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Convenção Mineira

M I N I S T É R I O D E E N S I N O

Diretor Mss. Welder Ferrari Reis

Colaboradores Pr. Eliézer Bradiones

Pr. Rodolfo César de Oliveira


Pr. Aléssio Gomes

Pr. Auriedino R. de Paula


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Apresentação.....................................4

Sermão 1 Somente a Palavra.......5

Sermão 2 Somente a Fé...............13

Sermão 3 Somente a Graça.........18

Sermão 4 Somente a Cristo..........21

Sermão 5 Somente a Glória.........27


Apresentação

Além de um fato importante na história do mundo, a reforma

protestante também é algo que mudou a história do cristianismo. Sendo

considerado assim o berço do protestantismo. É possível que durante

bastante tempo não tenhamos dado o valor necessário a esse fato ou até

mesmo tenhamos deixado de lado as importantes conquistas que

conseguimos através da Reforma que esse ano completa 503 anos.

E pensando na importância que esse fato histórico tem para igreja,

que nós do ministério de ensino queremos lembrar dessas conquistas,

trazendo a memória os 5 pilares da reforma protestante, e como essas

verdades que foram trazidas à tona na época, fazem tanto sentido para

nós hoje, e fazia nos tempos de Cristo e irá fazer sentido em todos os

tempos e épocas. Por isso propusemos o Projeto Livres, que nada mais é

que um despertar da igreja para a importância desses 5 pilares. Mostrando

Biblicamente que apesar de ser um fato histórico, relembra que somos livres

através da obra de Cristo na cruz.

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Somente a Palavra

“Porque não me envergonho do evangelho, pois é o poder de Deus para a

salvação de todo aquele que crê; primeiro do judeu e também do grego.

Pois a justiça de Deus se revela no evangelho, de fé em fé, como está escrito:

O justo viverá pela fé”. Romanos 1:16-17

Ao nos aprofundarmos na história da Igreja apostólica, veremos que no

século XVI, ocorreu um fato que mudou os rumos do mundo. Naquela época

víamos coisas terríveis serem pregadas e feitas em nome de Deus,

causando danos que sofremos até hoje.

A igreja tinha se desviado do seu propósito, estavam vendendo a

salvação. O objetivo era angariar fundos, ter mais e mais dinheiro para si. A

preocupação passou a ser quanto valor uma pessoa pode nos dar. Para

isso, usavam a ignorância das pessoas para se aproveitar delas.

As Bíblias não eram como hoje. Não tinham várias traduções

disponíveis em lojas, na internet. Tudo que se podia saber sobre o

evangelho era o que se ensinava nas igrejas da época. E, como o objetivo

era manter a falta de conhecimento para que continuassem a dar lucros, as

reuniões eram feitas em latim para continuar aprisionando o povo na falta

de conhecimento. Nada que já não tenhamos visto anteriormente, Oséias

4:6a já fala contra isso: "o meu povo está sendo destruído porque lhe falta

conhecimento”.

No meio dessa escuridão, no coração de um homem, o Espirito Santo

acendeu uma chama, um incômodo, perguntas que não eram respondidas

pelas teologias vigentes que ele aprendeu. Um monge chamado Lutero, em

seus estudos se questionando várias vezes, até que o Espirito Santo o

iluminou através do texto que lemos no início deste sermão.

A leitura e aprofundamento deste texto trouxe à tona uma verdade

irrefutável que estava sendo negligenciada. O justo vive pela fé, a fé vem

pelo ouvir e ouvir a palavra de Deus. A revolução que esse monge causou

em sua época foi grande. Mudou a história da humanidade. E novamente

resgatou algo que tinha se perdido diante de tantas mentiras e hipocrisia.

A reforma protestante não é somente a história de um homem que

teve a ousadia de se levantar contra o sistema e questionar os ensinos

vigentes da época. Ela é sobre lembrar sobre quais pilares a igreja estava

edificada. E um deles, sobre o qual nós vamos falar um pouco, é SOMENTE

AS ESCRITURAS.

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Essa frase lembrou a igreja da época que as Escrituras são a única

regra de fé e prática, trazendo de volta à tona dogmas e ensinamentos, e

livrando o povo daquela época da ignorância. Lembrou também que ela é

a palavra de Cristo, que é inspirada por Deus, que usou homens santos

para a escrever, como disse Pedro. E por fim, lembra que Nela encontramos

a revelação de Deus para nós e que somos iluminados através da leitura,

pois, é o “poder de Deus para salvar a todo aquele que crê.”

Através da palavra de Deus somos agora livres de ventos de

doutrinas falsas que nos prendiam, por isso é possível que o conhecimento

das escrituras nos livra de nosso cativeiro de nos dá nova vida. E diante

disso vamos expor pelo menos 3 razões do porquê entender que a frase

somente as escrituras faz tanto sentido para nós também no dia de hoje.

A Primeira Razão, é que as Escrituras nos

livram de falsos ensinos

O ensino, na época, dizia que para ser salvo você precisava comprar

as famosas indulgências. Como se pudéssemos comprar a salvação.

Pensamos nisso e ficamos nos perguntando, como pessoas eram

enganadas por tanto tempo, como pessoas podiam sofrer com esses males

e aceitar com tanta facilidade.

Porém, se analisarmos bem, o Apóstolo Paulo também foi alvo de algo

semelhante. Um homem que consideramos um dos mais sábios que a Bíblia

nos apresenta, foi pego em ato falho, quando fazia exatamente as mesmas

coisas. Em nome de Deus, ele achava que tinha o direito de matar,

maltratar sem dó nem piedade. Afinal, por ser um doutor na lei, pensava

que estava defendendo o lado certo.

Nem parece, mas o mesmo apóstolo Paulo que conhecemos e

ficamos fascinados com seus ensinos, foi ele mesmo que, cego por

ensinamentos equivocados, assistiu o assassinato de Estevão e não

esboçou nenhuma reação. O mesmo apóstolo que achava que estava

defendendo tão forte e veementemente as escrituras, na verdade estava

preso nas amarras de falsos ensinos.

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Ao lermos o que o apóstolo Paulo escreve em Romanos 1:16, a saber,

“Porque não me envergonho do evangelho, pois é o poder de Deus para a

salvação de todo aquele que crê;” sendo esta uma carta de apresentação

do que Paulo agora defende, vemos a transformação deste homem. Antes

um homem frio, defensor de causas humanas, agora se atenta a verdade

do evangelho que transforma.

A ideia de não ter vergonha do evangelho, lendo, parece simples.

Porém ao compreendermos o trabalho dos fariseus na época de Jesus,

percebemos que Paulo sofreu uma transformação gigante, algo que não

pode acontecer por mero acaso, uma mudança que não é advinda de livros

e filosofias mundanas. Não é simplesmente uma mudança de

comportamento, é uma mudança de vida, uma conversão a uma nova

estrada, de um homem que estava disposto a matar, para um que estava

disposto a morrer pela pregação dessa mensagem que libertou a ele

mesmo. Algo sobrenatural que somente pode ser explicado a partir do que

ele mesmo diz: “pois é o poder de Deus para a salvação de todo aquele

que crê;”

Somente o poder do evangelho pode nos transformar, somente o

poder da verdadeira Escritura, inspirada e revelada pelo Deus verdadeiro,

pode realmente levar o homem mais cruel a uma transformação total.

Paulo, ao conhecer as verdades das Escrituras, sobre quem Elas estavam

citando, anunciando e profetizando, realmente viu-se livre de todas

aquelas mentiras. Quando ele entendeu que a Palavra de Deus falava e

apontava para o Cristo crucificado e ressuscitado ao terceiro dia, Paulo se

entregou à verdadeira liberdade que somente encontramos através de

Cristo.

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Em Filipenses 3, a partir do versículo 2, vemos como é libertador

compreender o evangelho. Veja o que Paulo relata:

"Tomai cuidado com esses cães; cuidado com os maus obreiros; cuidado

com a falsa circuncisão! 3 Porque nós é que somos a circuncisão, nós, os

que servimos a Deus em espírito, e nos orgulhamos em Cristo Jesus, e não

confiamos na carne. 4 Se bem que eu poderia até mesmo confiar na carne.

Se alguém pensa que pode confiar na carne, muito mais eu; 5

circuncidados no oitavo dia, da descendência de Israel, da tribo de

Benjamim, hebreu de hebreus; quanto à lei, fui fariseu; 6 quanto ao zelo,

persegui a igreja; quanto à justiça que há na lei, eu era irrepreensível. 7

Mas o que para mim era lucro, passei a considerar perda, por amor de

Cristo. 8 Sim, de fato também considero todas as coisas como perda,

comparadas com a superioridade do conhecimento de Cristo Jesus, meu

Senhor, pelo qual perdi todas essas coisas. Eu as considero como esterco,

para que possa ganhar Cristo, 9 e ser achado nele, não tendo por minha a

justiça que procede da lei, mas sim a que procede da fé em Cristo, a saber,

a justiça que vem de Deus pela fé, 10para conhecer Cristo, e o poder da

sua ressurreição, e a participação nos seus sofrimentos, identificando-me

com ele na sua morte, 11 para ver se de algum modo consigo chegar à

ressurreição dos mortos. 12 Não que eu já a tenha alcançado, ou que seja

perfeito; mas vou prosseguindo, procurando alcançar aquilo para que

também fui alcançado por Cristo Jesus. 13 Irmãos, não penso que eu mesmo

já o tenha alcançado; mas faço o seguinte: esquecendo-me das coisas que

ficaram para trás e avançando para as que estão adiante,".

Não importa qual é o seu pensamento, o que você fez ou pensou em

fazer, qual linha de cosmovisão você segue. O evangelho te liberta, o

evangelho te salva, o evangelho revela aquele que mudou a história do

apóstolo Paulo, que mudou a história da igreja no século XVI, o Evangelho

é o poder de Deus, para salvar o pecador e o libertar de falsos ensinos.

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A Segunda Razão, é que as Escrituras nos

livram do julgo do mundo

O apóstolo Paulo, ao relatar no livro de Romanos que “a justiça de

Deus se revela no evangelho”, faz um apontamento maravilhoso sobre uma

verdade do evangelho muito relevante e que muitas vezes não damos tanta

importância.

No século XVI, veremos pessoas sendo subjugadas pelo mundo, pela

igreja que se dizia igreja de Cristo. Cobravam dinheiro pela salvação,

impunham pesados fardos sobres os seus fiéis, fazendo com que pagassem

para serem perdoados. Alguns brincam que se venderam tantos pedaços

de madeira da cruz, que é possível construir uma arca de Noé.

“Como isso é possível?”, você pode me perguntar. O mundo não se

importava com vidas, estavam preocupados apenas com número. A igreja

estava querendo cada dia mais se estabelecer como uma potência. E

faziam isso colocando fardos pesadíssimos sobre as pessoas, oprimindo.

Além disso, a falta de conhecimento fez o resto do trabalho, fazendo com

que pessoas, a cada dia que passasse, perdessem a sua fé e esperança em

dias melhores.

Nos tempos de Jesus, vemos que a mesma situação ocorria, como o

próprio apóstolo Paulo relata em Filipenses que era doutor na lei. Leis e

costumes que eram usados para tornar a vida das pessoas um fardo quase

impossível de se carregar. Eram tantas leis inventadas por homens que se

diziam profetas, ou seja, que falavam em nome de Deus, que a vida se

tornava quase um martírio, pois nada era permitido.

Quando Jesus vem à terra, ele vem para quebrar paradigmas, quebrar

conceitos errados, socializar pessoas marginalizadas. Em Mateus, ele faz

um chamado, veja: “28 Vinde a mim, todos os que estais cansados e

sobrecarregados, e eu vos aliviarei. 29 Tomai sobre vós o meu jugo e

aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e achareis

descanso para a vossa alma. 30 Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo

é leve.”

Jesus nos mostra como é viver uma vida centrada no evangelho,

como é viver uma vida em conformidade com a vontade do Pai. O fato de

o fardo ser leve não quer dizer que será fácil, porém, temos a certeza de

que é o melhor para nós. O mundo não te dá esperança, o mundo não te

dá possibilidades, não tem amor. Porém Jesus te chama para viver uma vida

diferente.

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inde
V
a
Mim

As escrituras te mostram como é belo viver uma vida na presença de

um Deus, que te ama a ponto de dar o seu Filho para morrer em seu lugar.

Somente as escrituras vão te libertar de um mundo perverso, porque

somente as escrituras vão te levar a conhecer o amor de um Deus cujo

fardo é leve e suave.

Somos levados muitas vezes a enxergar o mundo através das nossas

paixões, guiados por preceitos de homens maus, porém, somente as

escrituras nos mostram como é ter uma vida de verdade. Como é estar

vivos de verdade e não zumbis largados a própria sorte, sendo jogados de

um lado para o outro. Somente nas escrituras lemos que podemos ir até ele

afinal a justiça de Deus, revelada através de seu Filho na cruz do calvário,

nos dá vida e vida.

A Terceira Razão, é que as Escrituras nos

livram da morte.
Ao lermos que o “Justo vive pela fé”, podemos nos perguntar o que

isso pode significar? o que isso muda na minha? Por acaso eu estou morto,

para que posso ter vida através da fé.

Na verdade, Efésios 2:1, nos mostrará uma realidade que é difícil de

acreditar. Todos nós estamos perdidos em nossos delitos e pecados,

vagando segundo o nosso próprio querer. Sem porquê e nem para que.

Tudo era tão sujo, e essa sujeita era tão natural que nem nos importávamos

mais.

Assim na época de Lutero, o mundo era tão mal que não fazia mais

diferença, os pecados, as contaminações. Tudo era tão natural que não

importava mais. Nesse caminho todos nós só tínhamos um destino possível,

a morte. Não era possível, que um caminho tão ruim pudesse nos levar a

algo bom ou melhor.

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O Espirito Santo que incomodou e iluminou a mente de Lutero de

vários homens e mulheres antes dele, que foram mortos, calados através da

imposição mundana, é o mesmo que atua hoje também na igreja.

As escrituras nos mostram um caminho diferente, as escrituras nos

levam a uma possibilidade diferente da morte. Como é maravilhoso

perceber que Deus nos dá a possibilidade de não morrermos, perdidos em

nossos delitos e pecados. Há uma música que fala “Tocou-me Jesus, Tocou-

me de paz ele encheu meu coração. Quando o Senhor Jesus me tocou,

livrou-me dá escuridão”

As escrituras nos revelam um caminho de vida e não de morte,

revelam Aquele que pode abrir a nossa mente, nos tirar da sujeira, Aquele

que é o caminho, a verdade e a vida. Não a vida de forma finita na qual

estamos sujeitos devido ao pecado, mas a vida eterna. Paulo pergunta

quem nos separará do amor de Cristo?

Somos livres da morte através da revelação do nosso Senhor e

Salvador Jesus Cristo. Somos libertos da nossa imundície. O justo não vive

pela circunstância, não vive pela aparência, não vive baseado nesse

mundo. O justo vive pela fé no filho de Deus eu nos livra do pecado, que

nos livra da morte. I Coríntios nos dá essa certeza “55 Onde está, ó morte,

a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão? 56 O aguilhão da

morte é o pecado, e a força do pecado é a lei. 57 Mas graças a Deus, que

nos dá a vitória por meio de nosso Senhor Jesus Cristo.”

João ao relatar sua visão em Apocalipse, diz que não vê ninguém

digno de abrir o livro, Porém em dado momento, ele foi alertado de que o

Leão da Tribo de Judá, aquele que venceu a morte, que venceu satanás e

seus demônios. Aquele que morreu, mas, ao terceiro dia ressuscitou, para a

Gloria de Deus o nosso Pai. Ele é digno. Você somente pode encontrar esse

Jesus através do evangelho, pois é o poder de Deus para todo o que crê.

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Conclusão

Ao compreender que temos em nossas mãos, no alcance de alguns

toques no celular, ou de algumas teclados em nosso notebook, algo que

pode mudar a nossa história, veremos o quão importante é poder ver o

amor de Deus revelado através de seu Filho, e o cuidado do nosso Rei ao

deixar essas palavras escritas afim de que hoje, mais de 2 mil anos de sua

escrita, possamos ter o evangelho de Cristo, temos que Glorificar a Deus

por isso.

Em nome do Nosso Senhor Jesus, viva esse evangelho. Muitos foram e

são enganados todos dias, levados a fazer coisas inomináveis em nome de

Jesus, falsos profetas se levantam todos os dias e arrastam multidões.

Lembre-se que na Cruz Jesus te libertou, que o Evangelho te liberta

destas falsas doutrinas e falsos mestres. Te dá uma possibilidade de sair de

debaixo das prisões e do julgo do mundo, e ele te livra da morte. Todos têm

medo da morte, mas se cremos em Cristo como diz as escrituras, rios de

águas vivas fluirão do nosso interior. Nós ressuscitaremos naquele grande

dia em que veremos a face do nosso mestre. Em Cristo temos vitória.

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Somente a fé

O período do século 16 foi um marco na história da igreja. Naquele

tempo houve uma virada, uma retomada ao evangelho, ao centro da

pregação, à teologia e à verdade nos púlpitos das igrejas. Isso se deu, pelo

fato de que antecedendo à reforma, a igreja havia começado a vender a

salvação. O que era de graça passou a ter um preço, o que era pela fé,

passou a ser pelas obras, o que era pelo sacrifício de Cristo passou a ser

pelos flagelos.

Não se ganhava a salvação, mas a conquistava pelas obras

expiatórias. O perdão dos pecados de vivos e de mortos era adquirido em

troca de feridas no corpo. Os líderes da igreja do século 16, em nome da fé

“inventaram um negócio novo a que chamaram indulgências" .

A venda de indulgências era um grande incentivo ao pecado, e, na

verdade, os ignorantes nada podiam ver nesta doutrina senão uma licença

absoluta para praticarem o mal, enquanto que os padres, que aproveitaram

cada vez mais de tais ideias erradas, não tinham pressa em esclarecer o

povo.

Entretanto, a Palavra de Deus nos diz que a salvação se dá pela graça,

mediante a fé. E a fé “é o oposto de enganoso, falso, irreal, fútil e sem

valor. Considerar algo verdadeiro é considerá-lo digno de confiança,

como sendo o que se propõe ser. Portanto, fé, no sentido amplo e legítimo

do termo, é confiança” (RODGE 2001 p. 1058 ).

Nesse sentido, devemos confiar que Cristo é único e suficiente no ato

redentor. E sendo Ele digno de confiança, entendemos também que a

salvação é garantida mediante a fé nele.

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A salvação vem de Deus

Com a queda do homem no Éden, ato que recebeu o nome de

“pecado Universal”, a humanidade foi manchada, marcada pelo pecado,

distanciada de Deus. Em outras palavras, nosso relacionamento com Deus

foi contaminado pela desobediência. A partir deste momento, passamos a

necessitar de um salvador, de um resgatador para tirar a mancha que o

pecado deixou em nós.

Então, Deus, o Pai agiu e interveio na história, fazendo uma

promessa:

Então o Senhor Deus disse à serpente: “Uma vez que fez isso, maldita é

você entre todos os animais, domésticos e selvagens. Você se arrastará

sobre o próprio ventre, rastejará no pó enquanto viver. Farei que haja

inimizade entre você e a mulher, e entre a sua descendência e o

descendente dela. Ele lhe ferirá a cabeça, e você lhe ferirá o calcanhar”.

“Estas foram as primeiras palavras da graça a um mundo perdido”. De

fato, aqui, temos o protoevangelium, o primeiro vislumbre histórico do

Evangelho de Jesus Cristo (Mc 1.1). Aquele que viria em graça restaurar o

seu povo à comunhão com Deus. Ele viria, como de fato veio, da “semente”

da mulher (Mt 1:18-25; Lc 1:35), se constituindo no segundo Adão.

Entendendo que a salvação é promessa de Deus o Pai, veremos duas

verdades relatadas na palavra de Deus.

A) A salvação é oferecida por Deus unicamente através de Cristo

Jesus é aquele que ferirá a cabeça da serpente. Jesus é aquele que

aperfeiçoará o imperfeito. Jesus é aquele que restaurará o relacionamento

que perdemos no Éden. Jesus é aquele que se levantará do trono, enviado

pelo Pai, no tempo do Pai, cumprindo a ordem do Pai para buscar a

gloriosa igreja de Deus, a noiva de Jesus o Cristo.

A salvação que vem de Deus pairará nos ares e os mortos

ressuscitarão primeiro, os vivos serão transformados e subiremos ao

encontro do Senhor da cruz, o Cristo exaltado em glória, com todo o poder

que lhe foi concedido.

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B) A salvação é obra da graça de Deus

A salvação deixou o trono de glória, deixou o lugar de pureza e

santidade para descer ao mundo contaminado, sujo e fétido, tomado pela

desobediência, profanação e imundície do pecado. Sem se contaminar,

encarnou, nasceu de uma mulher, humilhou a si mesmo e tornou-se homem.

Então, seus punhos foram pregados nas extremidades do madeiro. Seus

pés perfurados pelos pregos.

Dor, aflição, cansaço, angústia, humilhação, feridas. Contudo, Jesus

não abriu a boca, como um cordeiro calado foi para o matadouro, foi

pendurado, gotejando sangue morreu em nosso lugar. Graça, unicamente e

simplesmente graça de Deus. “A graça é a melhor ideia de Deus. Ao invés

de nos falar para mudar, ele cria a mudança.”

Entendemos que a salvação vem de Deus, então, qual foi o preço da

nossa salvação? É o que responderemos a seguir.

O Preço da salvação

Vimos anteriormente que nossa salvação veio de Deus, sendo assim,

de graça para nós que a recebemos de presente, mas um preço altíssimo

para Deus o filho. Como foi pago o nosso resgate?

A) A coroa de espinhos

“Vestiram Jesus com um manto vermelho, teceram uma coroa de

espinhos e a colocaram em sua cabeça. Os algozes o saudavam,

zombando: “Salve, rei dos judeus!”. Batiam em sua cabeça com uma vara,

cuspiam nele e ajoelhavam-se, fingindo adorá-lo”.

Jesus deixou no reino celestial sua coroa suprema de glória e

esplendor, para que na terra fosse coroado com dor e sofrimento. Os

soldados o saudavam não pela sua glória, mas em tom de zombaria

diziam-no: “Salve, rei dos judeus!”. Coroado com espinhos, em sua face

corria o sangue que se misturava ao o cuspe dos zombadores. E este

mesmo sangue caia no chão árido de Jerusalém, deixando respingos até o

Gólgota.

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B) Os açoites

“Então Pilatos mandou açoitar Jesus.”

Segundo Dosker (1956) “a vítima da crucificação literalmente morria

mil mortes”. O açoite era constituído por um bastão, fita de couro e um

pedaço de ferro na ponta. O açoitado sentia dores incontáveis e intensas.

“Uma grave inflamação associada ao sangramento das feridas abertas

produzia uma febre traumática, que era agravada por três fatores: a

exposição ao calor do sol e aos insetos, a posição retorcida do corpo e a

sede insuportável”. Mesmo assim, Ele continuou percorrendo a via crucis,

rumo ao Monte da Caveira onde trocaria a sua vida pelo nosso pecado.

C) Os pregos nas mãos e nos pés

“Carregando a própria cruz, Jesus foi ao local chamado Lugar da

Caveira (em aramaico, Gólgota). Ali eles o pregaram na cruz. Outros dois

foram crucificados com Jesus, um de cada lado e ele no meio.”

"A duração dessa agonia era determinada inteiramente pela

constituição da vítima e a intensidade dos açoites prévios, mas a morte

raramente ocorria antes das 36 horas.” Com seus ombros deslocados, com

seu corpo ferido, suas mãos foram perfuradas. Seus pés sentiram os golpes,

a dor intensa de ter seus nervos atingidos.

Seu corpo foi levantado, o rei exaltado nos céus, servido pelos anjos,

foi levantado em um angustiante e humilhante lugar, a saber, a cruz. Ele

entregou a sua vida. Sozinho ele carregou a dor dos pecados da

humanidade para nos dar o direito de acreditarmos na salvação que vem

de Deus.

Entendemos que a salvação vem de Deus, que Jesus pagou um alto

preço. Agora, veremos o último ponto deste sermão, o qual nos mostrará a

necessidade de acreditar na salvação.

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A fé na salvação

Vimos até aqui que Deus nos deu a salvação, foi um presente. Vimos

também que Jesus pagou um preço altíssimo para que pudéssemos

desfrutar das bençãos da salvação. A justificação chegou através da cruz,

o ato da salvação foi concluído, está consumado. O que Deus fez foi

glorioso, Ele nos salvou, redimiu, transformou.

Mas preciso perguntar: você acredita na salvação? Você tem fé na

salvação?

A palavra nos diz que “sem fé ninguém pode agradar a Deus” é

necessário acreditar na promessa que Deus fez no Éden. A cabeça da

serpente seria esmagada. Na cruz Jesus deu um ultimato ao mal. Satanás e

seus anjos serão lançados no lago ardente. Jesus voltará, acredite!

Não esmoreça. O momento da vinda dEle está próximo. A cruz de Jesus nos

deu a oportunidade de conhecermos o celestial, nos deu a oportunidade

de conhecer a nova Jerusalém.

Não esmoreça. O momento da vinda dEle está próximo. A cruz de

Jesus nos deu a oportunidade de conhecermos o celestial, nos deu a

oportunidade de conhecer a nova Jerusalém.

A salvação que vem de Deus para nós é real.“Vocês são salvos pela graça,

por meio da fé. Isso não vem de vocês; é uma dádiva de Deus”. Deus hoje

nos dá a oportunidade de aceitarmos e crermos nessa dádiva divina.

Creia na salvação! Creia em Jesus! Ele é a propiciação pelos

nossos pecados, o preço pago foi a vida de Cristo. Jesus, foi entregue

como um cordeiro, mas, ao terceiro dia ressuscitou como um leão. Creia

que Ele é a nossa justificação, o nosso justificador. Ele foi a oferta e o

sumo sacerdote. A cruz foi o seu altar.

Conclusão

Deus está novamente no centro dos púlpitos, das igrejas, dos sermões.

Que Deus esteja no centro da sua vida, pois Ele, através da cruz, comprou

para Deus gente de todos os povos, língua e nação. Deus comprou você!

Se você acredita nessa salvação, gostaria de aceitar Jesus hoje? Se sim,

venha, vamos orar juntos. E assim, certamente nos encontraremos na glória

do Pai. Deus abençoe a todos, amém!

17 Ministério de Ensino CMG


Somente a Graça
Texto base: Efésios 2:1-10

A Reforma trouxe a igreja de volta para as Escrituras. Ela possui

cinco teses principais, chamadas de cinco solas. Lutero entendeu que

somente a Escritura deveria nortear a vida dos cristãos. Aceitando somente

a Escritura, deduziu que a salvação era somente pela graça, somente pela

fé, na pessoa e obra de Cristo, redundando em glória somente a Deus. Nós

estamos estudando estas cinco teses nos cinco sábados de outubro. É

inspirado na Reforma Protestante que, aos domingos do mês de outubro,

teremos a série de sermões “Livres”.

O que a Reforma trouxe de bom para igreja? Hoje, veremos que a

Reforma nos ensina viver uma vida sem culpa. Ela resgata o ensino bíblico

que diz que somos salvos somente pela graça. Que estamos livres da

condenação do pecado.

Na época de Lutero, a Salvação era comprada. As pessoas podiam

comprar seu perdão. Podiam pagar por pecados cometidos e por pecados

que ainda iriam cometer. Isso é uma mentira. Não podemos comprar. A

liderança colava medo nas pessoas. Elas precisavam fazer alguma coisa se

quisessem se livrar do inferno.

Contudo, junto com os reformadores, nós reafirmamos que, na

salvação, somos resgatados da ira de Deus, unicamente pela sua graça.

Negamos que a salvação seja, em qualquer sentido, obra humana. Os

métodos, técnicas ou estratégias humanas, por si só, não podem realizar

essa transformação. Este ensino fica claro em Efésios 2:1-10. Este texto

mostra de modo retumbante que a salvação é somente pela graça. Há dois

ensinos claros neste trecho.

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18 Ministério de Ensino CMG


A necessidade da salvação, vs. 1-3

Paulo chama todos os seres humanos de “mortos”. O que significa

estar morto? Ele continua no seu próprio caminho como se Deus não

existisse. Além disso, o homem sem Deus está se decompondo, assim como

um cadáver. Quanto mais tempo longe de Deus, mais nos desintegramos.

1.1 Estar morto significa estar em pecado, v.1

1.2 Estar morto significa estar escravizado, v. 2-3

1.2.1 Escravizado pelo mundo

1.2.2 Escravizado pelo diabo

1.2.3 Escravizado pela carne

1.3. Estar morto significa estar sob a ira de Deus, v.3

Não podemos sair desta condição por nós mesmos. Não podemos

comprar. Não podemos fazer boas ações. Precisamos de algo de fora que

nos salve.

A graça de Deus na salvação

“Mas Deus...”. Estas palavras fazem toda a diferença. Deus que ama

a humanidade resolveu agir para nos tirar desta situação tenebrosa.

2.1 Paulo fala da obra de Deus – A SALVAÇÃO

Ele é rico em misericórdia e amor. Ele não nos deu o que merecíamos. Ele

preferiu amar os não amáveis. Ele nos salvou! Salvação significa ser

poupado da ira divina que um dia virá ao mundo.

2.2 Paulo fala sobre a motivação de Deus – SEU AMOR

“Pela graça sois salvos”. Ele nos deu vida, ele nos ressuscitou, ele nos fez

assentar nas regiões celestiais em Cristo, vs. 4-6. Com base em que? Na

graça, v.8-9. Temos dificuldade de entender isso. Não queremos ser alvos

da caridade celestial. Mas foi assim que Deus quis fazer!


Ele
nos
a!
vid
deu

19 Ministério de Ensino CMG


2.3 Paulo fala sobre o propósito de Deus

E por que ele fez isso?

Para que fôssemos um retrato visível de sua graça, v. 7. Sobre o que

estudaremos por toda a eternidade? A graça de Deus. Durante toda a

eternidade, Deus desvendará às multidões celestiais quanto custou ao

Senhor levar o castigo dos nossos pecados sobre a cruz. É um assunto que

nunca terá fim. Pelos séculos que virão, todos verão a suprema riqueza da

graça de Deus! Vamos glorificá-lo por toda eternidade.

Já fazemos isso hoje, vivendo para agradá-lo. Somos um poema dele, v.10

Conclusão

A graça de Deus em Cristo não só é necessária, como é a única

causa eficaz da salvação. Confessamos que os seres humanos nascem

espiritualmente mortos e precisam da graça de Deus.

Você não precisa ser refém da culpa. Você não precisa ser refém do

pecado. Tem gente que vive se martirizando, porque não consegue ser a

pessoa que sonhou, que gostaria, que os outros desejam. Acha que está

sempre aquém, de Deus e dos outros. Esqueça isso. Livre-se da culpa. Você

é mais do que vencedor em Cristo. Seus pecados, suas imperfeições, seus

defeitos, foram perdoados na cruz. Você não é salvo por causa de você,

mas apesar de você. É a suprema bondade de Deus. Louve a Deus por sua

graça. Louvemos a Deus por seu rico amor e misericórdia.

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ra ça
G

20 Ministério de Ensino CMG


Somente Cristo

A centralidade da cruz de Cristo

“Sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há

em Cristo Jesus. Ao qual Deus propôs para propiciação pela fé no seu

sangue, para demonstrar a sua justiça pela remissão dos pecados dantes

cometidos, sob a paciência de Deus; Para demonstração da sua justiça

neste tempo presente, para que ele seja justo e justificador daquele que

tem fé em Jesus”. Romanos 3:24-26

Vivemos em uma época em que a cruz parece ter perdido o

significado. Curioso que até mesmo cristãos, e não apenas evangélicos,

mas também católicos, se escandalizem com a representação da cruz.

Numa pesquisa realizada em diferentes países em que foram apresentadas

diferentes marcas bem conhecidas, os cinco anéis que são símbolo dos

Jogos Olímpicos foram identificados por 92% das pessoas, o símbolo do

McDonald´s foi reconhecido por 88% dos participantes; e os emblemas da

Shell e da Mercedes foram reconhecidos por 74% das pessoas. A cruz, no

entanto, foi identificada por somente 54% como o símbolo da fé cristã.

Vivemos em uma era em que a cruz vem sendo não só dessacralizada,

mas também eliminada, aos poucos, do centro da cultura ocidental. Fala-

se de Cristo como professor e mestre e fala-se dos sinais e milagres que

ele operou em seu ministério terreno, mas a cruz é simplesmente um

detalhe, e isso quando mencionada, pois muitas vezes se passa ao largo do

sacrifício sangrento do Gólgota.

A cruz é, portanto, absolutamente central para nós. Ao pensarmos no

quadro maior das Escrituras, precisamos perguntar; “Qual o clímax da

história bíblica?”. Todo o desdobramento da vida de Cristo é um caminhar

em direção à cruz. Não em direção à ressurreição, mas em direção a

morte sangrenta no instrumento de tortura que era a cruz.

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21 Ministério de Ensino CMG


E se olharmos a Bíblia com um quadro mais amplo em mente, como

uma grande narrativa iniciada em Gênesis, em que temos a promessa feita

aos nossos primeiros pais de um mediador de sangue, a Bíblia toda

encontra seu clímax na morte e no sacrifício sangrento de nosso Salvador

naquela cruz, no Gólgota, em Jerusalém, por volta do ano 33 d.C.

Em outras palavras, ao considerar com toda a seriedade o texto

sagrado, o que descobrimos é que o Cristo crucificado está no centro da

Sagrada Escritura, tudo o que vem antes é preparação para a cruz e tudo

o que vem depois é um desdobramento do que aconteceu naquela quarta-

feira de Páscoa em Jerusalém.

Diante da teologia bíblica que repudia as realizações do homem

para sua salvação e deposita todo o mérito no sacrifício de Cristo na cruz,

gostaríamos de relembrar três importantes ensinos bíblicos sobre a

centralidade de cruz de Cristo, vamos ao primeiro.

A centralidade da cruz de Cristo afirma que

a cruz é auto suficiente

Deus é conhecido e adorado na cruz. Por quê? Porque na cruz somos

completamente perdoados. Aqueles que confiam e descansam no sacrifício

de Jesus na cruz têm, ao estender as suas mãos vazias para ele, o perdão

de seus pecados, os quais não ofendem mais a Deus que costumava ser o

Deus da ira contra o pecado e que agora é o Deus de amor. Todo o seu

favor e graça são derramados sobre àqueles que por Cristo crucificado

foram perdoados.

Além de tudo, e isso é surpreendente, a morte de Cristo é vitoriosa

até mesmo sobre o Diabo e os demônios. Na cruz, o Diabo foi

completamente vencido. É isso que Paulo afirma com todas as letras aos

irmãos de Colossos: “despojando os principados e potestades, os expôs

publicamente e deles triunfou em si mesmo. Colossenses 2:13-15.

O Deus, crucificado, que derrama sangue em lugar da igreja, esse

Cristo em sofrimento e dor venceu o Diabo no Gólgota. Nesse sentido os

que são cobertos pelo sacrifício da cruz não têm apenas todos os seus

pecados perdoados, mas já são vitoriosos sobre o Diabo. Tendo visto o

primeiro ensino bíblico sobre a centralidade da cruz de Cristo que nos

ensina sobre a sua autossuficiência, vamos ao segundo.

22 Ministério de Ensino CMG


A centralidade da cruz de Cristo afirma que a

salvação vem de seu sacrifício por nós

Uma vez que estamos convencidos da centralidade da cruz, devemos

refletir sobre algumas informações sobre a salvação que este ato explicita:

Em primeiro lugar devemos pensar na relação entre a cruz e a

salvação. Quando pensamos em nossa situação anterior à fé, de pecado e

miséria diante de Deus, lembramos que estávamos presos a um problema

que não tínhamos como resolver, um problema que precisava

desesperadamente de solução: o ser humano pecador precisa ser

justificado, redimido e perdoado para entrar em comunhão com Deus,

como afirmou o apóstolo Paulo: “E vos vivificou, estando vós mortos em

ofensas e pecados, Em que noutro tempo andastes segundo o curso deste

mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que agora

opera nos filhos da desobediência; Entre os quais todos nós também antes

andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos

pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como os outros

também”. Efésios 2:1-3.

Para nós, no entanto, e devemos dar graças a Deus por isso, esse

problema foi resolvido pelo sacrifício de Cristo no Gólgota, conforme

prossegue o apóstolo Paulo: “Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia,

pelo seu muito amor com que nos amou, Estando nós ainda mortos em

nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos),

E nos ressuscitou juntamente com ele e nos fez assentar nos lugares

celestiais, em Cristo Jesus; Para mostrar nos séculos vindouros as

abundantes riquezas da sua graça pela sua benignidade para conosco em

Cristo Jesus”. Efésios 2:4-7.

Por meio da morte de Cristo, recebemos tudo de que precisamos

para entrar em uma relação correta com Deus. Não tínhamos condições de

sair dessa situação de miséria por nós mesmos, mas Deus veio a nós em

fraqueza, no sacrifício de Cristo, e resolveu esse problema. Diz o texto:

“Sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há

em Cristo Jesus. Ao qual Deus propôs para propiciação pela fé no seu

sangue, para demonstrar a sua justiça pela remissão dos pecados dantes

cometidos, sob a paciência de Deus; Para demonstração da sua justiça

neste tempo presente, para que ele seja justo e justificador daquele que

tem fé em Jesus”. Romanos 3:24-26

23 Ministério de Ensino CMG


De forma que, Cristo no Gólgota, coloca na conta de quem crê nele

como único Salvador a justificação, a redenção e a propiciação. Estas três

palavras são centrais para entendermos o mistério da cruz.

Justificação: quando alguém crê em Jesus Cristo e nele confia, todos

os seus pecados são perdoados, essa pessoa passa a ser considerada

completamente justa e reta. Aquele que crê em Jesus é declarado justo e

completamente reto, não por seus méritos ou boas obras, mas por causa da

justiça e da obediência perfeita de Cristo.

Redenção: Fomos comprados do maldito mercado de escravos e não

pertencemos mais ao pecado ou a Satanás, pelo contrário, fomos

redimidos por Jesus Cristo: “Sabendo que não foi com coisas corruptíveis,

como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver

que por tradição recebestes dos vossos pais, Mas com o precioso sangue

de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado, O qual, na

verdade, em outro tempo foi conhecido, ainda antes da fundação do

mundo, mas manifestado nestes últimos tempos por amor de vós”. 1 Pedro

1:18-20.

Propiciação: Essa é uma palavra que nos desafia. A ideia é que a ira

de Deus, que era contra nós, foi completamente satisfeita pelo sacrifício no

Gólgota, e Deus não está mais irado com aqueles que confiam em Jesus

Cristo. A ira foi desviada, agora o amor de Deus é derramado sobre os que

creem em Cristo, por meio do Espírito Santo.

Tendo visto o primeiro ensino bíblico sobre a centralidade da cruz de

Cristo que nos ensina sobre a sua autossuficiência, o segundo ensino

bíblico que afirma que a justificação, redenção e propiciação vêm do

sacrifício feito por Cristo no Gólgota, vamos ao terceiro e último

ensinamento bíblico que nos remete sobre a centralidade da cruz de Cristo

e o sofrimento.

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24 Ministério de Ensino CMG


A centralidade da cruz de Cristo e o sofrimento

Qual a relação da cruz com o sofrimento? Precisamos considerar que o

poder de Deus na Sagrada Escritura não é representado por espada,

carruagem ou palácio, mas pela cruz, associada à infâmia e ao fracasso.

Cristo crucificado nos ensina que Deus deliberadamente escolhe ficar

ao lado das pessoas em sua dor. Essa é uma questão vital para nós.

Podemos ver vários exemplos da presença de Deus em meio à dor e ao

sofrimento, mas isso se torna muito evidente quando meditamos na morte

de Cristo na cruz. Pois nela aprendemos que Deus vem a nós não por meio

de especulação, moralidade ou ceticismo.

Ele vem até nós no sacrifício redentor de Cristo, em despojamento,

fraqueza e aparente derrota. E, quando meditamos na cruz, somos

lembrados de que Deus fica ao lado daqueles que sofrem.

O Senhor soberano se identifica com os sofredores. A cruz lembra que

não há um único sofrimento que padeçamos que Deus em Cristo não tenha

padecido. A história de Joni Tada pode ser mencionada como exemplo. Em

meados da década de 1969, ao mergulhar na baía de Chesapeake, Joni

sofreu um terrível acidente, que a deixou tetraplégica. Ela lutou contra a

amargura, a ira e o desespero. Certa noite, cerca de três anos depois do

acidente, uma de suas melhores amigas, sentada ao lado de sua cama,

destacou um acontecimento na vida de Jesus: “Ele também ficou

paralisado”.

Até então, não havia ocorrido à Joni, que na cruz, Jesus sofreu uma dor

parecida com a dela, ficando incapaz de se mover, paralisado. Esse

pensamento foi muito confortador, e então, por meio do amor de familiares

e amigos, ela entendeu que Deus veio a ela não em poder, sinais, curas ou

prodígios miraculosos, mas na cruz, em identificação com o sofrimento

dela.

O Cristo sofredor não nos abandona, mas sempre está conosco. Em

tudo que passamos, ele é o nosso companheiro de sofrimento, e hoje, da

mesma forma que triunfou sobre a morte em sua ressurreição, somos

confortados por seu sacrifício e identificação com nossa dor e sofrimento.

Além disso, recebemos a esperança da sua vida sobre a morte. Como

ele abriu o caminho, sendo Cristo “as primícias dos que dormem”, assim

sucederá a nós no último dia: seremos ressuscitados dentre os mortos e

provaremos o triunfo de Cristo sobre a morte.

25 Ministério de Ensino CMG


CONCLUSÃO

Num período em que as pessoas buscavam outros mediadores para

chegarem a Deus e para serem salvos, os reformadores acharam muito

importante reforçar que somente através de Cristo, o homem pode ser

salvo. E neste período em que vivemos, será que é muito diferente? Vemos

muitos homens e mulheres buscarem a Deus por meio de inúmeros

caminhos diferentes.

Conforme a Palavra de Deus, Jesus Cristo é o único e verdadeiro

caminho para nos aproximarmos de Deus, conhecermos a ele e firmarmos

um relacionamento íntimo e sincero com o Senhor. É Jesus que sacia a

nossa “fome” de Deus e de nos entregarmos a ele. Além disso, a nossa

salvação está somente em Cristo: foi ele quem morreu numa cruz para

perdoar as nossas culpas e salvar-nos da condenação do pecado. Ele é

único caminho para a vida eterna e para a nossa salvação.

Não existe outra pessoa que possa nos redimir e nem outra maneira

de sermos salvos, já que a nossa justificação, redenção e propiciação

acontecem apenas por intermédio de Jesus. Sendo assim, o que podemos

fazer diante deste fato tão importante? Eu e você devemos entregar as

nossas vidas a Cristo e reconhecê-lo como nosso Senhor e Salvador para

que tenhamos a vida eterna e sejamos salvos.

Ao depositarmos completamente a nossa fé em Cristo, Deus, pela

sua graça, nos concede o perdão dos pecados e a salvação. Portanto, sem

Jesus o homem não pode ser salvo, já que a salvação pode ser recebida

exclusivamente por meio da fé no sacrifício de Cristo. Ele é a fonte da

salvação para todo aquele que nele crê, como nos disse o apóstolo João:

“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito,

para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”.

Jo 3.16.

o
Joã
3:16

26 Ministério de Ensino CMG


Somente Glória

O Deus Glorioso contra o ego humano.


1 Coríntios 10:31

Estamos comemorando no mês de outubro, mais um aniversário da

reforma protestante. O movimento protestante cresceu desde o início e foi

marcado por determinadas ênfases em seus ensinos. Uma dessas ênfases era

a de que Deus e somente Deus era digno de receber glória, honra, louvor e

adoração, e que os papas, santos canonizados e qualquer outra figura

humana não poderia se apropriar da glória que deve sempre ser dada a

Deus.

Entretanto esse ensino e sua ênfases são muito amplos na escritura.

Uma das realidades mais amplas na escritura é a glória de Deus, ou dar

glória a Deus. Antes de explicarmos o motivo pelo qual somente Deus é digno

de receber glória, vamos entender a amplitude dessa realidade.

O que é a Glória de Deus?

Para o Pastor John Piper, comentando sobre o texto de Isaías 6, a

glória de Deus é a santidade de Deus em exibição. Quando a santidade de

Deus brilha na criação, é chamada “ Glória de Deus ”.

Isso significa que para entendermos a glória de Deus, precisamos entender a

santidade de Deus.

Santidade num primeiro momento não significa que Deus não peca,

isso é óbvio demais. Santidade significa dizer que Deus é único e singular.

Piper continua no mesmo artigo dizendo que quanto mais raro algo é, mais

valioso ele é. Só Deus é Deus, ele é único e singular em toda a criação. Deus

é o ser mais raro da criação pois não há outro igual a ele, portanto Deus é

valiosíssimo e precioso. Portanto a glória de Deus é a singularidade de Deus

mostrada de forma visível que deixa bem claro que ele é único em todo o

universo.

Para o reverendo Jeremias Pereira a Glória de Deus é a soma de todos

os seus atributos. É a sua plena perfeição. A glória de Deus vemos nos céus,

na terra, na salvação, na vida cristã, na promessa da volta de Cristo, em toda

dimensão que Deus opera.

27 Ministério de Ensino CMG


As escrituras usam a realidade da glória de Deus de várias formas. O

uso que os autores bíblicos fazem dessa realidade podem ser resumidos em

dois.

O primeiro em que Deus demonstra ou que a glória do ser de Deus é

demonstrada ou comentada. Vemos isso por exemplo em João 17:5 em que o

Senhor Jesus diz: E agora glorifica-me tu, ó Pai, junto de ti mesmo, com

aquela glória que tinha contigo antes que o mundo existisse.

Podemos ver claramente que Jesus fala de algo que nenhum ser

humano possui, a glória peculiar e singular do criador.

O segundo uso mais frequente do tema da glória de Deus nas

escrituras, é quando os homens dão glória a Deus, ou o dever cristão de

glorificar a Deus. Esse outro uso vemos com clareza quando o apóstolo Paulo

escreve em 1 Coríntios 10 verso 31: Portanto, quer comais, quer bebais, façam

tudo para a glória de Deus.

Podemos agora entender mais apropriadamente essa realidade da

glória de Deus nas escrituras. Das centenas de textos que podemos usar para

a entender porque somente Deus é digno de glória, vamos nos concentrar em

apenas dois. Assim entenderemos que se o ser humano recusar-se a dar

glória a Deus as consequências serão seríssimas.

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28 Ministério de Ensino CMG


Primeiro Texto: Jeremias 10:1-8
O texto diz assim:

1 Povo de Israel, escutem a mensagem de Deus, o Senhor, para vocês! 2 Ele

diz: “Não sigam os costumes de outras nações. Elas podem ficar espantadas

quando aparecem coisas estranhas no céu, mas vocês não devem se

assustar. 3 A religião dessa gente não vale nada. Cortam uma árvore na

floresta, e um artista, com as suas ferramentas, faz um ídolo. 4 Então o

enfeitam com prata e ouro e o firmam com pregos para que não caia aos

pedaços. 5 Esses ídolos não podem falar: são como um espantalho numa

plantação de pepinos. Eles têm de ser carregados porque não podem andar.

Não tenham medo deles: não podem fazer mal, nem podem fazer bem.” 6 Ó

Senhor Deus, não há ninguém igual a ti.Tu és grande, e o teu nome é

poderoso. 7 Quem não te respeitará, ó Rei de todas as nações? Tu mereces

todo o respeito. Não há ninguém como tu entre todos os sábios das nações. 8

Todos os seus sábios são ignorantes e tolos. Será que os ídolos de madeira

podem lhes ensinar alguma coisa?

Nesse texto profundo e assustador, Jeremias esta dizendo que as

nações no entorno de Israel quebraram um dos mandamentos. Eles fizeram

para si mesmos ídolos de madeira revestidos de ouro e prata, criados a partir

da inventividade do artesão. Ou seja, a glória que deveria ser dada a Deus,

estava sendo dada aos ídolos falsos e mentirosos. Nós devemos ler esse texto

e ficar boquiabertos. Como puderam fazer isso? Como não puderam

perceber a singularidade do Deus glorioso que se revela em toda a sua

criação?

Jeremias esta nos mostrando uma das consequências do pecado. Por

que não conseguimos mais reconhecer o Deus glorioso, ou pior, quando

recusamos a verdade de sua revelação, criamos deuses de acordo com a

estupidez da nossa vaidade.

João Calvino disse que o coração humano é uma fábrica de ídolos. E isso é

verdade, pois qualquer coisa, inclusive coisas que Deus criou podem se tornar

ídolos em nosso coração. Dessa forma, estes ídolos podem impedir que Deus

receba a glória e o reconhecimento que lhe é devido. A admissão de que ele

é único.

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29 Ministério de Ensino CMG


Como os reformadores, a igreja precisa estar atenta para que nada se

torne um ídolo em seu meio roubando assim a glória que Deus merece.

O cristão precisa ficar de olho em seu coração para que ele não crie ídolos

que impeçam que o Deus glorioso receba sua glória. Seja o casamento, seja

a liberdade financeira, sejam bens, sejam sonhos, planos, desejos, pessoas,

posições de influência ou etc., pois a lista é enorme e só aumenta.

Que em seu coração se enraizem as palavras do profeta Jeremias: Ó Senhor

Deus, não há ninguém igual a ti.Tu és grande, e o teu nome é poderoso.

Segundo Texto: Romanos 1:18-25


A palavra de Deus diz assim:

Porque do céu se manifesta a ira de Deus sobre toda a impiedade e injustiça

dos homens, que detêm a verdade em injustiça. Porquanto o que de Deus se

pode conhecer neles se manifesta, porque Deus lho manifestou. Porque as

suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder,

como a sua divindade, se entendem, e claramente se vêem pelas coisas que

estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis; Porquanto, tendo

conhecido a Deus, não o glorificaram [grifo nosso] como Deus, nem lhe

deram graças, antes em seus discursos se desvaneceram, e o seu coração

insensato se obscureceu. Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos. E mudaram

a glória [grifo nosso] do Deus incorruptível em semelhança da imagem de

homem corruptível, de aves, e de quadrúpedes, e de répteis. Por isso também

Deus os entregou às concupiscências de seus corações, à imundícia, para

desonrarem seus corpos entre si; Pois mudaram a verdade de Deus em

mentira, e honraram e serviram mais a criatura do que o Criador, que é

bendito eternamente. Amém.

Neste outro texto contundente e profundo, o apóstolo Paulo fala sobre

o juízo de Deus sobre os seres humanos que cometeram a loucura de trocar a

glória de Deus pela glória das coisas criadas. No texto de Jeremias temos os

seres humanos glorificando os falsos deuses, aqui em romanos vemos os seres

humanos glorificando as criaturas de Deus.

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30
Os reformadores protestaram contra essa adoração de homens,

somente a Deus glória é um tema muito presente nos escritos deles. Nenhum

ser humano e nenhuma criatura de Deus pode receber a glória que somente

a Deus é devida.

Os seres humanos são capazes de fazer coisas gloriosas, e que

chamam a atenção e nos enchem de admiração. Não há problema nenhum

em elogiar e admirar alguém por um feito marcante. Mas a denúncia do

apóstolo é que os seres humanos, uma vez conhecendo o que de Deus pode

ser conhecido, recusaram esse conhecimento e o silenciaram dentro de si

mesmos, adorando as coisas criadas ao invés de adorarem o criador.

Vejam bem irmãos, nós podemos ter um conhecimento limitado de Deus

observando as coisas criadas. Paulo diz que podemos saber duas coisas

sobre Deus: seu poder eterno e sua natureza divina. Romanos 1.20b.

Mas ele também diz que recusamos esse conhecimento e até mesmo que

sufocamos esse conhecimento cometendo uma grande injustiça, que é ao

invés de adorar a Deus, pois esse conhecimento limitado pode nos levar a

isso, adorar as criaturas de Deus.

O resultado disso é que Deus, uma vez que foi rejeitado por nós

conscientemente, nos entrega aos desejos pecaminosos do nosso coração

para que no final recebamos seu justo juízo, ou seja a morte.

Nenhum homem ou mulher, por mais fantásticos que sejam, merecem receber

adoração. Nenhum projeto político, por mais que se identifique com as

causas defendidas pela igreja, merece a confiança cega da igreja. Nenhum

médico, coach, pastor, professor, político, gênio, atleta profissional, pioneiro

ou vencedor do Nobel é glorioso como o Deus da glória que nos criou. É

contra esse tipo de adoração fajuta, perigosa e criminosa que nós

protestamos. É a favor da glória de Deus que nos posicionamos, é ao Deus

glorioso revelado nas escrituras que adoramos e declaramos: glória somente

a Deus.

A glória de Deus é um tema vastíssimo nas escrituras, é uma realidade

inescapável. Deus é glorioso, único e singular. Ele é o criador e o mantenedor

da vida, ele é o Deus que nos salva, que perdoa pecados, que nos liberta da

morte e das garras de satanás. É o Deus que nos livra de sofrermos sua ira, o

Deus que nos dará juntamente com Cristo todas as outras coisas.

31 Ministério de Ensino CMG


Conclusão

Decida em seu coração dar glória somente a Deus, e se prepare para

as sobras da vergonha. Deus merece que você seja envergonhado para que

ele seja glorificado. Deus é digno do teu sofrimento, da tua dor, dos

sacrifícios diários em honra a Ele.

Observe bem seu coração para que os ídolos invisíveis como o amor ao

dinheiro, aos prazeres pecaminosos, a soberba da vida e o desejo incessante

dos olhos não tomem conta da sua vida impedindo que Deus seja glorificado.

Observe bem para que seu coração seja liberto dos ídolos visíveis, da

veneração a qualquer personalidade, de colocar esperança em quem quer

que seja, marido, esposa, filho, noivo ou namorado, pai ou mãe. Ninguém é

digno de glória como o Senhor nosso Deus.

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