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Quero que você fundamente bem a importância do jejum biblicamente na nova aliança;
os benefícios; a forma correta de jejuarmos e o que a prática do jejum vai proporcionar na
nossa vida cristã; os riscos de não praticarmos o jejum;
Uma parte inicial de fundamentação bíblica é uma parte prática sobre os benefícios do jejum;
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Mas quando consideramos o ensino de Jesus sobre o jejum, não há como negar que o Mestre
esperava que jejuássemos: “Quando jejuardes, não vos mostreis contristados como os
hipócritas; porque desfiguram o rosto com o fim de parecer aos homens que jejuam. Em
verdade vos digo que eles já receberam a sua recompensa. Tu, porém, quando jejuardes,
unge a cabeça e lava o rosto, com o fim de não parecer aos homens que jejuas, e sim ao teu
Pai, em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará.” (Mt 6.16-18).
Mesmo que Jesus não esteja mandando jejuar, suas palavras revelam que ele espera que
jejuemos. Ele nos instruiu até na motivação correta ao jejuar. Quando disse que o Pai
recompensaria a atitude correta do jejum, nos mostrou que tal prática produz resultados!
Registros históricos dos pais da igreja também revelam que o jejum continuou sendo
observado como prática dos crentes muito tempo depois dos apóstolos.
O jejum, portanto, deve ser parte de nossas vidas e praticado de forma equilibrada, dentro do
ensino bíblico.
OS BENEFICIOS DO JEJUM
Ajuda a fortalecer o sistema imunológico.
Melhora a disposição e a agilidade mental.
Previne o envelhecimento precoce.
Estimula a queima de gordura corporal ajudando a promover o emagrecimento.
Creio que o propósito primário do jejum é mortificar a carne, o que nos fará mais suscetíveis
ao Espírito Santo. Quando jejuamos, não devemos crer NO JEJUM, e sim em Deus. A resposta
às orações flui melhor quando jejuamos. Por exemplo, a fé é do espírito e não da carne;
portanto, ao jejuar estamos removendo o entulho da carne e liberando nossa fé para se
expressar.
Quando Jesus disse aos discípulos que não puderam expulsar um demônio por falta de jejum
(Mt 17.21), ele não limitou o problema somente a isto, mas falou sobre a falta de fé (Mt
17.19,20) como um fator decisivo no fracasso daquela tentativa de libertação.
O jejum ajuda a liberar a fé! O que nos dá vitória sobre o inimigo é o que Cristo fez na cruz e a
autoridade de seu nome. O jejum libera a fé para o combate e nos fortalece, fazendo-nos mais
conscientes da autoridade que nos foi delegada.
b) Nos Evangelhos
Preparação para a Batalha Espiritual: Jesus mencionou que determinadas castas só sairão
por meio de oração e jejum, que trazem um maior revestimento de autoridade (Mt 17.21);
Estar com o Senhor: Ana não saía do templo, orando e jejuando frequentemente (Lc 2.37);
Preparar-se para o Ministério: Jesus só começou seu ministério depois de ter sido cheio
do Espírito Santo e se preparado em jejum (prolongado) no deserto (Lc 4.1,2);
c) Em Atos dos Apóstolos vemos a Igreja praticando o jejum em diversas situações, tais como:
Ministrar ao Senhor: Os líderes da igreja em Antioquia jejuando apenas para adorar ao
Senhor (At 13.2);
Enviar ministérios: Na hora de impor as mãos e enviar ministérios comissionados (At.13:3);
Estabelecer presbíteros: Além de impor as mãos com jejum sobre os enviados, o faziam
também sobre os que recebiam autoridade de governo na igreja local, o que revela que o
jejum era um princípio praticado nas ordenações de ministros (At 14.23).
b) Jejum NORMAL. É a abstinência de alimentos, mas com ingestão de água. Foi a forma que
nosso Senhor adotou ao jejuar no deserto. Cresci ouvindo sobre a necessidade de se jejuar
bebendo água; meu pai dizia que no relato do evangelho não há menção de Cristo ter ficado
sem beber ou ter tido sede (e ele estava num deserto!):
“Jesus, cheio do Espírito Santo, voltou do Jordão e foi guiado pelo mesmo Espírito, no
deserto, durante quarenta dias, sendo tentado pelo Diabo. Nada comeu naqueles dias, ao
fim dos quais teve fome.” (Mt 4.2).
d) Paulo, na sua conversão também usou esta forma de jejum, devido ao impacto da revelação
que recebera: “Esteve três dias sem ver, durante os quais nada comeu, nem bebeu.” (At 9.9).
Não há qualquer outra menção de um jejum total maior do que estes (a não ser o de Moisés e
Elias numa condição diferente). A medicina adverte contra um período de mais de três dias
sem água, como sendo nocivo. Devemos cuidar do corpo ao jejuar e não o prejudicá-lo;
lembre-se de que lutará contra sua carne (natureza e impulsos) e não contra o seu corpo.
A DURAÇÃO DO JEJUM
Quanto tempo deve durar um jejum? A Bíblia não determina regras deste gênero, portanto
cada um é livre para escolher quando, como e quanto jejua. Vemos vários exemplos de jejuns
de duração diferente nas Escrituras:
OBS: A Bíblia fala de Moisés (Ex 34.28) e Elias (1 Re 19.8) jejuando períodos de quarenta dias.
Porém vale ressaltar que estavam em condições especiais, sob o sobrenatural de Deus. Moisés
nem sequer bebeu água nestes 40 dias, o que humanamente é impossível. Mas ele foi
envolvido pela glória divina. Ele se deu com Elias, que caminhou 40 dias na força do alimento
que o anjo lhe trouxe. Isto é um jejum diferente que começou com um belo “depósito”, uma
comida celestial. Jesus, porém, fez um jejum normal com esta duração.
CONCLUINDO
O jejum afeta a integralidade do ser humano, ou seja, no aspecto espiritual, emocional e físico.
Em 1 Tessalonicenses 5.23, Paulo fala sobre a santificação completa do homem, mantendo a
integridade até a vinda do Senhor.
Nosso espírito foi regenerado por meio do novo nascimento, nos tornamos participantes da
natureza divina e como crianças recém-nascidas precisamos do puro leite espiritual, a fim de
crescermos para salvação (1 Pedro 2).
Nossa alma é restaurada por meio da palavra do Senhor, desprendendo do acúmulo de
maldade e hábitos pecaminosos, para que andemos na prática da palavra de Deus.
Nossa carne ainda carrega uma natureza pecaminosa, o novo nascimento se deu em nosso
espírito, uma luta do espírito contra a carne que é vencida através do fortalecimento do
espírito, que por intermédio do jejum se torna possível.
O jejum remove o entulho da carne, da alma e dos sentimentos, nos faz mais perceptíveis as
realidades espirituais. As palavras de Deus são espirituais (João 6.33), logo, devem ser
recebidas em nosso espírito e não só em nossa razão. Paulo afirma em 1 Coríntios 2.14 que a
pessoa natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura. O jejum
coopera com nosso entendimento espiritual, e com nossa sensibilidade espiritual.
Pastor Luciano Subirá ressalta que o jejum ao afligir a alma nos deixa mais sensíveis a
dimensão espiritual, tira tudo que é errado para que o Espírito de Deus possa fortalecer a
nossa fé.
Há muitos tipos de jejum. Defina um que seja mais apropriado para você:
• Jejum com uma refeição por dia - apenas o jantar ou o almoço;
• Jejum de Daniel – de todo tipo de carne, doces, refrigerantes, sucos com açúcar ou adoçante
e qualquer tipo de manjar;
• Jejum Parcial – abstenção de apenas algum tipo de comida, definida em um voto pessoal
diante de Deus. Geralmente, alguma comida especialmente importante para nós.
• Jejum de dieta líquida – apenas com sopas e sucos.
• Jejum completo – 24 horas apenas com água.
Sugerimos que seja feito por um período máximo de 3 dias e, depois, volta-se para um dos
tipos de jejum acima.
• Jejum das sete preferências – consiste em fazermos uma lista de sete preferências que
serão removidas durante a jornada. Jejue daquilo que no natural não consegue viver sem.
Você deve fazer a lista dessas sete preferências e se abster delas completamente durante o
período do jejum.
PREPARE-SE ESPIRITUALMENTE
Comece o jejum com arrependimento, confessando cada pecado que o Espírito mostrar, e
crendo no perdão do Senhor. Perdoe a qualquer um que o tenha ofendido e não jejue com o
coração amargurado. Se o seu pecado exige restituição ou concerto com alguém, faça-o antes
do começo do jejum. Busque o enchimento com Espírito Santo, e se você fala em línguas,
invista tempo orando em línguas. Reconheça a Jesus como Senhor e recuse-se a fazer a sua
própria vontade. Coloque uma expectativa no seu coração pelo mover de Deus, pois se não
houver uma expectativa em fé, o jejum perde o sentido. Creia no milagre, confesse a Palavra e
invista tempo louvando a Deus.
PREPARE-SE FISICAMENTE
Se possui alguma doença crônica, procure o seu médico. Mulheres grávidas não podem jejuar.
Nesse caso, recomendamos que se abstenham apenas de algumas coisas como: chocolates,
doces e certos tipos de carnes. Um jejum completo, somente com água, deve ser iniciado aos
poucos. Um jejum com uma refeição por dia não exige um preparo tão grande. Evite comidas
gordurosas e açucaradas. Antes de iniciar o jejum prepare-se comendo frutas e vegetais.
ENQUANTO ESTIVER JEJUANDO
Evite ingerir todo tipo de medicamento sem orientação médica, pois há remédios que não
podem ser ingeridos com o estômago vazio. Limite suas atividades físicas de acordo com
as suas possibilidades, faça somente exercícios moderados e dentro do possível, descanse
o máximo que puder. Durante este período, poderão acontecer alguns desconfortos físicos,
tais como: tonturas, dores rápidas de fome, mau hálito, dores de cabeça, fraqueza, sonolência,
cansaço e algumas vezes enjoos. Mas, não desista!
Estabeleça um tempo de oração. Você não precisa orar o dia todo, mas separe um bom tempo
para oração de acordo com suas possibilidades. Não tome café e nem chá preto, pois a cafeína
nos provoca dor de cabeça; não masque chicletes e nem chupe balinhas, mesmo que o hálito
esteja ruim, pois isso estimula o suco gástrico no estômago. Se tomar suco de laranja dilua em
50% de água. Tome bastante água, pelo menos dois litros por dia. Não faça jejum sem água.
SINTOMAS ESPIRITUAIS
Durante o jejum coisas ocultas do coração poderão aflorar, como: mau humor, lascívia,
sensualidade, impaciência, ansiedade e irritação. Haverá maior sensibilidade ao mundo
espiritual e ao Espírito Santo. Fique atento! Um nível diferente de fé será liberado, por
isso, exercite bastante a confissão da Palavra de Deus. Muitos irmãos têm visões, sonhos e
outras manifestações espirituais. Espere por elas! Esteja atento também às muitas resistências
espirituais, principalmente no início do jejum. É comum pressões, acusações, sentimentos de
condenação e de desânimo com o fim de nos resistir.