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UM ESTUDO SOBRE A ORIGEM DA PÁSCOA

CRONOLOGIA BÍBLICA – A Páscoa do Antigo ao Novo Testamento

Luan Araújo ¹

RESUMO

Semelhante aos livros que compõe as escrituras sagradas, a Páscoa é compreendida


em diferentes situações. Para que possamos compreendê-la é necessária à observação e
análise desde o principio do Cristianismo, noutras palavras, a comemoração da Páscoa advém
desde as práticas judaicas mais antigas desde os tempos de Moisés. A cronologia Pascoal é
classificada em cinco etapas, sendo elas: O sacrifício do Cordeiro, A ceia Familiar, O ritual
de passagem – a saída do Egito, Morte de Cristo, e por fim a Ressureição de Cristo já no
Novo Testamento. O intuito desse trabalho vai além do aprendizado individual por meio de
análises e pesquisas, mas, de realizar reflexões no ceio da comunidade cristã juntamente com
o ato de ensinar sobre a verdadeira Páscoa. A importância de uma feira Bíblica sobre o
significado da Páscoa se estabelece no ato de trazer a memória ao mundo a real significação
do rito pascoal, pois a influencia do secularismo tem inserido por meio dos sistemas de
comunicação e mídia que a páscoa é sobre chocolates e coelhos, sendo assim, esse trabalho
apresenta e realiza-se no quesito de relembrar a sociedade cristã que a Páscoa se trata de
libertação, noutras palavras, se trata de Jesus Cristo.

PALAVRAS CHAVE: Páscoa; Jesus Cristo, Libertação.


INTRODUÇÃO

A palavra "páscoa" e sua verdadeira significação

O nome que a Bíblia usa para denominar "páscoa" é pesah.

Com o uso da palavra “pesah” o texto bíblico pode significar duas coisas:

1. O ritual de passagem (Ex 12.11,27,43,48);

2. A vítima do sacrifício, isto é, o cordeiro pascal (Ex 12.21; Dt 16.2,5-6).

Compreende-se que a nomenclatura das festas ou rituais antigos praticados pelos


povos de Israel sempre continham uma explicação básica sobre sua existência. Em relação à
palavra pesah esse fato se afirma. Na Bíblia, o nome de uma pessoa ou instituição é sempre
um dado importante para se conhecer o que eles são e o que representam. O nome não é um
simples rótulo.

O substantivo pesah/páscoa vem da raiz verbal psh (Ex


12.13,23,27;)

O verbo pesah que significa passar por cima ou saltar por cima é o significado que
prevalece nos usos deste termo pelos escritores da Bíblia. Essa representatividade da palavra
realiza direta analogia com o acontecimento no Egito. Pesah ou Passar por cima das tendas
foi o que o anjo da morte realizou numa das ultimas pragas enviadas por Deus para castigar o
rei Faraó causando a morte de inúmeros primogênitos que não estivessem sobre a proteção
espiritual.
Compreendendo o significado da palavra Páscoa é possível entender numa visão
simplista e dinâmica a importância que o rito pascal tem no ceio do Cristianismo ao longo do
tempo. Entende-se que além da compreensão sobre o ritual de passagem, o substantivo
Páscoa se estabelece numa intrínseca relação com o ato de sacrificar, noutras palavras, no
sacrifício dum cordeiro primogênito.

1. O sacrifício do Cordeiro

Muitos historiadores afirmam e compreendem que esses sacrifícios eram realizados


vários séculos antes de Moisés. Foi assim que o professor Luiz Roberto Alves explicou sobre
o ritual de sacrifícios dos antigos pastores pré-mosaicos:

O ritual da celebração pascal incluía as seguintes etapas: Retirava-se o


sangue do animal, ungia a entrada das cabanas com o sangue do animal,
assava a carne do animal, com a carne assada, fazia um grande banquete
para a família reunida, o banquete oferecido incluía a presença de pães
ázimos ou asmos, ervas amargas nascidas no deserto. (Expositor Cristão, 2a.
Quinzena, 1984,p. 12).
O objetivo dessa cerimônia, assim como aconteceu na época da fuga do Egito, era
pedir proteção divina, para a família e rebanho contra o exterminador ou saqueador, (Ex
12.13, 23). Provavelmente, esse ritual foi celebrado por Abraão, Isaac e Jacó.

2. A ceia Familiar

A forma como ritual pascoal foi elaborado é considerado perfeito. Primeiro, o texto
mostra Moisés convocando os anciãos do povo, a mando de Deus para preparar a festa da
Páscoa, conforme vemos em Êxodo 12:

21 Chamou, pois, Moisés todos


os anciãos de Israel, e disse-lhes:
Escolhei e tomai vós cordeiros
para vossas famílias, e sacrificai
a páscoa.

Moisés instrui, com detalhes, os anciãos para preparar os elementos que comporiam o
ritual, ele fornece às razões para aquele ritual, bem como o uso do sangue do Cordeiro e as
ervas amargosas, como também os pães asmos, o motivo da festa é afugentar o medo do
vento exterminador que ameaça as casas do povo hebreu (v. 23).

23 Porque o SENHOR passará para


ferir os egípcios, porém quando
vir o sangue na verga da porta, e
em ambas as ombreiras, o SENHOR
passará aquela porta, e não deixará
o destruidor entrar em vossas casas para vos ferir.

Percebe-se que a ordem para celebrar a Páscoa tem uma dimensão profética. A Páscoa
vai além da contagem do tempo humano, cronológico. A celebração não encerra um simples
agradecimento, pela libertação da escravidão e a concessão da terra para morar, criar a
família e plantar para obter o alimento. A celebração possui a dimensão profética da contínua
presença salvadora de Deus junto ao seu povo.
Jesus captou essa amplitude da celebração quando disse: "Fazei isso em memória de
mim... até que Ele venha" (1Co 11.24). É nesse entendimento que afirma-se “a Páscoa, em
todos os quesitos se trata de Jesus Cristo”.

3. A fuga do Egito – Libertação

A história da salvação do Egito não é ensinada, nas casas e nos cultos como uma
doutrina, mas como um fato histórico, isto é, um milagre de Deus ocorrido na história do
povo Judaico.
No entanto, no contexto do Cristianismo esse entendimento toma uma nova vertente,
e a Páscoa deixa de ser apenas a libertação da escravidão física e material do corpo, mas, de
uma libertação espiritual, noutras palavras o ato de Cristo na Cruz possui semelhanças com o
ato de Moisés no deserto ao abrir o Mar Vermelho, através do profeta Moisés o povo hebreu
seguia rumo à libertação. De modo semelhante, Jesus Cristo, nosso Senhor também abriu o
mar espiritual que fazia separação entre o homem e Deus quando ele bradou: “ESTÁ
CONSUMADO” naquela rude cruz.
A fé em Cristo Jesus através da celebração da Páscoa tornou-se uma força
transformadora do medo à coragem, da magia a atos concretos da atuação de Deus, e da
escravidão à liberdade. O sacrifício de um cordeiro deixa de ser um simples sacrifício de
sangue para se tornar uma memória dos atos salvíficos de Cristo Jesus. Por isso, a celebração
da Páscoa passa a ser prescrita como "uma Páscoa para Jesus Cristo".

4. Morte de Cristo – Sacrifício do Cordeiro

5. Ressureição de Cristo – Libertação do Pecado

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