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Escola de ministérios KADOSH

INTRODUÇÃO BÍBLICA

Aula I

O QUE A BÍBLIA É PARA MIM?

“Seca-se a relva e cai a sua flor; mas a palavra de nosso Deus permanece para sempre.” (Is 40.8)

O estudo, que daremos início nesta aula, é de fundamental importância para conhecermos os
aspectos básicos da Palavra de Deus. O que é a Palavra? Quais seus atributos? Como devo me
relacionar com ela? Como ela foi formada? Ela é confiável? Estas são algumas das questões que
abordaremos aqui.

Temos por objetivo proporcionar, de maneira introdutória, uma reflexão a respeito desses
diversos prismas da Palavra de Deus. E, muito além de apenas ampliar nosso conhecimento
intelectual, desejamos o crescimento em amor e relacionamento com Deus e sua Palavra.

QUAL A IMPORTÂNCIA DE ESTUDARMOS SOBRE A BÍBLIA?

A visão que temos acerca da Bíblia molda nossa cosmovisão e, portanto, interfere em todas
as áreas de nossas vidas. Aquilo que pensamos e conhecemos sobre a Escritura afeta
diretamente como pensamos acerca de nós mesmos, sobre quem somos, sobre quem Deus é,
além de afetar nossa compreensão sobre os diferentes aspectos de como aconteceu a criação,
como se desenvolvem os relacionamentos humanos, quem é o nosso próximo, o que é igreja,
ministério etc. Enfim, a Palavra de Deus afeta como nós percebemos todas as áreas da
existência.

Aspectos fundamentais da Palavra de Deus Para nos aprofundarmos, de forma prática, podemos
fazer a seguinte pergunta: o que é a Bíblia para mim? Muitas questões em nossa vida serão
reveladas por meio da resposta que damos a essa pergunta. Nosso relacionamento e o que
pensamos sobre as Escrituras irá definir quem somos, o que pensamos e como vivemos.
Além disso, outro aspecto fundamental da importância das Escrituras na nossa vida é o de
podermos glorificar a Deus e desfrutar de um relacionamento profundo com ele. É muito
precioso perceber que Deus escolheu se revelar a nós por meio de um livro! Deus se comunicou
com o homem falando em palavras compreensíveis, isto é, de maneira totalmente humana.
Reconhecer a pessoalidade de Deus (no fato dEle permitir que Sua Palavra esteja em um livro
escrito por mãos humanas e em línguas humanas) faz toda a diferença em como nos
relacionamos com Ele e compreendemos mais a seu respeito.
A Bíblia tem um valor inestimável, pois são páginas e páginas repletas dos pensamentos de
Deus - seu propósito, sua vontade, seu coração e a revelação do seu próprio Ser; e tudo isso
está acessível a nós diariamente. Se não encontramos a Deus na Escritura, provavelmente, não
iremos encontrá-lo em nenhum outro lugar, pois é por meio da Escritura que podemos enxergar
a Deus e toda a sua criação, de forma correta e verdadeira. Ou seja, a Palavra nos proporciona a
lente correta para conhecer a Deus, é por meio dela que podemos compreender as diversas
formas como Deus se revelou.
De forma geral podemos dizer que Deus se revela na criação, na história e na constituição do
homem. A própria Escritura propõe a nós que existe um conhecimento de Deus que nos é
transmitido por esses meios
Contudo, Deus também se revela (se manifesta) de forma particular e especial através de
eventos históricos, quando o discurso divino pode assumir diversas formas (desde voz audível
até um ouvir silencioso); e através da encarnação, o meio mais completo da revelação, onde a
vida e testemunho de Jesus consistem em uma revelação especial de Deus.

Muitas vezes não desfrutamos mais de Deus e de seu conhecimento, porque não desfrutamos
mais da Escritura. Ela é uma chave para nos aprofundarmos no relacionamento com o Senhor.

John Piper afirma algo muito interessante em relação ao nosso relacionamento com a
Escritura:
“Nossos olhos fracos, cansados, distraídos só conseguem enxergar um retrato maçante e
sem vida na parede. Mas não é um retrato. É uma janela. Não é algo sem vida que fica
pendurado em uma moldura velha na parede, é algo que atravessa a parede e dá acesso a
outro mundo, o mundo real, o mundo duradouro, o mundo melhor...”

Quando experimentarmos essa verdade, de que a Bíblia é uma janela que nos abre para o
entendimento de Deus e de todas as coisas, nós conseguiremos desfrutar mais dela e de nosso
relacionamento com Deus. Ao nos colocarmos em uma posição de conhecer mais a Deus,
estamos dando um passo muito importante, um passo primordial rumo ao conhecimento do
Senhor. Isso é maravilhoso, pois implica em que iremos crescer. C.S Lewis captou essa verdade
por meio de seu livro “As Crônicas de Nárnia - Príncipe Caspian”, em um famoso diálogo entre
Lúcia e Aslam:
“– Aslam, como você está grande!
– É porque você está mais crescida, meu bem.
– E você, não?
– Eu, não. Mas, à medida que você for crescendo, eu parecerei maior a seus olhos.
Lúcia sentia-se tão feliz que nem queria falar...”
Esse é um precioso princípio a respeito do conhecimento de Deus. À medida que conhecemos
mais a Deus veremos com mais clareza a revelação de Cristo, nosso Salvador, e cresceremos
em santificação, graça e fé. Quanto mais crescermos no entendimento das Escrituras, maior
Deus, sua obra redentora de Cristo Jesus irão parecer aos nossos olhos.
Ao conhecermos mais a Bíblia servimos melhor ao corpo de Cristo, pois, através dela,
aprendemos como verdadeiramente exortar, fortalecer e consolar uns aos outros. Também nos
tornamos mais fiéis em nossa pregação, e mais bem preparados para compartilhar aos perdidos
a razão da nossa esperança.

O QUE É A BÍBLIA?

A Bíblia é um livro singular, pois moldou grande parte do pensamento ocidental. É impossível
pensarmos acerca de muitas coisas na formação da cultura ocidental à parte da Escritura, uma
vez que ela foi de suma importância nesse processo. Ainda que alguém não se denomine cristão,
de forma geral, nossa sociedade possui muitos princípios e valores provenientes da Bíblia. Ela
faz parte de nossa história, sendo um dos livros mais antigos do mundo, um dos livros mais
odiados e perseguidos, e paradoxalmente um dos livros mais lidos e amados em todo o globo.
A Bíblia é uma coleção de livros que contam uma só história, a história da revelação de Deus e
de seu relacionamento com o homem. Possui 66 livros divididos no que chamados de
“testamentos”. Seus livros foram escritos por aproximadamente 40 autores diferentes,
homens inspirados por Deus que viveram em épocas distintas, em um período aproximado de
1500 anos.
O termo “bíblia” vem do grego “biblos” e significa livros ou rolos, ou seja, quando falamos a
palavra “Bíblia” estamos literalmente dizendo “coleção de livros”. A passagem de 2 Timóteo 4.13
em seu texto original faz menção a essa palavra, “Biblos”.5
“Quando vieres, traze-me (...) os livros, principalmente os pergaminhos.” (2 Tm 4.13)
O Catecismo Maior de Westminster, na pergunta três, nos fala:

“Que é a Palavra de Deus? As Escrituras Sagradas, o Velho e o Novo Testamento, são a Palavra
de Deus, a única regra de fé e prática”.
Essa afirmação é muito objetiva, pois as Escrituras devem ser a única regra que conduz aquilo
que pensamos, cremos, como vivemos e agimos. Ela é nosso padrão, regra e norma. Porém,
podemos inferir qual a diferença das Escrituras, como norma, para outros documentos e regras
de fé que temos dentro do cristianismo? Em que ela se diferencia de credos, confissões,
catecismos e outros documentos de fé? Existem dois termos no latim que podem nos auxiliar a
esse respeito:
NORMA NORMANS X NORMA NORMATA
• Norma Normata
São normas e regras recebidas da Escritura, porém, são falíveis. O homem interpreta a Escritura
e assim produz documentos que, embora valiosos para o cristianismo, são algo apenas derivado
da Escritura, como por exemplo os diversos credos e confissões que foram feitos no decorrer da
história da igreja.
• Norma Normans
São mandamentos e padrões infalíveis que definem a verdade, regras de fé e de prática, ou seja,
a Escritura é nossa Norma Normans. A própria Palavra nos testemunha a esse respeito:
PALAVRA DE DEUS
“Sabei antes de tudo que nenhuma profecia das Escrituras é de
interpretação particular. Pois a profecia nunca foi produzida por vontade humana, mas homens
falaram da parte de Deus, conduzidos pelo Espírito Santo.” (2 Pe 1.20,21)
A Bíblia fala de si mesma, atestando sua importância. Podemos observar isso em diversos textos.
A própria Palavra assegura sobre a inspiração de si mesma e a veracidade de seu conteúdo.
Homens santos, inspirados por Deus, escreveram o precioso livro que temos em mãos.
“Por inspiração das Escrituras entendemos a influência sobrenatural do Espírito Santo sobre os
autores das Escrituras, que converteu seus escritos em um registro preciso da revelação ou que
faz com que seus escritos sejam realmente a Palavra de Deus”.
VERDADE
“Santifica-os na verdade, a tua palavra é a verdade.”.(Jo 17.17)
A Palavra é a única Verdade. Como seres humanos estamos constantemente em busca da
verdade e a palavra de Deus é a Verdade. Ela é a única fonte confiável que nos revela a verdade
sobre todas as coisas.
PERFEITA REVELAÇÃO
“No passado, por meio dos profetas, Deus falou aos pais muitas vezes e de muitas maneiras;
nestes últimos dias, porém, ele nos falou pelo Filho, a quem designou herdeiro de todas as
coisas e por meio de quem também fez o universo.” (Hb 1. 1,2)
Esse “passado” se refere ao Antigo Testamento, quando Deus se revelou aos pais (patriarcas) e
profetas. Porém, agora, nos “últimos dias”, Deus nos
fala por meio da revelação de seu Filho, Jesus Cristo, no Novo Testamento. A revelação de Cristo
e sua igreja são a revelação final de Deus, quando se finda o Novo Testamento se finda também
essa revelação divina e especial ao homem através da Palavra.
A partir de agora temos nossos olhos iluminados para a Palavra, mas não haverá novas
revelações inspiradas por Deus, que tenham o mesmo peso da Bíblia. O Novo Testamento se
encerra com a revelação do Filho, a promessa esperada. De Gênesis a Apocalipse vemos o
desenvolvimento do plano de Deus, culminando com a plenitude da revelação de Cristo.

Somente na Bíblia encontramos a correta narrativa a respeito da Criação, Queda, Redenção e


Consumação, ou seja, a revelação perfeita de Deus e sua história.

ANTIGO TESTAMENTO
Foi escrito quase que totalmente em hebraico, um dialeto semítico da família do fenício,
possuindo alguns trechos em aramaico. Escrito pelo povo hebreu, aos quais o escritor de
Hebreus denomina “pais e profetas”, o povo escolhido por Deus para se revelar. Foi preservado
por milênios, com uma diversidade de gêneros literários, proveniente tanto da tradição oral
quanto escrita.

DIVISÕES ESPECÍFICAS DE LIVROS.


Além das divisões entre Antigo e Novo Testamento a Bíblia nos apresenta divisões mais
refinadas e específicas, em que cada Testamento possui uma divisão própria.

Comecemos com o Antigo Testamento, que possui quatro divisões principais:

• 1. Pentateuco ou Lei:
Livros onde a lei de Deus é entregue ao seu povo. Nesta divisão se encontram os cinco primeiros
livros da Bíblia: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio. Sua autoria é atribuída a
Moisés. O início do universo e a criação de todas as coisas, Deus se revelando aos pais e vários
outros temas importantes podem ser encontrados nessa primeira divisão. O fundamento de toda
a verdade revelado e do plano redentor de Deus está no Pentateuco.

• 2. Livros Históricos:
Nesses livros vemos a história do povo de Deus, a conquista da terra de Canaã, os juízes e reis,
o pecado e a idolatria do homem, a invasão da terra e o exílio, a restituição de Deus, a
reconstrução de Jerusalém etc. Nesta divisão encontram-se os livros de: Josué, Juízes, Rute,
Samuel, Reis, Crônicas, Esdras, Neemias e Ester

• 3. Livros Poéticos:
Nesta divisão encontramos poesias, canções e palavras de sabedoria. Aqui encontram-se os
livros de: Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes, Cantares
• 4. Proféticos:

Os profetas foram homens escolhidos por Deus para proclamar tanto sua justiça quanto seu
consolo para o povo naquele tempo como também apontavam para o tempo vindouro, nos
falando a respeito do estabelecimento do Reino de Deus. Nesta divisão encontramos tanto os
profetas maiores como os profetas menores, onde estão inseridos os livros de: Isaías, Jeremias,
Lamentações, Ezequiel, Daniel, (PROFETAS MAIORES)
Oséias, Joel, Amós, Obadias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias e
Malaquias.
(PROFETAS MENORES)
Essa é uma divisão básica do Antigo Testamento realizada a partir da tradução da Septuaginta,
uma versão do Antigo Testamento do hebraico para o grego, feita em c. 280-150 a.C. Essa
divisão respeita essa tradição, sendo muito interessante para conhecermos a maneira como os
hebreus dividem o Antigo Testamento.
Possuímos os mesmos livros que a Bíblia Hebraica no Antigo Testamento, só há diferenciação na
ordem de organização. Na Bíblia hebraica temos a Lei (Torá); os profetas (Neviim), diferenciados
entre profetas anteriores e profetas posteriores (ao exílio); depois temos os Escritos (Ketuvim)
nos quais se encontram os livros poéticos, os cinco rolos e os livros históricos.

NOVO TESTAMENTO:
Foi escrito todo em grego. A arqueologia demonstra que essa era a língua cotidiana (Koiné) do
mundo greco romano da época.
O Novo Testamento nos mostra a inauguração do Reino de Deus em Cristo. Escrito pelos
discípulos e apóstolos de Jesus, que foram escolhidos pessoalmente por ele em sua grande
maioria. Foi sendo escrito e desenvolvido no decorrer do primeiro século.
Assim como no Antigo Testamento, o Novo Testamento também possui uma divisão de
organização de seus livros em quatro partes. Por questões cronológicas, os evangelhos embora
compostos depois de muitas epístolas, foram colocados antes de Atos e das epístolas em
coleções completas, catalogando a vida terrena e o ministério do Senhor Jesus.

• 1. Evangelhos:
Dentro dos evangelhos há uma divisão, entre os evangelhos sinóticos (Mateus, Marcos e Lucas)
e o evangelho de João, chamado de evangelho complementar. Essa divisão se dá porque os três
primeiros evangelhos contêm basicamente as mesmas histórias. Tais histórias abordam a
trajetória em comum de Jesus, porém, contadas de perspectivas diferentes de cada um dos seus
discípulos.
Ao estudarmos os evangelhos percebemos uma harmonia entre eles, apesar de suas diferentes
óticas e ênfases. Há histórias que são narradas de formas diferentes, algumas histórias
aparecem em determinado evangelho e não em outro. O público alvo para o qual foi escrito cada
um dos evangelhos era diferente. Porém, de forma geral, todos estão tratando dos mesmos
temas e dos mesmos textos.
O evangelho de João por ter sido escrito posteriormente teve acesso aos demais evangelhos e
assim pode trazer um complemento em seu relato. Podemos perceber o registro de outras
histórias de Jesus, outros momentos de Cristo aqui na terra, nos trazendo aquilo que ainda não
havia sido escrito pelos demais apóstolos.

• 2. Histórico:
Assim como no Antigo Testamento, o Novo Testamento possui um livro histórico, Atos dos
Apóstolos, onde vemos os Atos do Espírito Santo conduzindo e formando sua igreja. Vemos a
história do povo de Deus iniciando a igreja e sua movimentação de espalhar o evangelho a todos
os lugares da Terra.

• 3. Epístolas:
Epístolas são cartas, escritas por diversos autores como Pedro, Paulo, Tiago, Judas etc. Algumas
não sabemos a autoria como o caso da carta aos Hebreus. Tais cartas são direcionadas a igrejas
e a pessoas, e foram escritas em sua maioria pelos apóstolos de Jesus. Tais homens serviram a
igreja em seu tempo, espalhando o evangelho, plantando outras igrejas, ensinando e exortando.
Foram inspirados por Deus nessa tarefa, e seus ensinos chegaram até nós.

• 4. Profético:
Também temos um livro de profecia no Novo Testamento, Apocalipse.
Apocalipse foi uma revelação de Deus a João quando este estava exilado na ilha de Patmos, em
um momento de grande perseguição. Nesse momento o Senhor Jesus se revela a João lhe
mostrando coisas a respeito daquele tempo, bem como as coisas que aconteceriam no fim, a
Nova Jerusalém e a consumação de todas as coisas, é o ápice da profecia bíblica. Embora seja
um livro de difícil interpretação em alguns pontos, nos traz uma riqueza muito grande
fortalecendo nossa fé, nos mostrando como Deus vai consumar todas as coisas e como
terminaremos a história que Deus escreveu. Estaremos todos juntos, povos de todas as tribos,
línguas e nações, diante do nosso Deus, adorando-o para todo o sempre.

Além da divisão de livros, temos as divisões de capítulos e versículos.

LIVROS DO ANTIGO TESTAMENTO


A LEI (PENTATEUCO) - -
5 LIVROS
1. Gênesis
2. Êxodo
3. Levítico
4. Números
5. Deuteronômio

5LIVROS POESIA

1. Jô
2. Salmos
3. Provérbios
4. Eclesiastes
5. Cântico dos Cânticos

HISTÓRIA - 12 LIVROS
1. Josué
2. Juizes
3. Rute
4. 1 Samuel
5. 2 Samuel
6. 1 Reis
7. 2 Reis
8. 1 Crônicas
9. 2 Crônicas
10. Esdras
11. Neemias
12. Esther
PROFETAS - 17 LIVROS
1. Isaías
2. Jeremias
3. Lamentações
4. Ezequiel
5. Daniel

1. Oséias
2. Joel
3. Amós
4. Obadias
5. Jonas
6. Miquéias
7. Naum
8. Habacuque
9. Sofonias
10. Ageu
11. Zacarias
12. Malaquias

LIVROS DO NOVO TESTAMENTO

EVANGELHOS
1. Mateus
2. Marcos
3. Lucas
4. João

HISTÓRIA
1. Atos dos Apóstolos

EPÍSTOLAS
1. Romanos
2. 1 Coríntios
3. 2 Coríntios
4. Gálatas
5. Efésios
6. Filipenses
7. Colossenses
8. 1 Tessalonicenses
9. 2 Tessalonicenses
10. 1 Timóteo
11. 2 Timóteo
12. Tito
13. Filemom
14. Hebreus
15. Tiago
16. 1Pedro
17. 2Pedro
18. 1 João
19. 2 João
20. 3 João
21. Judas

PROFECIA
1. Apocalipse

Os livros originais não foram escritos com tal divisão, elas foram inseridas, posteriormente, ao
longo da história. Os capítulos foram inseridos por Stephen Langton, professor da Universidade
de Paris e arcebispo da Cantuária, em 1227. Já os versículos foram acrescentados somente em
1551 por Robert Stephanus, um impressor parisiense, alvo de muitas críticas, dificuldades e
controvérsias durante todo esse processo, que só teve sua versão final em 1955, somente a
partir daí temos os versículos como os conhecemos hoje.

QUAL O TEMA QUE PERMEIA TODA A ESCRITURA?


Um dos encargos da teologia bíblica é responder essa pergunta: existe um tema unificador em
toda a Bíblia? Gerard van Groningen autor da importante coleção “Criação e Consumação”1 e
considerado o pai da teologia bíblica reformada propôs que três temas são os que permeiam
toda a Escritura: o reino, a aliança e o mediador. Walter Kaiser Jr já propõe diferente, para ele o
tema unificador das Escrituras é a promessa. Em seus livros “Introdução a Teologia da
Promessa”2 e “O Plano da Promessa de Deus” ele discorre de Gênesis a Apocalipse mostrando
as alianças de Deus e como o agir de Deus na história é fruto do seu trabalhar no cumprimento
de suas próprias promessas. Outros teólogos ainda irão propor outros temas, sendo essa uma
das maiores discussões e estudo da área de teologia bíblica.

CARACTERÍSTICAS BÍBLICAS QUE NOS PARECEM PARADOXOS:


uma grande diversidade pois foi escrita em três línguas diferentes, em um período de mais de mil
anos, por pessoas diferentes, em lugares diferentes, possuindo diversos gêneros literários e
estilos diferentes, portanto, ela possui rica diversidade. Porém, ela também possui uma perfeita
unidade e harmonia. Apesar de tanta diversidade, a Bíblia possui uma única mensagem, sobre
uma única pessoa, para um único povo, com um único propósito, de um único reino.
• A Bíblia é um livro histórico antigo, mas também contemporâneo.
É histórico porque possui histórias reais de culturas, povos, batalhas e tradições. Ao mesmo
tempo é contemporânea, porque aplica-se de maneira efetiva ao coração de cada um que a lê
hoje. Ela é atual e faz sentido a todas as gerações, sendo aplicada a nossos corações pelo
Espírito Santo. Promove alegria, transformação, consolo e correção, trazendo vida e direção
independente do tempo em que estejamos vivendo.

• A Bíblia também pode ser considerada simples e complexa. Sua mensagem é única, seus
pontos básicos são possíveis de compreender por aqueles que a leem, e até mesmo crianças
conseguem aprender sobre ela desde cedo, compreendendo os aspectos mais simples da
Palavra. Alguém que leia a Bíblia hoje, ainda que não tenha um contato de maneira plena com a
Escritura, pode entender seus pontos básicos. Logo, podemos entender que ela é simples, ela
própria declara que dá sabedoria aos simples. Sim, ela não foi escrita somente para intelectuais.
Por outro lado, podemos estudá-la de maneira mais profunda no decorrer de toda a vida e nunca
esgotar seu entendimento. A Teologia é sinal de que existem vários enfoques bíblicos que
necessitam de maior zelo, leitura, estudo e sistematização, assim podemos considerá-la
complexa em certos aspectos. A Palavra contém um mar de riquezas e profundezas a respeito
do conhecimento de Deus e quanto mais mergulhamos mais notamos que ainda não foi
suficiente. Sempre há mais para conhecer e mergulhar, há muito a se estudar e perceber, coisas
que talvez demandem anos de estudo.

• A Bíblia também é divina e humana. Isso é fascinante! Ela é humana pois foi escrita por homens
reais, comuns e pecadores, mas inspirados por Deus. Homens que viveram dentro da história,
em seus contextos. Porém, a Bíblia também é cem por cento divina, foi inspirada pelo próprio
Deus por meio de seu Santo Espírito. Isso nos aponta para Cristo, pois ele é cem por cento
homem e cem por cento Deus!

CONCLUÍMOS COM A SEGUINTE REFLEXÃO:

“Como se demonstra que as Escrituras são a Palavra de Deus? Demonstra-se que as Escrituras
são a Palavra de Deus - pela majestade e pureza do seu conteúdo, pela harmonia de todas as
suas partes, e pelo propósito do seu conjunto, que é dar toda a glória a Deus; pela sua luz e pelo
poder que possuem para convencer e converter os pecadores e para edificar e confortar os
crentes para a salvação. O Espírito de Deus, porém, dando testemunho, pelas Escrituras e
juntamente com elas no coração do homem, é o único capaz de completamente persuadi-lo de
que elas são realmente a Palavra de Deus”.

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