1 f1
. . . . . .
K= ; U= ; F= (2.44)
. . . . . .
k n1 . . k nn u n f n
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2.6.1 Energia de Deformação
1 t 1 1
U= ∫
2Ω 2 Ω∫
εˆ Dεˆ dΩ = U t B t DB dΩ U = U t K U
2
(2.45)
Ut K U > 0 (2.46)
22
Introdução ao Método dos Elementos Finitos – Programa de Engenharia Civil,
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3 PROBLEMAS DE ELASTICIDADE TRIDIMENSIONAL
3.1 Introdução
σx
σ
σx τ xy τ xz y
σ
T = τ xy σy τ yz ; σ= z (3.6)
τ xz τ yz σ z τ xy
τ yz
τ xz
εx
ε
εx γ xy γ xz y
ε
ε = γ xy εy γ yz ; ε= z (3.7)
γ xz γ yz ε z γ xy
γ yz
γ xz
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As relações deformações/deslocamentos envolvem o operador diferencial L , com
derivadas parciais em ralação a x, y e z:
εx ∂ ∂x 0 0
ε 0 ∂ ∂y 0
y
ε 0 0 ∂ ∂z
ε = Lu = z ; L = (3.8)
γ xy ∂ ∂y ∂ ∂x 0
γ yz 0 ∂ ∂z ∂ ∂y
γ xz ∂ ∂z 0 ∂ ∂x
1 ν (1 − ν ) ν (1 − ν ) 0 0 0
1 ν (1 − ν ) 0 0 0
1 0 0 0
E (1 − ν )
(1 − 2ν ) 0 0
D=
(1 + ν )(1 − 2ν ) 2(1 − ν )
(3.9)
simétrica
(1 − 2ν ) 0
2(1 − ν )
(1 − 2ν )
2(1 − ν )
uˆ x N j 0 0 u xj
n n
uˆ =
y ∑ 0 Nj 0 u yj ; uˆ = ∑N u j j (3.10)
uˆ z j =1 0 0 N j u zj j =1
wˆ x N j 0 0 wxj
n
∑
n
wˆ =
y 0 Nj 0 w yj ; ˆ =
w ∑N w i i (3.11)
wˆ z j =1 0 0 N j wzj i =1
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Introdução ao Método dos Elementos Finitos – Programa de Engenharia Civil,
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k ij = ∫ (B ) D (B ) dΩ
t
i j (3.12)
Ω
∂N i
∂x 0 0
∂N i
0 0
∂y
∂N i
0 0
B i = L N i = ∂N ∂z (3.13)
i ∂N i
0
∂y ∂x
∂N i ∂N i
0
∂z ∂y
∂N i ∂N i
∂z 0
∂x
∫
Ω
∫
f i = N i b dΩ + N i t dΓ
Γq
(3.14)
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4 ELEMENTOS DE BARRA
d 2u
EA + f ( x ) = 0 em [0, L] (4.1)
dx 2
σ x = Eε x
e as deformações são:
du
εx =
dx
f(x)
R x, u
∫ ∫ f w dx
L L
du du du dw
− EA ( L) w( L) + EA (0) w(0) + EA dx = (4.3)
dx dx 0 dx dx 0
26
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du
U = u ( x) u (0) = 0, ∈ L2 (4.4)
dx
∫ ∫ f w dx + R w(L)
L L
du dw
EA dx = (4.5)
0 dx dx 0
∫ ∫ε
L L
Trabalho das forças internas: σ x δε x A dx = EA x δε x dx
0 0
∫ f δu dx + R δu(L)
L
Trabalho das forças externas:
0
∫ ∫ fu dx − Ru(L)
1 L L
π (u ) = U + W = σ xε x A dx − (4.6)
2 0 0
∫ dx − ∫ fδu dx − Rδu ( L) = 0
L L
δπ (u ) = δU + δW = EA ε xδε x (4.7)
0 0
Introduzindo as aproximações
uˆ ( x) = ∑ N ( x) u
j =1
j j , uˆ( x) ∈ Uˆ (Uˆ ⊂ U ) (4.8)
wˆ ( x ) = ∑ N ( x) w ,
i=1
i i wˆ ( x ) ∈ Wˆ (Wˆ ⊂ W ) (4.9)
duˆ dwˆ
∫ ∫ f wˆ dx + R wˆ (L)
L L
EA dx = (4.10)
0 dx dx 0
27
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n
∑ ∫
dN j dN i
∫ f N dx + R N ( L)
L L
EA dx u j = i i (i = 1,..., n) (4.11)
j =1
0 dx dx 0
∑K
j =1
ij u j = Fi (i = 1,..., n) (4.12)
dN j dN i
∫
L
K ij = EA dx (4.13)
0 dx dx
∫ fN
L
Fi = i dx + R N i ( L) (4.14)
0
x'
N1 = − +1 (4.15)
l
x'
N2 = (4.16)
l
duˆ dN1 dN 2 dN dN 2 u1
εˆx = = u1 + u2 = 1 u = B u
e e
(4.17)
dx' dx ' dx' dx' dx' 2
l
EA 1 − 1
∫
K e = EA (B e )t B e dx' =
0 l − 1 1
(4.18)
u1 u2
x’
1 l 2
28
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4.2 Barra Submetida a Esforços de Flexão
d 4v
EI = q( x) em [0, l] (4.19)
dx 4
V1 V2
q(x)
M2
M1
x
y, v
Figura 4.3 – Barra submetida a esforços de flexão.
dθ
k≈ (4.20)
dx
dv
θ ≈ tanθ = (4.21)
dx
29
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d 2v
M = − EIk = − EI (4.22)
dx 2
dM d 3v
V= = − EI 3 (4.23)
dx dx
l d 4v l
EI
∫ 0 dx 4
w dx =
0
q w dx ∫ (4.24)
l l
d 3 v d 2 v dw l
d 2v d 2 w l
EI 3 w − EI 2
dx 0 dx dx 0
+ EI ∫
0
2
dx dx 2 ∫
dx = q w dx
0
(4.25)
d 3v d 3v d 2v dw
EI 3
( l ) w( l ) − EI 3
( 0 ) w( 0 ) + EI 2
(0) (0) +
dx dx dx dx
(4.26)
d 2v l
d 2v d 2 w l
∫ ∫
dw
− EI 2 (l) (l) + EI 2
dx = q w dx
dx dx 0 dx dx 2 0
l d 2v d 2w l
∫ ∫
dw dw
EI 2 2
dx = q w dx − V1 w(0) + V2 w(l) + M 1 (0) − M 2 (l ) (4.27)
0 dx dx 0 dx dx
v j
∑ [N ]
n
vˆ = Hj (4.28)
θ j
j
j =1
n
wi
wˆ = ∑ [Ni =1
i Hi ] i
w, x
(4.29)
30
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As aproximações v̂ e ŵ pertencem ao espaço de funções cujas derivadas de segunda
ordem pertencem ao espaço L2 . Discretizando a viga com um único elemento típico,
como ilustra a Figura 4.4, as aproximações acima assumem a forma:
3x 2 2x3
N1 = − 2 + 1 + 3 (4.32)
l l
x3 2x 2
H1 = + x − (4.33)
l2 l
2 x 3 3x 2
N2 = − + 2 (4.34)
l3 l
x3 x2
H2 = − (4.35)
l2 l
d 2 vˆ d 2 wˆ
l l
EI ∫
0 dx
2
dx 2
dx =
0 ∫
q wˆ dx − V (0) wˆ (0) + V (l) wˆ (l) +
(4.36)
dwˆ dwˆ
+ M (0) (0) − M (l) (l )
dx dx
θ1 θ2
1 2
x
v1 l v2
31
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Variando ŵ chega-se ao sistema de equações:
v1 qN 1 − V1
θ
l qH
1 dx + M 1
l
∫
EI (B ) B dx 1 = ∫
e t
(4.37)
0 v2 0 qN
2
V2
θ 2 qH 2 − M 2
onde o operador B e é
d 2 N1 d 2 H1 d 2 N2 d 2H2
B = 2
e
(4.38)
dx dx 2 dx 2 dx 2
K eUe = Fe (4.39)
onde
12 6 12 6
l3 −
l2 l3 l2
6 4 6 2
2 − 2
K e = EI l l l l (4.40)
12 6 12 6
− l 3 − 2
l l3
− 2
l
6 2 6 4
2 − 2
l l l l
U e = [v1 θ 1 v2 θ 2 ]
t
(4.41)
t
ql ql 2 ql ql 2
F = −V
e
+ M1 + V2 − M2 (4.42)
2 12 2 12
A matriz de rigidez em (4.40) é exatamente aquela que se obtém através do método dos
deslocamentos. Deve-se ainda observar que a curvatura k desempenha o papel das
deformações, sendo igual a:
k = BeUe (4.43)
1 l EI l 2
U= ∫
2 0
− M k dx =
2 0
k dx∫ (4.44)
32
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e a primeira variação de U tem a forma:
∫
δU = EI k δk dx
0
(4.45)
Comparando a expressão acima com (4.7) pode-se notar a analogia entre a curvatura k e
as deformações longitudinais no problema de barras submetidas a esforços axiais.
33
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5 PROBLEMAS DE POTENCIAL
5.1 Introdução
Problemas de potencial tratam do fluxo difusivo de uma quantidade física (massa, calor,
etc.) e têm muitas aplicações na engenharia, como por exemplo, problemas de condução
de calor, escoamento em meios porosos, distribuição de potencial elétrico ou
eletromagnético, torção de barras prismáticas e outras.
q = − k∇φ (5.1)
∇.q = Q( x, y ) (5.2)
∇.(k∇φ) + Q = 0 (5.3)
∇.(k∇φ) + Q = 0 em Ω (5.4)
φ = φ em Γφ (5.5)
q .n = q em Γq (5.6)
34
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q Γq
Γφ
n
y
Ω Γ = Γφ ∪ Γq
Figura 5.1
∫ ∇w.(k∇φ) dΩ = ∫ Q w dΩ − ∫ q w dΓ
Ω Ω Γq
(5.7)
∂φ ∂φ
Φ = φ( x, y ) φ = φ em Γφ , , ∈ L2 (5.8)
∂x ∂y
∂w ∂w
W = w( x, y ) w = 0 em Γφ , , ∈ L2 (5.9)
∂x ∂y
Verificação:
∫ (∇.(k∇φ) + Q) w dΩ = 0 ,
Ω
∀w ∈ W (5.10)
∫ (∇.(k∇φ) + Q) w dΩ = ∫ (∇.(k∇φ) w + Q w) dΩ =
Ω Ω
, ∀w ∈ W (5.11)
∫ ∫
− ∇w.(k∇φ) dΩ + w (k∇φ).n dΓ + Q w dΩ = 0
Ω Γ
∫
Ω
∫ ∇w.(k∇φ) dΩ = ∫ Q w dΩ − ∫ q w dΓ , ∀w ∈ W
Ω Ω Γq
(5.12)
35
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5.4 Formulação Variacional Discreta
Aproximações:
n
φˆ = ∑N φ
j =1
j j (5.13)
n
wˆ = ∑N w
i =1
i i (5.14)
∫ ∇wˆ.(k∇φˆ ) dΩ = ∫ Q wˆ dΩ − ∫ q wˆ dΓ
Ω Ω Γq
, ∀wˆ ∈ Wˆ ⊂ W (5.15)
∑ ∫ ∇N .(k∇N
j =1 Ω
i j ∫
) dΩ φ j = Q N i dΩ −
Ω
∫ q N dΓ
Γq
i , para i = 1, ..., n (5.16)
∑k
j =1
ij φ j = fi , i = 1, ..., n (5.17)
∂N i ∂N j ∂N i ∂N j
k ij = ∫ k ∂x
Ω
∂x
+
∂y ∂y
dΩ (5.18)
∫
f i = Q N i dΩ −
Ω
∫ q N dΓ
Γq
i (5.19)
36
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6 ELEMENTOS ISOPARAMÉTRICOS
n
u h ( x) = ∑ N j u j (6.1)
j =1
1, x = x j
N j ( x) =
0, x = x i , i ≠ j Nj
1
1 n x
x=0 j x=L
∫ B DB dΩ (coeficientes da matriz K)
t
(6.2)
Ω
∫ b N dΩ + ∫ t N dΓ (termos independentes)
t t
i i (6.3)
Ω Γq
e são calculadas a nível de elemento. Estas integrais podem ser efetuadas diretamente no
domínio real do problema. Na prática, no entanto, os elementos são distorcidos ou se
encontram inclinados em relação aos eixos de coordenadas, o que torna complicado
sistematizar o cálculo das integrais. Este é o motivo pelo qual o uso de elementos
isoparamétricos tornou-se padrão. A idéia principal deste tipo de elemento é mapear a
geometria em um sistema local de coordenadas naturais, onde as integrais podem ser
facilmente efetuadas, analítica ou numericamente. Para isto, a solução aproximada e
suas derivadas devem ser escritas em função dessas coordenadas naturais. O termo
isoparamétrico (parâmetros iguais) vem do fato de que o mapeamento da geometria é
37
Introdução ao Método dos Elementos Finitos – Programa de Engenharia Civil,
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feito através do uso dos mesmos parâmetros utilizados na interpolação da solução
aproximada. Deve-se observar que embora os parâmetros sejam os mesmos, não há
nenhuma restrição quanto ao uso de interpolações diferentes para a geometria e para a
aproximação da solução.
n =4
uˆ (ξ, η) = ∑N
j =1
j (ξ, η) u j (6.4)
n=4
x(ξ, η) = ∑N
j =1
j (ξ, η) x j (6.5)
n= 4
y (ξ, η) = ∑N
j =1
j (ξ, η) y j (6.6)
y
η
2 1
x = x(ξ , η )
y = y(ξ , η )
ξ
⇔
x 3 4
38
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∫ B (ξ, η) D B(ξ, η) dΩ
t
(6.7)
Ωe
∫ b N (ξ, η) dΩ + ∫ t N (ξ, η) dΓ
t t
i i (6.8)
Ω Γq
Para que as integrais acima possam ser calculadas no domínio de coordenadas naturais,
é necessário mudar o domínio e os limites de integração. Isto é feito através da matriz
Jacobiana J de transformação de coordenadas, que relaciona um elemento infinitesimal
no domínio real a um elemento infinitesimal no domínio de coordenadas naturais:
η=1 ξ =1
x = f1 (ξ, η) ξ = g1 ( x, y )
; (6.11)
y = f 2 (ξ, η) η = g 2 ( x, y )
∂f ( x, y ) ∂f ∂x ∂f ∂y
= + (6.12)
∂ξ ∂x ∂ξ ∂y ∂ξ
∂f ( x, y ) ∂f ∂x ∂f ∂y
= + (6.13)
∂η ∂x ∂η ∂y ∂η
Matricialmente,
∂ ∂x ∂y ∂
∂ξ ∂ξ ∂ξ ∂x
= ∂ (6.14)
∂ ∂x ∂y
∂η ∂η ∂η ∂y
39
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∂x ∂y
∂ξ ∂ξ
J= (Jacobiano) (6.15)
∂x ∂y
∂η ∂η
∂ ∂
∂x −1
∂ξ
∂=J (6.16)
∂
∂y ∂η
Exercícios resolvidos:
y η
S2 (η) dη
dS1 S1 (ξ)
dS2 dξ
x ξ
Figura 6.3
As curvas S1 e S2 que representam os lados dS1 e dS2 da região dΩ podem ser escritas
na forma paramétrica:
x = x (ξ) x = x(η)
y = y (ξ) y = y (η)
dS1 ∂x ∂y dS 2 ∂x ∂y
= i+ j = i+ j
dξ ∂ξ ∂ξ dη ∂η ∂η
40
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Considerando que a área dΩ seja, no limite, igual a área do paralelogramo cujos lados
são os vetores dS1 e dS2, pode-se escrever que:
dΩ = dS1 × dS 2
dS1 dS 2 1 1
× = dS1 × dS 2 = dΩ
dξ dη dξdη dξ dη
i j k
dξdη = det ∂x / ∂ξ ∂y / ∂ξ 0
dS1 dS 2
dΩ = × dξdη
dξ dη
∂x / ∂η ∂y / ∂η 0
∂x ∂y
∂ξ ∂ξ
dΩ = det dξdη= det J dξdη
∂x ∂y
∂η ∂η
∫ ∫
A = dΩ = det J dξdη
4 3
η= 1
η= 0 ξ
η = -1
1 2
ξ = -1 ξ=0 ξ=1
Figura 6.4
Funções de interpolação:
1
Ni = (1 + ξ i ξ)(1 + ηi η)
4
41
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Geometria:
n= 4
x(ξ, η) = ∑N
j =1
j (ξ, η) x j
n= 4
y (ξ, η) = ∑N
j =1
j (ξ, η) y j
Matriz Jacobiana:
∂x ∂y ∂y ∂y
∂ξ −
∂ξ 1 ∂η ∂ξ
J = ; J −1 =
∂x ∂y det J − ∂x ∂x
∂η ∂η ∂η ∂ξ
∂x ∂y ∂y ∂x
det J = −
∂ξ ∂η ∂ξ ∂η
1
det J = ( N1 ∆ 1 + N 2 ∆ 2 + N 3 ∆ 3 + N 4 ∆ 4 )
4
∆1 = x 21 y 41 − y 21 x 41
∆ 2 = x 21 y 32 − y 21 x 32
∆ 3 = x 34 y 32 − y 34 x32
∆ 4 = x 34 y 41 − y 34 x 41
xij = xi − x j ; y ij = y i − y j
∆ 1 =∆ 2 =∆ 3 =∆ 4
y 41 = y 32
x 21 y 41 − y 21 x 41 = x 21 y 32 − y 21 x32 ⇒
x41 = x32
x = x34
⇒ x21 y 41 − y 21 x 41 = x34 y 41 − y34 x41 ⇒ 21
y 21 = y 34
42
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3) Determinar a matriz de rigidez de um elemento de barra com 1 grau de liberdade
(deslocamento axial).
N1 N2
x, u ξ
1 L 2 1 2
Figura 6.5
N1 =
1
(1 − ξ ) ; N2 =
1
(1 + ξ )
2 2
Geometria:
x(ξ) = N 1 x1 + N 2 x 2
Deslocamento axial:
u (ξ) = N 1u1 + N 2 u 2
Matriz de rigidez:
x = x2 x = x2
K= ∫B ∫B
t t
E B Adx = AE B dx
x = x1 x = x1
du du dξ dN 1 dξ dN 2 dξ dξ dN 1 dN 2 u1
ε= = = u1 + u2 = u
dx dξ dx dξ dx dξ dx dx dξ dξ 2
dx x 2 − x1 L L dξ 2
= = ⇒ dx = dξ ; =
dξ 2 2 2 dx L
Operador B:
dξ dN 1 dN 2 1
B= = [− 1 1]
dx dξ dξ L
ξ =1
∫
L
K = AE Bt B dξ
ξ = −1
2
ξ =1
AE 1 − 1 1 AE 1 − 1
K= ∫
L ξ = −1 − 1 1 2
dξ =
L − 1 1
43
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6.3 Mapeamento: Generalização
De modo geral os elementos finitos podem ser de uma, duas, ou três dimensões,
conforme o número de parâmetros necessários para descrevê-los (Figura 6.6 a Figura
6.8). Podem também ser lineares ou de grau superior, dependendo do grau p de suas
equações paramétricas. Freqüentemente utiliza-se o termo wire-frame para designar a
representação de estruturas por meio de elementos unidimensionais (ou uniaxiais), que
são segmentos de reta (lineares) ou segmentos de curva (p > 1). Os elementos
bidimensionais são superfícies curvas, quando o grau dos polinômios em ξ e η é maior
do que 1, ou faces planas ou polígonos, quando as equações paramétricas são lineares.
O mesmo raciocínio é válido para volumes, discretizados através de elementos sólidos.
Em princípio, qualquer tipo de mapeamento ou parametrização pode ser utilizado para
descrever a geometria dos elementos. No entanto, com o objetivo de facilitar o cálculo
das integrais adota-se como padrão no MEF o mapeamento isoparamétrico, que é um
caso particular de mapeamento em que a parametrização da geometria é idêntica àquela
utilizada na aproximação da solução.
x = x(ξ )
z y = y(ξ )
z = z(ξ )
y ⇔ ξ
x
Figura 6.6 – Elementos uniaxiais.
z η
x = x(ξ , η )
y = y(ξ , η )
z = z(ξ , η )
y ⇔ ξ
x
Figura 6.7 – Elementos de superfície.
44
Introdução ao Método dos Elementos Finitos – Programa de Engenharia Civil,
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z x = x(ξ , η , ζ ) ζ
y = y(ξ , η , ζ )
z = z(ξ , η , ζ )
y ⇔ η
x ξ
-1 ≤ ( ξ , η , ζ ) ≤ 1
N 1 = (1 − ξ) / 2 (6.17)
N 2 = (1 + ξ) / 2 (6.18)
1 2
ξ = -1 ξ=1
0
-1 1
45
Introdução ao Método dos Elementos Finitos – Programa de Engenharia Civil,
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No elemento quadrático, cuja parametrização é ilustrada na Figura 6.11, as funções de
interpolação (Figura 6.12) são polinômios do segundo grau (p = 2) que assumem os
valores 1 em um nó e 0 nos outros dois nós:
N 1 = (ξ − 1)ξ / 2 (6.19)
N 2 = (1 + ξ)ξ / 2 (6.20)
N 3 = (1 + ξ)(1 − ξ) (6.21)
1 3 2
ξ = -1 ξ=0 ξ=1
1
0.8
0.6
0.4
0.2
0
-0.2 -1 0 1
9
N1 = (1 − ξ)(ξ + 1 / 3)(ξ − 1 / 3) (6.22)
16
9
N 2 = (1 + ξ)(ξ + 1 / 3)(ξ − 1 / 3) (6.23)
16
27
N3 = (1 + ξ)(ξ − 1 / 3)(ξ − 1) (6.24)
16
27
N4 = (1 − ξ)(ξ + 1 / 3)(ξ + 1) (6.25)
16
1 3 4 2
46
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0.5
0
-1 - 2/3 - 1/3 0 1/3 2/3 1
-0.5
N ip = l ip (6.26)
1 i p+1
ξ = -1 ξ=1
Figura 6.15 - Parametrização de um elemento genérico de grau p.
1
N1 = (1 + ξ)(1 + η) (6.29)
4
1
N 2 = (1 − ξ)(1 + η) (6.30)
4
1
N 3 = (1 − ξ)(1 − η) (6.31)
4
1
N 4 = (1 + ξ)(1 − η) (6.32)
4
47
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ou, de forma compacta:
1
Ni = (1 + ξ i ξ)(1 + ηi η) , i = 1, 2, 3, 4 (6.33)
4
2 1
η= 1
η= 0 ξ
η = -1
3 4
ξ = -1 ξ=0 ξ=1
2 5 1
6 9 8 ξ
3 7 4
Figura 6.18 – Parametrização do elemento quadrilátero de 9 nós.
48
Introdução ao Método dos Elementos Finitos – Programa de Engenharia Civil,
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0.5
-0.5
Figura 6.19 – Funções de interpolação dos nós dos vértices (Ni , i=1, 2, 3, 4 ) do elemento quadrilátero
de 9 nós.
0.5
-0.5
Figura 6.20 – Funções de interpolação dos pontos médios dos lados (Ni , i=5, 6, 7, 8 ) do elemento
quadrilátero de 9 nós.
49
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O triângulo de Pascal da Figura 6.22 apresenta os monômios de um polinômio completo
de grau p, enquanto que a Figura 6.23 mostra os monômios presentes em um elemento
de Lagrange de grau p. Comparando estas duas figuras, observa-se que os elementos de
Lagrange possuem monômios em excesso.
1
p=0
p=1 x y
p=2 x2 xy y2
p=3 x3 x2y xy2 y3
x y
x2 xy y2
x2y xy2
x2y2
xp yp
xpy xyp
xpy2 x2yp
xpyp
50
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6.4.3 Elementos Quadriláteros - Família de Serendipity
Os elementos de Serendipity são uma alternativa aos elementos de Lagrange que, como
foi visto anteriormente, possuem monômios em excesso, resultando em elementos com
um número de nós maior do que o necessário para que se tenha um polinômio completo
de um determinado grau p. Os elementos de Serendipity são construídos através do
produto e da combinação linear de funções de interpolação de diferentes graus de modo
a se obter o grau desejado.
1
N5 = (1 + η)(1 + ξ)(1 − ξ) (6.34)
2
1
N 6 = (1 − ξ)(1 + η)(1 − η) (6.35)
2
1
N 7 = (1 − η)(1 + ξ)(1 − ξ) (6.36)
2
1
N 8 = (1 + ξ)(1 + η)(1 − η) (6.37)
2
η
2 5 1
6 8 ξ
3 7 4
Figura 6.24 - Parametrização de um elemento quadrilátero quadrático de Serendipity (8 nós).
0.8
0.2
-0.4
0
-1
-0.6
-1
-0.2
0.2
0.6
Figura 6.25 - Funções de interpolação dos pontos médios dos lados (Ni , i=5, 6, 7, 8 ) do elemento
quadrilátero de 8 nós.
51
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As funções dos nós dos vértices do quadrilátero (Figura 6.27) são obtidas a partir da
combinação linear de funções bilineares com as funções quadráticas dos pontos médios
dos lados, como mostra a Figura 6.26, resultando em:
1 1
N 1 = (1 +ξ)(1 + η) − ( N 5 + N 8 ) (6.38)
4 2
1 1
N 2 = (1 −ξ )(1 + η) − ( N 5 + N 6 ) (6.39)
4 2
1 1
N 3 = (1 −ξ)(1 − η) − ( N 6 + N 7 ) (6.40)
4 2
1 1
N 4 = (1 +ξ )(1 − η) − ( N 7 + N 8 ) (6.41)
4 2
(função bilinear)
½
i
Ni = j ½ - ½ Nj - ½ Nk
k
Figura 6.26 – Combinação linear das funções dos pontos médios dos lados com funções bilineraes dos
vértices do quadrilátero.
0.5
0.8
0
0.2
-0.4
-0.5
-1 -0.5 -1
0 0.5 1
52
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O elemento cúbico de Serendipity tem 12 nós (Figura 6.28), e as funções de
interpolação do nós intermediários dos lados são construídas a partir do produto de um
variação cúbica no bordo por uma variação linear na direção oposta, como mostra a
Figura 6.29:
1
Ni = (1 ± η ) l 3i (ξ ) (i = 5, 9, 7, 11) (6.42)
2
1
N i = (1 ± ξ ) l 3i (η ) (i = 8, 12, 6, 10) (6.43)
2
η
2 9 5 1
6 12
ξ
10 8
3 7 11 4
Figura 6.28 – Elemento cúbico de Serendipity.
1
η=1
η
i η = 1/3
ξ
η = -1/3
η = -1
Figura 6.29 - Funções dos nós intermediários dos lados (variação cúbica no bordo x variação linear na
direção oposta).
53
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1.2
0.8
0.4 1
2/3
1/3
0 0
- 1/3
-0.4 - 2/3
-1
- 2/3
- 1/3
-1
0
1/3
2/3
1
Figura 6.30 – Funções de interpolação dos nós intermediários.
(função bilinear)
2/3
1/3 1 2 1 2
Ni = i - N j − N k − Nl − N m
j k 3 3 3 3
m
l
Figura 6.31 – Combinação linear das funções dos nós intermediários dos lados com funções bilineraes
dos vértices do quadrilátero.
0.5
1
0 1/2
0
- 1/2
-0.5
-1
- 2/3
- 1/3
-1
0
1/3
2/3
1
54
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A generalização da sistemática utilizada nos elementos quadráticos e cúbicos para um
elemento de grau p, ou seja, a construção das funções a partir de:
• funções dos nós intermediários dos lados: variação de grau p nos bordos e
variação linear na direção oposta
• funções de canto: função bilinear + combinação linear das funções dos lados
x y
x2 xy y2
x2y xy2
x2y2
xp yp
xpy xyp
xpy2 x2yp
xpyp
55
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• Funções dos nós intermediários dos lados: variação de grau p = 4 nos bordos e
variação linear na direção oposta.
• Funções dos nós dos pontos médios dos lados: variação de grau p = 4 nos bordos
e variação quadrática na direção oposta.
• Funções dos nós dos cantos: combinação linear de funções bilineares com as
funções do nós intermediários dos bordos.
1
Ni = (1 + ξ) ξ l i4 (η) (6.44)
2
1
N j = (1 + ξ) l 4j (η) (6.45)
2
η j
i ξ
56
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Como pode ser visto na Figura 6.36, os elementos de Lagrange exigem um esforço
computacional maior para o cálculo das matrizes de elemento maior do que os
elementos de Serendipity, em conseqüência do maior número de nós.
Lagrange Serendipity
4 nós 4 nós
p=1
9 nós 8 nós
p=2
16 nós 12 nós
p=3
25 nós 17 nós
p=4
57
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6.4.4 Elementos Triangulares
ξ1 + ξ 2 + ξ 3 = 1 (6.48)
1
y
P = P(ξ1 ,ξ 2 ,ξ 3 )
P
2
3
x
Figura 6.37 – Coordenadas de área de um ponto P do triângulo.
Sendo (xi, yi) as coordenadas cartesianas do vértice i, pode-se mostrar que a área do
triângulo é dada pela expressão
1 x1 y1
∆ = det 1 x2 y2
1
(área do triângulo) (6.49)
2
1 x3 y3
α 1 + β1 x + γ 1 y
ξ1 =
2∆
α + β2 x + γ 2 y
ξ2 = 2 (6.50)
2∆
α + β3 x + γ 3 y
ξ3 = 3
2∆
58
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onde αi, βi e γi são iguais a
α i = x j yk − xk y j
β i = y j − yk (6.51)
γ i = xk − x j
j
k
Figura 6.38 – Vértices do triângulo.
1
ξ1 = 1
ξ1 = 0.75
ξ1 = 0.50
ξ1 = 0.25
ξ1 = 0
2 3
Figura 6.39 – Variação linear das coordenadas de área.
x = N 1 x1 + N 2 x 2 + N 3 x3 (6.52)
y = N 1 y1 + N 2 y 2 + N 3 y 3 (6.53)
com,
N 1 = ξ1 ; N2 = ξ2; N3 = ξ3 (6.54)
59
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Conclui-se, portanto, que as coordenadas de área são funções lineares (Figura 6.41) que
mapeiam um elemento triangular de geometria linear no domínio triangular de
coordenadas naturais (ξ1 ,ξ 2 ) da Figura 6.40.
ξ2
1
ξ2 = 1 - ξ1
ξ1
0 1
Figura 6.40 – Parametrização de um triângulo de geometria linear.
∂x ∂x
= x1 − x3 ; = x 2 − x3 (6.55)
∂ξ1 ∂ξ 2
∂y ∂y
= y1 − y3 ; = y2 − y3 (6.56)
∂ξ1 ∂ξ 2
∂ ∂x ∂y ∂ ∂x ∂y
∂ξ ∂ξ ∂ξ1 ∂x ∂ξ ∂ξ1
1= 1 ∂ ; J= 1 (6.57)
∂ ∂x ∂y
∂x ∂y
∂ξ 2 ∂ξ 2 ∂ξ 2 ∂y ∂ξ 2 ∂ξ 2
det J = ( x1 − x3 )( y 2 − y 3 ) − ( y1 − y 3 )( x 2 − x3 ) = 2∆ (6.58)
60
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Para a obtenção de elementos de ordem superior faz-se uso do sistema de identificação
dos nós através de coordenadas inteiras ( I, J, K ), como ilustrado na Figura 6.42:
J=0
I+J+K=p ( p, 0, 0 )
J=1
I=p
J=2
I=2
J=p
I=1
( 0, p, 0 ) I =0
( 0, 0, p )
Figura 6.42 – Identificação dos nós de um triângulo genérico de grau p através de coordenadas inteiras.
N ip = l II (ξ1 ) l JJ (ξ 2 ) l KK (ξ 3 ) (6.59)
N 1 = l 22 (ξ1 ) l 00 (ξ 2 ) l 00 (ξ 3 ) (6.60)
( ξ1 − 0)(ξ1 − 1 / 2)
l 22 (ξ1 ) = = ξ1 (2ξ1 − 1) (6.61)
(1 − 0)(1 − 1 / 2)
l 00 (ξ 2 ) = 1 (6.62)
l 00 (ξ 3 ) = 1 (6.63)
N 1 = ξ1 (2ξ1 − 1) (6.64)
61
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(2,0,0)
1
(1,1,0) (1,0,1)
4 6
2 5 3
(0,2,0) (0,1,1) (0,0,2)
( ξ1 − 0)
l11 (ξ1 ) = = 2ξ 1 (6.66)
(1 / 2 − 0)
e por analogia,
l11 (ξ 2 )= 2ξ 2 (6.67)
62
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Substituindo os termos acima,
N 4 = 4ξ1 ξ 2 (6.68)
N 2 = ξ 2 (2ξ 2 − 1) (6.69)
N 3 = ξ 3 (2ξ 3 − 1) (6.70)
N 5 = 4ξ 2 ξ 3 (6.71)
N 6 = 4ξ1ξ 3 (6.72)
6.4.5 Hexaedros
η
ξ
63
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Para p = 1 o elemento resultante é o elemento hexaédrico trilinear de 8 nós, com
funções iguais a:
Ni =
1
(1 + ξ 0 )(1 + η0 )(1 + ζ 0 ) (6.74)
8
onde,
ξ 0 = ξξ i
η 0 = ηη i
ζ 0 = ζζ i
ξ i = ±1 , ηi = ±1 , ζ i = ±1 :
ξ i = ±1 , ηi = ±1 , ζ i = ±1 :
Ni =
1
(1 + ξ 0 )(1 + η0 )(1 + ζ 0 )(ξ 0 + η0 + ζ 0 − 2) (6.75)
8
ξ i = 0 , ηi = ±1 , ζ i = ±1 :
Ni =
1
4
( )
1 − ξ 2 (1 + η 0 )(1 + ζ 0 ) (6.76)
ξ i = ±1 , ηi = 0 , ζ i = ±1 :
Ni =
1
4
( )
1 − η 2 (1 + ξ 0 )(1 + ζ 0 ) (6.77)
ξ i = ±1 , ηi = ±1 , ζ i = 0 :
Ni =
1
4
( )
1 − ζ 2 (1 + ξ 0 )(1 + η 0 ) (6.78)
64
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6.4.6 Tetraedros
ξ1 + ξ 2 + ξ 3 + ξ 4 = 1 (6.80)
P
4
2
3
Figura 6.48 – Coordenadas de volume em um tetraedro.
Ni = ξi (i = 1, ..., 4) (6.81)
4
2
3
Figura 6.49 – Tetraedro linear.
65
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Para p = 2, o tetraedro resultante tem 10 nós, como mostra a Figura 6.50, e as funções
de interpolação são iguais a:
N 5 = 4ξ1 ξ 2 (6.83)
N 6 = 4ξ1 ξ 3 (6.84)
N 7 = 4ξ1ξ 4 (6.85)
N 8 = 4ξ 2 ξ 3 (6.86)
N 9 = 4ξ 3 ξ 4 (6.87)
N 10 = 4ξ 2 ξ 4 (6.88)
7
5
6 10 4
2
8 9
3
Figura 6.50 – Tetraedro quadrático.
∂ ∂x ∂y ∂z ∂ ∂x ∂y ∂z
∂ξ
1 ∂ξ1 ∂ξ1 ∂ξ1 ∂x ∂ξ1 ∂ξ1 ∂ξ1
∂ = ∂x ∂y ∂z ∂ ∂x ∂y ∂z
∂ξ 2 ∂ξ ; J= (6.89)
∂ξ 2 ∂ξ 2 ∂y ∂ξ 2 ∂ξ 2 ∂ξ 2
2
∂ ∂x ∂y ∂z ∂ ∂x ∂y ∂z
∂ξ 3 ∂ξ 3 ∂ξ 3 ∂ξ 3 ∂z ∂ξ 3 ∂ξ 3 ∂ξ 3
66
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Para tetraedros de faces planas, a geometria é descrita por:
x = ξ1 x1 + ξ 2 x 2 + ξ 3 x3 + ξ 4 x 4 (6.90)
y = ξ1 y1 + ξ 2 y 2 + ξ 3 y 3 + ξ 4 y 4 (6.91)
z = ξ1 z 1 + ξ 2 z 2 + ξ 3 z 3 + ξ 4 z 4 (6.92)
x1 − x 4 y1 − y 4 z1 − z 4
J = x 2 − x 4 y2 − y4 z 2 − z 4 (6.93)
x 3 − x 4 y3 − y 4 z 3 − z 4
e o seu determinante:
det J = ( x1 − x 4 )( y 2 − y 4 )( z 3 − z 4 ) + ( x3 − x 4 )( y1 − y 4 )( z 2 − z 4 ) +
+ ( x 2 − x 4 )( y 3 − y 4 )( z1 − z 4 ) − ( x3 − x 4 )( y 2 − y 4 )( z1 − z 4 ) + (6.94)
− ( x 2 − x 4 )( y1 − y 4 )( z 3 − z 4 ) − ( x1 − x 4 )( y 3 − y 4 )( z 2 − z 4 ) = 6∆
67
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6.5 Exercícios Propostos
2 6 5 1
ξ 7
3 4
p
2 5 1
y
6 x 8
3 7 4
1 1
4 6
y
2 3 2 5 3
x
68
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4) Calcular o operador Jacobiano dos seguintes elementos:
2 1
x 4m
3 4
6m
y 2 1
x
2m
3 4
6m 1m
1m
y
2
x
1m
3 4
2m
69
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7 INTEGRAÇÃO NUMÉRICA
1 n
∫ g (ξ) dξ = ∑ α g (ξ )
−1 i =1
i i (7.2)
p ≤ (2n − 1) (7.3)
1 1
1 nξ
nξ nη
∫∫
−1 −1
g (ξ, η)dξdη =
−1
∫∑ i =1
g (ξ i , η)α i dη =
∑∑
i =1 j =1
g ( ξ i , η j )α i α j (7.4)
De acordo com a expressão (7.2), suponha-se que a função f (ξ) da Figura 7.1 seja
integrada exatamente:
b n
∫
a
f (ξ) dξ = ∑ α f (ξ )
i =1
i i (7.5)
70
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f (ξ)
f (ξ i )
1 i n
ξ=a ξ = ξi ξ=b
Figura 7.1 – Quadratura de Gauss.
Para que esta integral possa ser calculada numericamente, os n pontos de integração ξ i
e os seus respectivos fatores de ponderação α i devem ser determinados. Considerando
os polinômios ψ (ξ) de grau n-1 tal que ψ (ξ i ) = f (ξ i ) pode-se escrever:
n
ψ (ξ) = ∑ f (ξ i ) l ni−1 (ξ) (7.6)
i =1
∞
f (ξ) = ψ ( ξ) + P (ξ) ∑β ξ
j =0
j
j
(7.8)
Integrando:
b n b n −1 ∞ b j
∫ f (ξ) dξ =∑
a i =1
a
∫
f (ξ i ) l i (ξ) dξ +
∑ ∫
j =0
β j ξ P(ξ)dξ
a
(7.9)
b n−1
a
∫
α i = l i (ξ) dξ
(7.10)
∫ ξ P(ξ)dξ = 0, j = 0, ..., ∞
j
(7.11)
a
71
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b
∫ ξ P(ξ)dξ = 0, j = 0, ..., n − 1
j
(7.12)
a
n ± ξi αi
1 0.00000 00000 00000 2.00000 00000 00000
2 0.57735 02691 89626 1.00000 00000 00000
0.77459 66692 41483 0.55555 55555 55556
3
0.00000 00000 00000 0.88888 88888 88889
0.86113 63115 94053 0.34785 48451 37454
4
0.33998 10435 84856 0.65214 51548 62546
72
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Exemplo: Determinar os pontos de integração e os fatores de ponderação para n = 2,
considerando os limites de integração a = -1 e b = 1.
P(ξ) = (ξ − ξ1 )(ξ − ξ 2 )
∫ (ξ − ξ )(ξ − ξ )dξ = 0
−1
1 2
1 1
1
⇒ ξ1 ξ 2 = −
3
1 1
⇒ ξ1 + ξ 2 = 0
73
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Solução do sistema de equações:
1 1
ξ1 = − ; ξ2 =
3 3
Fatores de ponderação:
1 1 1
(ξ − ξ 2 )
∫ ∫ ∫
3 1
α 1 = l dξ = 1
dξ = ( − ξ) dξ =
ξ − ξ
1
−1 −1
( 1 2 ) −1
2 3
1
1 3 2 1 3 1 3
= ξ− ξ = − + + =1
2 4 −1 2 4 2 4
1 1 1
(ξ − ξ1 )
∫ ∫ ∫
3 1
α 2 = l dξ = 1
dξ = (ξ + ) dξ =
ξ − ξ
2
−1 −1
( 2 1 ) −1
2 3
1
3 1 3 1 3 1
= ξ 2 + ξ = + − + =1
4 2 −1 4 2 4 2
Em um triângulo qualquer, a integral de uma função das coordenadas de área pode ser
efetuada no domínio de coordenadas paramétricas (Figura 7.2), de acordo com a
expressão:
1 1− ξ1
∫ f (ξ , ξ , ξ ) dΩ = ∫ ∫ f (ξ , ξ ,1 − ξ
Ω
1 2 3
ξ1 = 0 ξ 2 = 0
1 2 1 − ξ 2 ) det J dξ1 dξ 2 (7.13)
∫ ∑ (det J)
1
f (ξ1 , ξ 2 , ξ 3 ) dΩ = i fi αi (7.14)
Ω
2 i =1
74
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ξ2
1
ξ2 = 1 - ξ1
ξ1
0 1
Figura 7.2 - Parametrização de triângulos.
Tabela 7.2 – Pontos de integração ξ i e pesos α para triângulos: n = número de pontos de integração; p =
grau de precisão; m = multiplicidade (permutações).
n p ξ1 ξ2 ξ3 α m
1 1 0.33333 33333 33333 0.33333 33333 33333 0.33333 33333 33333 1.00000 00000 00000 1
3 2 0.50000 00000 00000 0.50000 00000 00000 0.00000 00000 00000 0.33333 33333 33333 3
3 2 0.66666 66666 66667 0.16666 66666 66667 0.16666 66666 66667 0.33333 33333 33333 3
0.33333 33333 33333 0.33333 33333 33333 0.33333 33333 33333 -0.56250 00000 00000 1
4 3
0.60000 00000 00000 0.20000 00000 00000 0.20000 00000 00000 0.52083 33333 33333 3
0.81684 75729 80459 0.09157 62135 09771 0.09157 62135 09771 0.10995 17436 55322 3
6 4
0.10810 30181 68070 0.44594 84909 15965 0.44594 94909 15965 0.22338 15896 78011 3
0.33333 33333 33333 0.33333 33333 33333 0.33333 33333 33333 0.22503 00003 00000 1
7 5 0.79742 69853 53087 0.10128 65073 23456 0.10128 65073 23456 0.12593 91805 44827 3
0.47014 20641 05115 0.47014 20641 05115 0.05971 58717 89770 0.13239 41527 88506 3
0.12494 95032 33232 0.43752 52483 83384 0.43752 52483 83384 0.20595 05047 60887 3
9 5
0.79711 26518 60071 0.16540 99273 89841 0.03747 74207 50088 0.06369 14142 86223 6
0.87382 19710 16996 0.06308 90144 91502 0.06308 90144 91502 0.05084 49063 70207 3
12 6 0.50142 65096 58179 0.24928 67451 70910 0.24928 67451 70911 0.11678 62757 26379 3
0.63650 24991 21399 0.31035 24510 33785 0.05314 50498 44816 0.08285 10756 18374 6
1 1− ξ1 1− ξ1 − ξ 2
∫ f (ξ , ξ , ξ , ξ ) dΩ = ∫ ∫ ∫
Ω
1 2 3 4
ξ1 = 0 ξ 2 = 0 ξ 3 = 0
f (ξ1 , ξ2 , ξ3 ,1 − ξ1 − ξ 2 − ξ3 ) det J dξ1dξ 2 dξ3 (7.15)
∫ ∑ (det J)
1
f (ξ1 , ξ 2 , ξ 3 , ξ 4 ) dΩ = i fi αi (7.16)
Ω
6 i =1
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Tabela 7.3 – Pontos de integração ξ i e pesos α para tetraedros: n = número de pontos de integração; p =
grau de precisão; m = multiplicidade (permutações).
n p ξ1 ξ2 ξ3 ξ4 α m
1 1 1/4 1/4 1/4 1/4 1 1
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8 ESTIMATIVAS DE ERRO
Define-se o erro associado a uma aproximação como sendo a função que mede a
diferença entre a solução exata e a solução aproximada:
e = u − uˆ (8.1)
= ∫ (Le) D (Le)dΩ
2 t
e E
(8.2)
Ω
= ∫ e e dΩ
2 t
e L2
(8.3)
Ω
∫ (L (u - uˆ )) D (L (u - uˆ ))dΩ =
2
=
t
e E
Ω
(8.4)
∫ (ε − εˆ ) D (ε − εˆ )dΩ = ∫ (σ − σˆ ) D (σ − σˆ )dΩ
t t −1
=
Ω Ω
Como pode-se observar nesta expressão, o erro pode ser escrito em função da diferença
entre os campos de tensão exato e aproximado. Conseqüentemente, um campo de
tensões σ * melhorado de alguma forma conduz a uma estimativa do erro:
∫ (σ ) ( )
t
= − σˆ D −1 σ * − σ
ˆ dΩ
2 *
eˆ E
(8.5)
Ω
n
σ = ∑ Niσi
*
(8.6)
i =1
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Tensões do MEF
Tensões
Figura 8.1
numel
∑
2 2
eˆ E
= eˆ i E
(8.7)
i =1
∫ (σ ) ( )
t
= − σˆ D −1 σ * − σˆ dΩ
2 *
eˆ i E
(8.8)
Ωi
ê
em = E
(8.9)
numel
e
η= E
(8.10)
u E
eˆ
η̂ = E
(8.11)
uˆ E
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A norma de energia da solução aproximada é igual a:
= ∫ (L uˆ ) D (L uˆ )dΩ = U KU
2 t t
uˆ E
(8.12)
Ω
e E
≤ Ch µ (8.14)
p2
neq ≈ 2 (8.15)
h
Com a relação acima, o limite superior do erro em função do número de equações passa
a ser:
e E
≤ Cneq −µ / 2 (8.16)
ou equivalentemente,
µ
log e E
≤ log C − log neq (8.17)
2
A igualdade desta expressão representa uma reta com coeficiente angular igual a
− µ / 2 , conforme a figura abaixo:
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log e E
µ
α=−
2
log neq
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9 EXEMPLOS NUMÉRICOS
e E
= (u 2
E
− uˆ E
)
2 1/ 2
(9.1)
Pode-se mostrar que a relação acima é válida somente para problemas auto-adjuntos.
q=1
E = 1.0
1 u E
= 1.379745
ν = 0.3
Figura 9.1
81
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Tabela 9.1
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9.2 Elasticidade Tridimensional
q = (0, 0, -16)
E = 1.0
ν = 0.3
1
z
1
y
1
x
Figura 9.6
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9.3 Problema de Potencial
φ=0 Q = -50
1000
Q = 50 φ=0
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10 REFERÊNCIAS
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