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“Cân. 1249: Todos os fiéis, cada qual a seu modo, estão obrigados por lei divina a fazer penitência;
mas, para que todos estejam unidos mediante certa observância comum da penitência, são prescritos
dias penitenciais, em que os fiéis se dediquem de modo especial à oração, façam obras de piedade e
caridade, renunciem a si mesmos, cumprindo ainda mais fielmente as próprias obrigações e
observando principalmente o jejum e a abstinência, de acordo com os cânones seguintes.
Cân. 1250: Os dias e tempos penitenciais, em toda a Igreja, são todas as sextas- feiras do ano e o
tempo da quaresma.
No que se refere ao cânon 1251, a CNBB permite a substituição da abstinência de carne por uma obra
de caridade, um ato de piedade ou comutar a carne por um outro alimento, realidade prevista pelo
cânon 1253, que diz: “a Conferência dos Bispos pode determinar mais exatamente a observância do
jejum e da abstinência, como também substituí- la, totalmente ou em parte, por outras formas de
penitência, principalmente por obras de caridade e exercícios de piedade.”
Em relação a idade dos que são obrigados à abstinência e ao jejum, o Código de Direito Canônico diz
o seguinte no Cânon 1252: “estão obrigados à lei da abstinência aqueles que tiverem completado
catorze anos de idade; estão obrigados à lei do jejum todos os maiores de idade até os sessenta anos
começados. Todavia, os pastores de almas e os pais cuidem que sejam formados para o genuíno
sentido da penitência também os que não estão obrigados a lei do jejum e da abstinência, em razão da
pouca idade.”
Confira resposta no cânon 251: “observe-se a abstinência de carne ou de outro alimento, segundo as
prescrições da Conferência dos Bispos, em todas as sextas-feiras do ano, a não ser que coincidam
com algum dia enumerado entre as solenidades; observem-se a abstinência e o jejum na quarta-feira
de Cinzas e na sexta-feira da paixão e Morte de Nosso Senhor Jesus Cristo.”
Atente-se à prescrição da Conferência dos Bispos aqui do Brasil, que permite a substituição da
abstinência de carne por uma obra de caridade, um ato de piedade ou comutar a carne por um outro
alimento. Assim, vê-se que é obrigatória a abstinência nas sextas-feiras prescritas, mas não
necessariamente de carne, por conta do que é prescrito para o Brasil.
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Quais os frutos espirituais do jejum e da penitência?
Como fruto espiritual do jejum destaca-se a educação da vontade. O jejum exprime a vontade e
esforço de um converter-se para Deus. Ajuda a organizar exteriormente e interiormente o que está fora
de ajuste, por exemplo, o controle dos apetites. Outro fruto é o domínio sobre em relação a si mesmo.
As privações voluntárias tem em vista educar a vontade à submissão da vontade de Deus. Colocar-se
na vontade de Deus é o principal fruto na vivência do jejum e da abstinência.