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AS PRÁTICAS DO JEJUM CRISTÃO

PORQUE NÃO COMEMOS CARNE NA SEXTA-FEIRA SANTA

1.1. Tempos litúrgicos da Igreja Católica


Os tempos litúrgicos existem em toda a igreja católica. Há apenas algumas diferenças entre os
vários ritos, nomeadamente em relação a duração de cada um e a data e importância de
determinadas festividades. A descrição que segue corresponde ao rito romano.
Tempo de advento: possui dupla característica:
 É um tempo de preparação para as solenidades do natal.
 É por meio desta lembrança se voltam os corações para as expectativas da segunda vinda
de Jesus e no fim dos tempos. A cor litúrgica usada e roxa.
Tempo do natal: é a comemoração mais venerável da igreja. Natal é um tempo de fé, alegria e
acolhimento do filho de Deus que se fez homem. A cor usada é branca.
Tempo quaresmal: é um tempo forte de conversão e penitência, jejum, caridade e oração. É um
tempo de preparação para a páscoa do senhor. Nesse tempo não se diz aleluia, nem se canta
glória. A cor usada é roxa.
Tríduo pascal: começa na quinta-feira santa até no sábado santo de manha, e na noite desse dia
celebra-se a vigília pascal.
Tempo pascal: celebra-se a ressurreição de Cristo, se estende por 50 dias entre domingo de
páscoa até o de Pentecostes. Essa semana deve-se celebrar com alegria e exultação. A cor usada
e branca.
Tempo comum: compreende 33 semanas, na qual são celebradas na sua globalidade os mistérios
de jesus cristo. É um período de grandes acontecimentos, é um tempo de esperança. A cor
litúrgica usada é verde.

1.2. Anos litúrgicos


Ano A: a maioria dos textos evangélicos do evangelho de MATEUS.

Ano B: a maioria dos textos evangélicos do evangelho de MARCOS.

Ano C: a maioria dos textos evangélicos do evangelho da LUCAS.

Almirante Gilberto José


2. Jejum

O jejum é um tempo sagrado no qual os cristãos se privam de alimentos, ou outros prazeres, para
se concentrar em Deus.

Jejuar como um cristão significa humilhar-se perante Cristo. É uma forma de Glorificar a Deus,
nosso Senhor. O jejum religioso é aquele em que alguém deixa de comer por motivos
relacionados à fé. No Novo testamento, Jesus recomenda jejum para expulsar demónios. O jejum
é praticado há mais de 5 mil anos pela humanidade.

O jejum era uma prática comum entre os servos de Deus, pois tinham conhecimento de que era
uma forma de reabastecer-se, de renovar as forças para enfrentar as difíceis batalhas que tinham
pela frente em seus ministérios e até mesmo na vida diária. Não há regras fixas na Bíblia sobre
quando jejuar ou qual tipo de jejum praticar, isto é algo pessoal.

Jejuar é não comer e/ou não beber durante um certo período de tempo. Também pode ser
acompanhado por outros actos de renúncia, como abstinência de relações sexuais (1 Coríntios
7:5). O jejum aparece na Bíblia como uma coisa boa, ligada sempre à oração.

2.1. A duração de um jejum bíblico

A Bíblia não determina regras quanto a duração do jejum, cada um é livre para escolher quando,
como e quanto jejua. Há exemplos nas Escrituras de variadas durações, que não determinam,
necessariamente, a duração do nosso jejum, mas nos dá perspectivas sobre a possibilidade de
jejuns maiores.

a) 1 Dia – O jejum do Dia da Expiação.

b) 3 Dias – O jejum de Ester.

c) 7 Dias – Jejum pela morte de Saul.

d) 14 Dias – Jejum involuntário de Paulo e os que com ele estavam no navio.

e) 21 Dias – O jejum de Daniel em favor de Jerusalém.

f) 40 Dias – O jejum do Senhor Jesus no deserto.

Almirante Gilberto José


No Cristianismo, o jejum não é um fim em si mesmo. Entretanto, ele tem uma relativa
importância ao ajudar as pessoas a reconhecerem a primazia de Deus e a se restabelecerem
novamente no caminho, de maneira simbólica – longe do egoísmo e apontando para a caridade e
para Deus.

No direito canónico, o jejum aparece como uma forma de penitência – e é dito: “Todos os fiéis,
cada qual a seu modo, por lei divina têm obrigação de fazer penitência”. Para esse propósito,
“prescrevem-se os dias de penitência em que os fiéis de modo especial se dediquem à oração,
exercitem obras de piedade e de caridade, se abneguem a si mesmos, cumprindo mais fielmente
as próprias obrigações e sobretudo observando o jejum e a abstinência.

2.2. O que a Bíblia diz?

A perspectiva bíblica central é encontrada em Joel 2, 12: “voltai a mim de todo o vosso coração,
com jejuns, lágrimas e gemidos de luto”. A isso é dito em Isaías 58, 6: “Sabeis qual é o jejum
que eu aprecio? – Diz o Senhor Deus: é romper as cadeias injustas, desatar as cordas do jugo,
mandar embora livres os oprimidos, e quebrar toda espécie de jugo”. Como um ensinamento
sobre o jejum, Jesus diz: “Quando jejuardes, não tomeis um ar triste como os hipócritas, que
mostram um semblante abatido para manifestar aos homens que jejuam.” (Mt 6, 16). O objectivo
do jejum é conduzir para Deus e tornar as pessoas melhores em seu comportamento social.

O jejum afugenta os demónios

“Sede sóbrios e vigiai. Vosso adversário, o demónio, anda ao redor de vós como o leão que ruge,
buscando a quem devorar” (1 Pd 5, 8). Aqueles que jejuam sabem domar o “leão que ruge” em
qualquer forma que tomar! No Evangelho de Mateus há uma passagem misteriosa (Mt 17, 21),
na qual Jesus diz que um certo tipo de demónio só pode ser expulso através da oração e do jejum.
O jejum expulsa os maus pensamentos e dá mais beleza e brancura à alma

Na Bíblia o jejum não aparece como um mandamento, mas é assumido como prática normal do
cristão.

Almirante Gilberto José


2.3. Motivos de jejuar

Uns dos motivos principais são:

 Se sentir que é de Deus.

 Ficar mais próximo de Deus esta é a razão principal para jejuar, todas as outras são
secundárias (Zacarias 7:5).

 Para libertação e milagres: Jejuar e orar ajudam a vencer batalhas espirituais, porque
aprendemos a confiar e depender mais de Deus. Por exemplo, Ester, antes de falar com o
rei para resolver um problema que parecia impossível, convocou um jejum de três dias
(Ester 4:15-17).

2.4. O que fazer depois de jejuar


Jejuar é uma forma de adorar a Deus e de o escutar melhor. O importante é seguir a direcção de
Deus e aproveitar o tempo para orar. Você não deve jejuar só por se sentir pressionado ou para
parecer religioso. Deus não quer isso. O jejum deve ser uma coisa privada, só conte se for
preciso. Depois de estar de jejum fica assim, leia (Mateus 6:16-18).

2.5. Tipos de Jejuns

A Bíblia dá exemplos de três tipos de jejum:

Jejum normal: não comer nada, só beber água. Este é o tipo de jejum mais convencional. Parece
ser este tipo que Jesus fez no deserto por 40 dias (Mateus 4:1-2) diz que não comeu e que teve
fome, não que teve sede).

Jejum total: O jejum total é quando você não come nem bebe nada. Esse tipo de jejum foi
praticado por Ester antes de ela falar com o rei da Pérsia para salvar seu povo (Ester 4:15-16). O
jejum total deve ser praticado apenas por curtos períodos de tempo.

Jejum parcial: O jejum parcial é quando você elimina apenas alguns alimentos de sua dieta,
comendo de forma mais simples. Daniel fez esse tipo de jejum durante três semanas, antes de
receber uma visão sobre o futuro (Daniel 10:2-3). O jejum parcial pode durar algumas semanas
sem danos para a saúde.

Almirante Gilberto José


Jejum sobrenatural: Existem relatos bíblicos de jejuns que aconteceram de forma sobrenatural,
Moisés ficou 40 dias sem comer e nem beber: “E Moisés esteve ali com o senhor quarenta dias e
quarenta noites. Não comeu pão nem bebeu água. E escreveu nas tábuas as palavras da aliança,
as dez palavras.” Êxodo 34.28.

3. Por que não se pode comer carne na sexta-feira santa?

Durante o período de quaresma, os fiéis observam muitas práticas e tradições que são ligadas,
principalmente, ao catolicismo, e uma das mais conhecidas diz respeito à abstinência de carne
na Sexta-feira Santa.

Dentro da tradição da Igreja Católica, a Sexta-Feira Santa, também conhecida como Sexta-
Feira da Paixão, é um dia reservado para a prática da abstinência. Essa tradição milenar do
catolicismo opõe-se ao consumo de carne vermelha e de frango nesse dia.

A tradição de jejuar na Sexta-Feira Santa, provavelmente, teve sua origem na Idade Média. Isso
porque outra tradição do catolicismo surgiu nesse período: a de jejuar toda sexta-feira. No
século IX, durante o pontificado de Nicolau I, foi imposta a prática de abdicar de carne toda
sexta-feira a todos os cristãos maiores de sete anos.

Nos primeiros tempos dessa prática, era comum que as pessoas abstivessem-se nas quartas e nas
sextas e, além da carne, as pessoas não consumiam lacticínios e ovos também. A prática, no
entanto, perdeu força, e a Igreja defende actualmente a abstenção apenas na sexta.

O Código de Direito Canónico afirma que todas as sextas-feiras do ano devem ser reservadas
para a abstinência de carne ou outro alimento, mas o jejum pode ser substituído pela realização
de uma obra de caridade, por exemplo.

A abstenção de carne na Sexta-Feira Santa acontece em respeito ao derramamento do sangue de


Jesus Cristo durante o seu sacrifício. Além disso, muitos religiosos destacam que a realização do
jejum é uma prática daqueles que desejam ser afastados do pecado.

A Igreja Católica não recomenda o jejum de carne apenas na semana santa, na sexta-feira e no
sábado de aleluia. Ao contrário do que muitos pensam, ela recomenda a abstinência de carne em
todas as sextas-feiras do ano.

A abstinência de carne não é outra coisa a não ser uma forma de penitência. Ora, a penitência é
definida pelo Catecismo como uma reorientação radical da vida por inteiro, um regresso, uma
conversão a Deus de todo o coração, que comporta uma ruptura com o pecado, uma aversão ao
mal, com repugnância pelas más acções cometidas, e que implica, simultaneamente, o desejo e o
propósito de mudar de vida, com a esperança da misericórdia divina e a confiança na ajuda da
sua graça.

Almirante Gilberto José


Abstinência auxilia no processo de conversão

A Bíblia diz, em Efésios, que o jejum não deve ser usado como meio de se obter o favor de
Deus, pois a salvação é unicamente pela graça, mediante a fé em Jesus.

4. Os 5 Mandamentos da Igreja

Cristo deu poderes à Sua Igreja a fim de estabelecer normas para a salvação da humanidade. Ele
disse aos Apóstolos: "Quem vos ouve a mim ouve, quem vos rejeita a mim rejeita, e quem me
rejeita, rejeita Aquele que me enviou" (Lc 10,16). E prossegue: “Em verdade, tudo o que ligardes
sobre a terra, será ligado no céu, e tudo o que desligardes sobre a terra, será também desligado no
céu.” (Mt 18,18). O ritmo da igreja e sacrifício e oração.

Então, a Igreja legisla com o "poder de Cristo", e quem não a obedece, não obedece a Cristo, e
consequentemente a Deus Pai.

1 – Participar da missa inteira nos domingos e outras festas de guarda e abster-se de ocupações.

2 - Confessar-se ao menos uma vez por ano

3 - Receber o sacramento da Eucaristia ao menos pela Páscoa da ressurreição

4 - Jejuar e abster-se de carne, conforme manda a Santa Mãe Igreja. ( ao invés da carne pode sse
substituir com oração, caridade.

5 - Ajudar a Igreja em suas necessidades

Alguns se protestanizam, por causa de doutrina herética de Lutero sola fides ( somente a fé),
acham que não e necessário o sacrifício, e e errado que vamos se salvar sem fazer nada. O jejum
não e obrigatório, mas podemos.

Almirante Gilberto José

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