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AS OVELHAS NÃO MORREM

Cordeiro

O cordeiro era o animal que o povo sacrificava como oferta a Deus, para que seus pecados
fossem perdoados. Da mesma maneira, naquela noite, quando imolaram o cordeiro, foi uma
simbologia de que eles reconheciam seus pecados, se arrependiam e reconheciam a grandeza e o
senhorio de Deus.

Por que Jesus é chamado de Cordeiro?

Em toda missa, a gente reza “Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo...”. E,
provavelmente, você sabe que a oração se refere a Jesus.

Acontece que, enquanto Moisés ainda tentava convencer o Faraó a libertar o povo de Israel,
Deus prometeu enviar a última das 10 pragas do Egipto: o anjo exterminador, que levaria a morte
aos primogénitos.

Para que o povo de Deus não fosse atingido pelo anjo da morte, foi dada a seguinte
recomendação:

“No décimo dia deste mês, cada um tome um cordeiro por família (...). E o guardareis até o dia
quatorze deste mês; então, ao cair da tarde, toda a comunidade de Israel o imolará. Tomarão de
seu sangue e o passarão sobre os dois marcos e sobre a travessa da porta das casas onde o
comerem. (...) Nessa noite eu passarei pela terra do Egipto e matarei todos os primogénitos da
terra do Egipto, tanto das pessoas como dos animais, e executarei minha sentença contra todos os
deuses do Egipto: eu, Javé. O sangue vos servirá de sinal nas casas onde estiverdes. Eu verei o
sangue e passarei adiante, e não haverá para vós o flagelo mortal quando eu ferir a terra do
Egipto. Esse dia será para vós um memorial e o celebrareis como uma festa em honra de Javé, de
geração em geração, como instituição perpétua” (Ex 12, 3-14).

E assim aconteceu: quem obedeceu foi livrado da morte, e, logo em seguida, o Faraó libertou o
povo. Esse dia ficou conhecido como Páscoa e, desde então, é celebrado como o grande sinal da
libertação do povo de Deus.

Almirante Gilberto
Porque, se no Antigo Testamento o povo pegava um cordeiro de sua pertença e fazia o sacrifício
em favor de si mesmo, no Novo Testamento é o próprio Deus que faz o sacrifício do Seu
“Cordeiro”, Seu único Filho, em favor de toda a humanidade. Por isso, até hoje rezamos a Jesus
utilizando o termo “Cordeiro de Deus”. Quando Deus, de tanto amor pela humanidade (cf. Jo 3,
16), envia Jesus ao mundo, para morrer e nos salvar de nossos pecados, o processo é semelhante
ao que aconteceu lá no Antigo Testamento:

Porque chamamos de cordeiro

 Os cordeiros foram mortos como sacrifício a Deus;

 Jesus também morreu como um sacrifício;

 O sangue dos cordeiros foi o que Deus escolheu como sinal contra a morte;

 O sangue derramado de Jesus se tornou o sinal de sua Paixão;

 A morte dos cordeiros libertou o povo da praga lançada por conta do pecado do Faraó e
também libertou os israelitas de uma vez por todas da escravidão do Egipto.

 A morte de Jesus libertou toda a humanidade do pecado e livrou todo o mundo de uma
vez por todas da morte eterna.

Crucificação de Jesus Cristo

Por que Jesus teve que morrer numa cruz?

Uma das razões principais é: “Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por
nós; porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro” (Gálatas 3:13). Em
Deuteronómio 23, há uma determinação na Lei de Moisés que o maldito seria pendurado no
madeiro. Era uma espécie de exibição para todos da consequência da desobediência. Então,
como o Senhor Jesus veio com a missão (e parte dela era anular a maldição), Ele morreu por
meio da cruz. Portanto, toda a maldição da humanidade caiu sobre Ele. Foi como um imã, uma
esponja. Assim, os que crêem nele são livres da maldição. Em Deuteronómio 28, por exemplo,
há descrição de várias maldições.

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"Entre os romanos, havia três mortes semelhantes [para os condenados à pena capital]. O
indivíduo podia ser:

 Queimado, amarrado a um poste;

 O indivíduo podia ser colocado em uma arena para lutar contra animais selvagens até a
morte;

 O indivíduo podia ser crucificado, como ocorreu com Jesus".

"Por que essas mortes são parecidas? Porque não deixam memória sobre o corpo. Em todas, o
corpo não existe. Ou é queimado, ou é devorado pelas feras, ou é comido por aves de rapina e
animais selvagens".

A morte de Jesus na cruz no Calvário. Pela força do Espírito que estava com Ele desde o
nascimento, Jesus havia “sofrido na carne”, negando-se e não cedendo à inclinação para o
pecado que Ele tinha em Sua natureza como ser humano. Desta forma, o pecado em Sua carne
foi condenado e Ele “o matou”, “crucificando” as concupiscências e desejos. Então, embora Ele
tenha sido tentado, Ele nunca pecou. (Hebreus 2:18; Hebreus 4:16)

Quando Jesus morreu na cruz, Ele clamou: "Está consumado!" Naquele momento, todo o
fragmento do pecado que Ele herdara em Sua natureza humana havia sido crucificado, e Sua
obra na terra estava terminada. Quando Jesus morreu, o pesado véu do templo foi rasgado de alto
a baixo. A dívida havia sido paga; o caminho de volta ao Pai estava aberto.

As três cruzes no Calvário: o que elas significam?

Havia três cruzes no Calvário no dia em que Jesus Cristo foi crucificado.

“E, quando chegaram ao lugar chamado a Caveira, ali o crucificaram, e aos malfeitores, um à
direita e outro à esquerda.” Lucas 23:33.

Não foi por acaso que Jesus foi crucificado com dois ladrões. Isaías havia profetizado: “Por isso
lhe darei a parte de muitos, e com os poderosos repartirá ele o despojo; porquanto derramou a
sua alma na morte, e foi contado com os transgressores; mas ele levou sobre si o pecado de
muitos, e intercedeu pelos transgressores.” Isaías 53:12.

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O primeiro homem

“É um dos malfeitores que estavam pendurados blasfemavam dele, dizendo: Se tu és o Cristo,


salva-te a ti mesmo, e a nós.’” Lucas 23:39.

Esse ladrão representa o mundo que quer ser salvo sem reconhecer o julgamento: Se você é o
Messias, retire o julgamento; deixe-nos escapar e você com a gente. Mostre-nos o que você pode
fazer. Se você é cristão, deve agradar-me e satisfazer minhas exigências, se és o messias
comande pedras para se tornar pão.

No entanto, a missão de Cristo não era deixar o mundo escapar ao julgamento ou realizar sinais e
milagres na presença da besta e obter sua aprovação. Ele veio para crucificar o mundo e levá-lo à
morte, para que todos que morressem com Ele pudessem receber a vida.

O segundo homem

“Respondendo, porém, o outro, repreendia-o, dizendo: Tu nem ainda temes a Deus, estando na
mesma condenação? E nós, na verdade, com justiça, porque recebemos o que os nossos feitos
mereciam; mas este nenhum mal fez.’” Lucas 23:40-41.

O primeiro ladrão queria ser salvo sem julgamento. O segundo ladrão, no entanto, estava
disposto a sofrer pelos actos malignos que ele havia feito de acordo com a carne, para que
pudesse ser libertado deles na eternidade. Ele colocou sua carga de pecado sobre Ele que levou
os pecados do mundo inteiro, e ele recebeu a garantia de que ele estaria com Jesus no Paraíso.

O primeiro ladrão teve pecado nele e repousou sobre ele, e foi o mesmo com o segundo ladrão.
No entanto, este último foi libertado do seu fardo de pecado através do reconhecimento e
julgamento. Não havia mais condenação para ele. Ele foi purificado do que ele julgou em si
mesmo. No entanto, ele não se livrou de seu pecado interior. Ele representa as pessoas que são
limpas de seus pecados.

Mas, por que Dimas foi considerado “bom ladrão”?

1- Reconheceu o seu próprio pecado: “Para nós é justo, pois recebemos o castigo merecido por
nossas obras.” (Lc 23, 41a)

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2- Reconheceu que Jesus não merecia morrer: “mas este nenhum mal praticou.” (Lc 23, 41b)

3- Reconheceu Jesus como rei: “Jesus, lembra-te de mim quando vieres com teu Reino.” (Lc 23,
42)

Por conta dessas três atitudes, São Dimas foi o primeiro a entrar no céu e pode ser considerado o
primeiro santo, declarado pelo próprio Jesus, quando, ainda na cruz, afirmou: “Na verdade, te
digo: ainda hoje estarás comigo no paraíso.” (Lc 23, 43)

O terceiro homem

Este não era outro senão o próprio Jesus. O primeiro ladrão dirigiu sua zombaria a Ele, mas ele
não respondeu; o outro ladrão respondeu por ele. Hoje, também, Deus salvou ladrões que podem
responder a todas as perguntas do mundo sobre Jesus e refutar seus argumentos e desviar sua
zombaria. Jesus, no entanto, não responde a eles uma única palavra. Mas ele responde ao
segundo ladrão com juramento: “Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso.” Lucas
23:43.

Ressurreição

Por que Jesus dobrou o lenço que cobria a Sua Face no sepulcro?

O detalhe do lenço ou guardanapo dobrado é encontrado no relato da ressurreição de Jesus em


João 20 6-7, ‘e que o lenço, que estivera sobre a cabeça, não estava com os panos, mas enrolado
num lugar à parte’. Diferentes traduções respeitadas da Bíblia lidam com este verso de maneira
diferente.

Há rumores de que dobrar o guardanapo na mesa é um costume judeu que significa que a pessoa
que dobra o guardanapo pretende retornar. Até se conta a história de que no costume judaico
antigo, os nobres que tinha servos costumavam jogar o lenço na mesa de qualquer modo ao
terminarem as refeições. Mas se tivesse dobrado, isto significaria que ele iria voltar.

Pois se não estivesse dobrado, de fato e dono ainda está presente no local, mas se dobrado, é que
saiu e voltará.

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Traduções e significados à parte, se significa que Jesus terminou a obra ou que Ele um dia vai
voltar, o mais importante de tudo é que em outras partes da Bíblia, Ele afirma que voltará!

“E quando Eu for, e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que onde
eu estou estejais vós também” (Jo 14.3).

Se alguém tivesse roubado o corpo os lençóis iriam junto com o corpo ou pelo menos estariam
caídos ao chão, não em formato de múmia, se o tivessem despido dos lençóis. Chegou, pois,
Simão Pedro, que o seguia, e entrou no sepulcro, e viu no chão os lençóis e que o lenço que tinha
estado sobre a sua cabeça não estava com os lençóis, mas enrolado, num lugar à parte. Então,
entrou também o outro discípulo, que chegara primeiro ao sepulcro, e viu, e creu. João 20:6-8.

Por quê dobrado?

Para poder entender a significância do lenço dobrado, temos que entender um pouco a respeito
da tradição hebraica da época.

O lenço dobrado tem a ver com uma dinâmica diária entre o amo e o servo – e todo menino
judeu conhecia bem essa dinâmica. O servo, quando preparava a mesa de jantar para o amo,
procurava ter a certeza de fazê-lo exactamente da maneira desejada pelo seu senhor. Depois que
a mesa era preparada, o servo ficava esperando fora da visão do amo até que ele terminasse a
refeição.

O servo não se atreveria jamais a tocar na mesa antes que o amo tivesse acabado. Ao terminar, o
amo se levantaria, limparia os dedos, a boca e a barba, embolaria o lenço e o jogaria sobre a
mesa. O lenço embolado queria dizer: “Eu terminei“.

Agora, se o amo se levantasse e deixasse o lenço dobrado ao lado do prato, o servo não ousaria
tocar ainda na mesa, porque aquele lenço dobrado queria dizer: “Eu voltarei!”

Isso constituiu um belo lembrete a respeito da promessa de retorno de Jesus, que enche os
cristãos de gozosa expectativa.

Almirante Gilberto

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