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ESCOLA CONVERGÊNCIA

de teologia & vida cristã

O CRISTÃO
E A BÍBLIA
Como Ler e Estudar o Livro que Deus nos deu

Monte Mor/SP
2018
Esta apostila foi redigida a partir das videoaulas ministradas na Esco-
la Convergência de Teologia & Vida Cristã EAD (Ensino a Distância)
e outros materiais didáticos relacionados, cujas referências constam
no corpo da mesma.

Copyright© 2018 por Escola Convergência
Todos os direitos reservados

Autor:
Angelo Bazzo

Compilação e Elaboração de Texto:

Camila Brum

Revisão Teológica:
Harlindo de Souza

Revisão Final:
Maria de Fátima Barboza

Diagramação:
Fabi Vieira

Esta apostila ou qualquer parte dela não pode ser reproduzida
ou usada de forma alguma sem autorização expressa da Escola
Convergência, exceto pelo uso de citações breves desde que
mencionada a fonte, com endereço postal e eletrônico.

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Aula 2

A AUTORIDADE
DAS ESCRITURAS
Parte 2
Na aula anterior iniciamos o assunto desta disciplina falando a respeito da autori-
dade das Escrituras. Nesta aula, discorreremos um pouco mais sobre a importância
de aprofundar o entendimento sobre a relevância da Bíblia na vida do cristão.
A maneira com a qual abordamos o conteúdo das Escrituras irá definir o resultado
da nossa leitura. Por isso, é importante que haja uma postura específica em nossos
corações e mentes todas as vezes que estamos diante da Palavra de Deus. Essa
postura está relacionada a uma atitude de humildade, ou seja, uma disposição em
receber no íntimo as revelações contidas nela. No entanto, não é possível sermos
humildes como resultado de esforço humano e trabalho árduo. Essa é uma postura
que tem origem no correto entendimento da natureza da Palavra de Deus. É neces-
sário conhecer a essência da Bíblia para compreender corretamente o seu conteúdo
e reagir de forma adequada a ele.

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O CRISTÃO E A BÍBLIA
Como Ler e Estudar o Livro que Deus nos deu

A BÍBLIA FOI INSPIRADA POR DEUS

Um dos principais textos, utilizado pelos cristãos quando estão se referindo às


Escrituras e sua importância, está em 2 Timóteo e diz o seguinte:

"Toda a Escritura é divinamente inspirada e proveitosa para ensinar,


para repreender, para corrigir, para instruir em justiça; a fim de que o
homem de Deus tenha capacidade e pleno preparo para realizar toda boa
obra." (2 Tm 3.16,17)

A passagem acima mostra a grandeza e majestade da Bíblia. E é, justamente, a partir


de versículos como este, que começamos a compreender o significado da frase: "a
Bíblia é a palavra de Deus". O que torna esta compreensão clara é o termo "inspi-
rada", utilizado por Paulo no texto acima quando se refere às Escrituras. Em segui-
da, ele deixa claro também quais são as finalidades da Palavra de Deus: ensinar,
repreender, corrigir, instruir na justiça, para que o homem de Deus seja perfeito e
habilitado para toda a boa obra.
Paulo declara: "Toda Escritura é Inspirada”, ou seja, a inspiração divina é o que
confere autoridade às Escrituras. Por isso, devemos meditar nesta declaração e
acessar o significado profundo do que Paulo está querendo dizer.
É necessário despender o tempo que for preciso até que a realidade da majestade
das Escrituras seja verdadeira em nosso interior. Sendo assim, pensar no termo
"inspirada" com o mesmo sentido de quando falamos "hoje pela manhã acordei
inspirado" ou "fiquei inspirado ao escrever esta canção" é atenuar seu significado
diante de como Paulo o emprega na segunda carta a Timóteo.
A palavra "inspirado", no grego, significa "theopneustos", que é o mesmo que sopra-
do por Deus. Um exemplo de aplicação deste termo em outro texto na Bíblia está
em Gênesis, capítulo 2, que diz que Deus cria o ser humano, sopra nas suas narinas
e, assim, ele passa a ser um ser vivente¹ (uma alma vivente).
Pense nisto: Adão é o ponto mais alto da criação, Deus deixou para criá-lo no últi-
mo dia, pois era o melhor da sua obra. E ele deposita algo de si mesmo no homem,
por isso, este passa a ser alguém, cuja existência veio de Deus e foi originada em
Deus. Da mesma forma, é possível fazer um paralelo e declarar o mesmo sobre as
Escrituras. A Bíblia diz que Deus soprou do seu espírito para dentro do homem e
diz também que as Escrituras foram sopradas/inspiradas por Deus.

1. Gn 2.7

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O CRISTÃO E A BÍBLIA
Como Ler e Estudar o Livro que Deus nos deu

Logo, a Bíblia é tão importante quanto a criação dos céus e da terra e o termo "ins-
pirado" é mais profundo do que se imagina, pois está diretamente relacionado ao
valor da Bíblia. Pense nisto: as Escrituras falam da revelação e redenção de Deus –
do próprio Senhor Jesus que morreu na cruz. Quando ele encarnou e morreu pelos
nossos pecados, revelou o amor de Deus, porque Jesus é a expressão exata de quem
Deus é². A Bíblia, por sua vez, é também a expressão de Deus, porque explica, mos-
tra e nos ensina sobre ele.
Fica evidente, portanto, que Deus escolheu revelar-se por meio deste livro — cha-
mado Bíblia. Se ela não tivesse sido escrita, jamais saberíamos da história de Jesus
e, consequentemente, jamais teríamos sido salvos. Pois, para que a mensagem de
Jesus chegue às pessoas é necessário que elas leiam a Bíblia. É por esta razão, in-
clusive, que homens piedosos se dedicaram à educação, alfabetização e pedagogia,
para que mais pessoas conheçam a mensagem do evangelho. Isto é tão importante
— principalmente na época que temos vivido de muita ênfase no poder do Espírito
Santo — que temos de nos lembrar do que Jesus disse: os homens erram por não
conhecerem as Escrituras e o poder de Deus, pois ambos são necessários para dar
entendimento³. As duas coisas têm que andar juntas: o poder do Espírito Santo (os
dons do Espírito) e o conhecimento profundo das Escrituras.
No Antigo Testamento a expressão “assim diz o Senhor” era recorrente e estava li-
gada ao costume dos arautos (mensageiros) da antiguidade. Quando eles escreviam
ou anunciavam um decreto do rei, diziam: “Assim diz o Senhor”. Isso era o sufi-
ciente para que todos soubessem que a mensagem a seguir era, de fato, a palavra
inerrante e infalível do seu rei.
Portanto, quando temos revelação e conhecimento de que a Bíblia é inspirada por
Deus, temos plena certeza de que tudo o que lemos nela, cada frase dos profetas,
cada mandamento ou promessa, é a Palavra infalível de Deus. De capa a capa a
Escritura é a Palavra de Deus.

2. Hb 1.3
3. Mc 12.24

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O CRISTÃO E A BÍBLIA
Como Ler e Estudar o Livro que Deus nos deu

CINCO CARACTERÍSTICAS BÁSICAS


DAS ESCRITURAS

À medida que reconhecemos a Bíblia como Palavra de Deus, contemplamos algu-


mas características básicas relativas ao seu conteúdo. São elas:

1. a Inerrância das escrituras

A Bíblia não contém erros. Os manuscritos originais não afirmam nada contrário
aos fatos nela registrados, e, por isso, podemos dizer que em tudo ela é verdadeira.
Deus não pode mentir nem falar com falsidade4, sendo assim, suas palavras são o
padrão máximo da verdade. Pense por um momento: Deus não mente e nele não
há pecado algum, ele é santo, é eternamente perfeito. Logo, se Deus não erra e a
Bíblia é a Palavra de Deus, a Bíblia não contém erros. Alguns, porém, podem alegar
que existe divergência em certos relatos bíblicos, contudo, em nenhum momento
há uma real contradição que negue a credibilidade da Palavra de Deus. Relatos que
divergem entre si não excluem o fato ocorrido. E, como já dissemos anteriormente,
a Bíblia é inspirada por Deus, portanto, isto a torna inerrante.

2. a Clareza das escrituras

A Bíblia é clara em sua mensagem central, mesmo que nela encontremos pontos
difíceis de entender5. A capacidade de entendermos o que a Bíblia diz está mais
ligada à moral e à espiritualidade do que ao intelecto.
O fato de Deus ter escolhido revelar-se através de um livro confere a ele um aspecto
didático na maneira com a qual se comunica com seu povo. Se, portanto, Deus é
um Deus que se revela, certamente ele o faz de forma acessível à compreensão de
todo aquele que deseja conhecê-lo.
Certamente, existem alguns versículos que podem parecer um pouco difíceis de
entender, mas a mensagem central da Bíblia é uma mensagem clara. Além disso,
atualmente há diversas traduções (mais à frente iremos abordar, especificamente,
este tópico), mas o ponto central é que os manuscritos originais não continham
erros e foram escritos de tal modo que todo cristão disposto a acatar as verdades
contidas ali pudesse encontrá-las.

4. Tt 1.2
5. 2 Pe 3.15,16

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3. Autoridade - Como comprovar a autoridade da


Bíblia?

Se a Bíblia é inspirada por Deus, é um documento confiável, logo, ela é a Palavra de


Deus e tem autoridade sobre a vida do crente.
Pode-se provar a autoridade da Bíblia através de olhar para sua coerência histórica,
de comprovar a veracidade dos documentos que a compõe, de ver a beleza poética
dos seus textos, e, de constatar a precisão das suas profecias se cumprindo.
Todavia, há um problema na análise para provar a veracidade da Bíblia e sua autori-
dade. Tudo que se usa para provar a sua autoridade, tal como a ciência ou a história,
passa a ser maior que ela, isto é, ambas teriam mais autoridade. Porém, a autoridade
da Bíblia é provada por ela mesma, nada externo a ela pode provar a sua veracidade.
No entanto, o Espírito Santo é quem tem o papel de revelar a verdade da Palavra de
Deus aos que se debruçam em sua leitura; ele é quem convence de que ela é verda-
de. É impossível crermos na autoridade da Bíblia sem que o Espírito Santo ilumine
o nosso interior e gere compreensão para receber a sua verdade.

“O homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, pois lhe são
absurdas; e não pode entendê-las, pois se compreendem espiritualmente.”
(1 Co 2.14)

É necessário, porém, que a Bíblia seja lida para que haja esta iluminação do Espí-
rito. Deus não revelará que as Escrituras são verdadeiras, enquanto elas estiverem
fechadas. Não haverá uma voz bradando “esta é a Palavra de Deus”, mas será à
medida que se lê as palavras deste livro que o Senhor iluminará com revelação a
respeito de que ele é a verdade.
Mesmo que este possa parecer um argumento circular e redundante, qualquer ou-
tro argumento ou forma de explicar a autoridade da Palavra de Deus sem que a
fonte seja ela mesma, reduziria sua autoridade a esta outra fonte. Assim sendo, a
própria Bíblia tem autoridade final para autorrevelação. No entanto, isto é feito
através da iluminação do Espírito Santo. Portanto, não é possível ter acesso à men-
sagem de Deus de maneira plena fora da Bíblia.

4. A suficiência das escrituras

A Bíblia contém todas as palavras que Deus quis proclamar ao seu povo, palavras
estas que precisamos para a nossa salvação e obediência a ele.

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A Bíblia é inspirada por Deus, inerrante e clara em sua mensagem, logo, por con-
sequência lógica, ela é autoridade sobre o cristão. Ou seja, se você desobedece a
Bíblia isso é a mesma coisa que desobedecer ao próprio Deus. Porque, assim como
os antigos falavam “assim diz o Senhor” e a mensagem que vinha em seguida era
como se fosse o próprio Rei proferindo aquelas palavras, da mesma forma, toda a
mensagem registrada por Moisés, os profetas, os salmistas, Jesus e os apóstolos
também é Palavra de Deus e autoridade máxima que provém dele.
Portanto, a leitura da Bíblia para o cristão deve ter o mesmo peso de autoridade do
que se o próprio Deus estivesse falando diante dele e o ensinando. A Bíblia aberta
diante dos olhos dos seus escolhidos tem o mesmo peso de quando Deus brada no
Monte Sinai dando os dez mandamentos.
Quando o homem contempla a criação e reconhece que há algo de Deus nela, isso é
um vislumbre da verdade. Porém, a certeza e veracidade deste reconhecimento são
possíveis apenas pelo fato de que ele se revelou através de sua Palavra. Da mesma
forma, diversas vezes o homem sente sua consciência o defendendo ou o acusando,
mas a interpretação clara do que isso representa vem somente através do conheci-
mento da Palavra de Deus.
Portanto, a Bíblia é o único guia que, de fato, traz compreensão sobre o mundo
criado por Deus e a mensagem expressa por Jesus Cristo. Inclusive, a salvação diz
respeito à fé em Jesus e, como é possível crer naquilo que não é conhecido? É por
este motivo que a história de Jesus foi registrada nas Escrituras. E, conforme já dei-
xamos claro anteriormente, mesmo que seja uma obra do Espírito Santo no interior
do homem, esta obra está diretamente relacionada à iluminação das palavras deste
livro. Portanto, a Bíblia é suficiente para o cristão, tanto para salvação quanto para
obediência a Deus.

5. Necessidade

A Bíblia é necessária para o conhecimento de Jesus e do evangelho, e para sustentar


a fé (transformação da mente).

“Porque, se com a tua boca confessares Jesus como Senhor, e em teu co-
ração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo; pois
com o coração é que se crê para a justiça, e com a boca se faz confissão
para a salvação. Porque a Escritura diz: Todo o que nele crê nunca será
envergonhado. Pois não há distinção entre judeu e grego; porque o mes-
mo Senhor é o Senhor de todos, rico para com todos que o invocam. Por-
que: Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. Como, pois,

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O CRISTÃO E A BÍBLIA
Como Ler e Estudar o Livro que Deus nos deu

invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de


quem não ouviram falar? E como ouvirão, se não há quem pregue?
E como pregarão, se não forem enviados? Assim como está escrito: Como
são belos os pés dos que anunciam coisas boas! [...] Portanto, a fé vem
pelo ouvir, e o ouvir, pela palavra de Cristo.” (Rm 10.9-15,17)

Sem fé é impossível agradar a Deus6 e é também impossível ser salvo. No texto de


Romanos 10, citado acima, lemos que: “Porque, se com a tua boca confessares Jesus
como Senhor e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos serás
salvo” (Rm 10.9). Esta declaração pode fazê-lo pensar que basta crer e confessar
Jesus para ser salvo, mas então por que estamos afirmando a necessidade da Bíblia
também como um pré-requisito para a salvação? A resposta está na continuação
do texto, vejamos: “como pois invocarão aquele em quem não creram? E como crerão
naquele que não ouviram falar?” (Rm 10.14). Ou seja, não é possível crer em Cristo
sem ter ouvido falar dele e de sua história que foi registrada nas páginas deste livro,
chamado Bíblia.
Muitas outras religiões citam Jesus em seus livros, mas somente a Bíblia é fidedigna
à sua verdadeira história. Por isso, reafirmamos a necessidade das Escrituras. Veja
como Paulo continua sua explanação: “a fé vem pelo ouvir e o ouvir pela palavra de
Cristo” (Rm 10.17). Portanto, a Bíblia é extremamente necessária, pois é através de
ouvir a mensagem contida nela que a fé salvífica é gerada e há poder e força para in-
vocar o nome de Deus como Senhor sobre nossas vidas.

A IMPORTÂNCIA DE LER A BÍBLIA

Conclui-se, portanto, o quão importante é a leitura da Bíblia para o cristão. As Es-


crituras são inspiradas, inerrantes, trazem a mensagem clara de Deus e carregam
autoridade como se fosse o próprio Deus falando. Além disso, tudo que precisamos
para sermos salvos e obedecermos a Deus em uma vida de santidade e retidão está
nas palavras deste livro. Por isso, a Bíblia é também suficiente e necessária aos fi-
lhos de Deus.
No período da reforma protestante se desenvolveu uma doutrina sólida e funda-
mental sobre a raiz da salvação e da fé cristã. Essa doutrina é sintetizada pelos Cin-
co Solas, tendo como estopim o retorno à Bíblia como autoridade de Deus sobre
os homens.

6. Hb 11.6

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O CRISTÃO E A BÍBLIA
Como Ler e Estudar o Livro que Deus nos deu

CINCO SOLAS
1. Sola Scriptura somente a Escritura
2. Sola Fide somente a fé
3. Sola Christus somente a Cristo
4. Sola Gratia somente a graça
5. Soli Deo Gloria glória somente a Deus

Sola Scriptura
“Somente a Escritura”
Esta doutrina ficou publicamente conhecida através de Lutero durante seu con-
fronto com Roma, quando ela lhe pediu que se retratasse da sua famosa declaração.
Eis a sua resposta: “A menos que eu esteja convencido pela Escritura Sagrada eu não
posso retratar-me, pois minha consciência é cativa da Palavra de Deus. E agir contra a
consciência não é certo nem seguro. Aqui estou; Deus me ajude.”
Sola Scriptura significa, portanto: Somente a Escritura (somente a Bíblia) é a
fonte escrita que possui autoridade do próprio Deus, a autoridade de obrigar a
nossa consciência absolutamente!

Porém, esta doutrina não diz:


•Que a Bíblia é o único livro a ser lido.
•E que outras autoridades devam ser eliminadas.
Conclusão: A Bíblia é autoridade máxima como fonte de revelação clara e objetiva
de Deus para o crente, seja para salvação, seja para obediência.

INFORMAÇŌES IMPORTANTES
E ADICIONAIS SOBRE A BÍBLIA

A. O assunto da Bíblia

Bíblia, do grego bíblion, significa “rolo” ou “livro”. No plural, “conjunto de livros”.


Ela é:

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•A História de um Povo;
•A Revelação de um Deus infinito e pessoal que tem uma vontade;
•Uma história de Aliança.

B. Os dois Testamentos

A Palavra “testamento” tem origem no latim “testamentum” que, assim como no


português, significa documento comprobatório. Mas quando utilizamos os termos
“Novo Testamento” e “Antigo Testamento” o termo “testamento” refere-se mais à pa-
lavra grega diatheke. Esta palavra é geralmente traduzida pela nossa palavra “aliança”
e o seu uso mais marcante diz respeito a um acordo entre Deus e os seres humanos.

C. Livro da aliança

Portanto, a Bíblia é um livro que fala sobre aliança.


“Também tomou o livro da aliança e o leu diante do povo, que então disse: Faremos
em obediência tudo o que o SENHOR falou.” (Êx 24.7)

PRINCÍPIOS PARA O RELACIONAMENTO COM A


PALAVRA ESCRITA

Escritura versus Jesus Cristo


•Jesus não é a Bíblia. Apesar de Jesus ser o verbo vivo, a palavra encarnada, ele
não é a palavra de Deus escrita, ou seja, o livro em si.
•É impossível conhecer Jesus sem a Bíblia;
•A Bíblia (Velho Testamento) profetizou sobre a vinda do Messias Jesus;
•Quando Jesus esteve na Terra ele confirmou que a Bíblia dava testemunho dele;
•O registro de sua vida e ministério (Evangelhos) foi incluso na Bíblia;
•A Bíblia (Novo Testamento) continua dando testemunho e revelando Jesus;
•O “nascer de novo” do cristão depende do conhecimento de um fato históri-
co (a Cruz de Cristo), que nos é transmitido através de um livro – a Bíblia.

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