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1a Edição
2
1 Noções de Topologia no Rn 9
1.1 O espaço Euclidiano Rn . . . . . . . . . . . . . 10
n
1.2 Topologia do R . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
1.3 Topologia Relativa . . . . . . . . . . . . . . . . 21
1.4 Conjuntos Conexos em Rn . . . . . . . . . . . . 23
1.5 Conjuntos Compactos em Rn . . . . . . . . . . 26
n
1.6 Sequências em R . . . . . . . . . . . . . . . . 31
1.7 Ponto de Acumulação . . . . . . . . . . . . . . 38
1.8 Sequências de Cauchy . . . . . . . . . . . . . . 41
1.9 Exercı́cios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44
3
4 SUMÁRIO
2.4 Exercı́cios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 79
3 Diferenciabilidade 83
3.1 Diferenciabilidade . . . . . . . . . . . . . . . . 83
3.1.1 Operações sobre funções diferenciáveis . 101
3.2 Funções Continuamente
Diferenciáveis. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 105
3.2.1 Regra da Cadeia . . . . . . . . . . . . . 107
3.2.2 A Desigualdade do Valor Médio . . . . . 117
3.3 Teorema da Função Inversa . . . . . . . . . . . 132
3.4 Teorema da Função Implı́cita . . . . . . . . . . 151
3.5 Derivadas de Ordem Superior . . . . . . . . . . 165
3.6 Problemas Extremos . . . . . . . . . . . . . . . 169
3.7 Multiplicadores de Lagrange . . . . . . . . . . . 182
3.8 Exercı́cios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 192
4 Integração 203
4.1 Somas Inferiores e Superiores . . . . . . . . . . 205
4.2 Propriedades aritméticas . . . . . . . . . . . . . 211
4.3 Teorema do Valor Médio para Integrais Múltiplas 219
4.4 Caracterização das funções integráveis via con-
junto de medida nula . . . . . . . . . . . . . . 221
4.5 Teorema de Fubini . . . . . . . . . . . . . . . . 235
4.6 Mudança de Variáveis . . . . . . . . . . . . . . 243
4.7 Exercı́cios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 252
SUMÁRIO 5
Bibliografia 351
Prefácio
Os Autores
8 SUMÁRIO
Capı́tulo 1
Noções de Topologia no
Rn
9
10 CAPÍTULO 1. NOÇÕES DE TOPOLOGIA NO RN
x + y = (x1 + y1 , . . . , xn + yn ), x, y ∈ Rn
cx = (cx1 , . . . , cxn ), c ∈ R e x ∈ Rn
hx, yi = x1 y1 + . . . + xn yn .
Em Rn temos,
q n
! 12
X
kxk = x21 + . . . + x2n = x2i .
i=1
Propriedades da Norma
(i) kxk ≥ 0, ∀x ∈ Rn e kxk = 0 ⇔ x = 0;
(ii) kλxk = |λ|kxk, ∀x ∈ Rn e ∀λ ∈ R;
(iii) kx + yk ≤ kxk + kyk, ∀x, y ∈ Rn .
n
X |xi ||yi |
2 ,
i=1
kxkkyk
12 CAPÍTULO 1. NOÇÕES DE TOPOLOGIA NO RN
(iii)
d(x, y) = kx − yk
Seja x0 ∈ Rn e r > 0.
(a) Esfera de centro x0 e raio r.
Sr (x0 ) = {x ∈ Rn ; d(x, x0 ) = r}
B[x0 ; r] = {x ∈ Rn ; d(x, x0 ) ≤ r}
Outras normas em Rn .
(a) Norma da soma.
Dado x ∈ Rn , x = (x1 , . . . , xn ) define-se
i ≤ n.
Portanto,
max {|xi |} ≤ kxk. (1.1)
1≤i≤n
x = (x1 , . . . , xn ) = x1 e1 + . . . + xn en ,
Exercı́cio 1.1.1 Prove que as normas k.kM , k.k e k.kS são equi-
valentes.
1.1. O ESPAÇO EUCLIDIANO RN 15
p
kx − pk ≤ ε ⇔ (x1 − a)2 + (x2 − b)2 ≤ ε ⇔
1.2 Topologia do Rn
Seja A ⊂ Rn e x0 ∈ Rn um ponto fixado. Então uma e
somente uma das três possibilidades deve ocorrer:
(i) Existe δ > 0 tal que B(x0 ; δ) ⊂ A;
(ii) Existe δ > 0 tal que B(x0 ; δ) ⊂ Ac = Rn − A;
1.2. TOPOLOGIA DO RN 17
ky − x0 k ≤ ky − xk + kx − x0 k < ε + kx − x0 k = r
1 1
Observação 1.1 Considere An = − , que aberto em R,
n n
∞
\
mas An = {0} não é aberto.
n=1
B(x; ε) ∩ S ⊂ A.
A = S ∩ A∗ .
então A∗ é um aberto de Rn e A = S ∩ A∗ .
De fato, x ∈ A implica x ∈ S e x ∈ A∗ que acarreta x ∈ S ∩ A∗ ,
isto é,
A ⊂ S ∩ A∗ . (1.3)
Por outro lado, x ∈ S ∩ A∗ implica x ∈ S e x ∈ A∗ que implica
x ∈ S e x ∈ B(x; ε) o que acarreta x ∈ B(x; ε) ∩ S que implica
x ∈ A, pois A é aberto em S. Logo,
S ∩ A∗ ⊂ A. (1.4)
S ∩ A∗ .
Seja x ∈ A então: x ∈ A∗ . Logo, existe ε > 0 tal que B(x; ε) ⊂
A∗ .
Portanto, B(x; ε) ∩ S ⊂ A∗ ∩ S = A.
Assim, A é aberto em S.
F = G ∩ S.
Portanto, F é fechado em S.
1.4. CONJUNTOS CONEXOS EM RN 23
G1 ∩ E 6= ∅, G2 ∩ E 6= ∅, G1 ∩ G2 ∩ E = ∅ e G1 ∪ G2 ⊃ E.
[a, a + ε) ⊂ A.
Afirmação:
para 1 ≤ k ≤ n − 1.
Notação: P = [a, z2 , . . . , zn−1 , b].
1.4. CONJUNTOS CONEXOS EM RN 25
S = {s ∈ [0, 1] : sb + (1 − s)a ∈ A}
e
T = {t ∈ [0, 1] : tb + (1 − t)a ∈ B}
(i) L 6= ∅ pois, a ∈ L;
(ii) L é limitado, porque L ⊂ [a, b];
Seja α = sup L
(iii) α ∈ [a, b] pois, [a, b] é fechado.
Afirmação 1. α ∈ L.
Temos, α ∈ [a, b] implica que existe A ∈ A tal que α ∈ A. Logo,
existe δ > 0 tal que (α − δ, α + δ) ⊂ A. Assim, (α − δ, α] ⊂ A
para algum δ > 0.
Desde que, α = sup L então: para todo β < α existe x ∈ L tal
que β < x ≤ α. Em particular, para β = α − δ < α existe x ∈ L
tal que α − δ < x ≤ α,
o que implica, [x, α] ⊂ (α − δ, α] ⊂ A. Logo, pela definição de
L, temos
[a, x] ⊂ A1 ∪ A2 ∪ . . . ∪ Ak , Ai ∈ A, e [x, α] ⊂ A.
Portanto,
[a, α] ⊂ A1 ∪ A2 ∪ . . . ∪ Ak ∪ A.
Pela definição de L, temos que α ∈ L.
Afirmação 2. α = b.
Suponha que α < b então: Existe α < x < b tal que [α, x] ⊂ A0
para algum A0 ∈ A.
Desde que α ∈ L então: [a, α] ⊂ A1 ∪ A2 ∪ . . . ∪ An . Logo,
[a, x] ⊂ A1 ∪ A2 . . . ∪ An ∪ A0
AK = AF ∪ {Rn − F }
K ⊂ A1 ∪ A2 ∪ . . . ∪ Ar ∪ {Rn − F }.
F ⊂ A1 ∪ A2 ∪ . . . ∪ Ar , Ai ∈ AF .
donde F é compacto.
Hm = {x ∈ Rn ; kxk < m}
1.6. SEQUÊNCIAS EM RN 31
∞
[
Temos que, cada Hm é aberto e K ⊂ Hm . Como K é
m=1
compacto então:
K ⊂ H1 ∪ H2 ∪ . . . ∪ Hr = Hr
1.6 Sequências em Rn
Uma sequência em Rn é uma aplicação
x : N → Rn
k 7→ x(k) = xk
O vetor xk é chamado o k-ésimo termo da sequência.
Notação: (xk )k∈N ou (x1 , x2 , . . . , xk , . . .).
Uma subsequência de (xk )k∈N é a restrição da sequência (xk )
a um subconjunto infinito N0 = {ν1 < ν2 < . . . νk < . . .} ⊂ N.
Notação: (xk )k∈N0 ou (xνk )k∈N .
Dizemos que (xk )k∈N é limitada se existe c > 0 tal que
kxk k ≤ c, ∀k ∈ N.
32 CAPÍTULO 1. NOÇÕES DE TOPOLOGIA NO RN
1 1
Exemplo 1.6.1 A sequência xk = ,− é limitada,
k k k∈N
pois
s
2 2 √
2 √
1 1
kxk k = + − = ≤ 2, ∀k ∈ N.
k k k
Exemplo 1.6.2 A sequência xk = (k, 1)k∈N não é limitada, pois
√ √
kxk k = k 2 + 1 > k 2 = k, ∀k ∈ N.
1
, − k1 k∈N
Exemplo 1.6.3 A sequência xk = k
é convergente e
lim xk = (0, 0).
k→∞ √
2
De fato, dado ε > 0 existe k0 ≥ tal que
ε
√
2
k ≥ k0 então kxk − (0, 0)k ≤ < ε.
k0
kxk k ≤ c, ∀k ∈ N
kxk − ak < ε, ∀k ≥ k0 .
Mas, νk ≥ k, ∀k ∈ N. Logo,
k ≥ k0 ⇒ νk ≥ k0 ⇒ kxνk − ak < ε
Observação 1.8
xk → a ⇔ xki → ai , ∀1 ≤ i ≤ n.
Afirmação: Se x ∈
/ S então x ∈ ∂S.
De fato, ∀ε > 0 a bola B(x; ε) contém os termos xk para k ≥ k0 ,
pois xk → x. Logo, B(x; ε)∩S 6= ∅. Por outro lado, como x ∈
/S
então B(x; ε) ∩ S c 6= ∅. Assim, x ∈ ∂S, que implica x ∈ S.
e portanto, do conjunto A.
(⇐) Suponha que todo A ⊂ S infinito tem pelo menos um ponto
de acumulação em S. Seja (xk ) uma sequência qualquer em S.
O conjunto
{x1 , x2 , . . . , xk , . . .}
pode ser finito ou infinito.
(i) Se {x1 , x2 , . . . , xk , . . .} é finito então pelo menos um de seus
pontos ocorre infinita vezes na sequência (xk )k∈N . Assim, (xk )
tem uma subsequência convergente.
(ii) Se {x1 , x2 , . . . , xk , . . .} ⊂ S for infinito então por hipótese
ele tem um ponto limite x ∈ S e este é claramente o limite de
uma subsequência de (xk )k∈N .
Portanto, S é limitado.
Exemplo
1.8.1 S = (0, 1] ⊂ R não
é completo, pois, a sequência
1 1
é de Cauchy em S, mas não converge em S.
k k∈N k k∈N
xk1 → a1 , . . . , xkn → an
e desde que
|xk1 − a1 | → 0, . . . , |xkn − an | → 0 se k → ∞
1.9 Exercı́cios
1.1- Mostre que
kx + cyk ≥ kxk.
1 1
Sejam 1 < p, q < ∞ tais que p
+ q
= 1. Mostre que
a, b ∈ X, 0 ≤ t ≤ 1 ⇒ (1 − t)a + tb ∈ X
1.13- Seja
A = {(x, y) ∈ Rn ; y ≥ |x|}
int(intX) = intX
Rn = intX ∪ int(Rn − X) ∪ F
onde, F é a fronteira de X.
(ii) X ∩ Y ⊂ X ∩ Y ;
(iii) Use X = [0, 1) e Y = (1, 2] para provar que X ∩ Y 6=
X ∩Y.
X × Y = X × Y em Rm+n
{(x, y); x = 0, −1 ≤ y ≤ 1} ∪
1
(x, y); 0 < x ≤ 1, y = sen
x
de R2 é conexo.
d(A, B) = ka − bk.
A + B = {x + y; x ∈ A e y ∈ B}
Prove que:
(i) Se A ou B é aberto então A + B é aberto.
(ii) Se A e B são compactos então A + B é compacto.
(iii) Se A é compacto e B é fechado então: A + B é
fechado.
S = {x ∈ Rn ; kxk = 1}
é um conjunto compacto de Rn .
Limite e Continuidade de
Funções
51
52CAPÍTULO 2. LIMITE E CONTINUIDADE DE FUNÇÕES
De fato, temos
x2 y x2 |y| p
|f (x, y) − 0| = 2 2
= 2 2
≤ |y| ≤ x2 + y 2
x +y x +y
e, f (xk ) → y0 .
(⇐) Suponha, sempre que (xk ) está em S − {x0 } e xk → x0 ,
tem-se f (xk ) → y0 . Se f (x) 6→ y0 quando x → x0 então existe
2.2. FUNÇÕES CONTÍNUAS 53
xk → x0 mas f (xk ) 6→ y0 .
Ou equivaletemente
f : S ⊂ Rm → Rn
x 7→ f (x)
f (x) = (f1 (x), . . . , fn (x)), onde fj : S ⊂ Rm → R, j =
1, 2, . . . , n são chamadas funções componentes de f ou funções
coordenadas de f .
2.2. FUNÇÕES CONTÍNUAS 55
f : S ⊂ R3 → R3
(x, y, z) 7→ f (x, y, z) = (x + y, x − y, x + y + z)
f1 : S ⊂ R3 → R
(x, y, z) 7→ f (x, y, z) = x + y,
f2 : S ⊂ R3 → R
(x, y, z) 7→ f (x, y, z) = x − y
e
f3 : S ⊂ R3 → R
(x, y, z) 7→ f (x, y, z) = x + y + z.
donde
Portanto, fj é contı́nua em x0 .
(⇐) Se f1 , f2 , . . . , fn são contı́nuas em x0 então ∀ε > 0 existem
δ1 , δ2 , . . . , δn > 0 tais que
ε
x ∈ S e kx − x0 k < δj ⇒ |fj (x) − fj (x0 )| < , ∀1 ≤ j ≤ n.
n
Seja δ = min{δ1 , δ2 , . . . , δn }. Logo,
ε ε ε
x ∈ S e kx−x0 k < δ ⇒ kf (x)−f (x0 )k ≤ + +. . .+ = ε.
n n n
kx − x0 k < δ ⇒ x = x0 ⇒
(g ◦ f )(xk ) → (g ◦ f )(x0 ).
f −1 (A) = {x ∈ S; f (x) ∈ A}
r
[ r
[
−1
f (Aλj ) donde f (K) ⊂ Aλj . Portanto, f (K) é com-
j=1 j=1
pacto.
1
Exemplo 2.2.9 A função f : (0, 1) → R dada por f (x) = x
é
contı́nua, mas não é uniformemente contı́nua.
De fato,
1 1
E(δ) = − ; x1 , x2 ∈ (0, 1) e |x1 − x2 | < δ ⊃
x1 x2
1 1 1
1 − ;0 < x < δ = ; 0<x<δ ,
2
x x x
isto é,
1
E(δ) ⊃ ; 0<x<δ ,
x
e portanto, E(δ) não é limitado.
m
X m
X
Tx = xi T ei ⇒ kT xkF ≤ |xi |kT ei kF ≤ ckxkS ≤ Ckxk,
i=1 i=1
onde na última desigualdade usamos a equivalência da norma da
3
soma e da norma euclidiana.
3
Uma aplicação linear T : V → W bijetiva é chamada de isomorfismo.
2.2. FUNÇÕES CONTÍNUAS 67
Então
(i) φ é contı́nua;
(ii) φ−1 : E → Rn é contı́nua.
φ k.kE
Rn / E / R e ϕ = k.kE ◦ φ : Rn → R
x
Dado x ∈ Rn , x 6= 0 então kxk ∈ K e portanto,
x x
ϕ (x0 ) ≤ ϕ ⇒ kφ(x0 )kE ≤ φ ⇒
kxk kxk E
1
kφ(x0 )kE ≤ kφ(x)kE
kxk
Assim,
kφ(x0 )kE kxk ≤ kφ(x)kE (2.3)
1
kφ−1 (y)k ≤ kykE ,
kφ(x0 )k
Observe que
id : {E, k.k} → {E, |.|}
1
kxk ≤ |x| ≤ c2 kxk, ∀x ∈ E.
c1
k.kL(E,F ) : L(E, F ) → R
T 7→ kT kL(E,F )
(iii)
k(T1 + T2 )(x)kF kT1 xkF kT2 xkF
≤ + ≤
kxkE kxkE kxkE
kT1 kL(E,F ) + kT2 kL(E,F ) , x 6= 0
2.2. FUNÇÕES CONTÍNUAS 71
donde
k(T1 + T2 )(x)kF
sup ≤
x6=0 kxkE
kT1 kL(E,F ) + kT2 kL(E,F ) ,
e portanto, kT1 + T2 kL(E,F ) ≤ kT1 kL(E,F ) + kT2 kL(E,F ) .
kT xkF kT xkF
kT kL(E,F ) = sup ⇒ ≤ kT kL(E,F ) , x 6= 0 ⇒
x6=0 kxkE kxkE
kT xkF ≤ kT kL(E,F ) kxkE , ∀x ∈ E e x 6= 0.
(ii) Temos,
ou,
y1 a11 . . . a1m x1
. . .. .
.. = .. . ..
yn an1 . . . anm xm
A matriz (aji )n×m é dita matriz da transformação linear T.
n
! n
!
X X
a21i x2i .
i=1 i=1
Portanto, ! !
m
X m
X
y12 ≤ a21i x2i
i=1 i=1
m
! m
!
X X
y22 ≤ a22i x2i
i=1 i=1
..
.
m
! m
!
X X
yn2 ≤ a2ni x2i
i=1 i=1
Ou seja,
m m
!
X X
kyk2 ≤ a21i + . . . + a2ni kxk2 ,
i=1 i=1
ou !
m X
X n
2
kyk ≤ a2ji kxk2
i=1 j=1
donde ! 12
m X
X n
kT xk ≤ a2ji kxk
i=1 j=1
Se x 6= 0 então
m X
n
! 21
kT xk X
≤ a2ji
kxk i=1 j=1
74CAPÍTULO 2. LIMITE E CONTINUIDADE DE FUNÇÕES
Logo,
m X
n
! 12
kT xk X
sup ≤ a2ji ,
x6=0 kxk i=1 j=1
e
m X
n
! 12
X
kT k ≤ a2ji .
i=1 j=1
Assim,
max |aji | = |aqp | ≤ kT (x∗ )k ≤ kT k.
1≤i≤n
1≤j≤n
p
k(u, v)k1 = kuk2E + kvk2F
uk → u em E e vk → v em F.
Continuidade em E × F.
Uma função f : E × F → G é contı́nua em (u0 , v0 ) ∈ E × F
se
P : R×R → R
(x, y) 7→ x.y
76CAPÍTULO 2. LIMITE E CONTINUIDADE DE FUNÇÕES
h , i : Rn × Rn → R
n
X
(x, y) 7→ hx, yi = xi y i .
i=1
Temos
|hx, yi| ≤ kxkkyk, ∀x, y ∈ Rn .
Temos
(i) B é contı́nua;
(ii) B é contı́nua em (0, 0);
(iii) Existe c > 0 tal que |B(u, v)|G ≤ c|u|E |v|F , ∀(u, v) ∈
E × F.
1 uk 1 vk
Sejam zk = √ e wk = √ então,
k kuk kE k kvk kF
1 1
kzk kE = √ → 0 e kwk kF = √ → 0 em R.
k k
Logo, zk → 0 em E e wk → 0 em F. Assim,
(zk , wk ) → (0, 0) em E × F
B(zk , wk ) → B(0, 0) = 0.
Mas,
1 uk 1 vk
kB(zk , wk )kG = B √ ,√ =
k kuk kE k kvk kF G
1
kB(uk , vk )k > 1,
kkuk kE kvk kF
o que contradiz o fato que, B(uk , vk ) → 0.
(iii) ⇒ (i) Sejam (u0 , v0 ) ∈ E ×F e (uk , vk ) → (u0 , v0 ) em E ×
F. Então, temos que
Logo,
X
kB(u, v)kG ≤ |xi ||yi |kB(ui , vj )kG ≤
1≤i≤m
1≤j≤n
X
≤ kkukE kvkF kB(ui , vj )kG = CkukE kvkF ,
1≤i≤m
1≤j≤n
L2 (Rm , Rn ) = {B : Rm × Rm → Rn bilinear}
e
L2 (E) = {B : E × E → E bilinear contı́nua}
2.4. EXERCÍCIOS 79
2.4 Exercı́cios
2.1- Sejam A e B subconjuntos fechados e disjuntos de Rn .
Mostre que existe uma função contı́nua ϕ : Rn → R tal
que (
0 se x ∈ A
ϕ(x) =
1 se x ∈ B
e
0 ≤ ϕ(x) ≤ 1, ∀x ∈ Rn .
GLn×n (R)
é um conjunto aberto.
é contı́nua.
Diferenciabilidade
Introdução:
Neste capı́tulo, consideraremos funções de Rm em Rn dando
o significado da derivada de tais funções.
Os principais objetivos deste capı́tulo são demonstrar o teo-
rema da função inversa, que dar condições sob as quais uma
função diferenciável de Rn em Rn tem uma inversa diferenciável,
e o teorema da função implicita, que fornece uma diferenciação
implicita como no estudo do cálculo elementar.
3.1 Diferenciabilidade
83
84 CAPÍTULO 3. DIFERENCIABILIDADE
a derivada de f em a por
f (a + t) − f (a)
f 0 (a) = lim ,
t→0 t
desde que o limite exista.
Neste caso, dizemos que f é derivável em a.
(a1 + t)a2 − a1 a2
Du f (a) = lim = a2 .
t→0 t
3.1. DIFERENCIABILIDADE 85
Mostre que
(i) Du f (a) existe para todo u ∈ R2 ;
(ii) Se a = (0, 0) então Du+v f (a) 6= Du f (a) + Dv f (a), para
quaisquer u, v ∈ R2 .
f (a + t) − f (a) − λt
lim = 0.
t→0 t
O número λ, o qual é único, é chamado a derivada de f em a,
e denotado por f 0 (a).
Esta formulação da definição produz explicitamente o fato
que, se f é diferenciável, então a função linear λt é uma boa
aproximação para a ”função incremento” f (a + t) − f (a). A
função λt é chamada aproximação linear ou aproximação de
primeira ordem para a função incremento.
Vamos generalizar esta versão da definição. Se f : A ⊂
R → Rn , o que significa ”aproximação linear” ou de ”primeira
m
kf (a + u) − f (a) − L(u)k
lim =0 (3.3)
kuk→0 kuk
Df (a)(u)
ao invés de L(u).
kf (a + u) − f (a) − L1 (u)k
lim =0 (3.5)
kuk→0 kuk
88 CAPÍTULO 3. DIFERENCIABILIDADE
e
kf (a + u) − f (a) − L2 (u)k
lim = 0. (3.6)
kuk→0 kuk
Pela desigualdade triangular, obtemos
kL(u)k
=
kuk
kf (a + u) − f (a) − L1 (a) − [f (a + u) − f (a) − L2 (u)]k
≤
kuk
kf (a + u) − f (a) − L1 (a)k kf (a + u) − f (a) − L2 (a)k
≤ +
kuk kuk
Passando ao limite na desigualdade acima, quando kuk → 0,
usando (3.5) e (3.6), temos que
kL(u)k
lim = 0. (3.7)
kuk→0 kuk
onde
lim g(h) = 0. (3.9)
khk→0
k0k ≤ εkuk.
Portanto, fj é diferenciável em a.
(⇐) Suponhamos que, para j = 1, . . . , n a função fj é dife-
renciável em a. Logo, para todo ε > 0 existe δ > 0 tal que
ε
kuk < δ ⇒ |fj (a + u) − fj (a) − Dfj (a)(u)| < √ kuk,
n
portanto,
n n
X
2
X ε2
kuk < δ ⇒ |fj (a + u) − fj (a) − Dfj (a)(u)| < kuk2 ,
j=1 j=1
n
isto é,
Logo,
Portanto, f é diferenciável em a.
92 CAPÍTULO 3. DIFERENCIABILIDADE
Observando que
x −x
lim+ = 1 e lim− = −1.
x→0 x x→0 x
∂f
Portanto, o limite não existe e, consequentemente (0, 0) não
∂x
existe.
Logo, f não é diferenciável no ponto (0, 0).
temos a aplicação
f 0 : A → L(Rm , Rn )
a 7→ f 0 (a)
onde
f 0 (a) : Rm → Rn
u 7→ f 0 (a)(u)
f 0 : A → L(R2 , R2 )
a 7→ f 0 (a)
onde,
f 0 (a) : R2 → R2
u 7→ f 0 (a)(u)
e se a = (a1 , a2 ) temos
" #
2a1 2a2
f 0 (a1 , a2 ) = .
a2 a1
Du f (a) = Df (a)(u).
f (a + tu) − f (a)
lim − B(u) = 0.
t→0 t
Portanto, deste último limite, concluı́mos que Du f (a) existe
e pela unicidade da derivada direcional, obtemos Du f (a) =
B(u) = Df (a)(u).
é tal que 2
h , se k =
6 0
Df (0)(u) = k
0, se k = 0
98 CAPÍTULO 3. DIFERENCIABILIDADE
e
Dg(0)(u) = D1 g(0)h + D2 g(0)k.
A Matriz Jacobiana
Seja A ⊂ Rm um aberto e f : A ⊂ Rm → Rn . Se as
derivadas parciais das funções compontentes fi de f existe em
∂fi
a, então podemos formar uma matriz que tem (a), como
∂xj
entradas, isto é:
∂f1 ∂f1
(a) . . . (a)
∂x1 ∂xm
∂fi
= ... ... ... .
∂xj
∂fn ∂fn
(a) . . . (a)
∂x1 ∂xm n×m
Sejam A ⊂ Rn um aberto e f : A ⊂ Rn → Rn . Se f é
diferenciável em a, o determinante
D1 f1 (a) . . . Dn f1 (a)
Jf (a) = ... ... ... ,
D1 fn (a) . . . Dn fn (a)
é chamado Jacobiano de f em a.
∂(f1 , . . . , fn )
Notações: Jf (a) ou .
∂(x1 , . . . , xn )
f: R2 → R2
(x, y) 7→ f (x, y) = (x + y, x − y)
Portanto,
|hf (a + u) − f (a) − Df (a)(u), g(a + u)i|
lim = 0 (3.13)
kuk→0 kuk
(ii) Usando a desigualdade de Cauchy-Schwarz e o fato que g é
diferenciável em a, obtemos
|hg(a + u) − g(a) − Dg(a)(u), f (a)i|
lim =0 (3.14)
kuk→0 kuk
(iii) Pela desigualdade de Cauchy-Schwarz e usando o fato que
existe M > 0 tal que kDf (a)(u)k ≤ M kuk, pois Df (a) é linear,
obtemos:
|hDf (a)(u), g(a + u) − g(a)i|
≤
kuk
kDf (a)(u)kkg(a + u) − g(a)k
≤
kuk
M kukkg(a + u) − g(a)k
≤ = M kg(a + u) − g(a)k → 0,
kuk
onde
lim ψ(k) = 0
kkk→0
o que implica
2 −y 2
Figura 3.10: Gráfico de f (x, y) = e−x
2 −y 2
Figura 3.11: Gráfico de g(x, y) = xe−x
f : A → Rn
112 CAPÍTULO 3. DIFERENCIABILIDADE
e
g : B → Rn
f: R2 → R2
(x, y) 7→ f (x, y) = (x2 + y 2 , x − y)
e
g: R2 → R2
(x, y) 7→ g(x, y) = (x + y, x − y).
Então a função h = g ◦ f é dada por
h: R2 → R2
(x, y) 7→ h(x, y) = (x2 + y 2 + x − y, x2 + y 2 − x + y)
3.2. FUNÇÕES CONTINUAMENTEDIFERENCIÁVEIS.113
Temos,
2x 2y 1 1
Jf (x) = = −2(x+y) e Jg(x) = = −2.
1 −1 1 −1
Também, temos
2x + 1 2y − 1
Jh(x) = = 4(x + y)
2x − 1 2y + 1
e
1 1
Jg(f (x)) = = −2.
1 −1
Logo, Jg(x)Jf (x) = −2[−2(x + y)] = 4(x + y) = Jh(x), como
afirma o Corolário da multiplicação dos jacobianos.
g(x, y) = (x + 2y + 1, 3xy)
Calculando
∂g1 ∂g1
" #
∂x ∂y 1 2
Dg(x, y) =
∂g2
= ,
∂g2 3y 3x
∂x ∂y
Assim,
" #" # " #
1 2 1 2 3 5 2 5
D(g ◦ f )(0, 0, 0) = = ,
6 3 2 0 1 12 12 21
que implica,
Dg(b) ◦ Df (a) = I
e
f −1 : R2 → R2
(x, y) 7→ f −1 (x, y) = ( x+y
2
, x−y
2
)
Tem-se f1 (x, y) = x + y, f2 (x, y) = x − y, f1−1 (x, y) = x+y
2
e
x−y
f2 (x, y) = 2
.
Portanto,
∂f1∂f1 −1
∂x ∂y 1 1
∂f2 = =
∂f2 1 −1
∂x ∂y
∂f1−1 ∂f1−1
1 1 1 ∂x ∂y
= .
2 1 −1 ∂f2−1 ∂f2−1
∂x ∂y
[a, b] = {a + t(b − a) : 0 ≤ t ≤ 1}
f (a + h) − f (a) = Df (c)(h)
φ0 (t) = Df (a + th)(h)
f (a + h) − f (a) = Df (a + t0 h)(h)
3.2. FUNÇÕES CONTINUAMENTEDIFERENCIÁVEIS.119
f : [0, 2π] → R2
t 7→ f (t) = (cost, sent)
1
Um caminho em Rn é uma aplicação cujo domı́nio é um intervalo
I ⊂ R a valores em Rn , n ≥ 2.
2
Um conjunto S ⊂ Rm é dito convexo se, dados dois pontos pertence
a S, então o segmento de reta ligando estes pontos está contido em S.
120 CAPÍTULO 3. DIFERENCIABILIDADE
u = x0 , x1 , . . . , xp−1 , xp = x.
kf (xi ) − f (xi−1 )k ≤
k i − k i−1 = hi ei .
3.2. FUNÇÕES CONTINUAMENTEDIFERENCIÁVEIS.123
fj (a + k i ) − fj (a + k i−1 ) = fj (a + k i−1 + hi ei )−
fj (a + k i−1 ) == Di fj (a + k i−1 + ξi hi ei )(hi ei ) = (3.25)
hi Di fj (a + k i−1 + ξi hi ei )(ei )
m
X
fj (a + h) − fj (a) = hi Di fj (a + k i−1 + ξi hi ei )(ei ) (3.26)
i=1
fj (a + h) − fj (a) − B(h)
=
khk
m (3.27)
X [Di fj (a + k i−1 + ξi hi ei )(ei ) − Di fj (a)(ei )]hi
i=1
khk
q q
kk i k = h21 + . . . + h2i ≤ h21 + . . . + h2i + . . . + h2m = khk.
124 CAPÍTULO 3. DIFERENCIABILIDADE
Além disso,
Di fj (a + k i−1 + ξi hi ei ) → Di fj (a)
hi
quando khk → 0. Desta convergência, sendo khk
≤ 1, temos
que
m
X [Di fj (a + k i−1 + ξi hi ei )(ei ) − Di fj (a)(ei )]hi
→ 0, quando khk → 0
i=1
khk
(3.28)
Passando o limite em (3.27) quando khk → 0, usando (3.28),
temos
fj (a + h) − fj (a) − B(h)
lim = 0. (3.29)
khk→0 khk
Portanto, de (3.29) concluı́mos que fj é diferenciável em a e
consequentemente, f é diferenciável em a.
3.2. FUNÇÕES CONTINUAMENTEDIFERENCIÁVEIS.125
donde
|f (x, y) − f (0, 0)|
0≤ ≤ k(x, y)k.
k(x, y)k
Desta última desigualdade por passagem ao limite obtemos, Df (0, 0)(x, y) =
0, quando k(x, y)k → 0,
Vamos mostrar que as derivadas parcias no ponto (0, 0) não são
limitadas.
De fato, seja (x, y) 6= (0, 0). Digamos que x 6= 0, portanto
1 1 1
D1 f (x, x) = 2xsen 2
− cos 2
2x x 2x
a qual não é limitada quando x → 0. Análogo resultado é garan-
tido para D2 f.
Assim, as derivadas parciais D1 f e D2 f não são limitadas e por-
tanto não são contı́nuas no ponto (0, 0).
126 CAPÍTULO 3. DIFERENCIABILIDADE
logo
∂ 2f
(0, y) = −1,
∂y∂x
em particular
∂ 2f
(0, 0) = −1.
∂y∂x
Além disso,
∂f kx(x2 − k 2 )
(x, 0) = lim = x,
∂y k→0 k(x2 + k 2 )
logo
∂ 2f
(x, 0) = 1,
∂x∂y
ou
∂ 2f
(0, 0) = 1.
∂x∂y
Portanto,
∂ 2f ∂ 2f
(0, 0) 6= (0, 0).
∂x∂y ∂y∂x
Mostre que
∂ 2f ∂ 2f
(0, 0) 6= (0, 0).
∂x∂y ∂y∂x
Dk Dj f (a) = Dj Dk f (a).
Então
φ(a + h) − φ(a) = g(h, k)
Qt = [a, a + t] × [b, b + t]
D1 D2 f (c) = D2 D1 f (c)
logo
kxk
k(T + L)−1 xk ≤ , ∀x ∈ Rn .
c
Portanto, k(T + L)−1 k ≤ 1c .
φ : GL(Rn ) → L(Rn )
X 7→ φ(X) = X −1
é diferenciável e φ0 (X)(H) = −X −1 ◦ H ◦ X −1 .
134 CAPÍTULO 3. DIFERENCIABILIDADE
onde
kr(H)k
lim = 0,
kHk→0 kHk
X −1 − X −1 HX −1 + r(H)
Portanto,
kr(H)k
lim =0
kHk→0 kHk
φ0 (X)(H) = T (X) = −X −1 HX −1 .
f (x0 ) ≤ f (x), ∀x ∈ A.
0 = φ0 (ai ) = Di f (a).
Então,
√
kf (x) − f (y)k ≤ n3 M kx − yk, ∀x, y ∈ A.
fi (y) − fi (x) =
Xn
[fi (y1 , . . . , yj , xj+1 , . . . xn ) − fi (y1 , . . . , yj−1 , xj , . . . , xn )]
j=1
(3.34)
Aplicando o Teorema do Valor Médio a função componente fi ,
resulta de (3.34) que
f −1 = f −1 ◦ (T −1 ◦ T ) = (f −1 ◦ T −1 ) ◦ T = (T ◦ f )−1 ◦ T,
é diferenciável.
1
|Dj fi (x) − Dj fi (x0 )| ≤ √ , ∀x ∈ A com kx − x0 k < δ2 .
2 n3
Seja
ϕ : A ⊂ Rn → Rn
x 7→ ϕ(x) = f (x) − x
1
|Dj ϕi (x)| = |Dj fi (x) − Dj fi (x0 )| < √ , ∀x ∈ B(x0 , δ)
2 n3
3.3. TEOREMA DA FUNÇÃO INVERSA 141
kϕ(x) − ϕ(y)k ≤
√ 1 1
n3 √ kx − yk = kx − yk, ∀x, y ∈ B(x0 , δ).
2 n3 2
1
ky − xk, ∀x, y ∈ B(x0 , δ)
2
ou
1
kf (x) − f (y)k ≥ kx − yk, ∀x, y ∈ B(x0 , δ).
2
Logo, f é injetiva em V , onde V = B(x0 , δ) e V = B[x0 , δ].
Seja K = f (∂V ). Temos que K é compacto, pois, sendo f
contı́nua, e ∂V compacta então K = f (∂V ) é compacto.
2a Etapa: Construção das vizinhanças V0 de x0 e W0 de y0 =
f (x0 ).
Notemos inicialmente que y0 6∈ K, pois y0 = f (x0 ) e x0 ∈
/ ∂V,
visto que x0 é o centro da bola fechada B[x0 , δ].
Seja
Figura 3.14: f |V : V → f (V )
f |V0 : V0 → W0
kf −1 (y) − f −1 (y1 )k
lim [Df (x)]−1 (ϕ(x − x1 )) = 0 (3.44)
y→y1 ky1 − yk
3.3. TEOREMA DA FUNÇÃO INVERSA 145
φ : GL(Rn ) → GL(Rn )
X 7→ φ(X) = X −1
Df −1
W0 ⊂ Rn / GL(Rn )
O
f −1 φ
V0 ⊂ Rn / GL(Rn )
Df
Temos que
1 1 1
+ 2xsen − cos , se x 6= 0
2 x x
f 0 (x) =
1,
se x = 0
2
e
1
1
− , se k é par
f0 = 2
kπ 3 , se k é ı́mpar,
2
148 CAPÍTULO 3. DIFERENCIABILIDADE
f 0 (x) > 0, ∀x ∈ I
f 0 (x) < 0, ∀x ∈ J,
I = Df (x0 ) ◦ Df −1 (y0 )
f1 (x, y, z) = x + y + z
f2 (x, y, z) = yz + zx + xy
f3 (x, y, z) = xyz
Solução: Temos
1 1 1
Jf (x0 , y0 , z0 ) = y0 + z0 x0 + z0 x0 + y0 .
y0 z0 x0 z0 x0 y0
1 1 1
y0 + z0 x0 + z0 x0 + y0 =
y0 z0 x0 z0 x0 y 0
1 0 0
y0 + z0 x0 − y 0 x0 − z0 =
y0 z0 z0 (x0 − y0 ) y0 (x0 − z0 )
F : A → R2
(x, y) 7→ F (x, y) = (x, f (x, y))
o que implica que no ponto (a, b), temos que JF (a, b) = D2 f (a, b)
não é nula por hipótese. Portanto, pelo Teorema da Função In-
versa a função F é localmente invertı́vel em (a, b).
x2 + y 2 = 1,
x4 + x3 y 3 + x2 y 2 − 5 = 0.
∂f
Se f é uma função de classe C 1 e (x0 , y0 ) 6= 0, podemos
∂y
obter ϕ como uma solução do problema de valor inicial
dϕ
= φ(x, ϕ)
dx (3.45)
φ(x0 ) = y0
de modo que
∂f
0 ∂x ∂f
ϕ (x) = − ∂f
, se 6= 0,
∂y
∂y
onde as derivadas parciais são avaliadas no ponto (x, ϕ(x)).
∂f
Se assumirmos que a função f (x, y) tem a propriedade que 6=
∂y
0 no ponto (a, b), então existe uma solução da equação f (x, y) =
0, esta equação determina y como função de x, para x próximo
de a, e esta função de x é diferenciável.
Este resultado é um caso especial de um teorema chamado
Teorema da Função Implı́cita.
154 CAPÍTULO 3. DIFERENCIABILIDADE
f (x1 , . . . , xk+n ) = 0,
f (x, g(x)) = 0, ∀x ∈ B.
∂f ∂f
(x, g(x)) + (x, g(x)).Dg(x) = 0.
∂x ∂y
∂f
Esta equação implica que se a matriz de ordem n por n for
∂y
invertı́vel no ponto (x, g(x)), então
−1
∂f ∂f
Dg(x) = − (x, g(x)) (x, g(x)).
∂y ∂x
0 = DH(x) = Df (h(x)).Dh(x) =
" #
∂f ∂f Ik
(h(x)) (h(x)) . =
∂x ∂y Dg(x)
∂f ∂f
= (h(x)) + (h(x)).Dg(x).
∂x ∂y
Portanto,
∂f ∂f
(h(x)) + (h(x)).Dg(x) = 0.
∂x ∂y
∂f
det (a, b) 6= 0.
∂y
f (x, g(x)) = 0, ∀x ∈ B.
e
(x, 0) = F (x, h(x, 0)) = (x, f (x, h(x, 0))),
o que acarreta,
f (ϕ(y)) = y.
xy 5 + yu5 + zv 5 = 1
x5 y + y 5 u + z 5 v = 1
Solução: Sejam
f1 (x, y, z) = xy 5 + yu5 + zv 5 − 1 = 0
(3.46)
f2 (x, y, z) = x5 y + y 5 u + z 5 v − 1 = 0
5yu4 5zv 4
J2 f (p, q) = 5 5
= 5yu4 z 5 − 5zv 4 y 5
y z
x4 + (x + z)y 3 − 3 = 0
x4 + (2x + 3z)y 3 − 6 = 0
Solução: Sejam
f1 (x, y, z) = x4 + (x + z)y 3 − 3 = 0
(3.47)
f2 (x, y, z) = x4 + (2x + 3z)y 3 − 6 = 0
3(x + z)y 2 y3
J2 f (p, q) = 2 3
= 3xy 5 6= 0 se xy 6= 0.
3(2x + 3z)y 3y
3.5. DERIVADAS DE ORDEM SUPERIOR 165
m
X
Df (a)(u) = Di f (a)ui ,
i=1
onde u = (u1 , . . . , um ) ∈ Rm .
De fato, pelo Teorema 3.4 temos Dj f (a) = Df (a)(ej ), para
j = 1, · · · , m.
Consideremos {e1 , . . . , em } a base canônica do Rm . Dado u =
(u1 , . . . , um ) ∈ Rm tem-se:
u = u1 e1 + . . . + um em
166 CAPÍTULO 3. DIFERENCIABILIDADE
5
Teorema 3.15 (Fórmula de Taylor) Seja f : A ⊂ Rm → R
onde A é um aberto e suponha que f tem derivadas parciais
contı́nuas de ordem n em uma vizinhança de todo ponto sobre
um segmento de reta S ligando os pontos a e b = a + u em A.
5
Brook Taylor foi um matemático inglês nascido em Londres em 18-
09-1685 e faleceu em Londres em 30-10-1731).
168 CAPÍTULO 3. DIFERENCIABILIDADE
F (t) = f (a + tu),
onde I é um intervalo de R.
Usando a hipótese da existência das derivadas parciais de f,
segue-se que:
F 0 (t) = Df (a + tu)(u);
F 00 (t) = D2 f (a + tu)(u)2 ;
.. ..
. .
F (n) (t) = Dn f (a + tu)(u)n .
F (t) = f (a + tu),
onde I é um intervalo de R.
Sendo F 0 (t) = Df (a + tu)(u) e por hipótese a é um ponto de
extremo relativo de f, segue-se que t = 0 é um ponto de extremo
relativo de F, e portanto F 0 (0) = 0. Logo, Df (a)(u) = 0 e
portanto, pelo Teorema 3.4, obtemos Du f (a) = Df (a)(u) = 0.
Exemplo 3.6.2 Seja f (x) = |x| para x ∈ [−1, 1]. Então Df (0)
não existe; contudo f tem mı́nimo relativo estrito no ponto in-
terior 0. Por outro lado, f tem um extremo relativo estrito nos
pontos x = ±1.
D2 f (a)(u)2 ≥ 0, ∀u ∈ Rm .
D2 f (a)(u)2 ≤ 0, ∀u ∈ Rm .
3.6. PROBLEMAS EXTREMOS 175
Logo, !
2 2
x
D f (a)(u) = 0 0 = 0.
y
O próximo resultado é uma reciproca parcial do Teorema 3.17.
Porém, note que a sua hipótese é um pouco mais forte que a
conclusão do Teorema 3.17.
f : Rm × Rm → R
(u, v) 7→ f (u, v) = hu, vi.
Então, a aplicação
q : Rm → R
u 7→ q(u) = kuk2 = u21 + . . . + u2m ,
Assim,
m
X ∂ 2f
H(x)(u) = (x)ui uj ,
i,j=1
∂xi ∂xj
onde u = (u1 , . . . , um ).
A forma hessiana é usada para determinar a natureza dos
pontos crı́ticos da função f.
2c ≤ H(u), ∀u ∈ S.
v
Como kvk
∈ S, obtemos
kvk2 kvk2
1 v
H(v) = H ≥ 2c = kvk2 c (3.49)
2 2 kvk 2
f (a + v) − f (a) > 0,
isto é,
f (x, y) = x2 + axy + by 2 + cx
∂f
= 2x + ay + c = 0
∂x
∂f
= ax + 2by = 0
∂y
Temos
∂ 2f ∂ 2f
!
∂x2 ∂x∂y 2 a
Hf = ∂ 2f
=
∂ 2f a b
∂y∂x ∂y 2
det(Hf ) = 2b − a2 > 0.
f (x) ≤ f (x), ∀x ∈ B.
S = {u ∈ Rn ; g(u) = 0}.
∇f (u0 ) = λ∇g(u0 )
∂f ∂g
(u0 ) = λ (x0 , y0 ) 6= 0.
∂xn ∂y
184 CAPÍTULO 3. DIFERENCIABILIDADE
e
g(x, ϕ(x)) = 0, ∀x ∈ A. (3.50)
ψ : A ⊂ Rn−1 → R
x 7→ ψ(x) = f (x, ϕ(x)).
∂f ∂f
ψ 0 (x0 ) = (x0 ) + (x0 )ϕ0 (x0 ) = 0 (3.51)
∂x ∂y
∂g ∂g
(x0 ) + (x0 )ϕ0 (x0 ) = 0 (3.52)
∂x ∂y
f (x1 , . . . , xn ) = (x1 . . . xn )2 ,
sujeita a condição
x21 + · · · + x2n = 1.
n
X
7
Dado x = (x1 , . . . , xn ) ∈ Rn então kxkpp = |xi |p .
i=1
186 CAPÍTULO 3. DIFERENCIABILIDADE
2(n−1)
x21 = x22 = · · · = x2n e λ = −x1 (3.54)
Donde, obtemos
x21 + . . . + x2n
q
n
x21 x22 . . . x2n ≤ .
n
Portanto, acabamos de mostrar que a média geométrica de n
números positivos x21 , . . . , x2n é menor ou igual do que sua média
aritmética.
Agora, usando o método dos Multiplicadores de Lagrange,
vamos mostrar a desigualdade de Young.8
Desigualdade de Young. Sejam p e q tais que 1 < p, q <
1 1
+∞ e + = 1. Então, para todo número real x ≥ 0, y ≥ 0
p q
tem-se
xp y q
xy ≤ + .
p q
Demonstração: É claro que a desigualdade é válida se x = 0
ou y = 0. Se a desigualdade for válida para os números x e y
1 1
ela também será válida para os números xt p e yt q onde t é um
número real positivo arbitrário.
1 1
De fato, seja t > 0 e 1 < p, q < ∞ tal que p
+ q
= 1. Então
1 1 1 1 1 1 1 1
(xt p )(yt q ) ≤ (xt p )p + (xt q )q ⇔ (xy)t p + q ≤
p q
1 p 1
u t + vq t ⇔
p q
1 1
⇔ (xy)t ≤ t p1 xp + 1q y q ⇔ xy ≤ xp + y q .
p q
8
William Henry Young matemático inglês nascido em Londres em
20-10-1863 e falecido em Lausanne em 07-07-1942.
188 CAPÍTULO 3. DIFERENCIABILIDADE
1 1
é igual a p
+ q
= 1. Assim,
1 1
1 ≤ f (x, y) = xp + y q ,
p q
ou seja,
1 1
1 ≤ xp + y q , quando xy = 1.
p q
Portanto,
1 1
xy ≤ xp + y q ,
p q
para todos os números x ≥ 0, y ≥ 0 e p > 0, q > 0 tais que
1 1
p
+ q
= 1.
Desigualdade de Hölder.9 Sejam p e q tais que 1 < p, q <
1 1
+∞ e + = 1. Sejam {xi }, {yi }, i = 1, . . . , n números
p q
reais positivos. Prove a desigualdade de Hölder
n n
! p1 n
! 1q
X X X
xi y i ≤ xpi yiq .
i=1 i=1 i=1
9
Otto Ludwig Hölder foi um matemático alemã, nascido em 22-12-
1859 e falecido em 29-09-1937.
190 CAPÍTULO 3. DIFERENCIABILIDADE
n n
! p1 n
! 1q
X X X
xi y i ≤ xpi yiq .
i=1 i=1 i=1
1 1
Demonstração: Sejam p > 1, q > 1 tais que p
+ q
= 1. Daı́
temos p = 1 + pq .
Note inicialmente que para quaisquer xi , yi ∈ R, temos
p p
|xi + yi |p = |xi + yi ||xi + yi | q ≤ [|xi | + |yi |]|xi + yi | q =
p p
|xi ||xi + yi | q + |yi ||xi + yi | q .
Assim, temos
n n n
X X p X p
p
|xi + yi | ≤ |xi ||xi + yi | + q |yi ||xi + yi | q (3.55)
i=1 i=1 i=1
n
! p1 n
! 1q
X X
= |xi |p |xi + yi |p
i=1 i=1
isto é,
n n
! p1 n
! 1q
X p X X
|xi ||xi + yi | ≤ q |xi |p |xi + yi |p (3.56)
i=1 i=1 i=1
Analogamente, obtemos:
n n
! p1 n
! 1q
X p X X
|yi ||xi + yi | ≤ q |yi |p |xi + yi |p (3.57)
i=1 i=1 i=1
192 CAPÍTULO 3. DIFERENCIABILIDADE
n
n
! p1 n
! p1
X X X
|xi + yi |p ≤ |xi |p + |yi |p ×
i=1 i=1 i=1
n
! p1
X
|xi + yi |p .
i=1
ou
n
!1− pq n
! p1 n
! p1
X X X
|xi + yi |p ≤ |xi |p + |yi |p .
i=1 i=1 i=1
p 1
Agora, usando o fato que 1 − q
= p
, obtemos desta última
desigualdade
n
! p1 n
! p1 n
! p1
X X X
|xi + yi |p ≤ |xi |p + |yi |p .
i=1 i=1 i=1
3.8 Exercı́cios
3.1- Dada a função f : A ⊂ Rm → Rn , a função kf k : A → R
é definida por
kf k(x) = kf (x)k, x ∈ A.
sendo
f1 (x) = x1 − x1 x2 , f2 (x) = x1 x2 − x1 x2 x3 ,
f3 (x) = x1 x2 x3 ,
onde x = (x1 , x2 , x3 ) ∈ R3 .
Prove que f é injetiva em A = R3 − {x : x1 x2 = 0} e
encontre B = f (A). Mostre também que f −1 : B → R3 é
diferenciável and calcule o Jf −1 (y) para todo y ∈ B.
f (x, y) = x2 + y 2
0, se (x, y) = (0, 0).
∇f (x0 , y0 ) = 0
3.8. EXERCÍCIOS 197
(iv) Se
∂ 2f ∂ 2f
(x 0 , y0 ) (x0 , y0 )
∂x2 ∂x∂y
H(x0 , y0 ) = = 0,
∂ 2f ∂ 2f
(x0 , y0 ) (x0 , y0 )
∂y∂x ∂y 2
nada se pode concluir.
O determinante H(x0 , y0 ) é chamado determinante Hes-
siano.
3.19- Seja
f : R2 → R
(x, y) 7→ f (x, y) = x2 + y 2
e seja c = f (1, 1) = 2. Mostre que existe uma função
implı́cita y = ϕ(x) definida para valores de x próximo de
x = 1.
3.8. EXERCÍCIOS 199
3.20- Seja
f : R2 → R
(x, y) 7→ f (x, y) = x2 y + 3y 3 x4 − 4
e seja (a, b) = (1, 1).
(i) Mostre que existe uma função implı́cita y = ϕ(x) a
qual não pode ser explı́citada.
(ii) Calcule ϕ0 (1).
∂f
∂v
(a) = 0 para todo v ∈ Rn .
(ii)
h : Rn → R
x → h(x) = kf (x)k2
∂f
3.27- Seja f : R2 → R de classe C 1 com ∂y
6= 0 em todos os
pontos, e φ : I → R tal que f (x, θ(x)) = 0 para todo
x ∈ I. Mostre que φ é de classe C 1 .
Integração
e
P2 = {a2 = s0 < s1 < . . . < sl = b2 }
203
204 CAPÍTULO 4. INTEGRAÇÃO
[ti−1 , ti ] × [sj−1 , sj ]
mR = inf{f (x) : x ∈ R}
e
MR = sup{f (x) : x ∈ R}
e
X
S(f, P ) = MR (f ).vol(R)
R∈R
s(f, P ) ≤ s(f, Q)
s(f, Q) ≤ S(f, P )
P = {P : P é uma partição de A}
f : A ⊂ Rn → R
x 7→ f (x) = c,
Portanto,
Z
f (x)dx = c.vol(A).
A
f ≡ 0, se x ∈ P1
f ≡ 1, se x ∈ P2
Logo,
(
0, se x ∈ P1
mR (f ) =
1, se x ∈ P2
e
(
0, se x ∈ P1
MR (f ) =
1, se x ∈ P2
210 CAPÍTULO 4. INTEGRAÇÃO
1 1 1
vol 0, × 0, = .
2 2 2
Portanto, Z
1
f (z)dz = .
[0,1]×[0,1] 2
Logo,
s(f, P ) = 0
e
X
S(f, P ) = MR (f )vol(R) = 1vol([0, 1] × [0, 1]) = 1.
R∈P
mR (g) ≤ g(x),
∀x ∈ R,
e portanto,
Logo,
mR (f ) + mR (g) ≤ mR (f + g). (4.1)
MR (f + g) ≤ MR (f ) + MR (g). (4.2)
4.2. PROPRIEDADES ARITMÉTICAS 213
donde
X X X
mR (f )vol(R) + mR (g)vol(R) ≤ mR (f + g)vol(R).
R∈P R∈P R∈P
(4.3)
De (4.3), obtemos
Analogamente,
Assim, f + g é integrável em A.
Por (4.5) obtemos
o que implica
Z Z Z
(f + g)(x)dx ≤ f (x)dx + g(x)dx. (4.9)
A A A
Então, Z Z
f (x)dx ≤ g(x)dx.
A A
f (x) ≤ g(x), ∀x ∈ A
MR (f ) ≤ MR (g).
o que implica
S(f, P ) ≤ S(g, P ),
o que acarreta Z
f (x)dx ≤ S(g, P ),
A
ou ainda Z Z
f (x)dx ≤ g(x)dx.
A A
e
f − (x) = inf{f (x), 0}
218 CAPÍTULO 4. INTEGRAÇÃO
MR (f − ) − mR (f − ) = 0 ≤ MR (f ) − mR (f ).
e portanto, Z Z
f (x)dx ≤ |f (x)|dx.
A A
Em particular, temos
Z
m.vol(A) ≤ f (x)dx ≤ M.vol(A) (4.13)
A
f: A → R
(x, y) 7→ f (x, y) = x + y
e
g: A → R
(x, y) 7→ g(x, y) = x.
Então, 0 = inf f (A) e 2 = sup f (A).
Logo,
Z Z
7
f (ξ)g(ξ)dξ = (x + y)xdxdy = ,
A [0,1]×[0,1] 12
e Z Z
1
g(ξ)dξ = xdxdy = .
A [0,1]×[0,1] 2
7 7 14
Então, considerando ξ0 = ( 12 , 12 ) ∈ A e λ = 12
∈ [0, 2], obte-
mos Z Z
f (ξ)g(ξ)dξ = λ g(ξ)dξ.
A A
O = {O1 , O2 , . . .}
tal que
∞
X
vol(Oi ) < ε.
i=1
Rk = I1k × . . . × Ink ,
4.4. CARACTERIZAÇÃO DAS FUNÇÕES INTEGRÁVEIS VIA CONJUNTO DE M
: : ;
···
deduzimos que essa coleção pode ser enumerada (seguindo o
diagrama) como Q1 , Q2 , Q3 , . . . tal que
∞ ∞
X X ε
vol(Qi ) < i
= ε.
i=1 i=1
2
O = {O1 , O2 , . . . , On }
O = {O1 , O2 , . . . , On },
O = {O1 , O2 , O3 , . . .}
cobrem A e satisfaz
n
X
vol(Oi ) < ε.
i=1
A = {a : a ∈ Q ∩ [0, 1]}
e
m(a, f, δ) = inf{f (x) : x ∈ A e kx − ak < δ}
o que implica
isto é,
o que implica
isto é,
o(f, a) ≤ 2ε, ∀ε > 0.
Portanto, o(f, a) = 0
(⇐) Suponhamos que o(f, a) = 0, isto é,
isto é,
O = {x ∈ A : o(f, a) ≥ ε}
é fechado.
230 CAPÍTULO 4. INTEGRAÇÃO
Q ⊂ Rn − A ⊂ Rn − O,
M (x, f, δ) − m(x, f, δ) ≤ ε.
kx − yk < δ, ∀y ∈ Q.
para A.
Consideremos agora P uma partição de A tal que cada su-
bretângulo R de P esteja contido em algum dos Ox . Então para
cada subretângulo R de P, tem-se
MR (f ) − mR (f ) < ε.
Logo,
X
S(f, P ) − s(f, P ) = [MR (f ) − mR (f )]vol(R) < εvol(A)
R∈P
Para mostrar que O tem medida nula, pela Proposição 4.1, basta
mostrar que cada O 1 tem medida nula.
j
compactos.
Dado ε > 0, consideremos P uma partição de A tal que
ε
S(f, P ) − s(f, P ) < .
n
Seja R um retângulo qualquer desta partição e denotemos por
n o
R = R ∈ P : R ∩ O1 .
n
donde
X
vol(R) < ε.
R∈R
Oε = {x ∈ A : o(f, x) ≥ ε}.
Q = {Q1 , Q2 , . . . , On }
R1 = {R ∈ P : R ⊂ Qi , para algum i = 1, 2, . . . , n}
e
R2 = {R ∈ P : R ∩ Oε = ∅}
MR (f ) − mR (f ) = |MR (f ) − mR (f )| ≤
para cada R ∈ R2 .
Portanto, de (4.16) e (4.17) temos
X
S(f, P 0 ) − s(f, P 0 ) = [MR0 (f ) − mR0 (f )]vol(R0 )+
R0 ⊂R∈R1
X X
+ [MR0 (f ) − mR0 (f )]vol(R0 ) < 2M ε + εvol(R) =
R0 ⊂R∈R2 R∈R2
= [2M + vol(A)]ε.
4.5. TEOREMA DE FUBINI 235
e Z Z −
U f (x)dx = f (x)dx = inf {S(f, P )}.
A A P ∈P
e
Z Z Z Z
f (x, y)dxdy = U (x)dx = U f (x, y)dy dx.
A×B A A B
(4.19)
pois {x} × RB ⊆ RA × RB .
Assim,
X X
mRA ×RB (f )vol(RB ) ≤ mRB (gx )vol(RB ) = s(PB , gx ) ≤
RB RB
Z
≤ sup s(Q, gx ) = L gx = L(x), ∀x ∈ RA
Q∈P(PB ) B
(4.21)
238 CAPÍTULO 4. INTEGRAÇÃO
Logo,
!
X X X
mRA ×RB (f )vol(RB ) vol(RA ) ≤ mRA (L)vol(RA ).
RA RB RA
Então
X X
mRA ×RB (f )vol(RB ) ≤ mRA (L) = s(PA , L) (4.22)
RB RA
Daı́ Z 2
1 2 7
(x2 + y 2 )dxdy = (x2 y + y 3 ) = x2 + ,
1 3 1 3
o que implica
Z Z 1
2 2 2 7 1 3 7 1 8
(x + y )dxdxy = (x + )dx = x + x = .
R 0 3 3 3 0 3
Exemplo 4.5.2 Calcule a integral dupla
Z Z
2 2
xex −y dxdy,
R
Z 2 Z 1
2 −y 2
xex dydx,
1 x−1
Podemos supor que D12 f (x0 , y0 ) − D21 f (x0 , y0 ) > 0. Como D12
e D21 são contı́nuas existe um retângulo R = [a, b] × [c, d] tal
que
D12 f (x, y) − D21 f (x, y) > 0, ∀(x, y) ∈ R.
242 CAPÍTULO 4. INTEGRAÇÃO
Logo,
Z b Z d
[D12 f (x, y) − D21 f (x, y)]dy dx =
a c
Z b Z d
= [D12 f (x, y)]dy dx−
a c
R b R d
a c
[D21 f (x, y)]dy dx =
Z b
= [D1 f (x, d) − D1 f (x, c)]dx−
a
R d R b
c a
D21 f (x, y)dx dy =
Z b Z d
= [D1 f (x, d) − D1 f (x, c)]dx − D2 f (b, y)dy+
a c
Rd
c
D2 f (a, y)dy =
= Df (b, d) − Df (a, d) − Df (b, c) + Df (a, c)−
−Df (b, d) + Df (b, c) + Df (a, d) − Df (a, c) = 0,
isto é,
Z
[D12 f (x, y) − D21 f (x, y)]dxdy = 0,
R
isto é,
ψ(φ(ξ)) = ξ, ξ ∈ A.
para 1 ≤ k ≤ n, k 6= 2 e ϕ2 (ξ) = ξn .
Então, para cada ξ ∈ A, temos
e
ϕ2 (φ(ξ)) = φn (ξ) = g2 (ξ).
Logo, temos
ϕ(φ(ξ)) = g(ξ), ∀ξ ∈ A.
Z p Z
X
f (x)dx = F (x)dx,
X k=1 T (k)
onde
(
f (x), se x ∈ X
F (x) =
0, se g(A) − X
248 CAPÍTULO 4. INTEGRAÇÃO
T (x) = {ξ : ξ ∈ T, ξn = x} e B(x) = {ξ : ξ ∈ B; ξn = x}
Agora escreva,
Z Z
2 +y 2
Exemplo 4.6.1 Calcule a integral ex
dxdy, onde R é
√
R
a região fechada limitada pelo semi-cı́rculo y = 1 − x2 .
250 CAPÍTULO 4. INTEGRAÇÃO
Logo,
Z π Z 1 Z π
r2 1 π
e rdrdθ = (e − 1)dθ = (e − 1)
0 0 0 2 2
Exemplo 4.6.2 Calcule a integral
x−y
Z Z
sen dxdy,
R x+y
onde R é a região limitada pelo eixos coordenados e pela reta
y = 1 − x no primeiro quadrante.
Considere a mudança de variáveis
1 1
x = (u + v) e y = (v − u)
2 2
1
+ v), 21 (v − u) . No plano
Consideremos a função g(u, v) = 2
(u
(u, v) a reta y = 0 é u = v, a reta x = 0 é u = −v e a reta
4.6. MUDANÇA DE VARIÁVEIS 251
O jacobiano
1 1
2 2 1
Jg(u, v) = =
1 1 2
−
2 2
Logo,
x−y
Z Z Z Z u
sen dxdy = sen dudv
R x+y R v
Z Z
u
Resolvendo a integral sen( )dudv, obtemos
R v
1 1 v
Z Z u Z Z
u
sen dudv = sen dudv =
R v 2 0 −v v
Z 1
1
[−cos1 + cos(−1)]vdv = 0
2 0
Portanto
x−y
Z Z Z Z u
sen dxdy = sen dudv = 0.
R x+y R v
252 CAPÍTULO 4. INTEGRAÇÃO
4.7 Exercı́cios
Z Z
4.1- Calcule a integral (x2 +y 2 )dxdy, onde R é um triângulo
R
com vértices (0, 0), (1, 0) e (1, 1).
4.2- Avalie
Z 1asZ integrais interadas:
2
2
(i) ex dxdy;
Z0 1 Z2y 1
(ii) ysen(πy 3 )dxdy.
0 x
Z Z
4.3- Encontre a integral dupla xydxdy, onde R é a região
R
limitada pelos gráficos das funções f (x) = x e g(x) = x3 .
(i) Determine D1 F e D2 F ;
Z g(x)
(ii) Se G(x) = f (t, x)dt, determine G0 (x).
a
O = {x ∈ A : f (x) 6= 0}
Solução: Temos
kxk = kx − y + yk ≤ kx − yk + kyk
Logo,
kxk − kyk ≤ kx − yk + kyk (5.1)
255
256CAPÍTULO 5. SOLUÇÕES DOS EXERCÍCIOS PROPOSTOS
Agora,
kyk = ky − x + xk ≤ ky − xk + kxk
Donde
kyk − kxk ≤ ky − xk = kx − yk
Multiplicando essa desigualdade por −1 vem que:
Donde,
kx + cyk ≥ kxk.
kx + cyk2 ≥ kxk2
ou seja,
Ou ainda,
2chx, yi + c2 kyk2 ≥ 0, ∀c ∈ R.
Portanto, o descriminante
Ou seja,
Ou seja,
|xi | ≤ kxk, ∀i = 1, 2, . . . , n (5.5)
5.1. SOLUÇÕES DO EXERCÍCIOS DO CAPÍTULO 1. 259
kxk = kx1 e1 + x2 e2 + . . . + xn en k ≤
≤ kx1 e1 k + kx2 e2 k + . . . + kxn en k =
(5.6)
= |x1 |ke1 k + |x2 |ke2 k + . . . + |xn |ken k =
= |x1 | + |x2 | + · · · + |xn |
pois, kei k = 1 ∀i = 1, 2, . . . , n.
De (5.5) e (5.6) segue que:
1 1
Sejam 1 < p, q < ∞ tais que p
+ q
= 1. Mostre que
e obtém-se que:
|xi |p |yi |q
|xi | |yi | kxkpp kykqq
≤ +
kxkp kykp p q
Então: somando de 1 até n, obtém-se:
p
n n |xi | |yi |q
X |xi | |yi | X p q
kxkp + kykq =
≤
i=1
kxkp kykp i=1
p q
kxkp kykq
kxkpp kykqq 1 1
+ = + =1
p q p q
Donde,
n
X
|xi ||yi | ≤ kxkp kykq
i=1
Ou seja,
n
X
|xi yi | ≤ kxkp kykq
i=1
Mas,
n
X n
X
xi y i ≤ |xi yi |
i=1 i=1
Donde temos
|hx, yi| ≤ kxkp kykq .
p n
X X
kx + ykpp = |xi + yi | = p
|xi + yi ||xi + yi |p−1 ≤
i=1 i=1
n
X Xn
(|xi | + |yi |)|xi + yi |p−1 = |xi ||xi + yi |+
i=1 i=1
" n
# 1q
Pn X q
i=1 |yi ||xi + yi |p−1 ≤ kxkp |xi + yi |p−1 +
i=1
Pn p−1 q q
1
kykp i=1 (|x i + y i | ) =
" n # 1q
q
X
|xi + yi |p−1
(kxkp + kykp )
i=1
Mostremos que
" n
# 1q
X q p
De fato,
" n
# 1q " n
# 1q
X q X
|xi + yi |p−1 = |xi + yi |(p−1)q =
i=1 i=1
" n
# 1q
p
X 1
= |xi + yi |p = (kx + ykpp ) q = kx + ykpq .
i=1
Agora, temos
p
pois, hx, yi = 0.
a, b ∈ X, 0 ≤ t ≤ 1 ⇒ (1 − t)a + tb ∈ X
Solução:
Seja B = B(x0 ; r) a bola aberta de centro x0 e raio r > 0
e mostremos que B é convexa.
Sejam a, b ∈ B então
kb − x0 k < r e ka − x0 k < r.
k(1 − t)x0 + tb − x0 k =
k(1 − t)a + tb − (1 − t)x0 − tx0 k =
= k(1 − t)(a − x0 ) + t(b − x0 )k ≤
≤ (1 − t)ka − x0 k + tkb − x0 k < (1 − t)r + tr = r
(1 − t)x + ty ∈ A e (1 − t)x + ty ∈ B
Logo,
(1 − t)x + ty ∈ A ∩ B, ∀t ∈ [0, 1].
1.13- Seja
A = {(x, y) ∈ Rn ; y ≥ |x|}
264CAPÍTULO 5. SOLUÇÕES DOS EXERCÍCIOS PROPOSTOS
Portanto,
Logo,
(1 − t)a + tb ∈ A, ∀t ∈ [0, 1],
e portanto, A é convexo.
Solução: Seja
C = {x ∈ Rn ; hx, ui ≥ c}
a, b ∈ Rn e ha, ui ≥ c e hb, ui ≥ c.
5.1. SOLUÇÕES DO EXERCÍCIOS DO CAPÍTULO 1. 265
Portanto, (1 − t)a + tb ∈ Rn e
Assim,
B(X; δ) ⊂ X ∪ Y ⇒ x ∈ int(X ∪ Y ).
int(intX) = intX
int(intX) ⊂ intX, ∀ X ⊂ Rn .
intX ⊂ int(intX)
5.1. SOLUÇÕES DO EXERCÍCIOS DO CAPÍTULO 1. 267
Rn = intX ∪ int(Rn − X) ∪ F
onde, F é a fronteira de X.
Solução: Temos,
Logo,
intX ∪ int(Rn − X) ∪ F ⊂ Rn (5.10)
268CAPÍTULO 5. SOLUÇÕES DOS EXERCÍCIOS PROPOSTOS
Rn ⊂ ∪int(Rn − X) ∪ F (5.11)
Rn = intX ∪ int(Rn − X) ∪ F, ∀X ⊂ Rn
união disjunta.
1
kxn − x0 k < ⇒ lim xn = x0 ⇒ x0 ∈ X.
n
X ⊂X e Y ⊂Y ⇒X ∪Y ⊂X ∪Y.
X ∪Y ⊂X ∪Y. (5.12)
270CAPÍTULO 5. SOLUÇÕES DOS EXERCÍCIOS PROPOSTOS
X ⊂X ∪Y e Y ⊂X ∪Y
donde
X ⊂X ∪Y e Y ⊂X ∪Y
e portanto, temos
X ∪Y ⊂X ∪Y. (5.13)
X ⊂X e Y ⊂Y ⇒X ∩Y ⊂X ∩Y
X ∩Y ⊂X ∩Y.
X ∪ X0 ⊂ X (5.14)
5.1. SOLUÇÕES DO EXERCÍCIOS DO CAPÍTULO 1. 271
Seja x0 ∈ X ∪ X 0 então: x0 ∈ X ou x0 ∈ X 0 . Se x0 ∈ X
então x0 ∈ X. Seja x0 ∈ X 0 então toda bola aberta B
de centro em x0 contém um ponto x ∈ X x 6= x0 . Logo,
toda bola aberta B de centro x0 contém um ponto de X.
Pelo Exercı́cio 1.19, temos que x0 ∈ X.
Mostraremos agora que
X ⊂ X ∪ X 0. (5.15)
/ X 0 . (Se x0 ∈ X 0 e
Seja x0 ∈ X e suponha que x0 ∈
resultado é óbvio)
Vamos mostrar que x0 ∈ X.
(∗)1 Como x0 ∈ X então: pelo Exercı́cio 1.19, tem-se que,
toda bola aberta B de centro em x0 , contém ao menos um
ponto de X.
/ X 0 , segue que existe uma bola aberta
(∗)2 Como x0 ∈
B de centro em x0 que não contém ponto algum de X
diferente de x0 .
Como por (∗)1 B tem que conter um ponto de X, por (∗)2
esse ponto não pode ser diferente de x0 . Segue que, B tem
que conter x0 , ou seja, x0 ∈ X.
Então: temos
0
x0 ∈ X
x0 ∈ X ⇒ ou ⇒ x0 ∈ X ∪ X 0 .
x ∈ 0
0 / X ⇒ x0 ∈ X
Temos ainda,
X f echado ⇔ X = X ⇔ X = X ∪ X 0 ⇔ X ⊃ X 0 .
X × Y = X × Y em Rm+n
Logo,
t lim bk = (1 − t)a + tb ∈ S
Assim, S é convexo.
5.1. SOLUÇÕES DO EXERCÍCIOS DO CAPÍTULO 1. 273
B(x; δ) ⊂ G e B(x; δ) ∩ E 6= ∅ ⇒ G ∩ E 6= ∅.
G1 ∩E 6= ∅, G2 ∩E 6= ∅, G1 ∩G2 ∩E = ∅ e G1 ∪G2 ⊃ E.
E = E ∪ {(x, y); x = 0, −1 ≤ y ≤ 1}
é também conexo.
pois
limhxk , xi = kxk2 e lim kxk k2 = kxk2 .
Donde,
Ou seja, xk → x.
ou seja,
d(x, E) ≤ kx − yk + d(y, E)
Ou ainda,
d(y, E) − d(x, E) ≤ ky − xk
Ou seja,
−kx − yk ≤ d(x, E) − d(y, E) (5.17)
5.1. SOLUÇÕES DO EXERCÍCIOS DO CAPÍTULO 1. 277
Ou seja,
um ponto deE ⇔ x ∈ E.
d(A, B) = ka − bk.
A = {(x, y) ∈ R2 ; y = 0} e B = {(x, y) ∈ R2 ; xy = 1}
1
d(a, b) = < ε, ∀ε > 0.
k
A + B = {x + y; x ∈ A e y ∈ B}
Prove que:
(i) Se A ou B é aberto então A + B é aberto.
(ii) Se A e B são compactos então A + B é compacto.
(iii) Se A é compacto e B é fechado então: A + B é
fechado.
Solução: (i) Seja a ∈ A e desde que A é aberto, existe
ε > 0 tal que B(a; ε) ⊂ A. Agora, B(a; ε) + {b} é um
conjunto aberto. Desde que, união qualquer de abertos é
aberto e
[
A+B = {B(a; ε) + {b}}
a∈A
b∈B
pois, B é fechado.
Assim, z = x + y com x ∈ A e y ∈ B o que acarreta que
z ∈ A + B.
Portanto, A + B ⊂ A + B e como A + B ⊂ A + B então
A + B é fechado.
S = {x ∈ Rn ; kxk = 1}
é um conjunto compacto de Rn .
Solução: Seja (xk ) uma sequência em S então: (xk )
está em Rn e kxk k = 1 ≤ 1, ∀k ∈ N. Pelo Teorema de
5.1. SOLUÇÕES DO EXERCÍCIOS DO CAPÍTULO 1. 281
(⇐) Reciprocamente, se
então
limhxk − x, yi = 0, ∀y ∈ Rn .
Em particular, temos
lim kxk − xk = 0 ⇒ xk → x em Rn .
282CAPÍTULO 5. SOLUÇÕES DOS EXERCÍCIOS PROPOSTOS
Donde,
d(x, A)
0≤ ≤ 1, ∀x ∈ Rn ,
d(x, A) + d(x, B)
ou seja, 0 ≤ ϕ(x) ≤ 1, ∀x ∈ Rn . Além disso, ϕ é contı́nua.
m
X
x = (x1 , x2 , . . . , xm ) = xi ei em Rm
i=1
Pm
então: T x = i=1 xi T ei . Logo, temos
m
X
|T x|E ≤ |xi ||T ei |E ≤ ckxk, ∀x ∈ Rm .
i=1
Donde,
S = {x ∈ Rn ; kxk = 1}
kf (x)k ≥ k > 0, ∀x ∈ S.
x x
Mas, se x ∈ Rn e x 6= 0 então kxk
∈ S ⇒ k kxk k = 1
x
⇒ kxk
∈ S e pela linearidade de f, temos
1 x
f (x) = f ≥ k, ∀x 6= 0.
kxk kxk
f (x) ≥ kkxk, ∀x ∈ Rn .
1
Este resultado é conhecido como Teorema de Riesz em dimensão
finita.
5.2. SOLUÇÕES DOS EXECÍCIOS DO CAPÍTULO 2 285
x = x1 e1 + x2 e2 + . . . + xn en
Logo,
f (x) = x1 y1 + x2 y2 + . . . + xn yn
Mas,
|f (xk ) − f (xl )| ≤ αkxk − xl k.
A = {c > 0; kT xk ≤ ckxk, ∀x ∈ Rn }
kT k ≥ inf c (5.18)
c∈A
Portanto,
kT k ≤ inf c (5.19)
c∈A
De (5.18) e (5.19) temos
f (xk ) → f (x).
f (xk ) → y ⇒ y ∈ f (X).
X = {x1 , x2 , . . . , xk , . . .}
GLn×n (R)
é um conjunto aberto.
é contı́nua.
kf k(x) = kf (x)k, x ∈ A.
xf1 (tx, ty) + yf2 (tx, ty) = ntn−1 f (x, y), (5.20)
x2 f11 (x, y)+2xyf12 (x, y)+y 2 f22 (x, y) = n(n−1)f (x, y).
5.3. SOLUÇÕES DO EXERCÍCIOS DO CAPÍTULO 3. 293
Logo,
αtα−1 g(x) = Dg(tx)x,
Dg(x)x = αg(x).
(⇐) Temos
e portanto,
!
(1 − α)r−α cosθ (1 − α)r−α senθ
∂(f ◦ p)i
=
∂xj −r1−α senθ r1−α cosθ
temos
(1 − α)k(x, y)k−2α
sendo
f1 (x) = x1 − x1 x2 , f2 (x) = x1 x2 − x1 x2 x3 ,
f3 (x) = x1 x2 x3 ,
296CAPÍTULO 5. SOLUÇÕES DOS EXERCÍCIOS PROPOSTOS
onde x = (x1 , x2 , x3 ) ∈ R3 .
Prove que f é injetiva em A = R3 − {x : x1 x2 = 0} e
encontre B = f (A). Mostre também que f −1 : B → R3 é
diferenciável and calcule o Jf −1 (y) para todo y ∈ B.
Solução: Sejam x = (x1 , x2 , x3 ) e f (x) = (y1 , y2 , y3 ).
Como f1 (x) = x1 −x2 x3 , f2 (x) = x1 x2 −x1 x2 x3 e f3 (x) =
x1 x2 x3 , obtemos x1 = y1 + y2 + y3 . Note que y2 + y3 =
y2 +y3
x1 x2 , o que implica x2 = y1 +y2 +y3
. Também temos y3 =
y3
x1 x2 x3 = x3 (y2 + y3 ), o que implica x3 = y2 +y3
.
Como x2 x3 6= 0, devemos ter y1 +y2 +y3 6= 0 e y2 +y3 6= 0.
Portanto,
B = {(y1 , y2 , y3 ) : y1 + y2 + y3 6= 0 e y2 + y3 6= 0}.
y2 + y3
f1−1 (y) = y1 + y2 + y3 , f2−1 (y) =
y1 + y2 + y3
y3
f −1 (y) = .
y2 + y3
5.3. SOLUÇÕES DO EXERCÍCIOS DO CAPÍTULO 3. 297
Temos que
∂f3−1
(y) = 0
∂y1
∂f3−1 −y3
(y) =
∂y2 (y2 + y3 )2
∂f3−1 y2
(y) =
∂y3 (y2 + y3 )2
∂z ∂z ∂ 2 z ∂ 2 z ∂ 2z
, , , e .
∂u ∂v ∂u2 ∂u∂v ∂v 2
298CAPÍTULO 5. SOLUÇÕES DOS EXERCÍCIOS PROPOSTOS
Solução: Temos
∂z ∂x ∂y
= Fx + Fy = aFx + bFy
∂u ∂u ∂v
∂z ∂y ∂y
= Fx + Fy = cFx + dFy
∂v ∂u ∂v
Temos
∂ 2z
∂ ∂z ∂ ∂x
2
= = (aFx + bFy ) +
∂u ∂u ∂u ∂x ∂u
∂
+ ∂y (aFx + bFy ) ∂x
∂v
= (aFxx + bFyy )a + (aFxy + bFyy )b =
= a2 Fxx + abFxy + b2 Fyy
pois f é de classe C 2 .
Analogamente, obtemos
∂ 2z
2
= b2 Fxx + 2cdFxy + d2 Fyy .
∂v
Temos
∂ 2z
∂ ∂z ∂ ∂x
= = (cFx + dFy ) +
∂u∂v ∂u ∂v ∂x ∂u
∂ ∂x
(cFx + dFy ) == (cFxx + dFxy )a + (cFxy + dFyy )b =
∂y ∂v
acFxx + adFxy + bcFxy + bdFyy .
∂θ ∂r
1 = rcosθ
+ senθ
∂y ∂y
Resolvendo o sistema acima obtemos
∂θ cosθ ∂r
= e = senθ. (5.25)
∂y r ∂y
Substituindo (5.24) e (5.25)
∂z ∂z senθ ∂z
= cosθ − (5.26)
∂x ∂r r ∂θ
300CAPÍTULO 5. SOLUÇÕES DOS EXERCÍCIOS PROPOSTOS
e
∂z ∂z cosθ ∂z
= senθ + (5.27)
∂y ∂r r ∂θ
Agora derivando (5.26) em relação a x e usando a Regra
da Cadeia, obtemos
∂ 2z
∂ ∂z ∂ ∂z ∂r ∂ ∂z ∂θ
= = + =
∂x2 ∂x ∂x ∂r ∂x ∂x ∂θ ∂x ∂x
∂ ∂z senθ ∂z ∂r
= cosθ − +
∂r ∂r r ∂θ ∂x
∂ ∂z senθ ∂z ∂θ
cosθ − =
∂θ ∂r r ∂θ ∂x
∂ 2 z senθ ∂ 2 z
= cosθ 2 − cosθ+
∂r r ∂θ∂r
∂ 2z senθ ∂ 2 z
senθ
cosθ − −
∂r∂θ r ∂θ2 r
o que implica
∂ 2z 2
2 ∂ z senθcosθ ∂z 2senθcosθ ∂ 2 z
= cos θ + − +
∂x2 ∂r2 r2 ∂θ ∂r ∂r∂θ
sen2 θ ∂z sen2 θ ∂ 2 z
+ +
r ∂r r2 ∂θ2
(5.28)
Analogamente, derivando a equação (5.27) em relação a y
obtemos
∂ 2z 2
2 ∂ z 2senθcosθ ∂z 2senθcosθ ∂ 2 z
= sen θ − + +
∂y 2 ∂r2 r2 ∂θ ∂r ∂r∂θ
cos2 θ ∂z cos2 θ ∂ 2 z
+ + 2
r ∂r r ∂θ2
(5.29)
5.3. SOLUÇÕES DO EXERCÍCIOS DO CAPÍTULO 3. 301
∂ 2 z 1 ∂z 1 ∂ 2z ∂ 2z ∂ 2z
+ + = + = 0,
∂r2 r ∂r r2 ∂θ2 ∂x2 ∂y 2
Portanto,
∂z 2sen(x + y + z) Fx (x, y, z)
= = gx (x, y) = −
∂x 1 − 2sen(x + y + z) Fz (x, y, z)
e
∂z 2sen(x + y + z) Fy (x, y, z)
= = gy (x, y) = −
∂y 1 − 2sen(x + y + z) Fz (x, y, z)
∂z z ∂z z
=− e =− .
∂x x ∂y y
Logo,
∂x ∂y Fy Fz Fx
= − − − = −1.
∂y ∂z Fx Fy Fz
f (0 + te1 ) − f (0) 0
lim = lim = 0
t→0 t t→0 t
e
f (0 + te2 ) − f (0) 0
lim = lim = 0.
t→0 t t→0 t
∂f ∂f ∂f
Portanto, as derivadas parciais ∂x
e ∂y
existem e ∂x
=0
∂f
e ∂y
= 0.
Seja u = (a, b). Temos
f (0 + tu) − f (0) ab 1 ab 1
lim = lim 2 2
= 2 2
lim .
t→0 t t→0 a + b t a + b t→0 t
Se ab 6= 0 então o limite acima não existe, sendo ±∞
conforme ab > 0 ou ab < 0 respectivamente.
304CAPÍTULO 5. SOLUÇÕES DOS EXERCÍCIOS PROPOSTOS
ab2
Du f (0, 0) = , (a, b) 6= (0, 0).
a2 + b 2
Mostre que f é contı́nua mas não é diferenciável em (0, 0).
Solução: Seja u = (a, b). Temos
ab2 ab2
lim = .
t→0 a2 + b2 a2 + b 2
ab2
Portanto, Dfu (0, 0) existe e Dfu (0, 0) = a2 +b2
.
1
Note que x2 + y 2 > y 2 o que implica x2 +y 2
< y12 que
|x|y 2 |x|y 2
acarreta x2 +y 2
< y2
= |x|.
Logo,
xy 2
lim =0
(x,y)→(0,0) x2 + y 2
5.3. SOLUÇÕES DO EXERCÍCIOS DO CAPÍTULO 3. 305
que implica,
xy 2
lim = 0.
(x,y)→(0,0) x2 + y 2
f (x, y) = x2 + y 2
0, se (x, y) = (0, 0).
que acarreta,
|f (x, y) − f (0, 0)|
lim = 0.
k(x,y)k→0 k(x, y)k
Portanto, Df (0, 0)(x, y) = 0.
Se (x, y) 6= (0, 0) então
1 1 1
D1 f (x, y) = 2xsen( 2
) − cos( 2 ),
2x x 2x
306CAPÍTULO 5. SOLUÇÕES DOS EXERCÍCIOS PROPOSTOS
e
1 1 1
D2 f (x, y) = 2ysen( 2
) − cos( 2 ),
2y y 2y
as quais não são limitadas quando x → 0 e y → 0 respec-
tivamente.
Portanto, os limites acima não existem e consequente-
mente D1 f e D2 f não são contı́nuas.
x = (x1 , . . . , xn ) ∈ Rn
podemos escrever
x = x1 e1 + . . . + xn en
e portanto,
Logo,
hvc − v, ui = 0, ∀u ∈ Rn ,
e portanto,
2u −2v
Jf (a) = = 2u2 + 2v 2 6= 0 se u 6= 0 e v 6= 0.
2v π2u)
Portanto, pelo Teorema da Função Inversa f é invertı́vel
em R2 − {(0, 0)}.
(iii) Temos
2u − v −u
Jf (a) = = u − v 6= 0 se u 6= v.
2v π2u)
Portanto, pelo Teorema da Função Inversa f é invertı́vel
em A = {(u, v)R2 : u 6= v}.
(iv) Temos
cos(u + v) cos(u + v)
Jf (a) = = 0.
−sen(u + v) −sen(u + v)
5.3. SOLUÇÕES DO EXERCÍCIOS DO CAPÍTULO 3. 309
∇f (x0 , y0 ) = 0
e
fxx (x0 , y0 )fyy (x0 , y0 ) − fxy (x, 0, y0 )2 = 0
(i) f (x0 , y0 ) é um mı́nimo local
e (ii) f (x0 , y0 ) é um máximo local
(iii) f (x0 , y0 ) é um ponto de sela.
Solução: (i) Um exemplo seria f (x, y) = x2 + y 2 , f (0, 0)
é um mı́nimo local.
(ii) Um exemplo f (x, y) = −(x2 + y 2 ), f (0, 0) é um
máximo local.
(iii) Um exemplo f (x, y) = xy, ((0, 0), 0) é um ponto de
sela.
∂ 2f ∂ 2f
(x 0 , y0 ) (x0 , y0 )
∂x2 ∂x∂y
H(x0 , y0 ) = =
∂ 2f ∂ 2f
(x0 , y0 ) (x0 , y0 )
∂y∂x ∂y 2
2
fxy (x0 , y0 ) − fxx (x0 , y0 )fyy (x0 , y0 ) < 0;
310CAPÍTULO 5. SOLUÇÕES DOS EXERCÍCIOS PROPOSTOS
(iv) Se
∂ 2f ∂ 2f
(x 0 , y0 ) (x0 , y0 )
∂x2 ∂x∂y
H(x0 , y0 ) = = 0,
∂ 2f ∂ 2f
(x0 , y0 ) (x0 , y0 )
∂y∂x ∂y 2
nada se pode concluir.
O determinante H(x0 , y0 ) é chamado determinante Hes-
siano.
Solução: (i) Pela Fórmula de Taylor temos
f (x, y) − f (x0 , y0 ) = fx (x0 , y0 )(x − x0 )+
fy (x0 , y0 )(y − y0 )+
fxx (x0 , y0 )(x − x0 )2 + 2fxy (x0 , y0 )(x − x0 )(y − y0 )+
fyy (x0 , y0 )(y − y0 )2 + R2
5.3. SOLUÇÕES DO EXERCÍCIOS DO CAPÍTULO 3. 311
(i) Note que a quádrica tem o mesmo sinal para todo (x, y)
próximo de (x0 , y0 ) se o discriminante
2
fxy (x0 , y0 ) − fxx (x0 , y0 )fyy (x0 , y0 ) < 0.
2
fxy (x0 , y0 ) − fxx (x0 , y0 )fyy (x0 , y0 ) < 0.
2
fxy (x0 , y0 ) − fxx (x0 , y0 )fyy (x0 , y0 ) > 0,
312CAPÍTULO 5. SOLUÇÕES DOS EXERCÍCIOS PROPOSTOS
então a quádrica
(x − x0 )2 ×
(y − y0 )2 y − y0
fyy (x0 , y0 ) + 2f (x , y ) + f (x , y )
2 yy 0 0 xx 0 0
(x − x0 ) x − x0
| {z }
(I)
muda de sinal.
y−y0
Digamos que a quádrica muda de sinal em r = x−x0
.
Então existem direções ao longo da qual (x, y) aproxima-se
de (x0 , y0 ) e o termo (I) da quádrica é positivo e outras
direções onde o termo (I) da quádrica é negativa.
Portanto, em qualquer vizinhança de (x0 , y0 ) existem pon-
tos (x, y) para os quais f (x, y) > f (x0 , y0 ) e pontos (x, y)
para os quais f (x, y) < f (x0 , y0 ). Assim, (x0 , y0 , f (x0 , y0 ))
é um ponto de sela.
(iv) No Exercı́cio 3.17, temos que
∇f (x0 , y0 ) = 0,
o que implica
∇f (a)
Agora note que, se u0 = k∇f (a)k
então
1
h∇f (a), ∇f (a)i = k∇f (a)k.
k∇f (a)k
314CAPÍTULO 5. SOLUÇÕES DOS EXERCÍCIOS PROPOSTOS
xy 5 + yu5 + zv 5 = 1
x5 y + y 5 u + z 5 v = 1
Solução: Sejam
f1 (x, y, z) = xy 5 + yu5 + zv 5 − 1 = 0
(5.32)
f2 (x, y, z) = x5 y + y 5 u + z 5 v − 1 = 0
Se p = (x, y, z) q = (u, v) e f = (f1 , f2 ) então a equação
(5.32) pode ser escrita na forma f (p, q) = 0. Logo,
5yu4 5zv 4
J2 f (p, q) = = 5yu4 z 5 − 5zv 4 y 5
y5 z5
Se p0 = (0, 1, 1) e q0 = (1, 0) então J2 f (p0 , q0 ) = 5 6= 0.
Portanto, pelo Teorema da Função Implı́cita existe uma vi-
zinhança do ponto (0, 1, 1, 1, 0) tal que a equação f (p, q) =
0 possui uma única solução q = φ(p), isto é, (y, z) =
φ(x) = (φ1 (x), φ2 (x)). Logo, y = φ1 (x) e z = φ2 (x).
−1
Temos Dφ(p0 )"= −[D2 f (p #0 , q0 )] D1 f (p0 , q"0 ). Temos
#
1 5 0 5 0
D1 f (p0 , q0 ) = , D2 f (p0 , q0 ) = e
0 5 0 1 1
" #
1
0
D2 f (p0 , q0 )−1 = 5
− 15 1
Logo,
" #" # " #
1
1 5 0 5
0 − 51 1 0
Dφ(p0 , q0 ) = − = .
0 5 0 − 15 1 − 15 4 0
f1 (x, y, z) = x4 + (x + z)y 3 − 3 = 0
(5.33)
f2 (x, y, z) = x4 + (2x + 3z)y 3 − 6 = 0
3(x + z)y 2 y3
J2 f (p, q) = = 3xy 5 6= 0 se xy 6= 0.
3(2x + 3z)y 2 3y 3
−senx0 −seny0
Jf (x0 , y0 ) = = −sen(x0 − y0 )
cosx0 cosy0
5.3. SOLUÇÕES DO EXERCÍCIOS DO CAPÍTULO 3. 317
f1 (x, y, z) = x + y + z
f2 (x, y, z) = yz + zx + xy
f3 (x, y, z) = xyz
Solução: Temos
1 1 1
Jf (x0 , y0 , z0 ) = y+z x+z x+y .
yz xz xy
1 1 1
y0 + z0 x0 + z0 x0 + y0 =
y0 z0 x0 z0 x0 y 0
1 0 0
y0 + z0 x0 − y 0 x0 − z0 =
y0 z0 z0 (x0 − y0 ) y0 (x0 − z0 )
1 1
Jφ(x, y, z) = =− =
Jf (x, y, z) (y − z)(z − x)(x − y)
F : A → R2
(x, y) 7→ F (x, y) = (x, f (x, y))
3.28- Seja
f : R2 → R
(x, y) 7→ f (x, y) = x2 + y 2
3.29- Seja
f : R2 → R
(x, y) 7→ f (x, y) = x2 y + 3y 3 x4 − 4
2xy + x2 y 0 + 12y 3 x3 + 9y 2 y 0 x4 = 0.
2xy + 12y 3 x3
ϕ0 (x) = y 0 = − .
x2 + 9y 2 x4
Portanto,
7
ϕ0 (1) = − .
5
5.3. SOLUÇÕES DO EXERCÍCIOS DO CAPÍTULO 3. 321
∂f f (a + tei ) − f (a)
(a) = lim = 0, ∀i = 1, . . . , n.
∂xi t→0 t
(5.38)
Portanto,
∂f ∂f
∇f (a) = (a), . . . , (a) = (0, . . . , 0).
∂x1 ∂xn
f : Rn × Rn → R
(x, y) 7→ f (x, y) = hAx, yi
322CAPÍTULO 5. SOLUÇÕES DOS EXERCÍCIOS PROPOSTOS
e
g : Rn → R
x 7→ g(x) = hAx, xi
são diferenciáveis.
(ii) Determine ∇f (x, y) e ∇g(x).
Solução: (i) Consideremos as funções componentes
f1 : Rn × Rn → R
(x, y) 7→ f1 (x, y) = Ax
e
f2 : Rn × Rn → R
(x, y) 7→ f2 (x, y) = y
x = x1 e1 + x2 e2 + . . . + xn en , i = 1, 2, . . . , n
5.3. SOLUÇÕES DO EXERCÍCIOS DO CAPÍTULO 3. 323
o que implica
Portanto,
n
∂f X
(x, y) = a11 y1 + a21 y2 + . . . + an1 yn = a1i yi
∂x1 i=1
n
∂f X
(x, y) = a12 y1 + a22 y2 + . . . + an2 yn = a2i yi
∂x2 i=1
..
.
n
∂f X
(x, y) = an1 y1 + an1 y2 + . . . + ann yn = ani yi
∂xn i=1
..
.
n
∂f X
(x, y) = a11 x1 + a12 x2 + . . . + an1 xn = a1i xi =
∂y1 i=1
A1 (x)
..
.
n
∂f X
(x, y) = an1 x1 + an2 x2 + . . . + ann xn = ani xi =
∂yn i=1
An (x)
324CAPÍTULO 5. SOLUÇÕES DOS EXERCÍCIOS PROPOSTOS
Logo,
∇f (x, y) =
∂f ∂f ∂f ∂f
(x, y), . . . , (x, y), (x, y), . . . , (x, y) =
∂x1 ∂xn ∂y1 ∂yn
n n
!
X X
= aii yi , . . . , ain yi , A1 (x), . . . , An (x) =
i=1 i=1
n n
!
X X
= aii yi , . . . , ain yi , A(x)
i=1 i=1
Temos que
n
X n
X
g(x, y) = hAx, xi = x1 a1i xi + . . . + xn ani xi
i=1 i=1
Assim,
∂g
(x, y) = a11 x1 + A1 (x) + a21 x2 + . . . + an1 yn =
∂x1
A1 (x) + ni=1 ai1 xi
P
∂g
(x, y) = a12 x1 + a22 x2 + A2 (x) + a32 x3 + . . . +
∂x2
an2 xn = A2 (x) + ni=1 ai2 yi
P
..
.
∂g
(x, y) = a1n x1 + a2n x2 + . . . + ann xn + An (x) =
∂xn
An (x) + ni=1 ain xi
P
5.3. SOLUÇÕES DO EXERCÍCIOS DO CAPÍTULO 3. 325
Logo,
∂g ∂g
∇g(x, y) = (x, y), . . . , (x, y) =
∂x1 ∂xn
n n
!
X X
= A1 (x) + ai1 xi , . . . , An (x) + ain xi =
i=1 i=1
g : R2 → R2
(x, y) 7→ g(x, y) = (f (x, y), y)
Temos
!
∂f ∂f
∂fi ∂x
(x, y) ∂y
(x, y)
(x, y) =
∂xj 0 1
Logo,
∂f ∂f
∂x
(x0 , y0 ) ∂y
(x0 , y0 ) ∂f
Jg(x0 , y0 ) = = (x0 , y0 ) 6= 0
0 1 ∂x
f : V → W é um difeomorfismo.
Seja g −1 = h = (h1 , h2 ). Assim
o que implica
Assim,
que acarreta
(
h2 (x, y) =y
f (h1 (x, y), y) = x
Seja
A = {x ∈ Rn : |x| > r}
∂f
3.36- Seja f : R2 → R de classe C 1 com ∂y
6= 0 em todos os
pontos, e φ : I → R tal que f (x, θ(x)) = 0 para todo
x ∈ I. Mostre que φ é de classe C 1 .
Solução: Seja x0 ∈ I e y0 = φ(x0 ). Temos que f (x0 , y0 ) =
330CAPÍTULO 5. SOLUÇÕES DOS EXERCÍCIOS PROPOSTOS
∂f
f (x0 , φ(x0 )) = 0 e ∂y
(x0 , y0 ) 6= 0 por hipótese.
Pelo Teorema da Função Implı́cita existe um retângulo
aberto V × W de centro em (x0 , y0 ) tal que f −1 (0) ∩
(V × W ) é o gráfico de uma função ϕ : V → W de classe
C 1.
Logo, para cada x ∈ V existe um único y = ϕ(x) tal que
f (x, ϕ(x)) = 0.
f (x, φ(x)) = 0.
∂f ∂f
(x, y) = −1 e (x, y) = 2y.
∂x ∂y
5.3. SOLUÇÕES DO EXERCÍCIOS DO CAPÍTULO 3. 331
F (x, φ(x)) = 0, ∀x ∈ W.
Mas, 0 ∈ W e portanto,
∂F
(0, 0) 1
φ0 (0) = − ∂F
∂x
=−
∂y
(0, 0) 0
o que não pode ocorrer. Logo, não existe φ0 (0), isto é, φ
não é de classe C 1 em W.
Portanto, não existe a função φ.
kf (x)k−1 Df (x).v, ∀x ∈ A e ∀v ∈ Rn .
n
! α2
X
x2i , x = (x1 , . . . , xn ).
i=1
n
Seja g : R − {0} → R definida por
n
X
g(x) = x2i .
i=1
5.3. SOLUÇÕES DO EXERCÍCIOS DO CAPÍTULO 3. 333
α α
Logo, f (x) = g(x) 2 = g 2 (x).
Agora, usando o Exercı́cio anterior, obtemos:
α α α −1
Dg 2 (x) = g 2 .Dg(x).v =
2
n
! α−2
2
α X
x2i .Dg(x).v,
2 i=1
∀x ∈ R − {0} e ∀v ∈ Rn .
n
n
! α−2
2
X
x2i = kxkα−2
i=1
e que
n
X ∂g
Dg(x).v = (x).vi ,
i=1
∂xi
onde v = (v1 , . . . , vn ). Daı́, obtemos
n
X
Dg(x).v = 2xi vi = 2hx, vi.
i=1
Portanto,
α α
Df (x).v = Dg 2 (x) = kxkα−2 2hx, vi =
2
αkxkα−2 hx, vi, ∀v ∈ Rn .
6x 6y
= 36x2 − 36y 2 .
6y 6x
Agora analisar cada ponto crı́tico de f.
∂ 2f
• (−1, 0) ⇒ H(−1, 0) = 36 > 0 e (−1, 0) = −6 < 0.
∂x2
5.3. SOLUÇÕES DO EXERCÍCIOS DO CAPÍTULO 3. 335
∇f (x0 , y0 ) = λ∇g(x0 , y0 ).
Ou seja,
∇f (x0 , y0 , z0 ) = λ∇g(x0 , y0 , z0 )
2x0 = 2λx0
2y0 = 4λy0 (5.39)
2z0 = −2λz0
1
e f (−1, 0, 0) = f (1, 0, 0) = 1
2
Assim, os pontos de máximos são: (−1, 0, 0) e (1, 0, 0) e o
máximo é 1. E também temos que os pontos de mı́nimos
√ √
2 2
são: (0, − 2
, 0) e (0, 2
, 0) e o mı́nimo é 21 .
4.2- Avalie
Z 1asZ integrais interadas:
2
2
(i) ex dxdy;
Z0 1 Z2y 1
(ii) ysen(πy 3 )dxdy.
0 x
Solução: Para os itens (i) e (ii) aplicação do Teorema
de Fubini.
Z Z
4.3- Encontre a integral dupla xydxdy, onde R é a região
R
limitada pelos gráficos das funções f (x) = x e g(x) = x3 .
π2
Z Z
1
(xsenx − yex )dxdy = ( − e) .
R e 8
(ii) Seja
Z 2 p
h(x) = |y − x2 |dy.
0
Logo, h 6= 0,
g(x + h) − g(x)
=
h
1 d
Z
[f (x + h, y) − f (x, y)]dy
h c
1 d
Z Z d
= hfx (t, y)dy = fx (t, y)dy.
h c c
(i) Determine D1 F e D2 F ;
Z g(x)
(ii) Se G(x) = f (t, x)dt, determine G0 (x).
a
Solução: (i) Seja h(t, y) uma primitiva da função f (t, y),
isto é,
D1 h(t, y) = f (t, y).
Logo,
Z x
F (x, y) = f (t, y)dt =
Z x a
(ii) Seja
Z g(x)
G(x) = f (t, y)dt.
a
Fixamos y consideremos as funções
O1 = {x ∈ A : f é descontı́nua}
e
O2 = {x ∈ A : g é descontı́nua}.
O = {x ∈ A : f g é descontı́nua}
5.4. SOLUÇÕES DO EXERCÍCIOS DO CAPÍTULO 4. 343
Agora, se
P = {R1 , R2 , . . . , Rn },
for um refinamento de Pε , estes subretângulos em P contém
pontos de A, e além disso,
n
X
vol(Ri ) < ε.
i=1
|S(f, P ) − s(f, P )| ≤ 2M ε.
Z
Logo, f é integral em A e f (x)dx = 0, pois |S(f, P )| ≤
A
M ε.
344CAPÍTULO 5. SOLUÇÕES DOS EXERCÍCIOS PROPOSTOS
X n
X
= vol(S) ≤ vol(Oi ) < ε.
S∈P i=1
S∪C=∅
0 ≤ S(χC , P ) < ε.
Assim,
Z
0 ≤ 0 ≤ s(χC , P ) ≤ χC dx ≤ S(χC , P ) < ε, ∀ε > 0.
A
346CAPÍTULO 5. SOLUÇÕES DOS EXERCÍCIOS PROPOSTOS
Portanto, Z
χC dx = 0.
R
O = {x ∈ A : f (x) 6= 0}
Então,
Z a Z a Z
−x2 −y 2 2 −y 2
2
E (a) = e dx e dy = e−x dxdy,
0 0 R
C1 = {(x, y) ∈ R2 : x ≥ 0, y ≥ 0 e x2 + y 2 ≤ a}
C2 = {(x, y) ∈ R2 : x ≥ 0, y ≥ 0 e x2 + y 2 ≤ 2a2 }.
2 2
Temos que C1 ⊂ R ⊂ C2 , e como e−x −y > 0, obtemos:
Z Z Z
−x2 −y 2 −x2 −y 2 2 2
e dxdy ≤ e dxdy ≤ e−x −y dxdy.
C1 R C2
(5.40)
Seja φ = (φ1 , φ2 ) onde
351
352 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS