Você está na página 1de 9

A ILUMINAÇÃO E A REVELAÇÃO

Associação Angolana Dogmatismo do Gordon Clark.


iPor PN Miguel.

A escritura e a terminologia.
Muitas palavras são ditas em vão porque as pessoas em debate esquecem-se de
definirem os termos antes de avançarem com o debate, a definição dos termos é um
dos maiores slogan do Avó Clark, e de facto ele tem razão, pois evita muitas
controvérsias desnecessárias. Como a definição não pode ser simplesmente dado sem
dar uma olhada às escrituras, então devemos saber que a bíblia usa sinonimamente o
termo revelar e iluminar, uma distinção terminológica é para ajudar a igreja a
compreender o que é receber um conhecimento direto da parte de Deus e receber o
entendimento de um conhecimento. As escrituras podem trazer os mesmos termos,
mas o contexto dos termos vai pressupor conceitos diferentes e vice-versa. Tu podes
ter um exemplo prático disto, das palavras como espirito, e alma, são mesmas palavras
que se referem à uma parte metafísica do homem e da palavra como coração que em
alguns contextos significa órgão humano e noutro é uma referência para a alma
humana ou mesmo pensamento. Era preciso que isso fosse esclarecido para evitar o
neo-puritanismo linguístico de várias pessoas que acham que todos os termos
conforme são usados nas escrituras estão a ser universalmente definidos sem
respeitar as conotações e as denotações dentro dela. Desta feita o termo pode ser
iluminação em partes que deveria ser revelação e vice-versa.
 iiRevelação como explicação, clareza, manifestação e iluminação: Gn 31-20, At
11-18. Gl 1-16. Gl 3-23. 2 ts 2-3. Hb 12-17.
 Revelação como profecia: Ef 3-5,6; Gl 2-2, Gl 1-12.
Desta feita, alguém poderia usar a revelação para dizer que Deus me deu a graça de
entender um texto das escrituras, também poderia dizer que Deus me revelou o seu
filho Jesus Cristo quando eu estava perdido nos meus pecados, isso tudo é uma
referência para iluminação, mas se a pessoa insiste em termos, por que razão uma
guerra de termos? Não há razão, o mais importante é questionar a pessoa o que ela
quer dizer com Deus me revelou o seu filho Jesus Cristo ou que teve arrependimento
ou mesmo que chegou a entender uma doutrina nas escrituras que já esteve lá mas
nunca tivera percebido, quando essa pessoa dar as suas respostas então ficará claro
que ele não fala de profecia, como uma revelação adicional às escrituras, como uma
revelação preditiva, como uma revelação canônica - Ela fala de Deus através do
Espírito Santo usando os meios da graça para iluminação do seu entendimento, em
poucas palavras foi lhe dado fé para crer nas premissas já escritas nas escrituras.
Conotação de revelação e eliminação.
Os acadêmicos sugerem definição de termos antes do conteúdo dos seus estudos, é
importante que se faça o mesmo no seio cristão, assim cada escritor será julgado
justamente, pois quando alguém fala mentira os seus próprios termos vão denunciá-
lo através de incoerência no seu argumento. Assim não há problema em alguém usar
o termo revelar para dizer entender, mas para que a pessoa não seja perguntado
posteriormente a definir o termo, a sugestão da diferença entre a revelação e a
iluminação é relevante e dispensa mias explicações, não vejo outra opção senão
abraçar a distinção de revelação e iluminação feita por maioria dos reformados já
consultado, no seio reformado a iluminação é pode ser vista como: o poder
influenciador do Espírito Santo agindo no homem através das Escrituras para dar luz
e entendimento espiritual às mentes e corações dos homens, o que os capacita a crer,
receber e obedecer voluntariamente à verdade da Palavra de Deus, a iluminação
espiritual nunca vai além da verdade apresentada no texto. É a Palavra escrita que o
Espírito usa para abrir os corações do nosso entendimento. (Lucas 24:45, 1
Tessalonicenses 2:13-14 (Johnson, 2020). No áudio da palestra “A Christian Defense
of the Bible” de Clark, um diálogo com um estudante ele dá uma pincelada indireta
desta questão, ..revelação através da Palavra de Deus e do Espírito Santo esclarecendo
a mente.
Então a iluminação vem a ser aquele ato do Espírito Santo em ensinar interiormente
a verdade da escritura, a iluminação é quando Deus desperta a mente do homem com
a verdade gravando-a no seu coração. Já a revelação estamos a falar de coisas não
escritas nas escrituras, premissas não contidas nem deduzidas das escrituras sobre o
futuro e doutrina. Neste sentido eles são diferentes, porque uma coisa é receber uma
revelação e outra é ser iluminado, ser esclarecido como o Clark faz a referência, uma
coisa é o apóstolo Paulo trazer a doutrina de arrebatamento e outra completamente é
explicar e orar para que Deus nos conceda a capacidade de explicarmos a mesma
doutrina para toda a igreja. A diferença óbvia é que enquanto o Tito era iluminado das
doutrinas, à Paulo lhe era revelado as doutrinas e o futuro da igreja.
A outra questão dentro desta temática é que a revelação também teve a referência
preditiva, de dizer alguma coisa futura conforme já supra- destacado. Quando
estudamos as escrituras, é notável que a revelação canônica e preditiva andam juntas
e as profecias nas escrituras são maioritariamente e essencialmente canônicas e
exortativas.

Cessacionismo, e a iluminação.
Certamente uma das acusações contra o Cessacionismo é que ao afirmarmos que Deus
já não fala mais e não esperamos nenhuma mensagem de Deus por meios de sonhos
e visão porque temos todo o evangelho dado cabalmente, todo o conteúdo relacionado
ao futuro da igreja, e todo ele capaz e eficaz de tornar-nos perfeitos e aptos para
servirmos à Deus e salvarmos os pecadores, e não somente isso, mas que também
desconhecemos qualquer texto nas escrituras que poderíamos deduzir a esperança de
profecias para a igreja ou revelação conforme definido, para eles estamos a cometer
uma contradição. Afinal então por que vocês oram para que a pessoa entenda as
escrituras? Ouvir Deus através do pregador? Como então Deus dá conhecimento se
somente Deus fala pelas as escrituras? Como explicar para as pessoas que cujos
sonhos acontecem e recebem palavras doutrinas das escrituras? Como não esperar
uma palavra da parte de Deus através destes sensos?
As perguntas poderiam ser tantas, mas o que meus caros devem saber é analisar bem
as questões e ver se de facto são objecções. É que uma doutrina quando está fora das
escrituras, por mais que seus adeptos busquem argumentos filosóficos, a definição de
termos e as próprias as escrituras farão com que se note o quão falsa e herética é tal
doutrina, acima de tudo, essas questões não são nenhumas objeções para o
Cessacionismo, nem de longe chegam a ser. Pelo simples facto e verdade da afirmação
de que Cessacionismo nunca afirma que Deus parou de explicar aos homens
doutrinas, a cessação é de profecias continuas para a igreja de Cristo, não desses
serviços do Espírito Santo quanto ao arrependimento e o esclarecimento das
escrituras e das verdades do evangelho. Então como Z pode ser uma objeção contra o
& se o & nunca fez tal afirmação? A questão é que eles não fizeram a diferença dos
termos por isso julgam que alguém ao orar que Deus conceda-lhe entendimento, e o
ensine a sua palavra ou dê mais sabedoria é pedir por uma revelação enquanto a
pessoa pede por iluminação e capacidade de aprender as coisas aplicando-as
devidamente.
O Rei Salomão pediu por sabedoria, Deus o concedeu o que ele pediu, as escrituras
são claras que a mudança foi para uma capacidade incrível de ele resolver as questões
do povo israelita, não houve nenhuma revelação, profecia mas Deus o deu
entendimento, os livros de Salomão é uma mistura desta sabedoria e revelação, essa
mistura é separável, pois nos seus livros temos palavras canônicas sobre quem Deus
é, o que fez, como o amor deve ser feito porém quanto se trata da sabedoria temos a
questão da capacidade de resolução de problema do povo judeu, Tiago ao motivar a
igreja à orar por sabedoria é uma referência ao que o Cessacionismo ensina, que Deus
dá entendimento, e esse entendimento será de acordo ou as premissas das escrituras.
Cessação de Deus conceder entendimento ao homem nunca fez parte do
Cessacionismo mas sim a mensagem do evangelho e tudo quanto à perfeição da igreja
nesta terra.
Não notamos nenhuma profecia, nem Paulo motiva isso nas cartas pastorais, o Tito e
o Timóteo deveriam ensinar o que eles aprenderam de Paulo, e tiveram o privilégio de
apalpar o registo de suas palavras que é a escritura, o bom servo deveria saber manejar
as escrituras, isso não vem da carne mas de Deus, assim há uma grande diferença
entre o Tito ensinar as escrituras, orar para que Deus com sua graça dei-o a
inteligência de perceber os escritos do apóstolo que é a revelação de receber
revelações, é diferente alguém orar para que a mensagem do pregador tenha o seu
efeito no seu coração com alguém receber uma revelação. Deus abri o nosso coração e
temos o entendimento, dá sabedoria e usamos bem o conhecimento que é a escritura,
Deus grava a sua palavra no nosso coração para que não nos desviemos nem para a
esquerda nem para direta, logo Deus ao dar conhecimento ao homem não é problema
para o Cessacionismo, pois o próprio conhecimento é a escritura, e tudo que achamos
na bíblia, esse conhecimento são premissas bíblicas e nunca tivera lido que Deus
parou de dar entendimento ou conhecimento ao homem. Sabemos que quando um
professor ensina é Deus a causa última daquele conhecimento secular, é Deus a
trabalhar com o apriorismo e os sensos humanos, mas creio que seja uma tolice e
burrice confundir cessão de profecias para igreja com cessação deste tipo de
conhecimento, afinal qualquer pessoa com um cérebro de passarinho pelo menos
entenderia que o grito da reforma sola escritura, é uma referência quanto as doutrinas
bíblicas e a vida da igreja como noiva de Cristo aqui nesta terra e não qualquer tipo de
conhecimento.
Estamos firmes nos conselhos de ensinar somente o que convém à doutrina, o que
temos completa e suficiente nas escritura para a nossa perfeição, e que o evangelho é
um mistério revelado ao apóstolos (aos santos), de uma só vez foi dado para a igreja,
numa época que estava a ser e fundamentado o alicerce evangelho com revelações
preditivas e acima de tudo doutrinárias, não há nenhuma parte nas escritura que
sugere continuação da preditiva unicamente e cessação de outra, para isso os
apóstolos foram dados, uma mensagem completa para nossa piedade. Assim não se
espera nenhuma mensagem de Deus no sonho, ou visão de qualquer pessoa. Quando
alguém diz que se uma palavra aconteceu é prova que de facto Deus ainda está a falar,
pois a profecia sucedeu, essa pessoa é tola, ao provar dom com o seu dom, sensação
com sensação. Afinal de conta os falso profetas e feiticeiros e sonhos de vários homens
não piedosos, sonhos de várias pessoas em toda parte do mundo chegam a falhar e a
acontecer, assim como tais supostas profecias, como saber se o do X veio de Deus e do
H não veio se ambas as profecias preditivas sucederam e tem aspecto moral aceite?
Não dá para provar isso senão usar a palavra creia unicamente ou que o dom é prova
do tal dom, desta feita a pessoa pode sonhar que Jesus virá e que alguém deveria parar
de adulterar, o sonho pouco importa o porque não esperamos a mensagem nem
buscamos ali, senão na sua palavra, e se darmos ouvido as tais palavras não será
porque cremos no meio usado mas sim na mensagem e não simplesmente te isso, mas
porque a mensagem são as premissas das escrituras, se negarmos estaríamos a pecar
contra as escrituras e não contra o tal sonho. Assim, a incredulidade não é por não
crer na visão de alguém ou sonho, uma vez que temos as escrituras, incredulidade é
não crer nas premissas das escrituras, agora se alguém teve instinto, ou sensação que
contem palavras morais que a bíblia aprova, a aceitação dela não significa aceitação
do meio, mas sim unicamente da palavra, e é inútil vires com o seu sonho e dizer,
sonhei que Cristo um dia virá! Fique com os seus sonhos, temos nas escrituras que ele
certamente vira! Qualquer credibilidade neste acontecimento será nas palavra não no
meio. Observa que as Escrituras, ao contrário são suficientes para tudo o que um
cristão necessita de conhecer para ser salvo (2 Timóteo 3:15; Romanos 10:4-12). Uma
fé simples em Cristo, em Sua obediência ativa vivendo uma vida sem pecado, e a
satisfação objetiva pelos pecados de Seus eleitos na cruz são suficientes para a
salvação (1 Timóteo 2:5-6). Não é necessário confirmar mais uma vez aquilo que já
fora confirmado por todos os milagres que Cristo operou (Marcos 16:20; Hebreus 2:4;
Romanos 15:18-19). O mesmo argumento se aplica ao que diz serem os sinais
necessários à edificação (Efésios 4:11-12). De acordo com os argumentos que venho
apresentando em outros escritos, os únicos milagres em que o cristão é obrigado a
crer são os que foram registrados nas escrituras. Eu acrescentaria que as únicas
palavras nas quais os crentes são obrigados a crer são essas que temos nas escrituras,
e oramos para que Deus nos dê firmeza nela e deleite nela para sempre, acima de tudo
a compreensão das escrituras.

Pressuposicionalismo e Cessacionismo.
O axioma da fé crista é a bíblia, embora se admita que a ciência pode dar
conhecimento mas não é verificável, não é confiável porque o meio é falho, então o
que o homem obtém dos seus sensos está sujeito à falibilidade. É justo pensar no
mesmo caso do continuísmo ou qualquer porcaria que venha disto, a questão é que
eles são como os cientistas, os seus sensos não são fontes infalíveis, se eles dizerem
uma verdade a bíblia ditará a veracidade, assim como um carismático fala e pode ser
verdade assim também um bruxo ou feiticeiro fala e pode vir a suceder ou ser algo
moral que a bíblia aprova. Agora, uma vez que a questão é pressuposto, temos
finalmente somente as escrituras, será condenado quem negar ela, as escrituras não o
sonho ou profecia de fulano que pelo seu senso não consegue dizer como ele sabe que
isso veio ou não de Deus, quanto a preditiva e quanto a doutrinaria ele também não
sabe se aquele sonho é resultado de coisa comida ou outra coisa, o que ele sabe é que
a mensagem que ele teve é de acordo as escrituras, mas como ele sabe se o meio veio
de Deus ou não, é uma coisa que ele não pode responder. Por isso o apóstolo Pedro (2
Pe 1:3-19) contra-argumenta os falsos dizendo que a igreja deveria simplesmente
crer neles porque eles eram um testemunho ocular de Cristo, a igreja não tinha como
saber se aquela profecia X era falsa ou verdadeira, ou que Pedro estava errado na sua
profecia, e Pedro não gastou seu tempo em provar isso, ele simplesmente disse que a
igreja deveria crer nele pelo seu testemunho com Cristo e ele já nos deu todo o pleno
conhecimento sobre a nossa vida de maneira a sermos piedosos. Como sabes que
arrebatamento é verdade? Imagine que o apóstolo Paulo esteja a falar isso para ti
agora, tu terias só uma opção, crer em Paulo porque ele era um meio viável e não
haveria nenhuma palavra sobre arrebatamento para soubesses se o Paulo mentia ou
falava verdade.
Assim, a única fonte que nos resta é a bíblia, o pressuposicionalismo trabalha com este
conhecimento, pois os sensos humanos são injustificáveis, devemos crer nas
escrituras, ninguém será condenado ou julgado porque não creu na teoria das cordas,
ou porque não creu no sonho da tia Minga que veio a suceder, muito menos porque
menosprezou a profecia do Mingo e creu simplesmente na palavra que o Mingo disse
porque já estava nas escrituras, a separação exata que fiz entre crer no meio e na
mensagem ajudaria bastante. O dogmatismo começa com as escrituras, e o Gordon
Clark foi claro nas suas exposições contra profecia continua, porque a apologética se
trabalha com as escrituras, o nosso único axioma, o resto pode ficar na caixa de lixo.
iiiAConfissão de Fé de Westminster (à qual Clark sustentava) diz: “Embora a luz da
natureza e as obras da criação e providência manifestem até agora a bondade,
sabedoria e poder de Deus, a ponto de deixar os homens indesculpáveis; contudo, eles
não são suficientes para dar aquele conhecimento de Deus e de Sua vontade, que é
necessário para a salvação. Igreja; e depois para melhor preservação e propagação da
verdade, e para o estabelecimento e conforto mais seguro da Igreja contra a corrupção
da carne, e a malícia de Satanás e do mundo, escrever o mesmo inteiramente por
escrito; o que torna a Sagrada Escritura a mais necessária; aqueles antigos meios de
Deus revelar Sua vontade ao Seu povo agora cessaram. – WCF. 1.1.” “Todo o conselho
de Deus, a respeito de todas as coisas necessárias para Sua própria glória, salvação, fé
e vida do homem, ou está expressamente estabelecido nas Escrituras, ou por boa e
necessária consequência pode ser deduzido das Escrituras: para o qual nada em
qualquer tempo deve ser acrescentado, seja por novas revelações do Espírito ou
tradições dos homens”. WCF 1.6. É uma declaração clara da Sola Scriptura. WCF 1.1.
Explicitamente observa que as formas anteriores de Deus revelar Sua vontade ao Seu
povo cessaram. Assim, fica claro que a Confissão de Fé de Westminster ensina o
Cessacionismo no que diz respeito à revelação contínua.
Uma vez que Clark manteve a Confissão de Fé de Westminster, que é claramente
cessacionista com respeito à revelação contínua, Clark deve ter mantido a doutrina da
cessação da revelação contínua. Se este argumento é insuficiente, no entanto, há uma
série de outros lugares em seus escritos onde Clark afirma claramente a cessação da
revelação contínua: Em What Do Presbyterians Believe (1956) Clark mostra
claramente sua oposição à revelação contínua quando ele contrasta a posição dos
reformadores da “Escritura somente” (que ele sustenta favoravelmente) com a
posição de “místicos e visionários que afirmavam que Deus falou com eles
diretamente”. Ele escreve, “Na igreja romana, tanto a tradição quanto as Escrituras
eram aceitas como tal regra e, na verdade, as substituíam e as contradiziam. Ao
mesmo tempo, havia místicos e visionários que afirmavam que Deus falava
diretamente com eles.
A regra de fé que os reformadores reconhecem era somente as Escrituras. ” pág. 5.
Clark se opõe à necessidade de “revelações adicionais” e novamente enfatiza a
suficiência de “somente a Bíblia” em seu ensaio “The Christian and the Law” (1957)
reimpresso em Essays on Ethics and Politics (1992). Ele escreve, “Deus nos deu toda
a orientação de que precisamos. Não precisamos da tradição católica romana; não
precisamos de visões místicas, não precisamos de revelações adicionais. Mas
precisamos, e precisamos muito, de muito estudo bíblico. Na Bíblia, e
somente na Bíblia, encontramos a regra da vida.”
Além disso, em uma carta de 9 de novembro de 1984, Clark escreve para um certo Sr.
Thompson L. Casey, “Sua numerologia, se esse é o termo correto, me parece não ter
base bíblica. Se você prefere a franqueza, ao invés do silêncio dos editores Nelson,
suas alegações de ter recebido revelações diretamente de Deus eu
considero completamente anti-cristãs. Veja a Confissão de Westminster I, vi; e
os muitos mandamentos bíblicos nem para adicionar nem subtrair da revelação
escrita de Deus. Você adicionou muito.” Essas citações deixam bem claro que Clark
defendeu a cessação da revelação contínua. Mas o próprio Escrituralismo exige a
cessação da revelação contínua? Talvez um continuacionista possa argumentar que o
cessacionismo não é um corolário necessário do Escrituralismo. Mas tendo lido as
citações na seção anterior, o continuacionista deve admitir que o próprio Clark era um
cessacionista em relação à revelação contínua e o continuísmo é incompatível.
iv A pessoa fica completamente descansada com isto, ao invés de sustentar um único
axioma que pressupõe um único meio de aquisição de verdade que é totalmente
compatível com o Escrituralismo, a pessoa sustenta também outro meio axiomático
(suas sensações), o que é contraditório, um cristão evidencialista diria que acredita
na bíblia mas também usa a ciência para pressupor a verdade e usa a ciência como
parte do seu axioma, assim também são esses pseud.- escrituralísticos quando
afirmam um único axioma mas também esperam a verdade através doutro meio que
é a outra fonte de conhecimento mas sensacionalista. simplesmente como cientistas
têm os seus sensos, assim também o carismático tem o seu senso pela qual ele pode
obter conhecimento, eles usam dois axiomas o que não é compatível com o
Escrituralismo, além disto eles nem sabem quando as suas sensações é resultado da
carne ou de Deus ou de um outro espírito, nem é possível que eles determinem isso
pelo facto de ter sucedido uma vez pois isso sucede com várias com pessoas até com
os instintos humanos, muito menos há prova que a escritura diz que essa sensação X
veio de Deus.
A única garantia que temos é a escritura, como clarekeanos, a crença na iluminação
para gente não pressupõe continuidade nem tem como implicar isso, pois o
dogmatismo é falar a verdade verificável, o que está escrito nas escrituras. Em Today's
Evangelism (1990) Clark distingue a iluminação do Espírito Santo da revelação de
Deus, e assim rejeita a necessidade de revelação adicional para segurança, o
continuacionismo é incompatível com o Escrituralismo, os carismáticos devem
determinar sua própria epistemologia ao invés de emprestar a de Clark da tradição
reformada, pressupomos proposições tiradas apenas das escrituras, e elas foram
dadas de uma vez por toda, o meio usado para recepção desta dadiva foi usado de uma
vez por toda também para a dispensação da igreja.

Iluminação na apologética.
vA iluminação espiritual traz à luz o novo nascimento e a fé. Uma vez
que os olhos de nossos corações possam ver claramente, nós nascemos de novo. E,
uma vez que temos nova vida em Cristo, não podemos deixar de crer. O novo
nascimento não nos força a crer contra a nossa vontade, mas transforma a nossa
natureza ao renovar a Imago Dei com a infusão do amor de Deus, para que nos
tornemos dispostos. A fé salvífica não é uma mera concordância intelectual com as
reivindicações da verdade da Bíblia. Os demônios reconhecem que Cristo é o Filho de
Deus, mas lhes falta um relacionamento pessoal com Ele. Muitos cristãos professos
também têm apenas uma compreensão intelectual do Evangelho. Embora eles não
neguem a verdade, eles não amam a verdade. Eles podem professar crer, mas não
morreriam pela verdade. Da mesma forma que as pessoas acreditam em triângulos e
quadrados, os cristãos nominais acreditam na Bíblia. Mas esse conhecimento
especulativo, que pode até levá-los a frequentar a igreja e realizar algumas boas obras,
não é mais fé salvífica do que o temor e tremor é evidência de fé salvífica nos demônios
(Tiago 2:19). Os demônios conhecem a Deus, mas eles não amam a Deus. Temo que
muitos, se não a maioria, dos cristãos professos só possuam essa forma superficial de
fé — uma fé que opera sem amor. A fé salvífica, porém, estabelece uma relação pessoal
e experiencial com Cristo porque é motivada e derivada de um amor sincero por ele.
A fé sozinha nos salva, mas é a fé que opera pelo amor (Gálatas 5:6). Esse amor é o
fruto do novo nascimento, onde a velha natureza pecadora e egoísta é recriada à
semelhança de Cristo. A imagem de Deus que foi desfigurada pela queda é, então,
restaurada em Cristo (Colossenses 3:10).
A mente de Cristo nos foi dada, a qual nos concede um discernimento adequado e
amor à verdade (1 Coríntios 2:16). O diapasão que foi encurvado pelo pecado é, então,
renovado pelo amor. Com um coração novo, o Evangelho agora ressoa dentro de
nossas novas naturezas, e isso de modo totalmente glorioso. Nós de
boa vontade nos prostramos diante do nosso Salvador porque, pela graça salvífica de
Deus, nós agora amamos o Senhor Jesus acima de todas as coisas. Embora a Sua
santidade e o seu senhorio uma vez tenham sido repulsivos, agora nós vemos esses
atributos como totalmente gloriosos e dignos de toda a nossa adoração e louvor.
Plantinga estava certo quando disse: “O dom da fé e, consequentemente a
regeneração, não é apenas uma questão de restaurar o intelecto a uma condição
imaculada na qual podemos mais uma vez perceber Deus e as suas glórias e belezas;
requer também, e essencialmente, curar essa loucura da vontade”. Após a iluminação
espiritual e o novo nascimento, nossas afeições e nossa vontade, por causa de nossa
nova natureza, foram transportadas do egoísmo para um amor sincero por Deus.
Como Plantinga continuou a explicar: “A regeneração consiste em curar a vontade
para que finalmente comecemos a amar e a odiar as coisas certas; inclui também a
renovação cognitiva, para que venhamos a perceber a beleza, a santidade e o encanto
do Senhor e do esquema de salvação que ele concebeu”. Agora, o pecado agora é
odiado e Deus é glorioso. Mas não é como se a realidade tivesse mudado, é
simplesmente que as trevas que uma vez cobriam os nossos olhos foram removidas
por Deus.
viPela iluminação da mente do ímpio, a convicção do pecado brota na alma do ímpio.
Este é o problema do ímpio, não milagres, visões, evidências para crer em Deus, mas
sim a iluminação de Deus que gera fé - eles precisam de ser pregados, e isso os irrita,
por isso eles sentem-se mais confortáveis com cristãos que não são escrituralísticos,
mas os ímpios são ímpios e portanto não sabem o que eles precisam, a fé vem por
ouvir a mensagem de Deus por isso a bíblia fala da pregação e da soberania de Deus
em atrair pecadores para Ele, apologética de verdade é uma pregação para a
iluminação e salvação do incrédulo.

i
Especialmente para todos os reformados e CSG.
ii
Versão JFA+
iii
/ Notas sobre o pensamento de Gordon H. Clark / Por Douglas Douma / 3 de
maio de 2017
iv
Ad escritor
v
Johson, 2015.
vi
Ad. Escritor.

Você também pode gostar