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Artigo nº 4 – A Páscoa. Igrej. Reformda do Benfica.

A PÁSCOA.
ANTIGO TESTAMENTO

Páscoa é o termo hebraico para pâçach (pesah) que vem de um verbo que

significa “passar por cima”, no sentido de “poupar” (fonte Bíblia interlinear), também
usada para designar um livramento (Is. 31:35).

É uma festa Judaica estabelecida, aquando do livramento, do Povo de Deus no

Egipto. Livramento este que deu-se após este ser escravizado por 400 anos. Deus,

então, deliberou o caminho das dez pragas, por causa da dureza do coração de

Faraó. O Egipto, então, experimentou o juízo divino por meio de dez pragas

(Êx 7.14–12.36) – (1) as águas tornaram-se sangue, (2) rãs, (3) piolhos, (4) moscas,

(5) peste contra os animais, (6) úlceras, (7) chuva de pedras, (8) gafanhotos, (9)
trevas, (10) morte dos primogénitos – sendo Israel preservado em todas estas.

Na décima praga Deus, então, ordenara que Israel deveria, no Mês primeiro (neste

momento estava a ser estabelecido o calendário Judaico Exo. 12:2) cada família

sacrificar um cordeiro ou cabrito, macho de um ano sem mácula, no décimo quarto

dia. E, comer a carne com Pães ázimos e erva amarga. Em seguida, pôr o sangue do
animal sacrificado nas ombreiras e na verga da porta. (Exo. 12:1-8).

Isto Deus ordenou quando deliberava a última praga, que tem que ver com a morte

dos primogénitos do Egipto, dizendo que, o sangue posto nas ombreiras e na verga

da porta serviria como sinal, para com isto passar por cima, isto é, pâçach: Poupa-

los da ira que Deus deixaria cair sobre os primogénitos, desde os homens até os
animais, dos Egípcios. (Exo. 12:12-11/13:14-16).
E este dia vos será por memória, e celebrá-lo-eis por festa ao Senhor; nas vossas
gerações o celebrareis por estatuto perpétuo. Êxodo 12:14

E acontecerá que, quando vossos filhos vos disserem: Que culto é este? Êxodo
12:26.

Então direis: Este é o sacrifício da páscoa ao Senhor, que passou as casas dos
filhos de Israel no Egito, quando feriu aos egípcios, e livrou as nossas casas.
Então o povo inclinou-se, e adorou. Êxodo 12:27.

Por: Josemar Força.


Artigo nº 4 – A Páscoa. Igrej. Reformda do Benfica.
Pela fé celebrou a páscoa e a aspersão do sangue, para que o destruidor dos
primogênitos lhes não tocasse. Hebreus 11:28

Claramente que, os elementos da páscoa não têm apenas significado denotativo,


conotativo também. Se por um lado, eles sacrificaram o cordeiro e, com o sangue
sinalizaram suas casas para que, a ira de Deus não caísse sobre os seus
primogénitos mas, somente, sobre os primogénitos Egípcios e, então, serem
libertos da escravidão.

Por outro lado, o cordeiro era uma sombra daquele que haveria de ser sacrificado,
nos dias de páscoa, para livrar o seu povo, o cordeiro de Deus, que tira o pecado
do mundo, por meio do seu sangue. .

Certamente libertando o seu povo da escravidão para o reino da luz do Filho de


Deus (Col 1:13, Rm 6:30, Gal. 4:3-7).
NOVO TESTAMENTO.
Vale introduzir que, a descrição dos evangelhos dão conta que Jesus não apenas
nasceu sob a lei, bem como viveu no tempo da lei (Gal. 4:4), daí a razão pela
qual: todos os anos iam seus pais a Jerusalém à festa da Páscoa; Lucas 2:41.
Assim sendo, Jesus, o Senhor, comemorou pela última vez com os seus discípulo
a Páscoa.

E disse-lhes: Desejei muito comer convosco esta páscoa, antes que padeça;
Porque vos digo que não a comerei mais até que ela se cumpra no reino de Deus.
Lucas 22:15,16
Lucas traz um dado importante sobre a anulação da páscoa, a festa judaica, até que
ela se cumpra no reino de Deus, este cumprimento do reino é referente a
consumação do novo testamento, isto é, a morte de Cristo, o cordeiro que tira o
pecado do mundo, como o cumprimento para dar lugar ao novo testamento: Porque
onde há testamento, é necessário que intervenha a morte do testador. Porque um
testamento tem força onde houve morte; ou terá ele algum valor enquanto o
testador vive? Hebreus 9:16,17.
Assim, quando Senhor declara na cruz que está consumado, estava, na verdade,
a ratificar o novo testamento que, por sinal, começou a vigorar em Atos. Voltando
ao nosso racioncínio do parágrafo precedente, neste momento o senhor está a
estabelecer a ceia, cujo elementos, representam o corpo e o sangue e,
consequentemente a morte de Cristo. então, certamente que Jesus está anular
uma a pascoa Judaica.
E, anunciando o seu corpo, por meio da ceia, como o cordeiro de Deus, fez-se
então a nossa páscoa.
Alimpai-vos, pois, do fermento velho, para que sejais uma nova massa, assim
como estais sem fermento. Porque Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por nós. 1
Coríntios 5:7.
Paulo, neste texto, faz um paralelismo com a realidade da seia, com relação ao
fermento a ser anulado em troca dos pães ázimos (Exo. 12:15,19-20). Aqui não
Por: Josemar Força.
Artigo nº 4 – A Páscoa. Igrej. Reformda do Benfica.
resta dúvidas de que cristo é agora a nossa ceia, em detrimento da passada.
Logo, é a passada já revogada.
É justamente por isto que, em todas das epístolas, encontramos um silêncio
lúgubre com relação a páscoa, não há prescrição sobre à páscoa e, muito menos
descrição sobre cristãos comemorando esta festa Judaica. Isto não é coincidência
nenhuma.
Portanto, é incoerente celebrar algo revogado pelo legislador e testador, enquanto
a páscoa, já revogada, apontava para um evento futuro. A ceia, por sua vez,
aponta para o passado. O cristão é hoje chamado a lembrar a morte de Cristo, o
Cordeiro de Deus, todas as vezes que celebrar a ceia do Senhor. A ordenança é
sobre fazer a ceia em memória de Cristo, e não a páscoa. fazei isto em memória
de mim. Lucas 22:19.
Neste prisma, sendo que a páscoa é parte da lei mosaica, como festa judaica, que
apontava para aquele que haveria de ser amolado como cordeiro e, uma vez que o
Senhor anunciou sua revogação na noite que foi traído, por sinal, de páscoa.
Tendo assim consumada sua revogação na cruz. Segue-se que a páscoa não é
neotestamentária e, não sendo, pressupõe que o Cristão não deve festejar a
páscoa, como se de uma festa Cristã se tratasse.
Esta questão dos ovos pintados, como suposto elemento da páscoa, é tão um
absurdo que não passa de um neo bezerro de ouro, sem respaldo bíblico nenhum,
que muito provavelmente tenha nascido na mitologia Alemã.

Portanto, “lançai fora o velho fermento, para que sejais nova massa, como sois, de
fato, sem fermento. Pois Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi imolado… celebremos a
festa não com o velho fermento, nem com o fermento da maldade e da malícia, e sim
com os asmos da sinceridade e da verdade” (1Co 5.7, 8).

Por: Josemar Força.

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