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A Páscoa

OBJETIVOS

 Analisar o significado da Páscoa para os israelitas, egípcios e para os


cristãos.
 Saber quais eram os elementos principais da Páscoa.
 Conscientizar-se de que Cristo é a nossa Páscoa.

A PÁSCOA
A PÁSCOA SEU SIGNIFICADO

Para os Egípcios Significava o juízo divino sobre o


Egito.
Para os Israelitas A saída do Egito, a passagem para a
liberdade.
Para os Cristãos É a passagem da morte em nossos
pecados, para a vida em Cristo
Jesus.

INTRODUÇÃO
A Páscoa foi instituída pelo Senhor para que os israelitas celebrassem a
noite em que Deus poupou da morte todos os primogênitos hebreus. É
uma festa repleta de significados tanto para os judeus quanto para os
cristãos. Os judeus deveriam comemorar a Páscoa no mês de Abib
(corresponde à parte de março e parte de abril em nosso calendário),
cujo significado são as “espigas verdes”. Hoje estudaremos a respeito
desta festa sagrada e o seu significado para nós, cristãos.
A celebração da primeira Páscoa

Deus desejava que o os israelitas se recordassem do dia triunfal em que


no Egito seus filhos primogênitos foram libertos da morte (Êx 12.1-30).
O Senhor também almejava que as novas gerações conhecessem a sua
história e os Seus feitos a fim de que temessem o Seu nome. Então, o
Senhor ordenou que o povo comemorasse a Páscoa. A Páscoa era um
memorial ao Todo-Poderoso, por isso deveria ser celebrada todos os
anos.

Cada família teria que ter o seu cordeiro sem mácula. Se a família fosse
pequena poderia se unir a outra, pois neste dia nada poderia faltar ou
sobrar.

Um animal inocente deveria ser morto e seu sangue aspergido sobre as


ombreiras e nas vergas das portas: “E tomarão do sangue e pô-lo-ão em
ambas as ombreiras e na verga da porta [...]” (Êx 12.7). O cordeiro sem
mácula e inocente apontava para Jesus, o Cordeiro de Deus que tira o
pecado do mundo (Jo 1.29).

I. A PÁSCOA

1. Para os egípcios. Para os egípcios a Páscoa significou o juízo


divino final sobre o Egito, Faraó e todos os deuses cultuados ali. O
Senhor havia enviado várias pragas e concedido tempo suficiente
para que Faraó se rendesse, deixando o povo partir. Deus é
misericordioso, longânimo e deseja que todos se salvem (2Pe 3.9b).
Porém, Ele é também um juiz justo que se ira contra o pecado: “Deus
é um juiz justo, um Deus que se ira todos os dias” (Sl 7.11). O pecado,
a idolatria e as injustiças sociais suscitam a ira do Pai. O povo hebreu
estava sendo massacrado pelos egípcios e o Senhor queria libertá-lo.
Restava uma última praga. Então o Senhor falou a Moisés: “À meia-
noite eu sairei pelo meio do Egito; e todo primogênito na terra do
Egito morrerá” (Êx 11.4,5). Foi uma noite pavorosa para os egípcios e
inesquecível para os israelitas.

2. Para Israel. Era a saída, a passagem para a liberdade, para


uma vida vitoriosa e abundante. O Egito, a escravidão e Faraó
ficariam para trás. Os israelitas teriam sua própria terra e não
seriam escravos de ninguém. Êxodo 12 não diz respeito somente ao
momento da Páscoa, ao porquê da Páscoa e como ela deve ser
observada, mas também quem deve participar (Êx 12.43-49). A
Páscoa não era algo indiscriminadamente aberto para todos. Quem
podia participar? A congregação de Israel (v.47); os escravos (v.44),
quando circuncidados, por terem os mesmos privilégios dos
hebreus; os estrangeiros (v.48), gentios que tivessem abraçado a fé
em Jeová. Quem não podia participar? O forasteiro (v.43), pagão e
incrédulo; o viajante (v.45) que, hóspede ou de passagem, ficava
algum tempo no território de Israel; o servo assalariado (v.45), que
pertencia a uma outra nação mas trabalhava em Israel. Essas
distinções eram necessárias por causa da ‘mistura de gente’ (12.38)
que deixou o Egito. Foi por isso que as instruções acerca da
elegibilidade para participar da Páscoa (12.43-49) foram passadas
logo após essa ‘mistura de gente’ deixar o Egito (12.37-39)
3. Para nós. Como pecadores também estávamos destinados a
experimentar a ira de Deus, mas Cristo, o nosso Cordeiro Pascal,
morreu em nosso lugar e com o seu sangue nos redimiu dos nossos
pecados (1Co 5.7). Para nós, cristãos, a Páscoa é a passagem da
morte dos nossos pecados para a vida de santidade em Cristo. No
Egito um cordeiro foi imolado para cada família. Na cruz morreu o
Filho de Deus pelo mundo inteiro (Jo 3.16).

II. OS ELEMENTOS DA PÁSCOA

1. O pão. Deveria ser assado sem fermento, pois não havia


tempo para que o pão pudesse crescer (Êx 12.8,11,34-36). A saída do
Egito deveria ser rápida. A falta de fermento também representa a
purificação, a libertação do fermento do mundo. Em o Novo
Testamento vemos que Jesus utilizou o fermento para ilustrar o falso
ensino dos fariseus (Mt 16.6, 11,12; Lc 12.1; Mc 8.15). O pão também
simboliza vida. Jesus se identificou aos seus discípulos como “o pão
da vida” (Jo 6.35). Toda vez que o pão é partido na celebração da
Ceia do Senhor, traz à nossa memória o sacrifício vicário de Cristo,
através do qual Ele entregou a sua vida em resgate da humanidade
caída e escravizada pelo Diabo.
2. As ervas amargas (Êx 12.8). Simbolizavam toda a
amargura e aflição enfrentadas no cativeiro. Foram 430 anos de
opressão, dor, angústia, quando os hebreus eram cativos do Egito.
3. O cordeiro (Êx 12.3-7). Um cordeiro sem defeito deveria
ser morto e o sangue derramado nos umbrais das portas das casas. O
sangue era uma proteção e um símbolo da obediência. A
desobediência seria paga com a morte. O cordeiro da Páscoa judaica
era uma representação do “Cordeiro de Deus que tira o pecado do
mundo” (Jo 1.29). O sangue de Cristo foi vertido na cruz para
redimir todos os filhos de Adão (1Pe 1.18,19). Aquele sangue que foi
derramado no Egito, e aspergido nos umbrais das portas, aponta
para o sangue de Cristo que foi oferecido por Ele como sacrifício
expiatório para nos redimir dos nossos pecados.

III. CRISTO, NOSSA PÁSCOA

1. Jesus, o Pão da Vida (Jo 6.35,48,51). Comemos pão para


saciar a nossa fome, porém, a fome da salvação da nossa alma
somente pode ser saciada por Jesus. Certa vez, Ele afirmou: “Eu sou
o pão da vida; aquele que vem a mim não terá fome” (Jo 6.35).
Apenas Ele pode saciar a necessidade espiritual da humanidade.
Nada pode substituí-lo. Necessitamos deste pão divino diariamente.
Sem Ele não é possível a nossa reconciliação com Deus (2Co 5.19).
2. O sangue de Cristo (1Co 5.7; Rm 5.8,9). No Egito, o
sangue do cordeiro morto só protegeu os hebreus, mas o sangue de
Jesus derramado na cruz proveu a salvação não apenas dos judeus,
mas também dos gentios. O cordeiro pascal substituía o
primogênito. O sacrifício de Cristo substituiu a humanidade
desviada de Deus (Rm 3.12,23). Fomos redimidos por seu sangue e
salvos da morte eterna pela graça de Deus em seu Cordeiro Pascal,
Jesus Cristo.
3. A Santa Ceia. A Ceia do Senhor não é um mero símbolo; é
um memorial da morte redentora de Cristo por nós e um alerta
quanto à sua vinda: “Em memória de mim” (1Co 11.24,25). É um
memorial da morte do Cordeiro de Deus em nosso lugar. O crente
deve se assentar à mesa do Senhor com reverência, discernimento,
temor de Deus e humildade, pois está diante do sublime memorial
da paixão e morte do Senhor Jesus Cristo em nosso favor. Caso
contrário, se tornará réu diante de Deus (1Co 11.27-32).

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