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1. INTRODUÇÃO À DISCIPLINA
Introdução Bíblica é a disciplina que visa auxiliar a compreensão dos fatos narrados nas
Sagradas Escrituras. É preciso compreender como este livro foi constituído, seu momento
histórico, bem como dos personagens envolvidos além dos escritores. É de suma importância
que o aluno dessa disciplina saiba manusear a Bíblia, conhecer os livros e onde cada um está
posicionado. A leitura sistemática da Bíblia Sagrada é imprescindível.
1.1 Bibliologia
Também conhecido como Isagoge, é o estudo que auxilia na compreensão dos fatos
narrados na Bíblia. Segundo o dicionário é a ciência da história e da composição material do
livro, em todos os seus aspectos, em nosso caso da Bíblia Sagrada.
Os aspectos principais da bibliologia são:
Leitura e estudo;
Estrutura, divisão, classificação, particularidades, tema central;
Compreender que se trata de um livro inspirado por Deus;
Cânon e sua formação;
Preservação, linguagens, traduções;
História, cultura, costumes, períodos, sistemas, cronologia, geografia, personagens,
dificuldades.
A linguagem usada por Deus para se comunicar com a humanidade é a própria do ser
humano. A Bíblia faz alusão a tudo que nos cerca: recursos naturais, sentimento, espaço,
dimensão; tudo aquilo nos cerca e que compreendemos muito bem. Em João 3.16, Deus usa
o amor entre pai e filho para explicar o sentimento que nutre pela humanidade. Em Mateus
17.20, Ele usa o grão de mostrada, que é tão pequeno e o monte que é imenso, fazendo dessa
forma uma comparação para explicar algo abstrato como a fé.
Dessa forma não há desculpa para não estudarmos a Bíblia e tudo que diz respeito a ela.
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INTRODUÇÃO BÍBLICA 1
Inspiração: “porquanto, jamais a profecia teve origem na vontade humana, mas homens santos
falaram da parte de Deus, orientados pelo Espírito Santo” II Pedro 1.21. Inspiração divina é o
que difere a Bíblia Sagrada de todos os outros livros. Inspiração é a forma como enchemos
os pulmões de ar, dessa forma podemos falar, e logo após expiramos o ar, colocamos para
fora. Segundo o Pr. Antônio Gilberto: “inspiração divina é a influência sobrenatural do Espírito
Santo como um sopro, sobre os escritores da Bíblia, capacitando-os a receber e transmitir a
mensagem divina sem mistura e erro 1”
Iluminação: Diferente da revelação e da inspiração a iluminação é dada a todos que
creem, contudo estão intimamente relacionadas. Podemos compará-la ao conhecimento
adquirido e acumulado com o passar do tempo. Em I Coríntio 2.9-13 encontramos essas
três categorias correlacionadas, mas é no v.12 que compreendemos sobre a iluminação:
“[...] para que pudéssemos conhecer o que nos é dado gratuitamente por Deus”. Contudo,
apesar de estarem intimamente ligadas são independentes, pois há inspiração sem
revelação (Lc.1:1-3; IJo.1:1-4); inspiração com revelação (Ap.1:1-11); inspiração sem
iluminação (IPe.1:10-12); iluminação sem inspiração (Ef.1:18) e sem revelação (ICo.2:12;
Jd.3); revelação sem iluminação (IPe.1:10-12) e sem inspiração (Ap.10:3,4; Ex.20:1-22).
1
GILBERTO, Antônio. A Bíblia através dos séculos. CPAD. RJ. 2004, pág. 17.
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Infalibilidade: Não existe falha quanto a revelação e inspiração dada por Deus nas
Sagradas Escrituras. Aquilo que Deus revelou o homem escreveu. Porém alguns
obstáculos se colocaram no meio do caminho, como por exemplo a tradução,
compreensão, interpretação, grafia. Dessa forma a falha tornou-se humana e não divina.
A Bíblia Sagrada não erra, jamais, o que pode ocorrer é o homem interpretá-la
erroneamente, fora do seu contexto. Por isso precisamos manuseá-la com sabedoria e no
momento em que formos transmiti-la pedirmos que o Espírito Santo nos dê sua
inspiração.
Canonicidade: A palavra grega kanon derivou do hebraico kaneh que significa junco ou
vara de medir (Ap.21:15); dessa forma tomou o sentido de norma, padrão ou regra
(Gl.6:16; Fp.3:16). Portanto, os livros que compõem o Canon Sagrados passaram por
minuciosas avaliações. Quanto a autenticidade e inspiração divina. A inspiração divina é
o que difere os livros canônicos dos não canônicos, também conhecidos como espúrios
ou apócrifos. Todo livro considerado não inspirado por Deus integrava uma outra lista.
Animação: Segundo o dicionário é a ação ou efeito de dar alma ou vida. Portanto a Bíblia
Sagrada nos anima, ou seja, nos faz viver. Por conseguinte, também podemos dizer que
ela é vida, pois somente algo que tem vida poderá gerar vida. "A Palavra de Deus é viva e
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INTRODUÇÃO BÍBLICA 1
eficaz, e mais cortante do que espada alguma de dois gumes, e penetra até a divisão da
alma e do espírito e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e
intenções do coração"(Hb.4:12).
Preservação: “Para sempre, ó Senhor, a tua palavra permanece no céu” (Sl 119.89); “O
céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não hão de passar” (Mt 24.35). Durante
séculos vários homens foram responsáveis pela preservação das Escrituras, dos
manuscritos e rolos sagrados. Mas, o que o texto se refere não é apenas dos livros físicos,
mas da Palavra em si. Ainda que se levantem para impedir que a mensagem de Cristo seja
passada, Deus se empenhou para torna-la eterna e isso ninguém jamais poderá mudar.
Contudo, assim como Paulo o nosso dever é defender e preservar a Palavra de Deus (Fp
1.7).
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INTRODUÇÃO BÍBLICA 1
2. A BÍBLIA SAGRADA
A Bíblia Sagrada é um dos livros mais antigos do mundo. Possui diversas traduções.
Segundo a enciclopédia eletrônica Wkipédia2:
A Bíblia de Gutenberg é o incunábulo 3 impresso da tradução em latim da Bíblia, por
Johann Gutenberg, em Mogúncia (atual Mainz), Alemanha. A produção da Bíblia começou
em 1450, tendo Gutenberg usado uma prensa de tipos móveis 4. Calcula-se que tenha
terminado em 1455. Essa Bíblia é considerada o incunábulo mais importante, pois marca
o início da produção em massa de livros no Ocidente. Uma cópia completa desta Bíblia
possui 1282 páginas, com texto em duas colunas; a maioria era encadernada em dois
volumes. A Bíblia contém 73 livros, dividida em Antigo Testamento e Novo Testamento.
Acredita-se que 180 cópias foram produzidas, 45 em pergaminho e 135 em papel. Elas
foram impressas, rubricadas e iluminadas à mão em um período de três anos.
2.2 Vocábulo
Quanto ao vocábulo Bíblia não se pode achar nas Sagradas Escrituras, isso porque deriva
da palavra grega “biblos”. Nome dado à folha de papiro preparada para a escrita. Os rolos
eram chamados de “biblion” e vários desses rolos formavam uma bíblia, que quer dizer
coleção de pequenos livros. Com a invenção do papel os rolos cederam seus lugares e a
2
C.f.: https://pt.wikipedia.org/wiki/B%C3%ADblia_de_Gutenberg
3
Lvro impresso nos primeiros tempos da imprensa com tipos móveis.
4
Na área da tipografia, refere-se aos tipos móveis das prensas mecânicas para impressão de textos. Podem ser
feitos de dois materiais: os tipos de metal (ou tipos fundidos) e de madeira. Tipo é , também, o termo referente
aos caracteres das letras.
5
É uma região geográfica que abrange diferentes países para Arqueólogos e Historiadores, de um lado, e para
cientistas políticos, economistas e jornalistas, de outro. O termo foi aplicado originalmente para os Estados dos
Bálcãs no Leste Europeu, mas hoje em dia normalmente descreve os países do Sudoeste Asiático entre o Mar
Mediterrâneo e o Irã, especialmente em contextos históricos.
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palavra “biblos” deu origem ao que conhecemos como livro derivando palavras como:
biblioteca, bibliografia, bibliófilo, etc.
A palavra "bíblia" é derivada do latim e diz respeito especificamente, aos livros que são
reconhecidos como canônicos pela Igreja cristã. Acredita-se que originou da expressão “ta
biblia”, um dos usos cristãos mais antigos. Um termo sinônimo de “a Bíblia” é “os escritos” ou
“as Escrituras” (em grego hai graphai, ta grammata), frequentemente usado no NT para
designar, no todo ou em parte, os documentos do Antigo Testamento. Mateus 21.42 diz:
“Nunca lestes nas Escrituras?” (en tais graphais). Em 2 Timóteo 3.15, temos “as sagradas
letras” (ta hiera grammata), e o versículo seguinte diz: “Toda Escritura é inspirada por Deus”
(pasa graphe theopneustos). Em 2 Pedro 3.16, “todas” as epístolas de Paulo são incluídas junto
com “as outras Escrituras” (tas loipas graphas), as quais presumem-se que sejam os escritos
do Antigo Testamento e provavelmente os evangelhos também.
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Concerto, selado com sangue de animais: “E tomou o livro da aliança e o leu aos ouvidos do
povo, e eles disseram: Tudo o que o Senhor tem falado faremos, e obedeceremos. Então tomou
Moisés aquele sangue, e espargiu-o sobre o povo, e disse: Eis aqui o sangue da aliança que o
Senhor tem feito convosco sobre todas estas palavras” Êxodo 24:7,8. Da mesma forma que o
Novo Testamento é visto como a Nova Aliança, selada com o sangue de Jesus Cristo.
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3. PARTICULARIDADES IMPORTANTES
Além do conhecimento histórico-cultural que adquirimos ao estudarmos a Bíblia Sagrada,
também existem informações peculiares que nos serão de grande importância, pois nos
trarão conhecimento. A Bíblia foi o primeiro livro impresso no mundo todo, logo após a
invenção do prelo6, isso ocorreu em 1452, na Mogúncia, Alemanha.
3.3 Observações
6
É uma forma de impressão gráfica, considerada pioneira na reprodução de livros comparado ao que se tinha
na época. A invenção é do alemão Johann Gutenberg que, em 1450, adaptou a prensa utilizada na produção de
vinho para uma máquina de impressão gráfica. O mecanismo era composto por uma alavanca que fazia pressão
sobre as letras tingidas de tinta que ao entrarem em contato com o papel faziam a impressão.
7
COMFORT, Philip Wesley. A Origem da Bíblia. CPAD. RJ. 1998. Págs. 23 e 24.
8
Versão latina da Bíblia Sagrada, escrita por S. Jerônimo no final do século IV e início do V.
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3.4 Manuseio
A leitura frequente da Bíblia faz com que nos aperfeiçoemos e a dominemos. Conhecer
as divisões e subdivisões ajuda na hora de encontrar mais rapidamente uma referência.
Devemos nos habituar com este Livro Sagrado. Deve-se criar métodos para decorar os livros,
bem como os versículos e onde cada assunto está localizado. Por exemplo textos específicos
para oração, santificação, ministério de Jesus, as curas e os milagres de Jesus, história dos
personagens mais relevantes da Bíblia e seus acontecimentos mais importantes, etc.
Na leitura de um texto é preciso saber que existem diferenças relevantes como por
exemplo:
Texto: são as palavras contida em uma passagem da Bíblia, podendo ser um ou mais
versículos.
Contexto: são os textos que estão localizados antes e depois do texto principal
abordado no momento da leitura. Quando lemos um único versículo, escolhido de
forma aleatória, a compreensão do que o texto quer nos ensinar fica prejudicada. Por
exemplo, no texto de João 5.5: “E estava ali um homem que, havia trinta e oito anos,
se achava enfermo”, se a leitura está sendo feita pela primeira vez, fica impossível
saber o que está acontecendo com esse homem, onde ele se encontra, quem está
narrando. Somente consegue-se compreender que existe um homem doente há 38
anos. Mas, quando se lê dos versículos 1 até o 9, compreende-se o que chamamos de
contexto: um homem doente que precisava de ajuda e recebeu a cura de Jesus, um
milagre.
9
Isso nas versões portuguesas com exceção da “Tradução Brasileira” que é Lucas 20.30.
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Inferência: é a conclusão que se pode tirar de um texto sem que esteja explícito. Por
exemplo, em João 20.26 “E oito dias depois estavam outra vez os seus discípulos
dentro, e com eles Tomé. Chegou Jesus, estando as portas fechadas, e apresentou-se
no meio, e disse: Paz seja convosco” [Grifo], é comum dizerem que Jesus atravessou as
paredes. Outro texto, comumente interpretado por inferência é: Mateus 7.7 “Pedi, e
dar-se-vos-á; buscai, e encontrareis; batei, e abrir-se-vos-á”, onde se interpreta
dizendo que podemos pedir qualquer coisa que Deus nos concederá, quando na
verdade o contexto Bíblico está se referindo ao Espírito Santo e pra isso será preciso
conferir em Lucas 11.9-13. Este tipo de interpretação traz um enorme perigo para
distorção do texto, é preciso se utilizar de textos explícitos para interpretar os não
explícitos, o mais correto é não interpretar um texto sem que se possa comprovar.
3.5.1 Em hebraico
O Codex Aleppo ou Códice de Alepo no (Hebraico: כֶּתֶּ ראֲ ָרםצֹובָ א, (sˁovɔʔ ʔăɾɔm de
kɛθɛɾ) Keter Aram Tsova é o mais antigo e completo manuscrito da Bíblia Hebraica de
acordo com o Tiberiano Massorá, produzido e editado pelo respeitado massoreta
Aaron ben Moses ben Asher. Datado de 930 d.C., cerca um terço dele, inclui quase
toda a Torá. Considera-se o manuscrito original de maior autoridade massoreta, que
segundo a tradição familiar, estas Escrituras Hebraicas foram preservadas de geração
em geração.
Codex de Leningrado ("Codex Leningradensis, L") catalogado com a sigla "Firkovich B
19", é um dos mais antigos e completos manuscritos do texto massorético da Bíblia
hebraica, escrito em pergaminho e datado de 1008 EC, de acordo com o Colophon
(book), é a cópia completa mais antiga das Escrituras Hebraicas do mundo.
3.5.2 Em samaritano
Pentateuco Samaritano ou Torá Samaritana é o nome que se dá à Torá usada pelos
judeus samaritanos.
3.5.3 Em aramaico
Peshito ou Peshitta, é a versão padrão da Bíblia no idioma siríaco (é um dialeto, ou
grupo de dialetos, do Aramaico oriental).
3.5.4 Em grego
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INTRODUÇÃO BÍBLICA 1
3.5.5 Em latim
Vetus Latina foi o nome comumente dado aos textos bíblicos traduzidos para o latim
antes da tradução de São Jerônimo, conhecida como Vulgata. Vetus Latina é uma
expressão em latim que significa "Latim Antigo". Vulgata é a forma latina abreviada de
vulgata editio ou vulgata versio ou vulgata lectio, respectivamente "edição, tradução
ou leitura de divulgação popular" - a versão mais difundida (ou mais aceita como
autêntica) de um texto.
3.5.6 Em inglês
Bíblia de Wycliffe é o nome dado a um conjunto de traduções da Bíblia para o Inglês
médio, feitas sob a direção de John Wycliffe. Elas surgiram aproximadamente ao longo
de um período entre os anos de 1382 e 1395.[22] Estas traduções bíblicas foram a
causa inspiradora do movimento pré-Reforma Protestante dos lolardos, que rejeitava
muitos dos ensinamentos da Igreja Católica.
Bíblia do rei James (em português Jaime ou Tiago), também conhecida como Versão
do rei James ou Bíblia KJV (em inglês: Authorized King James Version, Versão
Autorizada do rei Jaime), é uma tradução inglesa da bíblia realizada em benefício da
Igreja Anglicana, sob ordens do rei Jaime I. A primeira publicação data de 1611, causou
um profundo impacto não apenas nas traduções inglesas posteriores, mas na literatura
inglesa como um todo.
Bíblia de Genebra é a segunda mais popular versão da Bíblia no idioma inglês, ficando
atrás apenas da King James. Versões em outros idiomas, baseadas na edição inglesa,
foram produzidas em países onde o calvinismo possui adeptos. Sua edição em
português é publicada pela Editora Cultura Cristã, vínculada à Igreja Presbiteriana do
Brasil.
3.5.7 Em espanhol
Reina-Valera que alcançou muita ampla difusão durante a Reforma protestante do
Século XVI, representa a primeira tradução castelhana completa, direta e literal dos
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INTRODUÇÃO BÍBLICA 1
bíblicos textos em grego, hebraico e aramaico, e deve seu nome à suma de esforços
de Casiodoro de Reina, seu autor principal, materializados na Bíblia do Urso (Basiléa,
Suíça, 1569), e de Cipriano de Valera, seu primeiro revisor, materializados na Bíblia do
Cântaro (Amsterdam, Países Baixos, 1602).
3.5.8 Em alemão
Bíblia de Lutero (ou Bíblia Luther) é uma tradução alemã da Bíblia, produzida por
Martinho Lutero, impressa pela primeira vez em 1534. Esta tradução é considerada
como sendo em grande parte responsável pela evolução da moderna língua alemã. "A
tarefa de traduzir a Bíblia, que ele assumiu, o absorveu até o final de sua vida."10 Em
(1521 - 1522) Lutero começou a traduzir o Novo Testamento para o Alemão, a fim de
torná-la mais acessível a todas as pessoas do "Sacro Império Romano-Germânico.
3.5.9 Em português
João Ferreira de Almeida é a tradução considerada um marco na história da Bíblia em
português porque foi a primeira tradução do Novo Testamento a partir das línguas
originais.
António Pereira de Figueiredo, por ser uma versão com português mais recente, foi
considerada melhor que a de Almeida, apesar de não ter sido baseado nos idiomas
originais. O Novo Testamento foi publicado entre 1778 e 1781 em seis volumes. O
Antigo Testamento foi publicado entre 1782 e 1790 em 17 volumes. A versão em sete
volumes, que é considerada padrão, foi publicada em 1819, sendo que a versão em
volume único foi publicada em 1821.
Bíblia de Rahmeyer, comerciante natural de Hamburgo, Pedro Rahmeyer é
responsável por uma tradução completa da Bíblia em português, e está em exposição
no Museu de Hamburgo. Supõe-se que, durante os 30 anos que ficou em Lisboa, tenha
traduzido do alemão.
3.6 Abreviaturas
10
BRECHT, Martin. Martinho Luthero Formando e Definindo a Reforma 1521-1532. Fortress Press, Minneapolis.
Pág. 46
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Rute Rt I 4 II Coríntios II Co 13
I Samuel I Sm 31 Gálatas Gl 6
II Samuel II Sm 24 Efésios Ef 6
I Reis I Rs 22 Filipenses Fp 4
II Reis II Rs 25 Colossenses Cl 4
I Crônicas I Cr 29 I Tessalonicenses I Ts 5
II Crônicas II Cr 36 II Tessalonicenses II Ts 3
Esdras Ed 10 I Timóteo I Tm 6
Neemias Ne 13 II Timóteo II Tm 4
Ester Et 10 Tito Tt 3
Jó Jó 42 Filemon Fm 1
Salmos Sl 150 Hebreus Hb 13
Provérbios Pv 31 Tiago Tg 5
Eclesiastes Ec 12 I Pedro I Pe 5
Cantares Ct 8 II Pedro II Pe 3
Isaías Is 66 I João I Jo 5
Jeremias Jr 52 II João II Jo 1
Lamentações Lm 5 III João III Jo 1
Ezequiel Ez 48 Judas Jd 1
Daniel Dn 12 Apocalipse Ap 22
Oséias Os 14
Joel Jl 3
Amós Am 9
Obadias Ob 1
Jonas Jn 4
Miquéias Mq 7
Naum Na 3
Habacuque Hc 3
Sofonias Sf 3
Ageu Ag 2
Zacarias Zc 14
Malaquias Ml 4
Existem outros tipos de abreviaturas que são importantes e estão relacionadas às versões
das traduções Bíblicas, são elas:
ARC: Almeida Revista e Corrigida
ARA: Almeida Revista e Atualizada
FIG: Antônio Pereira de Figueiredo (impressa pela Sociedade Bíblica Britânica e
Estrangeira, Londres)
SOARES: Matos Soares (versão popular dos católicos brasileiros)
RHODEN: Humberto Rhoden (versão particular desse ex padre brasileiro)
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INTRODUÇÃO BÍBLICA 1
Quanto a era:
“a.C”: Antes de Cristo. Todo acontecimento ocorrido antes do nascimento de Jesus
Cristo. Os eventos registrados no AT.
“d.C”: Depois de Cristo. Após o nascimento de Jesus Cristo uma nova contagem do
calendário é feita começando do ano 1 até o presente momento. Uma outra opção é
“AD”, “Anno Domini” o “Ano do Senhor”. Todos os eventos registrados no NT.
11
COMFORT, Philip Wesley. Obra citada. Pág. 291.
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INTRODUÇÃO BÍBLICA 1
ugarítico e o moabita. Existiam outros dialetos cananeus (por exemplo, o amonita), mas
insuficientes inscrições restaram para a investigação dos estudiosos. Tais dialetos já
estavam presentes na terra de Canaã antes que os israelitas a conquistassem. [...] O inglês
usado no tempo de Alfredo, 0 Grande (século IX d.C.), quase parece uma língua
estrangeira para os que falam o inglês contemporâneo. Embora o hebraico não tenha sido
exceção para esse princípio geral, permaneceu, assim como outras línguas semíticas,
notavelmente estável durante muitos séculos. [...] Aparentemente, vários dialetos
hebraicos existiam lado a lado nos tempos do Antigo Testamento, como está espelhado
no episódio envolvendo a pronunciação da palavra hebraica "chibolete/sibolete" (Jz 12.4-
6). Parece que os israelitas que viviam ao oriente do rio Jordão pronunciavam a letra inicial
com um forte som de "ch", ao passo que aqueles em Canaã proferiam o som simples de
"s". Os eruditos também identificaram outras características distintas do hebraico, que
poderiam ser descritas como próprias das regiões Norte ou Sul do país.12
Quanto ao aramaico, é considerado uma língua secundária do AT, encontrada em
seções do livro de Daniel 2.4b até 7.28 e Esdras 4.8 até 6.18 e 7.12-26). Frases e expressões
em aramaico também aparecem em Gênesis 31.47, Jeremias 10.11 e no Novo Testamento.
Gênesis 31.47 retrata o uso do hebraico e do aramaico feito por duas pessoas que eram
contemporâneas. Jacó, o pai dos israelitas, e Labão, o arameu, referiram-se ao mesmo
memorial ou "montão do testemunho" em sua própria língua: Labão chamou-o pela expressão
em aramaico, mas Jacó usou o termo em hebraico. Linguisticamente, o aramaico é muito
próximo ao hebraico e parecido na estrutura. Os textos em aramaico na Bíblia são escritos
com os mesmos caracteres que os em hebraico. Ao contrário do hebraico, o aramaico usa um
vocabulário maior, incluindo muitas palavras emprestadas e uma variedade maior de
conectivos. Também contém um elaborado sistema de tempos verbais, ampliado pelo uso de
particípios com pronomes ou com várias formas do verbo "ser".
No período do NT, Larry Walker traz a seguinte informação:
No pensamento popular, o aramaico era a língua comum da Palestina durante 0 tempo
de Jesus. Não obstante, isso não está inteiramente correto e é provável que seja uma
supersimplificação da situação lingüística daquela época. Os nomes usados no Novo
Testamento refletem o aramaico (Bartolomeu, Barjonas, Barnabé), o grego (André, Filipe)
e o latim (Marcos), bem como o hebraico. Não há dúvida de que o aramaico era
extensamente falado, como o eram o grego e o hebraico. O latim provavelmente estava
limitado aos círculos militar e governamental. 13
O grego, também utilizado tanto no AT quanto no NT, na opinião de Walker:
A língua grega é bela, rica e harmoniosa como instrumento de comunicação. É uma
ferramenta adequada tanto para o pensamento vigoroso quanto para a devoção religiosa.
Durante seu período clássico, o grego era a língua de uma das maiores culturas mundiais.
Durante esse período cultural, a língua, a literatura e a arte desenvolveram-se mais do
que a guerra. [...] As conquistas de Alexandre, o Grande, fomentaram a expansão da
língua e cultura gregas. Os dialetos regionais foram amplamente substituídos pelo grego
12
COMFORT, Philip Wesley. Obra citada. Pág. 292-294.
13
Idem. Pág. 307.
15 | P á g i n a
INTRODUÇÃO BÍBLICA 1
14
COMFORT, Philip Wesley. Obra citada. Pág. 308.
15
HALE, David Broadus. Intodução ao Estudo do Novo Testamento. Hagnos. SP. 2002. Pág. 46.
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4. O CÂNON BÍBLICO
Conforme a explicação dada pelo Reverendo R. T. Beckwith:
O termo "cânon" é proveniente do grego, no qual kanon significa regra, lista — um padrão
de medida. Com relação à Bíblia, diz respeito aos livros que satisfizeram o padrão e que,
portanto, foram dignos de inclusão. Desde o século IV, o vocábulo kanon é usado pelos
cristãos para indicar uma lista autoritária de livros que pertencem ao Antigo ou ao Novo
Testamento.16
No que tange aos livros que deveriam ou não compor o Cânon Sagrado, há muito se
diverge. No passado, anterior ao cristianismo, os samaritanos rejeitavam todos os livros do AT
com exceção do Pentateuco. Ezequiel, Provérbios, Cantares de Salomão, Eclesiastes e Ester
sofreram pressão por alguns eruditos dos primeiros séculos da Era Cristã quanto às evidências
internas em relação a sua canonicidade. Já no período dos pais da igreja houve dúvidas quanto
aos livros apócrifos que pertenciam às Bíblias grega e latina sobre terem sido ou não
inspirados por Deus.
Sobre o porquê da canonicidade desses livros explica Backwith:
O que qualifica um livro para um lugar no cânon do Antigo ou do Novo Testamento não é
simplesmente o fato de ser antigo, informativo e útil, e de fazer muito tempo que é lido
e valorizado pelo povo de Deus, mas sim que tenha a autoridade de Deus para o que diz.
Deus falou através do autor humano, a fim de ensinar o povo em que acreditar e de que
maneira se comportar. Não é tão-somente um registro da revelação, mas também a
permanente forma escrita da revelação. É o que queremos dizer quando afirmamos que
a Bíblia é "inspirada", o que, nesse particular, torna os livros da Bíblia diferentes de todos
os outros.
Na opinião do Pastor Antônio Gilberto: “No sentido religioso, cânon não significa aquilo
que mede, mas aquilo que serve de norma, regra.”17
16
COMFORT, Philip Wesley. Obra citada. Pág. 79.
17
GILBERTO, Antônio. Obra citada. Pág. 30.
17 | P á g i n a
INTRODUÇÃO BÍBLICA 1
em Josué 1.7,8, 8.31 e 23.6-8; 1 Reis 2.3,2 Reis 14.6 e 17.37, Oséias 8.12, Daniel 9.11,13,
Esdras 3.2,4,1 Crônicas 16.40,2 Crônicas 17.9,23.18, 30.5,18,31.3 e 35.26.18 [Grifo]
O cânon do AT como conhecemos foi terminado após 445 a.C, no tempo de Esdras.
Quanto a subdivisão judaica, conforme citado por Jesus em Lucas 24.44, era: LEI, PROFETAS E
ESCRITOS.
PROFETAS: 1 livro
o Primeiros profetas Josué
Juízes 1 livro
Os dois de Samuel 1 livro
Os dois de Reis 1 livro
o Últimos profetas Isaías 1 livro
Jeremias 1 livro
Ezequiel 1 livro
Os doze profetas menores 1 livro
ESCRITOS
o Livros Poéticos Salmos 1 livro
Provérbios 1 livro
Jó 1 livro
o Os cinco rolos Cantares 1 livro
Rute
Lamentações de Jeremias 1 livro
Eclesiastes 1 livro
Ester 1 livro
O cânon hebraico não segue a ordem cronológica, uma vez que essa não era a principal
preocupação dos judeus.
18
COMFORT, Philip Wesley. Obra citada. Pág. 81
18 | P á g i n a
INTRODUÇÃO BÍBLICA 1
19
SILVA, Ezequias Soares da. Septuaginta: Guia histórico e literário. Hagnos. SP. 2009. Pág. 28
20
Idem. Pág. 29
21
Idem. Pág. 32
19 | P á g i n a
INTRODUÇÃO BÍBLICA 1
22
SILVA, Ezequias Soares da. Obra citada. Pág. 33
23
GILBERTO, Antônio. Obra citada. Pág. 31
24
Idem. Pág. 33
25
COMFORT, Philip Wesley. Obra citada. Pág. 99
20 | P á g i n a
INTRODUÇÃO BÍBLICA 1
4.2.1 Subdivisão
Encontra-se dividido da seguinte forma:
EPÍSTOLAS:
o Paulinas Romanos, I e II Coríntios, 13 epístolas
Gálatas, Efésios, Filipenses,
Colossenses, I e II
Tessalonicenses, I e II
Timóteo, Tito e Filemom.
Total 27 livros
4.2.3 Testemunhas
Alguns cristãos primitivos dão testemunho desses escritos, são eles:
26
GILBERTO, Antônio. Obra citada. Pág. 35
27
Idem.
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5. LIVROS APÓCRIFOS
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6. MANUSCRITOS BÍBLICOS
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