Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
v. 2: Ocorre uma mudança retórica: quem discursa se dirige agora a um “tu”. Somente
no v. 6 fica claro que este “tu” é o Senhor. Com isso, a descrição do sofrimento se
transforma em canto de agradecimento.
A “multiplicação do povo” se torna motivo de agradecimento. É a realização da
promessa feita a Abraão (Gn 12,2; 18,18; 22,17; 26,4; 35,11; 47,27), a qual acompanha
toda a história da relação entre Deus e o povo dele (Ex 1,7) e a restauração de Israel
(Is 26,15; 51,2; 54,1; 1Rs 4,20).
Quando a escuridão cede à luz, o Senhor reúne seu povo numeroso, sendo que este o
festeja (Is 25,9; 29,19; 30,29; 35,10; 51,3; 55,12; 66,5). Existe uma conexão entre a
“alegria” e as expressões de alegria no culto (Lv 23,40; Nm 10,10; Dt 12,7).
São apresentadas duas comparações: há uma alegria como no tempo da colheita (Is
16,9-10; Sl 4,8; 65,14) ou no momento de distribuir despojos de uma guerra (Sl
119,162; Pr 16,19). Israel celebra suas festas de colheita e o Senhor como quem
oferece a terra e a fertilidade dela (Ex 23,16; Dt 16,16-17). Quando se distribuíam
despojos, uma parte pertencia a Deus, o qual tinha oferecido a vitória (Nm 31,25-54;
Dt 20,13-14; Jz 5,30).
O verbo “jubilar” indica a libertação por Deus e, portanto, a desmilitarização (Is 25,9;
29,19; 35,1-2; 41,16; 49,13; 61,10; 65,18; 66,10).
v. 3-4: Conforme o que é dito nos v. 1-2, imagina-se que o inimigo já foi vencido. Nesse
sentido, descreve-se agora a destruição dos utensílios pertencentes ao inimigo, o qual
é descrito como “capataz” (Ex 3,7; 5,6; Is 3,12; 14,2.4; 58,3; 60,17):
2
O “jugo” (cf. Gn 27,40; Dt 28,48; Is 10,27; 47,6);
O “peso” (cf. Is 10,27; 14,25; Sl 81,7);
O “cajado”;
O “bastão”.
Os últimos dois são instrumentos para executar atos violentos, mas também símbolos
de autoridade e poder (Is 10,5.15.24; 14,5). Contudo, ao “destrocá-los” (Is 8,9), o
Senhor coloca um fim a esse tipo de poder.
Assim se repete “o dia de Madiã”, e, que Gideão, com uma tropa pequena, venceu o
inimigo que estava invadindo a Transjordânia (Jz 7–8). Também agora, segundo as
palavras de Isaías, um inimigo aparentemente poderoso é vencido pela intervenção do
Senhor, que também não precisa de um exército numeroso (Is 10,26; Hab 3,7; Sl
83,10).
No mais, de forma simbólica, é descrita a destruição do uniforme do soldado inimigo: a
“bota” e o “manto”.
Os títulos não indicam nomes de pessoas, mas funções. Quer dizer, indica-se a
identidade de quem os carrega, mostrando-se o que Deus se propõe a realizar naquele
que irá governar. Os primeiros três dos nomes funcionais descrevem a atuação do
SENHOR no governo do novo soberano. O quarto título se refere à função que o novo
rei humanamente deve exercer.
Eis os prováveis significados dos quatro títulos: