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Páscoa Cristã

• I- DEFINIÇÃO

Páscoa (PESSACH) vem de um

verbo que significa “passagem” ou

“passar por cima”, no sentido de

“poupar” .
• Êxodo, segundo livro da Bíblia escrito por
Moisés, conta a história da libertação do povo
de Israel do cativeiro egípcio, que por 400 anos
viveu debaixo da opressão de Faraó. Deus ouve
o clamor de seu povo, e providencia um
redentor;
• Seu nome? Moisés, aquele que foi retirado das
águas. Como profeta, Moisés foi enviado até
Faraó, para dizer em nome do Senhor, que este
libertasse o povo de Deus da escravidão e o
deixasse ir livremente para o deserto.
O duro coração de Faraó não atendeu a
ordem de Deus.
• O Egito, então, experimentou o juízo divino por
meio de dez pragas (Êx 7.14–12.36) :
• (1) as águas tornaram-se sangue, (2) rãs,
• (3) piolhos, (4) moscas, (5) peste contra os
animais,
• (6) úlceras, (7) chuva de pedras,
• (8) gafanhotos, (9) trevas, (10) morte dos
primogênitos – sendo Israel preservado em
todas estas coisas.
• Entre o anúncio e a execução da décima
praga, o Senhor institui um memorial, um
estatuto perpétuo, denominado a “Páscoa do
Senhor” (Êx 12.11).

• A palavra “Páscoa quer dizer


simplesmente “passagem”.
• O sentido da palavra “páscoa”, entretanto,
ganha força nas palavras daquele que institui e
determina o que deveria ser feito pelo povo
pactual e o que haveria de acontecer:
OS ISRAELISTAS
“Porque, naquela noite, passarei pela
terra do Egito e ferirei todos os
primogênitos, desde os homens até aos
animais; executarei juízo sobre todos os
deuses do Egito. Eu sou o SENHOR.
O sangue vos será por sinal
nas casas em que estiverdes; quando eu
vir o sangue, passarei por vós, e não
haverá entre vós praga destruidora,
quando eu ferir a terra do Egito”.
(Êx 12.12, 13).
• Moisés então transmite o mandamento do
Senhor ao povo e este faz tudo àquilo que lhe
foi ordenado. Um cordeiro sem defeito
deveria ser morto; seu sangue aspergido nas
ombreiras e vergas das portas; sua carne
assada no fogo comida com pães asmos e
ervas amargas (Êx 12.7-10).
• O sangue inocente derramado seria o
“SACRIFÍCIO DA PÁSCOA AO SENHOR”
(Êx 12.26, 27). Deus feriria os egípcios, mas
preservaria a Israel por meio de um sacrifício.
• II- PÁSCOA NO ANTIGO TESTAMENTO:
É uma cerimônia que possui história, baseando-
se em um fato: quando Israel estava escravizado
no Egito, Deus o chamou, tomando medidas
sobrenaturais para livrar o Seu povo.
O relato registrado no livro bíblico de Êxodo
(capítulo 12) faz parte de uma história de amor,
a saber, das manifestações divinas para que o
povo pudesse sair do Egito. A primeira celebração
revestiu-se de características nitidamente
dramáticas, inclusive a disposição dos
participantes: de pé, prontos para partir em
viagem (Êx 12: 11).
• Para os israelitas, daí em diante, aquela
cerimônia haveria de lembrar-lhes que
Deus os libertara da escravidão.
• Por esta razão, nas celebrações
posteriores, quando os filhos
perguntassem aos pais:
“QUE RITO É ESSE?”, a resposta deveria
fazer referência à libertação realizada por
Deus (Ex 13: 14 – 16).
• As festas celebradas não possuíam
apenas um sentido histórico, mas
também apontavam para o futuro.
• Daí a ocorrência de sentidos figurados
ou simbólicos nos elementos
utilizados.
• O cordeiro, puro e integro (Êx 12: 5 – 6),
que era sacrificado por ocasião da Páscoa,
apontava para o Cordeiro de Deus, que
futuramente viria.
• III- PÁSCOA NO NOVO TESTAMENTO:
Partindo do princípio de que os ritos relacionados
à oferta pelo pecado, os ritos do grande dia da
expiação, e os ritos da Páscoa eram ricos em
significação típica.
• Não podemos perder de vista o fato de que,
como a Páscoa em Israel comemora a
libertação da escravidão no Egito, e essa
comemoração se fazia através de uma ceia na
qual era imolado um cordeiro e consumido pela
família, assim também a morte do cordeiro era
tipo ou prefiguração da morte de Cristo, através
do qual o homem seria liberto de seus pecados.
• Logo, a Páscoa na Igreja Cristã deixa de ser a
comemoração da libertação do povo de Israel
da escravidão do Egito, para se tornar à
maravilhosa comemoração da
vitória de Cristo sobre o pecado e a
morte, e a consequente libertação do
homem das garras do pecado.

• Deixa-se de comemorar o tipo, a prefiguração;


passa-se a comemorar a realidade sublime do
eterno propósito de Deus em Cristo.
• Se por um lado a Páscoa comemora
a libertação do povo de Israel da
escravidão no Egito, e era uma
comemoração perpétua, por outro
lado a Ceia do Senhor é uma
comemoração da grande libertação
que Cristo proporciona ao pecador,
e deve ser comemorada até que Ele
volte – um memorial.
• É significativo o fato de que Jesus
tenha escolhido justamente a época
da festa da Páscoa, o momento em
que Ele mesmo e seus discípulos
comemoravam a grande festa judaica,
para instituir a extraordinária
celebração cristã da Ceia do Senhor
(Mt 26: 17 e 26 – 30). Como também,
para o Seu sacrifício (João 18: 39 –
40; 19: 14).
• O Novo Testamento demonstra que a ressurreição de
Jesus não é apenas um fato histórico, mas vai além,
demonstrando um julgamento de Deus, atingindo a
todos os homens.
• O que Deus fez, ressuscitando a Jesus, Ele o fez por
nós, para nossa salvação, como expressa o apóstolo
Paulo em Romanos 4: 25.
• Assim, a ressurreição de Jesus expressa a vontade
particular de Deus, aniquilando o homem pecador, e
miraculosamente trazendo-o novamente à vida.
• DESSE MODO, ATRAVÉS DA SUA RESSURREIÇÃO,
CRISTO NOS DEVOLVEU A VIDA. Em Cristo, o homem
se torna participante de sua morte e é reconciliado
com Deus.
• O apóstolo Paulo disse aos Efésios que “Ele vos
deu vida, estando nós mortos em nossos
delitos e pecados” (Efésios 2: 1); e foi na Páscoa
que o Cordeiro de Deus, Jesus, morreu e
ressuscitou por nós.
• Portanto podemos comemorar A PÁSCOA
COMO SINÔNIMO DE RESSURREIÇÃO, no
sentido de que, em Cristo, morremos para os
pecados e ressuscitamos para uma nova vida (1
Coríntios 15: 13 – 14; Colossenses 3: 1;
1Tessalonicenses 4: 16 – 18).
• A fé cristã não vê nessa semana o
epílogo de uma vida fracassada, mas
a vitória de Jesus Cristo.
• Não se trata de lembrar apenas as
sombras que sobrevieram na
sexta-feira, mas, também, as luzes
que brilharam no primeiro dia da
semana – Domingo:
RESSURREIÇÃO!
IV- ASPECTOS FOLCLÓRICOS
• Há uma lenda alemã, referente a uma mulher
pobre que coloriu alguns ovos e os escondeu em
um ninho para dá-los a seus filhos, como
presente de Páscoa. Quando foi buscá-los, um
coelho passou correndo por perto e a mulher
valeu-se do ocorrido, para ativar a fantasia dos
filhos, afirmando que o coelho é que trouxera os
ovos…
• Teria sido esse o começo da ligação entre a
celebração da Páscoa e o costume de dar ovos
pascais e de associá-los a coelhos? Tanto o ovo é
associado à vida, quanto o coelho à fertilidade. E
CONCLUSÃO
• O ser humano é vagaroso em conservar a
memória do essencial nas comemorações,
deixando-se levar pelo acidental.
• Infelizmente, para muitos, O CHOCOLATE E O
COELHO SÃO MAIS IMPORTANTES DO QUE A
RESSURREIÇÃO DE JESUS CRISTO.
• QUANDO VOSSOS FILHOS VOS PERGUNTAREM
Cordeiro ou coelho? Sangue ou ovos de chocolate?
Sacrifício ou diversão? Nós precisamos enfatizar
aquilo que todo o crente já sabe. Páscoa não tem
nada a ver com coelhos ou ovos de chocolate.
Contudo, é importante que reafirmemos
biblicamente algumas coisas para os nossos filhos:
• (1) A história de Moisés e do povo de Deus no
passado aponta para o Redentor dos eleitos de
Deus e sua Igreja hoje.
Ele nos libertou das trevas e nos transportou para o
reino do Filho de seu amor, no qual temos a
redenção e a remissão dos nossos pecados (Cl 1.13,
14).
• (2) Cristo, nosso libertador, instituiu na noite em
que foi traído uma nova Páscoa, a Santa Ceia do
Senhor, substituindo o velho pelo novo (Mt
26.26-30).
O juízo divino cairia sobre Ele; seu sangue seria
derramado para salvar o seu povo de seus próprios
pecados (Mt 1.21).
• (3) Na celebração da Santa Ceia anunciamos
a morte do Senhor, mas também o seu
retorno, uma vez que ele triunfantemente
ressuscitou (1Co 11.26).

Porque ele vive, nós temos uma


viva e real esperança
escatológica.
• Precisamos falar para as gerações futuras o que
nosso Senhor Jesus fez por nós: “Queridos filhos,
vocês não precisam sacrificar mais cordeiros,
porque o Cordeiro de Deus sacrificou a vida por
vocês! Vocês precisam crer em Jesus, na sua morte
e ressurreição para serem salvos. Esse é o
verdadeiro sentido da Páscoa!”.

• Portanto, “lançai fora o velho fermento, para que


sejais nova massa, como sois, de fato, sem fermento.
Pois Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi imolado…
celebremos a festa não com o velho fermento, nem
com o fermento da maldade e da malícia, e sim com
os asmos da sinceridade e da verdade” (1Co 5.7, 8).
APLICAÇÕES
• Queremos falar da verdadeira Páscoa !!!
1. Que possamos repetir e espalhar que – na
sexta-feira – Jesus é o Cordeiro de Deus que
tira o pecado do mundo (Jo 1.29); e – NO
DOMINGO – ELE É O LEÃO DA TRIBO DE JUDÁ
(Ap 5.5). E, mais:
2. Para relembrar que “cada um de nós se
desviava pelo caminho, mas o Senhor fez cair
sobre ele a iniquidade de nós todos”.
(Is 53.6).
3. Para relembrar que Deus prova o seu próprio
amor para conosco pelo fato de ter Cristo
morrido por nós, sendo nós ainda pecadores”
(Rm. 5.8).
4. Para celebrar o fato de que podemos nos
aproximar “confiadamente, junto ao trono da
graça, a fim de recebermos misericórdia e
acharmos graça para socorro em ocasião
oportuna” (Hb. 4:15, 16).
5. Para relembrar que “Cristo vive em mim; e esse
viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no
Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se
6. Para celebrar que aquele que não poupou o
seu próprio Filho, antes, por todos nós o
entregou, porventura, não nos dará
graciosamente com ele todas as coisas?” (Rm.
8:32).
7. Para relembrar e celebrar que “ao cair da
tarde daquele dia, o primeiro da semana,
trancadas as portas da casa onde estavam os
discípulos com medo dos judeus, veio Jesus, e
pôs-se no meio e disse-lhes: Paz seja
convosco!” (Jo. 20:19).
8. Para celebrar e reafirmar:

JESUS RESSUSCITOU!

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