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APOSTILHA FOI COPIADA DA APOSTILA AONDE O NOSSO PASTOR

MARCOS CEZAR DA IGREJA ASSEMBLEIA DE DEUS ESUDA.

JOAQUIM NABUCO - PERNAMBUCO

DICA:

1- Qualquer dúvida de palavras ou certa parte. Você pesquisa oque


significar no ChatGPT.

2- Memorize os versículos que estão na Lição. Mas, não precisa você


estudar as suas explicação. Você pode estudar as explicação desses
versículos que você memorizou quando estiver com alguma dúvida ou que
saber oque o versículos quer dizer.

LIÇÃO 1

AS ESCRITURAS

A palavra "Bíblia" tem sua origem na expressão "coleção de livros


pequenos". Ela se refere a um conjunto de livros que se encaixam
unidos
perfeitamente uns nos outros. Esses livros foram agrupados em um
único volume ao longo de um longo período da história, sob a
direção
orientação divina. Esse processo é chamado de "canonização", que
cartas
significa o reconhecimento formal e respeitoso pela Igreja dos escritos
inspirados por Deus no Antigo e no Novo Testamento. Esse conjunto de
Cartas
escritos sagrados é chamado de "cânon" ou "Escrituras". Além do termo
"Escrituras", a Bíblia também recebe outras designações, como "o
Livro", "a Lei e os Profetas" e "oráculos de Deus".

I - A ORIGEM DAS ESCRITURAS:

Na Segunda Epístola de Paulo a Timóteo 3.16, está escrito que "toda


escritura é divinamente inspirada...". Isso significa que as Escrituras
têm sua origem sobrenatural e são a Palavra infalível de Deus. Antes de
existirem escrituras, Deus costumava revelar-se verbalmente às suas
criaturas na Terra.

A revelação divina nas Escrituras: A palavra "revelação" significa


"mostrar, tornar conhecido". É quando Deus torna conhecida a sua
verdade. Inicialmente, Deus se revelava através da natureza, ou seja,
pela Criação (SI 19.1-6). No entanto, quando o pecado entrou no
mundo, a humanidade se afastou de Deus, e a revelação natural
tornou-se insuficiente. Isso levou à necessidade de uma revelação mais
clara e específica, que veio por meio da escrita.

A revelação escrita: Para nos mostrar seu amor e vontade de maneira


mais clara, Deus escolheu a escrita como meio de comunicação. Isso
não substituiu a revelação natural, mas a complementou, permitindo
que as pessoas entendessem Deus de forma mais pessoal. Antes da
revelação escrita, as pessoas tinham a revelação natural disponível,
mas Deus decidiu que sua Palavra deveria ser conhecida por todos,
então escolheu idiomas como o hebraico e o grego.

A revelação pessoal: Deus é uma entidade pessoal que se comunica com


seres racionais. Ele não é uma força impessoal, mas uma presença
pessoal. Deus se revelou de forma pessoal através de Jesus Cristo, que
é chamado de "Verbo Divino" que se fez carne (Jo 1.1-12). As profecias
bíblicas já anunciavam que Deus se revelaria pessoalmente por meio de
Jesus (Jo 1.18; 5.39).

II - A INSPIRAÇÃO DAS ESCRITURAS:

No ponto anterior, discutimos as três maneiras pelas quais Deus se


revela aos humanos. No entanto, é importante distinguir entre revelação
e inspiração. A revelação é o ato de Deus tornar-se conhecido pelos
humanos, enquanto a inspiração refere-se a como os humanos recebem
e transmitem essa revelação. No Novo Testamento, a palavra grega
"theopneustos" significa "soprado ou inspirado por Deus". É por isso que
Paulo diz que "toda a Escritura é divinamente inspirada".

A inspiração das Escrituras, ou seja, como elas foram escritas, é


theopneustos. Isso significa que cada palavra na Bíblia foi soprada por
Deus, capacitando os escritores a registrarem de maneira correta e
precisa a revelação divina, incluindo cada palavra. Quando dizemos
"inspiração verbal", queremos dizer que cada palavra foi inspirada por
Deus, e quando falamos em "inspiração plenária", queremos dizer que a
Bíblia como um todo é completa e integral, o que se opõe à ideia de
apenas partes dela serem inspiradas.

Apesar de os escritores bíblicos terem usado suas próprias palavras, o


Espírito Santo os influenciou na escolha das palavras, levando em
conta suas personalidades e contextos culturais. Portanto, embora a
Bíblia contenha palavras humanas, é considerada a Palavra de Deus.

III - A INERRÂNCIA DAS ESCRITURAS: NÃO POSSUI ERROS

O conceito de inerrância das Escrituras entra em conflito com algumas


pessoas críticas modernas que não acreditam que as Escrituras sejam
infalíveis. Esses críticos pensam que pode haver erros na Bíblia devido
à combinação de palavras divinas e humanas. No entanto, para nós,
que acreditamos que as Escrituras são completamente inspiradas,
temos certeza de que as dificuldades encontradas geralmente podem ser
explicadas pelos textos paralelos encontrados em toda a Bíblia. As
Escrituras são a Palavra de Deus, que não contém erros e revelam a
verdade divina de maneira clara e evidente.

O ensinamento genuíno da Bíblia não apresenta discrepâncias


doutrinárias, sendo consistente em todo o mundo e aplicável a qualquer
cultura (João 17.17; 2 Timóteo 3.16; 2 Pedro 1.19, 14, 15; Provérbios
22.21).

A infalibilidade das Escrituras tem sido contestada por muitos


"racionalistas" que valorizam a razão humana. No entanto, o
racionalismo científico, com seus métodos de estudo e pesquisa, não é
capaz de analisar e responder a todas as questões humanas. Esses
métodos são limitados quando se trata de questões além da matéria. A
ciência não pode estudar elementos que não podem ser medidos ou
pesados, como a alma humana. Portanto, o poder sobrenatural das
Escrituras não pode ser avaliado em laboratórios, já que se trata de algo
milagroso e sobrenatural.

A Bíblia tem duas formas de autoridade. A autoridade divina é


demonstrada pela infalibilidade das Escrituras, uma vez que elas têm
sua origem em Deus e expressam a mente de Deus. A autoridade
humana é reconhecida porque Deus escolheu pelo menos 40 homens
que receberam Sua Palavra e a transmitiram por escrito.

IV - A MENSAGEM DAS ESCRITURAS:

As Escrituras apresentam Deus como Criador e Senhor de tudo. Elas


testificam da existência de Deus e de tudo o que Ele fez, faz e fará. Toda
a Criação está sujeita a Ele e depende dEle. O Eterno converge todas as
coisas para a sua glória e alegria do seu povo. Vários textos confirmam
esses fatos: Gn 1.1; SI 95.6; 104.30; Is 40.26; Ef 3.9; Ap 10.6.

1. As Escrituras apresentam sem reservas a verdade e a


realidade do pecado. Nenhum outro livro no mundo tem o poder
de revelar o pecado e seu caráter maligno como a Bíblia. Ela não
filosofa sobre o pecado, mas trata-o com clareza e o expõe sem
qualquer reserva, como uma dívida do homem contraída com
Deus (Rm 1.18-32; 3.23; 5.12).
2. A Bíblia apresenta o plano de salvação para o homem. As
religiões tentam salvar o homem pelos seus próprios méritos; no
entanto, a salvação só é possível através da solução única
apresentada na Bíblia. A redenção humana foi planejada no céu
pelo Pai, consumada na Terra pelo Filho e é oferecida pelo
Espírito Santo (Tt 3.5). Somente Deus, através de sua poderosa
Palavra e mediante o sangue redentor de seu Filho, pode resgatar
o homem da perdição eterna (At 4.12; Ec 19.10).

CONCLUSÃO:

As Escrituras têm tido um impacto prático evidente: elas têm tido um


efeito positivo nas sociedades, mudado vidas e oferecido orientação,
inspiração e conforto a muitas pessoas. Podemos confiar nelas para
guiar completamente nossas vidas e encontrar os princípios para o
bem-estar e a liberdade humanos. O Senhor as estabeleceu como uma
regra, um guia, alimento e fonte de bênçãos para a vida dos crentes.

LIÇÃO 2

DEUS

Desde que nossos primeiros pais, Adão e Eva, pecaram, as pessoas têm
lutado para conhecer a Deus e ter um relacionamento próximo com Ele.
Antes do pecado entrar no mundo, as pessoas podiam se comunicar
livremente com o Criador. No entanto, quando o pecado entrou, a
comunhão direta com Deus foi perdida. O pecado criou uma separação
entre Deus e a Sua criação mais preciosa, a humanidade.
I - O DEUS QUE O MUNDO DESCONHECE (Atos 17.25-27)

Em uma cidade onde as pessoas adoravam muitos deuses diferentes (v.


22). Quando Paulo chegou a Atenas, ficou surpreso com a quantidade
de ídolos e templos dedicados a diversos deuses. A cidade era cheia de
estátuas e santuários feitos com mármore, e cada um deles
representava um deus diferente (Atos 17.16). Havia um local de reunião
chamado Areópago, onde as pessoas costumavam discutir questões
religiosas e filosóficas. Isso era típico da cidade, pois as pessoas em
Atenas adoravam novas ideias e conhecimento. Paulo, ao perceber toda
essa adoração a deuses falsos, começou a falar sobre Jesus e Sua
ressurreição. Isso chamou a atenção dos filósofos epicureus e estóicos,
que eram conhecidos por sua busca constante por sabedoria. Eles
queriam saber mais sobre essa doutrina diferente que Paulo estava
ensinando.

II - MOTIVOS PARA CRER EM DEUS

Aproveitando discretamente a oportunidade naquele momento, Paulo


desafiou os atenienses a conhecerem o "Deus desconhecido" a quem
eles prestavam homenagens, mesmo sem saber exatamente quem Ele
era (versículos 23, 24). Nesse discurso enfático, o apóstolo destacou as
principais características do Criador.

Através dessas características, encontramos evidências que fortalecem


nossa crença em Deus.

2. A realidade da autoexistência de Deus. A palavra "autoexistência"


se refere ao atributo de Deus que significa que Ele existe por Si
mesmo, não dependendo de nada nem ninguém para existir. No
Areópago, Paulo apresentou o Senhor como um Ser
transcendente, ou seja, alguém que não está limitado a habitar
em templos construídos por seres humanos (versículo 24). Os
atenienses acreditavam que os deuses dos muitos templos ao
redor do Areópago residiam nessas construções, representados
por estátuas e imagens. No entanto, Paulo explicou que o
verdadeiro Deus não pode ser confinado a lugares feitos por
humanos. Ele é o Deus do céu e da terra, o Criador de tudo. Ele
não é apenas uma ideia abstrata ou energia, mas um Ser real e
pessoal. A carta aos Hebreus também afirma que "quem se
aproxima de Deus precisa crer que Ele existe" (Hebreus 11.6).
Portanto, Deus é um Ser perfeito e vivo.
3. A evidência de um propósito para todas as coisas criadas. Uma
das razões para acreditar na existência de Deus é o fato de que
todas as coisas têm um propósito, uma razão para existir. Tudo
tem um plano e um objetivo, o que indica a existência de um
plano divino no Universo. Todas as coisas no Universo foram
criadas por Deus com um propósito específico, de acordo com Seu
plano divino (versículo 24; Salmo 19.1). A criação do mundo e de
nós mesmos estava de acordo com o plano eterno de Deus.

III - OS ATRIBUTOS DE DEUS

Os atributos de Deus não equivalem simplesmente a meras atribuições


humanas, mas são revelações que o próprio Senhor faz de si mesmo.
São características ou qualidades que o tornam independente e distinto
de sua Criação. Essas características descrevem sua natureza e caráter
divinos. Através delas, podemos compreender melhor a pessoa de Deus,
como Ele existe e atua entre os homens.

1. Deus é Espírito. Deus não está limitado ou confinado a algum


elemento físico; ou seja, Ele não tem, como nós, um corpo
material. Deus, sendo Espírito, é imortal, invisível e eterno (João
4.24). O apóstolo Paulo assim assevera: Deus "não habita em
templos feitos por mãos humanas" (v. 24). Isso significa que é
impossível vê-lo ou tocá-lo. Por ser Espírito, Ele é atemporal e
imparcial; o tempo não o limita nem o espaço, porque Ele pode
estar em todos os lugares ao mesmo tempo (Mateus 18.20;
28.20).
2. Deus é transcendente. A Bíblia nos diz que Deus, que criou o
mundo e tudo o que nele existe, é o "Senhor do céu e da terra" (v.
24). Isso significa que Ele está acima de todas as coisas criadas e
não está limitado à matéria. O profeta Isaías, em uma visão, viu o
Senhor "sentado em um trono elevado e sublime" (Isaías 6.1), o
que revela a Sua transcendência. Mesmo que os seres humanos
possam compartilhar de alguns atributos divinos de maneira
limitada, as qualidades de Deus estão em um nível muito
superior ao nosso. Ele é infinitamente superior às Suas criaturas.
O Salmo 8, escrito por Davi, também fala sobre como Deus está
acima de Sua criação (Salmo 8.1, 3, 4). A transcendência de Deus
não significa que Ele está isolado nos céus e distante de Suas
criaturas, como algumas crenças ensinam. Pelo contrário, a
transcendência divina significa que Ele está presente em todos os
lugares ao mesmo tempo, existindo tanto "além" do mundo
quanto "dentro" do mundo.
3. Deus é imanente. O apóstolo Paulo disse aos atenienses que
Deus criou toda a raça humana a partir de um único ancestral,
Adão (v. 26). Isso mostra como Deus está intimamente ligado à
humanidade, pois todos nós descendemos de uma única pessoa.
Paulo também destacou que Deus determinou quando e onde as
pessoas viveriam na Terra (v. 26). Isso significa que, à medida que
a população humana crescesse, as pessoas se espalhariam por
todo o mundo, de acordo com o plano de Deus. Esse texto
ressalta a ideia de que Deus está presente em nossa vida
cotidiana e conhece os eventos futuros, revelando Sua
presciência. A salvação é alcançada pela imanência de Deus em
Jesus Cristo, que é descrito como "o caminho" para nos levar a
Deus (João 14.6).
4. Deus é soberano. A Bíblia diz que é "Deus mesmo quem dá a
todos a vida, a respiração e todas as coisas" (v. 25). Ele
"determina os tempos" (v. 26; Daniel 1.21). Deus é transcendente
e soberano; Ele está acima de tudo e de todos, mas também é
imanente e está intimamente ligado à sua Criação. Em Jesus, o
próprio Deus habitou entre os homens (João 1.1).
5. O Todo-Poderoso é um Deus Pessoal. Acreditamos em um Deus
que é uma pessoa com quem podemos nos relacionar. Não
estamos buscando algo impessoal, mas sim o Senhor, que tem
uma personalidade. Ele se identifica como pessoa quando diz "EU
SOU O QUE SOU" (Êxodo 3.14) na Bíblia. Os pronomes pessoais
são usados para se referir a Deus na Bíblia, e Suas
características morais, como justiça, amor, alegria e ira, mostram
que Ele é uma pessoa. O amor, por exemplo, é uma emoção que
não pode ser experimentada por algo impessoal (João 3.16;
Romanos 5.8). Embora não possamos entender completamente
Deus, Ele se revela de várias maneiras para que possamos
conhecê-Lo. A existência de Deus não pode ser comprovada
apenas pela lógica humana, mas Ele existe por Si mesmo, não
dependendo de nenhum outro ser. Ele é a fonte da vida, criando-a
e sustentando-a.
LIÇÃO 3

CRISTO

Nosso objetivo principal nesta lição é fortalecer a fé no que a Bíblia nos


ensina sobre Jesus Cristo e destacar o que Ele realmente significa em
nossas vidas. Portanto, não ficaremos apenas nos aspectos doutrinários
do assunto.

Durante o segundo milagre da multiplicação, narrado em Mateus


15.29-39 e 16.13, Jesus estava no auge de Seu ministério, e o interesse
público pelos milagres que Ele realizava estava muito alto. O nome de
Jesus era frequentemente mencionado e discutido entre as classes
religiosas e o povo em geral. Todos queriam conhecê-Lo devido aos
sinais e maravilhas que Ele realizava. Muitos se perguntavam quem era
Ele.

Foi nesse contexto que Jesus, em Cesareia de Filipe, em um local


montanhoso e isolado, fez uma pergunta aos Seus discípulos: "Quem as
pessoas dizem que é o Filho do Homem?" (Mateus 16.13).

1 - O QUE PENSAM OS HOMENS ACERCA DE CRISTO:

1. A especulação humana acerca de Jesus (Mt 16.14): É comum


haver muitas especulações sobre a vida de uma pessoa famosa, e
quase sempre nenhuma delas corresponde à realidade. Muitas
informações podem circular sobre alguém, incluindo suas
realizações, qualidades e personalidade, mas é difícil formar um
julgamento preciso até que se conheça a pessoa intimamente.
Isso também aconteceu com Jesus.

Naquela época, Israel estava passando por um período difícil,


enfrentando muitas dificuldades devido a pressões políticas e às
exigências rigorosas de sua religião. Nesse contexto desafiador,
surgiu um homem que era diferente de todos os outros, vindo de
uma cidade insignificante chamada Nazaré. Todos estavam
curiosos para descobrir quem Ele era.

Opiniões distorcidas acerca de Jesus (Mt 16.14): Muitas vezes,


Jesus usou o termo "Filho do homem" para destacar sua natureza
humana, mesmo sendo divino. Ele fez isso para evitar mal-
entendidos sobre sua missão na Terra. Quando os discípulos
foram questionados sobre a opinião das pessoas a seu respeito,
eles mencionaram várias crenças populares. Alguns achavam que
Ele era João Batista, outros acreditavam que Ele era Elias, e
ainda havia quem pensasse que Ele era Jeremias. Claramente, as
pessoas tinham concepções equivocadas sobre a verdadeira
identidade de Jesus.

A resposta que Jesus queria ouvir (Mt 16.15,16): Isso mesmo,


Jesus estava mais interessado em saber o que Seus seguidores
acreditavam sobre Ele do que nas opiniões gerais das pessoas. Pedro
respondeu de forma clara e firme: "Tu és o Cristo, o Filho do Deus
vivo". Essa resposta foi direta e sem rodeios, e Jesus aprovou com
entusiasmo. Com essas palavras, Pedro estava expressando a ideia
de que Jesus era o Messias esperado, o "Escolhido" que Deus havia
prometido para libertar o povo de Israel de seus opressores. Foi uma
resposta muito importante.

A resposta de Pedro não foi simplesmente fruto de sua própria


inteligência ou conhecimento; ele recebeu uma revelação direta do
Espírito Santo (conforme registrado em Mateus 16.17). Essa revelação
foi fundamental, pois permitiu a Jesus esclarecer as dúvidas sobre Sua
divindade e também conscientizar Seus discípulos sobre Sua missão
como o Messias. Jesus veio para desfazer as obras de Satanás e salvar
os pecadores da condenação eterna. Foi um momento de grande
importância na compreensão de quem Jesus realmente era e qual era o
propósito de Sua vinda.

ESPECULAÇÕES SOBRE A DUPLA NATUREZA DE CRISTO:

O que pensavam os homens acerca de Jesus no decorrer dos anos?


Várias teorias surgiram entre os religiosos, intelectuais e filósofos dos
primeiros séculos da era cristã. Vejamos algumas teorias:

1. Ebionitas: Esse grupo que surgiu no início do século II d.C. e


desenvolveu-se a partir de uma ramificação do cristianismo
judaico é conhecido como os "ebionitas." Os ebionitas rejeitavam
a divindade de Jesus e mantinham a crença estrita no
monoteísmo, acreditando que somente o Pai era Deus. Para eles,
Jesus era visto como um homem comum, nascido de Maria e
José, e não como o Filho de Deus. Suas crenças divergiam das
doutrinas cristãs ortodoxas e causaram controvérsias no início do
cristianismo.
2. Gnósticos: Os grupos que surgiram no mesmo período dos
ebionitas e eram subdivididos em distintos grupos, de acordo com
suas crenças, eram conhecidos como os "gnósticos." Os gnósticos
tinham diversas correntes e interpretações, mas em geral,
acreditavam que a matéria era inerentemente má, o que levava a
visões divergentes de Cristo. Alguns gnósticos negavam a
humanidade de Jesus, argumentando que Ele era puramente
divino e espiritual, enquanto outros viam Jesus como um ser
divino que possuía conhecimento secreto (gnosis) que permitia a
salvação espiritual. Essas crenças divergentes em relação a Cristo
estavam fundamentadas em suas ideias sobre a natureza da
realidade, da matéria e do conhecimento espiritual. de acordo
com João 1.14.
3. Arianos: Os seguidores de Ário, conhecidos como arianos,
surgiram no final do século III d.C. e seguiam as ideias de Ário,
um presbítero de Alexandria, no Egito. A principal teoria dos
arianos consistia na negação da divindade de Cristo. Eles
acreditavam que o Verbo divino não podia encarnar-se de
maneira plenamente real, como em uma carne humana, e, assim,
tinham uma visão distorcida da divindade de Jesus. Essas
crenças arianas causaram muitos debates teológicos e divisões na
Igreja primitiva. Para abordar essa questão, foram realizados
diversos concílios, como o Primeiro Concílio de Niceia em 325
d.C., onde a Igreja definiu a doutrina cristã da divindade de Jesus
Cristo e a rejeição das visões arianas, estabelecendo o Credo
Niceno como uma declaração de fé que afirmava a coeternidade e
a consubstancialidade do Filho com o Pai. Portanto, embora os
arianos tenham gerado controvérsias e divisões, a Igreja primitiva
afirmou a verdadeira natureza divina de Cristo através desses
concílios.
4. Nestorianos: Os seguidores de Nestório, conhecidos como
nestorianos, eram discípulos de Nestório, que foi patriarca de
Constantinopla. A principal característica das crenças
nestorianas era a negação da união real e completa entre as duas
naturezas de Cristo. Eles viam Cristo como tendo duas partes ou
divisões distintas, o que estava em desacordo com o ensinamento
ortodoxo da Igreja. Isso causou uma controvérsia teológica e levou
à condenação da visão nestoriana como herética pela Igreja.
Portanto, os nestorianos acreditavam em uma separação
excessiva das naturezas divina e humana de Cristo, o que foi
rejeitado pela ortodoxia cristã.

O QUE A BÍBLIA ENSINA SOBRE A DUPLA NATUREZA DE


CRISTO:
Segundo os ensinamentos da Bíblia, há uma só personalidade em
Cristo, mas duas naturezas: a humana e a divina. No entanto, essas
naturezas estavam de tal modo unidas e relacionadas que formavam
uma única personalidade. O autor da Epístola aos Hebreus escreveu: "E
visto como os filhos participam da carne e do sangue, também ele
(Cristo) participou das mesmas coisas..." (Hb 2.14). Ao assumir a
humanidade, sendo Deus, Ele uniu-a à sua divindade.

1. A natureza divina de Cristo: Pedro, ao testemunhar de Cristo no


Dia de Pentecostes, apresentou-o como "Jesus, o Nazareno, varão
aprovado por Deus" (At 2.22). Da mesma forma, o apóstolo Paulo,
fortalecendo a doutrina da dupla natureza de Cristo, fez a
seguinte declaração: "Porque há um só Deus e um só Mediador
entre Deus e os homens, Jesus Cristo, homem" (1 Tm 2.5). Jesus
Cristo não era em parte Deus e em parte homem. Ele era cem por
cento Deus e, ao mesmo tempo, cem por cento homem.

O Senhor Jesus não deixou de ser Deus, nem foi metade Deus e metade
homem. Ele, por amor, simplesmente despiu-se de sua glória para
reivindicá-la novamente na consumação de sua obra (Jo 17.1-5).

2. A natureza humana de Cristo: Por diversas vezes, o Mestre


referiu-se a si como o "Filho do homem" para confirmar a sua
humanidade. Ele possuía os elementos essenciais da natureza
humana, isto é, um corpo natural e uma alma racional; tinha
uma mente humana e outras características pertinentes ao ser
humano, como fome, sede, cansaço, ansiedade,
desapontamentos, etc. (ver Mc 2.16; Jo 4.6).

Pedro, ao testemunhar de Cristo no Dia de Pentecostes, apresentou-


o como "Jesus, o Nazareno, varão aprovado por Deus" (At 2.22). Da
mesma forma, o apóstolo Paulo, fortalecendo a doutrina da dupla
natureza de Cristo, fez a seguinte declaração: "Porque há um só
Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo,
homem" (1 Tm 2.5). Jesus Cristo não era em parte Deus e em parte
homem. Ele era cem por cento Deus e, ao mesmo tempo, cem por
cento homem.

O Senhor Jesus não deixou de ser Deus, nem foi metade Deus e
metade homem. Ele, por amor, simplesmente despiu-se de sua glória
para reivindicá-la novamente na consumação de sua obra (Jo 17.1-
5).
LIÇÃO 4

O ESPÍRITO SANTO

Vivemos hoje na proclamada dispensação do Espírito Santo (2 Co 3.8).


Suas multiformes operações mantêm a Igreja de Cristo viva, dinâmica e
atuante. Entretanto, ao longo dos séculos, essa doutrina vem sofrendo
grandes distorções, gerando incredulidade em alguns e fanatismo em
outros. Um dos grandes equívocos a respeito do Espírito Santo é tratá-
lo como algo impessoal, como se Ele fosse uma coisa qualquer, um
poder, uma energia ou simples influência. Nesta lição, estudaremos os
aspectos de sua personalidade e divindade.

I - A PERSONALIDADE DO ESPÍRITO SANTO:

A pessoa do Espírito não pode ser confundida com alguma forma


corpórea. Ele não necessita de corpo material para manifestar-se. Sua
personalidade é espiritual e incorpórea. Não se trata de um espírito
criado, como um anjo ou um homem. A palavra "espírito" deve ser
interpretada com cuidado. Em relação ao homem, seu espírito foi criado
por Deus. Em relação ao próprio Deus, a palavra "espírito" ganha um
sentido especial, porque Ele é o "Espírito Eterno" (Hb 9.14). Ele é o
Espírito pessoal que se comunica com os homens com todas as
manifestações próprias da sua personalidade.

1. Ao referir-se ao Espírito Santo, a Bíblia utiliza-se de pronomes


pessoais. Encontramos em João 16.8, 13, 14 pronomes pessoais
como "ele", "aquele", "dele", etc. Em João 14.16, temos a
expressão "outro Consolador" referindo-se ao Espírito Santo como
Pessoa. Ao afirmar que enviaria o Espírito Santo, o Consolador,
Jesus usou o pronome grego "outro" (allos), significando "outro do
mesmo tipo". Isso quer dizer que Ele enviaria outra pessoa
especial, o "paracleto", que ficaria com seus discípulos para
sempre. O termo "paracleto" significa "aquele que vem para
socorrer, ajudar, assistir". O Espírito Santo exerce atributos de
uma personalidade. Há, pelo menos, três atributos que revelam a
personalidade do Espírito: o intelecto, a vontade e o sentimento.
Através do intelecto, o Espírito Santo fala, pensa, raciocina e tem
poder de determinação, elementos típicos de personalidade (Rm
8.27; 1 Co 2.10, 11, 16). Através da vontade, o Espírito tem o
poder de agir de conformidade com a economia divina (Hb 2.4).
Um elemento proeminente de sua vontade é a liberdade de
distribuir seus dons aos homens (1 Co 12.11). Em relação ao
sentimento do Espírito, é evidente que Ele possui todos os graus
de afeição e sensibilidade de quem ama: consola, geme, chora e
intercede (Rm 8.26, 27; Ef 4.30).

II - A DEIDADE DO ESPÍRITO SANTO:

Nas Escrituras, o Espírito Santo é expressamente chamado Deus. Ele


possui os atributos de Deus e realiza obras que somente o Altíssimo
poderia realizar.

1. O Espírito Santo possui os atributos divinos. Dentre os vários


atributos divinos do Espírito Santo, podemos citar: eternidade,
imutabilidade, onisciência, onipresença, onipotência, infinitude,
etc. Para esta lição, destacaremos apenas dois atributos:
imutabilidade e eternidade.

a) Ele é imutável como Deus é (Ml 3.6). Ele não é vulnerável


diante das circunstâncias, como os seres humanos. O Espírito
Santo é eternamente firme, inalterável e perfeito em seus juízos.

b) Ele é eterno (Hb 9.14). O que nos diz o escritor da Epístola aos
Hebreus: "Quanto mais o sangue de Cristo, que pelo Espírito
Eterno se ofereceu a si mesmo imaculado a Deus, purificará as
vossas consciências das obras mortas para servirdes ao Deus
vivo?" (Hb 9.14).

2. O Espírito Santo realiza as obras que somente Deus pode realizar.


Foi o Espírito de Deus quem deu vida à Criação (Gn 1.2). Foi o
Espírito Santo quem levantou a Cristo da morte, mediante a
ressurreição (Rm 8.11), e é o Espírito Santo quem transforma os
homens em novas criaturas, por meio do novo nascimento (Jo
3.3-8).

III - AS ATIVIDADES DO ESPÍRITO SANTO:

1. As três dimensões da operação do Espírito no ser humano:

O Espírito Santo opera em três dimensões distintas: na mente, no


sentimento e na vontade.
a) Na esfera da mente: O Espírito atua no intelecto, convencendo
o pecador acerca de sua necessidade de um Salvador pessoal,
persuadindo o pecador a reconhecer sua culpa e necessidade de
salvação (João 16.8).

b) Na esfera do sentimento: O Espírito procura sensibilizar o


pecador acerca de seu estado espiritual, persuadindo-o à decisão
pela salvação. Pela área do sentimento, o Espírito Santo conduz o
pecador à emoção e à alegria de receber a dádiva divina: a
salvação em Cristo.

c) Na esfera da vontade: O Espírito Santo desperta o desejo da


decisão por Cristo (João 16.8-10).

HOMEM E FORMADO POR:

Corpo: Matéria.
Alma: Centro das Emoções.
Espírito: Folego de Vida, que mantem o corpo vivo.

2. O Espírito convence o mundo do pecado, da justiça e do juízo


(João 16.8-11):

a) O Espírito convence do pecado: A missão do Espírito Santo é


convencer o pecador sobre seu estado de perdição eterna, caso
não aceite a única providência divina para a salvação da
humanidade: a expiação do pecado mediante o sacrifício vicário
de Cristo. O pecador não é forçado pelo Espírito Santo a decidir-
se ao lado de Cristo ou a reconhecer-se culpado. O Espírito não
utiliza argumentos da lógica humana; ele convence o pecador pelo
seu poderoso, amoroso e persuasivo testemunho.

b) O Espírito convence da justiça: Ao convencer o pecador de


suas transgressões e da consequente dependência de Deus, o
Espírito da verdade apresenta convincentemente a única solução
para o homem: a redenção mediante a "justiça de Cristo" (Rm
3.21-25).

c) O Espírito convence do juízo (João 16.8, 11): Cristo recebeu


a condenação da nossa culpa (Is 53.4,5), que foi o juízo imediato
contra o pecado. Entretanto, aqui a palavra "juízo" possui,
também, sentido futuro, ou seja, o juízo divino que será
derramado sobre aqueles que rejeitarem a graça salvadora de
Cristo oferecida hoje. O Espírito Santo trabalha incessantemente
no sentido de convencer as pessoas acerca do inevitável juízo
futuro contra o pecado, os pecadores e o Diabo. De certo modo, o
juízo contra o Diabo já foi decretado na consumação da obra
expiatória de Cristo (Cl 2.14,15). Um dia, todos os ímpios de
todas as eras comparecerão perante o grande Trono Branco no
Juízo Final (Ap 20.11-15).

3. O Espírito opera na conversão dos pecadores: Há uma grande


diferença entre sentir simpatia pelo evangelho e converter-se
sinceramente a Cristo. Entretanto, quando alguém ouve
atentamente a voz do Espírito de Deus e se convence da verdade
do evangelho, sua vida é radicalmente mudada, transformada.
Após o derramamento do Espírito no Dia de Pentecostes, o
apóstolo Pedro levantou sua voz e pregou com autoridade:
"Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados
os vossos pecados" (Atos 3.19). A verdadeira conversão traduz-se
no arrependimento sincero do pecador e na imediata regeneração
operada pelo Espírito Santo em seu interior.

CONCLUSÃO: Quando o homem "nasce de novo", sua nova vida em


Cristo torna-se o centro das operações do Espírito, que produzem
benefícios, tanto para o próprio crente como para a Igreja, o "corpo de
Cristo". O trabalho do Espírito é confirmar a salvação recebida (Rm
8.16), dando ao novo crente a certeza de que está realmente salvo. A
partir de então, o Espírito Santo conduz o crente à vitória sobre o
pecado, que antes o dominava. Confiemos, pois, plenamente no
trabalho do Espírito de Deus. Ele quer nos encher de poder e
autoridade espirituais para nos tornar capazes de rejeitar o pecado e
vencer as tentações. Se vivermos sob a orientação do Espírito,
estaremos aptos a dominar as concupiscências da carne e do mundo
(Rm 8.4; Gl 5.16).

DICA:

1- Qualquer dúvida de palavras ou certa parte. Você pesquisa oque


significar no ChatGPT.
2- Memorize os versículos que estão na Lição. Mas, não precisa você
estudar as suas explicação. Você pode estudar as explicação desses
versículos que você memorizou quando estiver com alguma dúvida ou que
saber oque o versículos quer dizer.

LIÇÕES 5

OS ANJOS

Compreender a doutrina sobre os anjos é de grande importância para


os cristãos, especialmente em um contexto em que há um crescente
interesse em desvendar os mistérios do mundo espiritual. Muitas
pessoas anseiam por respostas às suas perguntas sobre assuntos
espirituais, e a questão dos anjos tem sido explorada de diversas
maneiras por várias formas de misticismo. Portanto, para os cristãos,
ter uma compreensão sólida da doutrina dos anjos é crucial para
discernir a verdade das crenças e práticas espirituais em circulação.

OS TRÊS CÉUS:
Primeiro Céu: e o que podemos ver a olho nu.
Segundo Céu: e o cósmico, a cima das nuvens, do sol, da lua e dos
planetas e do Espaço Sideral.
Terceiro Céu: esse céu e chamado dos Céus dos Céus, e designa a
morada do Altíssimo. Gal 1:8, Mt 18:10 e Mc 13:32

I - A REALIDADE DA CRIAÇÃO ESPIRITUAL: Na ordem da criação


divina, destacam-se a criação espiritual e a criação material.

1. A CRIAÇÃO ESPIRITUAL (Neemias 9.5,6; Salmos 33.6-9; 148.4-


7; Colossenses 1.16). De acordo com o que a Bíblia nos revela, a
criação espiritual ocorreu antes da criação material. Deus criou
seres espirituais para cumprir Seus propósitos de acordo com
Sua soberana vontade. Esses seres espirituais são chamados de
anjos. Portanto, os anjos são criaturas racionais que existem
apenas no mundo espiritual, não têm a capacidade de se
reproduzir, mas possuem habilidades para desempenhar várias
funções tanto nos céus como na terra (Hebreus 1.14).
2. ONDE HABITAM ESSES SERES ESPIRITUAIS? A Bíblia não
menciona nenhum local no mundo material como a habitação dos
anjos. Muitas vezes, a ficção popular cria imaginações sobre
mundos alienígenas nas galáxias, onde supostos seres
extraterrestres vivem. No entanto, essas ideias são fantasias e
produtos da imaginação humana. É importante observar que a
Bíblia usa a palavra "céu" no plural, indicando a existência de
pelo menos três céus. O primeiro céu é o das nuvens, que é visível
a olho nu (Tiago 5.18). O segundo céu é o cósmico, que está além
das nuvens, do sol, da lua, dos planetas e do espaço sideral. O
terceiro céu é conhecido como o "céu dos céus" e se refere à
"morada do Altíssimo" (Atos 7.49). É um lugar espiritual
totalmente inacessível à matéria, onde habitam os santos anjos
(Marcos 13.32; Gálatas 1.8; Mateus 18.10).

3. EXISTEM ANJOS BONS E MAUS. Quando Deus os criou, Ele os


fez perfeitos e santos. No entanto, esses seres angelicais foram
dotados de personalidade e livre-arbítrio, o que significa que
podiam fazer escolhas. Eles foram criados inicialmente com
igualdade em termos de justiça, bondade e santidade. Todos
começaram em um estado de pureza (2 Pedro 2.4; Judas 1.6). No
entanto, foi por meio do livre-arbítrio que Lúcifer, um querubim
ungido para servir ao Trono Divino, se rebelou contra o Criador e
levou milhões de outros anjos à sua revolta (Isaías 14.12-16;
Ezequiel 28.19-19). A Bíblia fala sobre esses anjos que pecaram
contra a autoridade de Deus e não mantiveram a sua posição de
honra (2 Pedro 2.4; Judas 1.6; Jó 4.18-21). No entanto, também
menciona os anjos bons, aqueles que permaneceram fiéis ao
Criador e às funções que lhes foram designadas. Esses anjos são
servos que atuam em prol daqueles que herdarão a salvação
(Hebreus 1.14).

4. Os anjos são inumeráveis. A Bíblia usa várias expressões para


indicar a quantidade incalculável de anjos criados por Deus. Por
exemplo, menciona "milhares de milhares e milhões de milhões"
de anjos (Apocalipse 5.11; Daniel 7.10; Daniel 33.2), "muitos
milhares de anjos" (Hebreus 12.22), "exércitos dos céus" (Neemias
9.6; Salmo 33.6), e "multidão dos exércitos celestiais" (Lucas
2.13). Não podemos determinar o número exato de anjos criados
porque eles são incontáveis (Salmo 148.2-5). Portanto, tão
numerosos quanto foram criados por Deus na eternidade, são os
que existem e continuarão a existir para sempre. No entanto,
Deus não os dotou da capacidade de se reproduzirem. Eles não
procriam como os seres humanos.

II - A CLASSIFICAÇÃO ANGELICAL: A Bíblia revela que os anjos são


organizados e classificados obedecendo a uma hierarquia angelical. Eles
estão presentes em todo o Universo, realizando funções específicas para
as quais são altamente capacitados, e têm liberdade para exercer essas
atividades de acordo com a vontade de Deus.

1. HIERARQUIA ANGELICAL:

a) Arcanjo: O termo "arcanjo" indica a posição mais elevada na


hierarquia angelical. Na Bíblia, fala-se apenas de um arcanjo,
chamado Miguel, que tem uma posição superior aos demais anjos
e uma missão protetora em relação ao povo de Israel, além de
exercer juízo sobre os inimigos desse povo.

b) Querubins: Esses anjos têm um significado no hebraico


relacionado a "guardar" ou "cobrir". Os querubins são uma classe
especial de anjos que estão diretamente relacionados com o trono
de Deus. A Bíblia diz que Deus habita entre os querubins.

c) Serafins: O termo "serafins" vem do hebraico "saraph," que


significa "ardente," "refulgente," ou "brilhante". De acordo com a
Bíblia, eles estão envolvidos diretamente no serviço de adoração a
Deus e proclamam e vindicam a santidade divina, louvando a
Deus constantemente.

UMA ORDEM ANGELICAL NO NOVO TESTAMENTO:

a) Tronos: Estes anjos têm uma relação vital com o trono de Deus e a
sua soberania. Eles representam a classe de anjos sobre os quais Deus
se assenta e reina sobre todas as coisas.

b) Domínios: Os "domínios" são anjos que executam as ordens de Deus


sobre as coisas criadas. Eles possuem poderes executivos para atuar
sobre o Universo, especialmente sobre a terra.
c) Principados: Os "principados" têm atividades de príncipes no reino
de Deus. Podemos entender a relação dos "principados" com a
governança de territórios no reino celestial, de forma semelhante a
como os príncipes regem territórios em reinos terrenos. Um exemplo na
Bíblia é o "príncipe" das hostes celestiais, chamado "Miguel," que exerce
cuidado providencial e proteção sobre a nação de Israel.

d) Potestades: As "potestades" referem-se a anjos especiais investidos


com poderes para executar tarefas específicas da parte de Deus. Eles
não são poderes isolados, mas têm autoridade para exercer atividades
especiais, como demonstrado em várias passagens bíblicas.

III - QUEM SÃO OS ANJOS:

1. Os anjos são criaturas: Negar que os anjos são criaturas de Deus


é negar a realidade do mundo espiritual. Eles não são meramente
figuras de linguagem ou símbolos irreais, mas criaturas reais,
superiores aos seres humanos e dotadas de qualidades morais
espirituais.
2. Os anjos são seres espirituais: Os anjos são chamados de
"espíritos ministradores" (Hebreus 1.14) na Bíblia. Eles são seres
espirituais criados por Deus, não tendo corpos materiais como os
humanos. Isso os torna diferentes de nós, pois não estão sujeitos
às limitações físicas que afetam os seres humanos. Eles são
superiores à matéria e podem se mover de um lugar para outro
com grande rapidez, como indicam várias aparições angelicais na
Bíblia.
3. Os anjos são seres pessoais: Os anjos possuem todos os
atributos de personalidade, como inteligência, vontade, emoções e
livre-arbítrio. Eles são seres pensantes, comunicam-se com Deus
e com os seres humanos, e têm a capacidade de tomar decisões
(Salmo 148.2; Mateus 24.36).
4. Os anjos e suas qualidades e atribuições: Nesse ponto, você
pode continuar discutindo as características e atribuições dos
anjos com base na sua fonte original, a Bíblia, e explicar suas
funções, tais como mensageiros de Deus, protetores, adoradores,
etc.

a) Santidade: Os anjos que servem a Deus são identificados como


"santos" na Bíblia, o que os distingue dos anjos caídos. Eles são seres
santos e puros (Apocalipse 14.10, Mateus 25.31, Marcos 8.38, Lucas
9.26, Atos 10.22).
b) Reverência: Os anjos louvam e adoram a Deus em Sua presença,
oferecendo reverência e adoração ao Senhor (Salmo 29.1-2, 89.7,
103.20, 148.2).

c) Serviço: O principal papel dos anjos de Deus é servir. Eles são


chamados de "espíritos ministradores" na Bíblia, e seu serviço envolve
cumprir as vontades e ordens de Deus (Hebreus 1.14).

d) Proteção: Os anjos cuidam e protegem os fiéis na Terra. Eles


desempenham um papel ativo na proteção daqueles que são leais a
Deus (Salmo 34.7, 1 Reis 19.5-7).

CONCLUSÃO: Com certeza, muitos detalhes das nossas curiosidades


sobre os anjos não temos respostas; contudo, as informações que temos
na Bíblia são suficientes para que estimemos esses seres criados por
Deus, sem adorá-los, nem temê-los, certos de que estão em tudo
sujeitos à vontade de nosso Pai celeste.

LIÇÃO 6

O HOMEM

Há teorias, as mais variadas, sobre a origem do homem, porém


contrárias à Bíblia Sagrada. Não passam de especulação e simples
hipóteses. A única fonte realmente autorizada e verdadeira acerca do
assunto é a Bíblia.

I - O HOMEM QUE DEUS CRIOU:

1. O que não é o homem.

a) O homem não é o resultado de uma evolução a partir de formas


de vida mais simples na Terra. A teoria da evolução de Charles
Darwin sugere que o homem se desenvolveu ao longo do tempo a
partir de outras formas de vida devido a processos naturais.
Segundo essa teoria, não existe um ponto específico onde a vida
humana começou.

b) O homem não é apenas um ser biológico e psicológico, cuja


existência termina completamente após a morte. Essa ideia foi
popularizada por Sigmund Freud, um psicólogo e filósofo.
Segundo a teoria de Freud, o comportamento humano é
principalmente motivado por coisas como sexo, fome, sede,
segurança e prazer, e não envolve uma conexão com o
sobrenatural.

O QUE É, DE FATO, O HOMEM, SEGUNDO A BÍBLIA.

a) O homem foi uma criação especial de Deus. Os primeiros capítulos


de Gênesis descrevem detalhadamente como Deus criou o homem e a
mulher. No sexto dia da criação, Deus fez os seres vivos, incluindo os
humanos (Gênesis 1.24-26). Entre todas as criaturas, o ser humano foi
a criação mais extraordinária de Deus. Embora Deus tenha criado todas
as formas de vida, Ele fez o homem de maneira única, dotando-o de
características como personalidade, vontade, emoções e consciência.

b) O homem foi criado com um propósito especial na Terra. O motivo da


existência do homem é a glória de Deus. Ele não existe por acaso, mas
foi criado com um propósito divino. O homem depende de Deus, e Deus
depende dele para cuidar da Terra.

c) O homem possui duas partes em sua natureza: uma parte física e


uma parte espiritual. O corpo humano é formado a partir do pó da
Terra, como mencionado em Gênesis 2.7. A parte espiritual do homem é
dada por Deus. Quando Deus soprou vida nas narinas do homem, Ele
deu a ele uma vida física e uma vida espiritual. A vida física está ligada
ao corpo, enquanto a vida espiritual envolve a alma e o espírito.

II - O QUE OCORREU COM O HOMEM:

1. O homem escolheu pecar voluntariamente. A Bíblia nos diz que "o


pecado entrou no mundo por meio de um homem, e a morte por
meio do pecado" (Romanos 5.12). No relato da queda de Adão e
Eva no pecado, podemos ver que eles pecaram por vontade
própria (Gênesis 3.1-12). A tentação veio de fora, através de
Satanás, que se disfarçou como uma serpente e os persuadiu a
desobedecer a Deus. Portanto, o primeiro pecado foi a
desobediência consciente de Adão e Eva à vontade de Deus. Eles
escolheram deliberadamente desobedecer ao limite que Deus
havia estabelecido.
2. O pecado afetou profundamente o homem.

a) O pecado teve impacto na vida física e mental do homem


(Romanos 5.12). A morte física tornou-se a consequência natural
do pecado em seus corpos, e a morte espiritual significou uma
separação de Deus. No Éden, Deus havia alertado que
"certamente morrerias" se comessem do fruto proibido (Gênesis
2.17).

b) O pecado afetou a vida espiritual do homem. Como diz a Bíblia,


"o salário do pecado é a morte" (Romanos 6.23). A morte, no dia
em que Adão pecou, não significou o fim imediato de sua vida
física, mas sim o início do declínio dessa vida física. Além disso,
houve uma separação espiritual de Deus, o que chamamos de
"morte espiritual".

c) O pecado de Adão nos fez herdar sua natureza corrupta


(Romanos 5.12). O texto afirma que "a morte passou a todos os
homens, porque todos pecaram". Essa herança de pecado foi
transmitida à natureza humana a partir desse ponto.

III - O JUÍZO REDENTOR E O JUÍZO CONDENATÓRIO:

1. A queda trouxe à humanidade a consciência de algo que não


queria perceber. Conforme a história da Bíblia, quando a
Serpente (que representa o Diabo) convenceu Eva a desejar o
fruto proibido, ela não hesitou em pegá-lo, experimentá-lo e dar a
Adão. A Bíblia diz que, nesse momento, "os olhos de ambos se
abriram" (Gênesis 3.7). Isso não significa que seus olhos ficaram
literalmente fechados antes, mas sim que, de repente, eles
entenderam as consequências de seus atos, e isso foi
desagradável e frustrante, pois viram a destruição de suas vidas.

2. A expectativa de um julgamento inevitável (Gênesis 3.8-13). Antes


da queda, Adão e Eva foram enganados pelos sentidos e pela
imaginação, levados pelo enganador, o Diabo. Essa é uma história
comum em todas as tentações. Começa com a atração, leva a
uma decisão baseada no desejo, mas termina em degradação,
escravidão e ruína moral e espiritual (Tiago 1.15; 1 João 2.16).
Deus havia avisado que haveria consequências inevitáveis.
Quando Deus chamou Adão no jardim, ele se escondeu
envergonhado, pois já sabia que o julgamento divino estava
chegando e tentou se desculpar por sua culpa (Gênesis 3.8-10).

3. A promessa de um julgamento redentor (Gênesis 3.14-24). Deus


ofereceu um julgamento redentor por meio da promessa de
redenção com a "descendência da mulher" que esmagaria a
cabeça da serpente (Gênesis 3.15). Essa "descendência da
mulher" era uma profecia de Jesus, que nasceu de uma mulher.
A "serpente" representa o Diabo, o instigador do pecado. A
promessa de redenção declarou a vitória da "descendência da
mulher", e assim o julgamento redentor foi prometido. No
Calvário, Jesus derrotou o antigo Diabo e assegurou nossa
redenção (Filipenses 2.5-9).

CONCLUSÃO: Deus criou o homem com objetivos claros e bem


definidos: para glorificá-Lo, cumprir a Sua vontade soberana e honrar
Seu Filho Jesus, que restaura todas as coisas.

LIÇÃO 7

O PECADO

A questão do pecado tem gerado muitas teorias. Algumas negam


completamente que o pecado exista. Outras o veem como algo normal
na vida humana. No entanto, a Bíblia não concorda com essas ideias
erradas. Ela afirma que "todos pecaram e não vivem de acordo com o
padrão de glória de Deus" (Rm 3.23).

I - A REALIDADE DO PECADO:

1. Discussão filosófica sobre o pecado. Alguns filósofos debatem o


problema do mal moral sugerindo que essa força está
intrinsecamente ligada à vida. Outros pensam que o mal teve uma
origem voluntária, ou seja, surgiu a partir da escolha livre do
homem. Também existem aqueles que tentam minimizar a gravidade
do pecado e seus resultados prejudiciais. Vamos dar uma olhada em
alguns exemplos:

a) Ateísmo. Essa teoria rejeita a ideia de que o pecado seja real, assim
como nega a existência de Deus. Existe uma relação negativa entre o
pecado e Deus, já que o pecado afeta diretamente a santidade de Deus.
Como o ateísmo nega a existência de Deus, ele também nega a realidade
do pecado.

b) Gnosticismo. Alguns ensinam que existe um princípio eterno do mal


e afirmam que no homem, o espírito é bom, enquanto o corpo é mau. No
entanto, a ideia de algo eterno e independente de Deus sendo mal é
impossível. A Bíblia mostra que o mal tem a ver com questões morais e
espirituais. Portanto, considerar o pecado apenas como algo físico é
negar seu caráter moral e espiritual. O gnosticismo tenta evitar a ideia
real do pecado, inclusive sugerindo que o corpo, por ser mau, deve ser
negligenciado através da privação e indulgência. Isso é uma grande
mentira.

c) Determinismo. Algumas pessoas que seguem essa teoria dizem que o


livre-arbítrio não existe, o que significa que ninguém é responsável por
fazer o bem ou o mal. No entanto, a Bíblia ensina que as pessoas têm a
liberdade de escolher entre o bem e o mal. O homem não deve ser
considerado uma vítima do destino ou das circunstâncias quando
comete pecados. Para os deterministas, as pessoas não merecem crédito
por fazer o bem e não merecem punição por fazer o mal, o que é
contrário ao ensinamento bíblico.

d) O hedonismo é uma ideia errada que defende que devemos fazer o


que nos dá prazer, sem pensar no que é certo ou errado. Alguns
hedonistas dizem: "Se o sexo nos faz sentir bem, por que não fazê-lo?" O
hedonismo moderno encoraja a indulgência em desejos físicos, como a
busca pelo prazer sexual, até mesmo entre os jovens, e a liberdade para
satisfazer vícios, como o consumo excessivo de álcool ou comida.

De acordo com a Bíblia, o prazer sexual é algo natural e bom, mas deve
ser desfrutado no contexto do casamento. Fora desse contexto, a Bíblia
considera atividades como excessos na comida e na bebida, ou
comportamento sexual imoral, como pecado. Em outras palavras, a
Bíblia condena a ideia de que tudo o que nos dá prazer é certo, e
adverte contra chamar o que é errado de certo e o que é certo de errado.

1. A fonte do pecado. Deus é o Criador de todas as coisas. No entanto,


Ele não é responsável pelo surgimento do pecado. A Bíblia afirma:
"Deus está longe da impiedade, e o Todo-Poderoso da perversidade"
(Jó 34.10). Portanto, é errado atribuir a Deus a autoria do pecado.
Na realidade, o pecado é uma escolha livre das criaturas de Deus,
pois elas são seres morais com a capacidade de discernir entre o
certo e o errado. O ser humano é um agente moral livre que decide
como viver sua vida.
2. A origem do pecado no Universo. O pecado teve origem nas regiões
celestiais quando o Diabo, que era um querubim que servia na
presença de Deus, encheu-se de orgulho e desejou tomar o lugar de
Deus (Is 14.13,14). Foi uma escolha deliberada de sua livre vontade
que o levou a seguir o caminho do pecado, resultando em sua
remoção de suas funções celestiais, condenação e punição eterna.
3. A origem do pecado na raça humana. A Bíblia ensina que o pecado
de Adão afetou muito mais do que apenas a ele mesmo (Rm 5.12-21;
1 Co 15.21,22). Esse pecado de Adão, muitas vezes chamado de
pecado original, tornou-se parte da natureza humana. A culpa de
Adão o tornou culpado, e essa culpa foi automaticamente
transmitida a toda a sua descendência (Rm 5.12-19; Ef 2.3; 1 Co
15.22).

II - COMO A BÍBLIA DESCREVE O PECADO:

1. A BÍBLIA USA DIFERENTES PALAVRAS TANTO NO ANTIGO


TESTAMENTO (HB - HEBRAICO) QUANTO NO NOVO
TESTAMENTO (GR - GREGO) PARA DESCREVER O PECADO.

a) Palavras para pecado que significam "desvio do caminho", como


quando um arqueiro erra o alvo.

b) Palavras que indicam "falta de integridade", quando alguém se


afasta do caminho certo.

c) Termos que descrevem o pecado como uma "revolta" ou


"insubordinação" à autoridade de Deus ou a quebra de pactos.

d) Palavras que implicam "violação da lei" ou "quebra da lei".

2. ALÉM DISSO, A BÍBLIA INCLUI EXPRESSÕES QUE EXPLICAM


O PECADO:

a) "Todo tipo de maldade é pecado" - Para Deus, qualquer pecado


é um desrespeito à Sua santidade, e Ele não faz distinção entre
tipos de pecados.

b) "Qualquer pecado é uma quebra da lei" - Pecar significa violar


ou desobedecer qualquer mandamento divino.
c) "Tudo o que não é feito com fé é pecado" - Duvidar da Palavra
de Deus é pecado, assim como rejeitar Jesus e suas promessas.

III - A CULPA E O JUÍZO DO PECADO:

A Bíblia afirma que todas as pessoas têm pecados. Isso significa que
ninguém é perfeito. Alguns exemplos disso no Antigo Testamento são:
"Todo mundo peca" e "Não há ninguém que seja totalmente bom"
(Salmos 143.2). No Novo Testamento, os apóstolos também enfatizam
esse ensinamento: "Não há ninguém que seja bom, nem uma única
pessoa" e "Todas as pessoas pecaram e não conseguem alcançar a glória
de Deus" (Romanos 3.10-12). Eles também dizem que se alguém disser
que não comete pecados, está enganando a si mesmo e não está sendo
verdadeiro (1 João 1.8).

A imputação do pecado significa "atribuir o pecado a alguém". A Bíblia


ensina que o pecado de Adão foi atribuído a todos os seus
descendentes, o que significa que todos compartilhamos a
responsabilidade pelo pecado (Romanos 5.12-21).

A culpa do pecado. Depois de Adão e Eva pecarem, eles perceberam que


tinham feito algo errado. Sentiram-se culpados por quebrar as regras de
Deus. Culpa é quando sabemos que fizemos algo errado de propósito e
sentimos que precisamos fazer algo para corrigir isso. A serpente tinha
dito a Eva que, se ela e Adão comessem o fruto proibido, eles ficariam
mais espertos. Mas, em vez disso, eles se sentiram culpados e perderam
sua boa relação com Deus. Isso causou um conflito entre o que eles
queriam fazer (satisfazer seus desejos) e o que sabiam que era certo.

O juízo contra o pecado. Isso significa a punição pelo pecado. A punição


é algo que acontece quando alguém quebrou uma regra e precisa ser
castigado por isso. A Bíblia diz que o preço a ser pago pelo pecado é
muito alto: "O salário do pecado é a morte". Levando em conta o que a
Bíblia diz sobre a justiça e santidade de Deus, a punição pelo pecado
deve ser rigorosa. A Lei diz que o pecado deve ser punido, e Deus exige
que a justiça seja feita: "Você será pago de acordo com o que fez". A
punição pelo pecado é necessária para que a justiça de Deus seja
cumprida.

CONCLUSÃO: O nosso conhecimento sobre o pecado ajuda-nos a


entender as demais doutrinas bíblicas. A compreensão da natureza do
pecado renova nossa sensibilidade espiritual; gera santidade na vida do
crente, levando-o a crer que a vida deve ser vivida na esperança certa de
um futuro além do pecado e da morte.

LIÇÃO 8

A SALVAÇÃO

A doutrina da salvação é muito importante na fé cristã, porque trata de


como Deus planeja salvar as pessoas do pecado e do castigo eterno. A
salvação não é algo que merecemos, mas é um presente de Deus que
precisamos aceitar pela fé. Nesta lição, vamos falar sobre três partes da
salvação: sendo feito certo aos olhos de Deus (justificação), recebendo
uma nova vida (regeneração) e crescendo em santidade (santificação).

I - JUSTIFICAÇÃO:

1. Definição: A justificação é quando Deus declara uma pessoa como


"certa" aos Seus olhos quando ela aceita Jesus como seu Salvador
através da fé. Nesse processo, Deus vê essa pessoa como se ela
nunca tivesse pecado, livrando-a da culpa e das consequências
eternas do pecado.
2. Benefícios da justificação:

a) Perdão dos pecados: A justificação traz o perdão dos pecados,


livrando a pessoa da culpa do pecado e das consequências ruins
que ele traz.

b) Restauração da graça de Deus: A justificação é um presente


gratuito de Deus que restaura o relacionamento entre a pessoa e
Deus, protegendo-a da ira de Deus.

c) Receber a justiça de Jesus: A justificação envolve Deus


considerando a pessoa como justa aos Seus olhos, graças à
justiça de Jesus, transformando-a de culpada em justa.

II - REGENERAÇÃO:

A regeneração é como um "reset" espiritual, onde o Espírito Santo


renova a natureza interior da pessoa que se arrepende, dando-lhe
uma nova vida espiritual. É como nascer de novo espiritualmente,
levando a pessoa a desejar obedecer a Deus e seguir as
orientações do Espírito Santo.

É importante entender o que a regeneração não é: ela não


depende da vontade da pessoa, de seus esforços, do batismo ou
de fazer coisas boas. É um presente divino que não pode ser
obtido por méritos humanos.

III - SANTIFICAÇÃO:

A santificação envolve ser separado do que é ruim, dedicado a


Deus e ter um relacionamento próximo com Ele em nossa vida
cotidiana.

Existem duas partes na santificação: uma é se afastar do que é


ruim, e a outra é dedicar-se a Deus para servi-Lo.

A santificação acontece através do uso da Bíblia, do sacrifício de


Jesus e da ajuda do Espírito Santo.

CONCLUSÃO:

A salvação é um presente de Deus, e quando falamos sobre a salvação,


estamos basicamente falando de três coisas: a justificação, que é
quando Deus nos declara livres de culpa; a regeneração, que é quando
Deus nos dá uma nova vida espiritual; e a santificação, que é quando
Ele nos ajuda a ser pessoas melhores e nos consagra para servi-Lo. É
importante entender essas coisas para ser um bom cristão.
LIÇÃO 9

A IGREJA

A Igreja desempenha um papel fundamental na teologia cristã, sendo


vista como a manifestação do plano preestabelecido por Deus em
relação ao homem antes da fundação do mundo. O estudo sobre a
Igreja de Cristo na Terra envolve compreender sua natureza,
ordenanças, missão e governo.

I. A IGREJA NA PERSPECTIVA BÍBLICA E TEOLÓGICA:

Uma visão cristocêntrica da Igreja: A Igreja é edificada sobre Cristo, a


rocha inabalável, como enfatizado em Mateus 16:18. Cristo é a pedra
angular da Igreja.

O sentido da palavra "igreja" no original: A palavra "igreja" no grego


(ekklésia) denota um grupo de cidadãos "chamados para fora" do
pecado para viver em comunhão com o Senhor Jesus Cristo.

A Igreja na perspectiva do Novo Testamento:

a) Igreja visível e invisível: A Igreja pode ser vista sob dois aspectos,
visível (igrejas locais) e invisível (povo de Deus espalhado pelo mundo).

b) Corpo universal de Cristo: A Igreja é o corpo de Cristo, composto


por todos os cristãos autênticos em toda a história do cristianismo.

c) Igreja local: As igrejas locais representam a manifestação visível da


Igreja universal, onde os crentes se reúnem em comunidade.

II. A RAZÃO DE SER DA IGREJA:

A Igreja é o mistério da vontade de Deus: A Igreja é o cumprimento do


mistério escondido que Deus planejou antes da fundação do mundo,
com o propósito de reconciliar o mundo com Ele.
A Igreja representa a criação de uma nova humanidade em Cristo:
Efésios 2:15 destaca que a Igreja é a criação de uma nova humanidade,
unindo judeus e gentios em Cristo.

III. A IGREJA LOCAL E O TRATAMENTO ESPECÍFICO DE DEUS:

A Bíblia menciona diferentes modelos de igrejas locais:

A igreja em Jerusalém: Onde os primeiros crentes se reuniam no


alpendre do Templo e nas casas.

A igreja de Corinto: Onde o Espírito Santo manifestava-se de forma


especial, com ênfase nos dons espirituais.

A igreja de Tessalonica: Que era referida como a "igreja dos


tessalonicenses em Deus."

Igrejas domésticas: No início do cristianismo, os crentes frequentemente


se reuniam nas casas de famílias para adoração e comunhão.

A igreja local é uma comunidade de pessoas que agem como membros


de um corpo, interagindo e cumprindo funções diferentes, mas em
harmonia.

A lição também destaca as ordenanças de Cristo à igreja local,


incluindo o batismo em águas e a santa ceia, que têm significados
importantes para os crentes.

CONCLUSÃO:

A Igreja é fundamental na teologia cristã e representa o cumprimento do


plano divino para a redenção da humanidade. Ela tem uma perspectiva
cristocêntrica, é composta por igrejas locais e desempenha um papel
vital na reconciliação do mundo com Deus. O estudo da Igreja é
essencial para entender a fé cristã e seu propósito na vida dos crentes.
LIÇÃO 10

O BATISMO NO ESPÍRITO SANTO

A doutrina do batismo no Espírito Santo é essencial no cristianismo e


requer um estudo abrangente, considerando tanto o Antigo Testamento
quanto o Novo Testamento. No Antigo Testamento, a ideia do poder do
Espírito Santo era limitada, mas no Novo Testamento, essa ideia foi
clareada quando o Espírito se manifestou de maneira pessoal e direta
na Igreja.

I. O QUE É O DOM DO ESPÍRITO SANTO:

 Definição da palavra "dom": É importante distinguir entre "dom


do Espírito Santo" (Atos 2:38) e "dons do Espírito". O dom do
Espírito em Atos 2 se refere ao batismo pentecostal, com a
manifestação de línguas estranhas. Não é uma experiência
isolada, mas algo para toda a história da Igreja.
 Concepções errôneas: O dom do Espírito não leva à salvação, mas
vem sobre os salvos. Não se trata apenas de emoções, mas de
poder, renovação e presença do Espírito Santo no crente.

2. O dom do Espírito é o cumprimento da promessa do Pai: A vinda


do Espírito Santo sobre os discípulos é uma promessa divina,
prevista no Antigo Testamento. Essa promessa se cumpriu em
Pentecostes, mas continua na história da Igreja até a volta de
Cristo.
3. O dom do Espírito traz poder espiritual: É dado para revestir o
crente de poder espiritual, necessário para uma vida de
testemunho e vitória. É o cumprimento da promessa de Deus
para equipar os crentes com o Espírito Santo.

II. O QUE NÃO É O BATISMO NO ESPÍRITO SANTO:

1. Não é regeneração: O batismo no Espírito Santo não está ligado à


regeneração, que ocorre quando alguém aceita a Cristo como
Salvador. O batismo no Espírito é subsequente à regeneração e
confere poder espiritual.
2. Não é perdão dos pecados: O batismo no Espírito Santo não
perdoa pecados, é uma experiência para os salvos.
3. Não é autêntico sem a evidência do falar em línguas: O "falar em
línguas" é a evidência física do batismo no Espírito Santo. É
importante para uma vida cheia do Espírito e para obter os dons
do Espírito. Não é uma opção, mas uma parte essencial da
experiência do batismo.

III. A REALIDADE DO BATISMO NO ESPÍRITO SANTO:

1. Diferença entre ser cheio do Espírito e ser batizado no Espírito


Santo: O batismo no Espírito Santo implica um mergulho na
fonte do Espírito, uma imersão, enquanto ser cheio do Espírito
envolve o derramamento interior. O livro de Atos mostra que ser
cheio do Espírito e ser batizado no Espírito Santo são
experiências separadas.
2. As línguas não cessaram: Contrariamente à ideia de que as
línguas cessaram, a Bíblia afirma que elas não cessaram. A
interpretação de 1 Coríntios 13:8-10 deve levar em conta que,
enquanto a Igreja estiver na Terra, os dons espirituais, incluindo
as línguas, são necessários para cumprir a missão da Igreja. A
referência a "quando vier o que é perfeito" aponta para um
contexto futuro, no céu com Cristo, quando os dons não serão
mais necessários.

O dom do Espírito Santo e o batismo no Espírito são experiências


fundamentais na vida do crente, e o "falar em línguas" é uma evidência
importante dessa experiência. A busca e o recebimento do batismo no
Espírito Santo são partes vitais da vida cristã e capacitação para o
serviço no Reino de Deus.

LIÇÃO 11

OS DONS ESPIRITUAIS

Os dons do Espírito são dotações espirituais e sobrenaturais concedidas


por Deus aos crentes para a edificação da Igreja. O ensino sobre os
dons espirituais é fundamental para a fé cristã e deve ser estudado e
aplicado regularmente na vida da Igreja, a fim de esclarecer dúvidas e
fortalecer a compreensão da atualidade dos dons.

O ponto de partida para a manifestação dos dons espirituais é o


batismo no Espírito Santo, que se evidencia com o "falar em línguas".
Esse "falar em outras línguas" é a evidência física da promessa do "dom
do Espírito" (Atos 2:38) e difere da manifestação dos dons para a
edificação espiritual coletiva da Igreja.

1. O QUE SÃO OS DONS DO ESPÍRITO:

Os dons espirituais são diferentes das línguas estranhas e têm um


caráter coletivo, sendo manifestados para benefício da congregação.

a) Dom do Espírito Santo: A palavra "dom" no Novo Testamento pode se


referir à entrada do Espírito na vida do pecador arrependido e também
ao batismo no Espírito Santo, como em Atos 2:4 e 10:44-46.

b) Dons do Espírito Santo (1 Coríntios 12:7-11): Os "dons" referem-se às


várias manifestações do Espírito Santo na vida da Igreja, capacitações
sobrenaturais concedidas pelo Espírito para fortalecer, prevenir e
edificar os crentes em Cristo.

c) Dom de Deus (João 4:10): Refere-se à dádiva suprema do amor


divino, que é a oferta de Jesus para a salvação da humanidade.

d) Dons de Cristo (1 Coríntios 12:5; Efésios 4:11-13): São dons


ministeriais entregues à Igreja para o aperfeiçoamento dos santos.

2. São manifestações do Espírito Santo: Os dons espirituais são


manifestações especiais do Espírito Santo na vida da Igreja. Eles
são usados para cumprir os propósitos de Deus e edificar a
congregação.

2. OS OBJETIVOS DOS DONS ESPIRITUAIS:

1. Promover a unidade do Corpo de Cristo: Os dons espirituais


visam promover a unidade espiritual e, por extensão, a unidade
social da Igreja. Eles dinamizam a comunhão entre os crentes,
semelhante ao papel do sangue no corpo humano, que está
espalhado por todo o corpo e mantém a unidade. O Espírito Santo
se manifesta através dos dons para fortalecer o corpo de Cristo.
2. Promover a diversidade e funcionalidade dos membros do Corpo
de Cristo: A Igreja é um corpo com muitos membros, e todos são
indispensáveis para o seu funcionamento adequado. Cada cristão
é uma parte vital da Igreja, e os dons são concedidos para que o
corpo opere perfeitamente. Cada membro tem sua função, e os
dons são dados para beneficiar todos. A diversidade dos dons
coexiste dentro da unidade do corpo.

3. A NATUREZA E OPERAÇÃO DOS DONS ESPIRITUAIS:

Os dons espirituais servem para demonstrar o poder e a sabedoria de


Deus aos homens, como parte do propósito do evangelho de Cristo. Eles
são necessários enquanto a Igreja estiver na terra para cumprir a
missão divina.

1. Dons de saber ou revelação: Os dons de Palavra da Sabedoria,


Palavra da Ciência e Discernimento de Espíritos são
manifestações do Espírito Santo que revelam a sabedoria de Deus
e a compreensão da essência e propósito das coisas, além de
discernir circunstâncias, relacionamentos e pessoas.
2. Dons de poder: Os dons da Fé, Curas e Operação de Maravilhas
são dons de poder que capacitam a Igreja a proclamar o
evangelho com autoridade, testemunho e milagres. Eles operam
na área física, psicológica e material.
3. Dons de elocução: Os dons de Profecia, Variedade de Línguas e
Interpretação de Línguas são dons de fala e comunicação. A
Profecia envolve transmitir uma palavra profética da parte de
Deus. A Variedade de Línguas é diferente do "falar em línguas" e
se refere à manifestação de línguas em um contexto
congregacional. A Interpretação de Línguas é a capacidade de
interpretar a mensagem divina transmitida em línguas
desconhecidas.

CONCLUSÃO: Os dons espirituais são essenciais para a Igreja atual,


pois capacitam a congregação a cumprir sua missão na terra,
demonstrando o poder e a sabedoria de Deus. Portanto, negar sua
operação é limitar a capacidade da Igreja de cumprir sua missão.

LIÇÃO 12

O ARREBATAMENTO DA IGREJA

O arrebatamento da Igreja é um evento aguardado com grande


expectativa pelos cristãos, pois representa o encontro com Cristo Jesus
e a transição para a vida eterna. Este acontecimento transcende as leis
da física conhecidas, envolvendo a transformação e translado dos
verdadeiros cristãos para se encontrarem com Jesus nos ares.
I Tessalonicenses 4:17- NVI: Depois nós, os que estivermos vivos,
seremos arrebatados com eles nas nuvens, para o encontro com o
Senhor nos ares. E assim estaremos com o Senhor para sempre.

"Depois nós, os que estivermos vivos": Neste versículo, Paulo se


refere àqueles que estiverem vivos na segunda vinda de Cristo. Ele está
considerando a possibilidade de que Jesus Cristo retornará à Terra
durante a vida de algumas pessoas.
"seremos arrebatados com eles nas nuvens": Paulo está descrevendo
o que acontecerá com os cristãos vivos quando Jesus retornar. Ele diz
que aqueles que estão vivos naquele momento serão "arrebatados" junto
com os crentes ressuscitados, que já terão falecido, e todos serão
levados nas nuvens. Esse evento é conhecido como o "arrebatamento"
ou "arrebatamento da Igreja".
"para o encontro com o Senhor nos ares": O objetivo desse
arrebatamento é encontrar o Senhor Jesus Cristo nos ares, ou seja, nas
regiões celestiais. Isso marca o encontro dos crentes com o Senhor.
"E assim estaremos com o Senhor para sempre": O versículo conclui
afirmando que, a partir desse encontro nos ares, os crentes estarão com
o Senhor para sempre. Isso reflete a crença de que os cristãos passarão
a eternidade na presença de Deus.

AS DIFERENTES ESCOLAS DE INTERPRETAÇÃO:

Existem três principais escolas de interpretação sobre o arrebatamento


da Igreja, que divergem quanto ao momento e à natureza desse evento.

OS PÓS-TRIBULACIONISTAS: Essa escola interpreta que a Igreja de


Cristo passará pela Grande Tribulação, baseando-se na "semana
profética de Daniel 9:27". No entanto, essa interpretação é questionável,
pois a Grande Tribulação não é destinada à Igreja, e não há evidências
claras de participação dos crentes nesse período.

OS MIDI-TRIBULACIONISTAS: Argumentam que a Igreja entrará na


Grande Tribulação até sua metade, com base na interpretação de
Daniel 9:27 e passagens como Mateus 24:1-14. Acreditam que a Igreja
será arrebatada no meio da Tribulação. No entanto, essa interpretação é
debatível e não é amplamente aceita.

OS PRÉ-TRIBULACIONISTAS: Defendem que o arrebatamento da


Igreja ocorrerá antes do início da Grande Tribulação. Baseiam-se em
passagens que indicam que a Igreja não está destinada à ira, e aguarda
a vinda do Senhor antes da manifestação do Anticristo (1
Tessalonicenses 4:17). Essa interpretação é a mais comum entre os
cristãos que creem no arrebatamento pré-tribulacional.
PALAVRAS RELATIVAS AO ARREBATAMENTO:

Definição de termos: O termo "arrebatamento" refere-se ao translado


sobrenatural dos santos da terra para o céu. A Igreja é simbolizada
como a esposa preparada para o encontro com Jesus. A palavra
"arrebatamento" denota o ato de erguer, retirar furtivamente, transferir
ou mudar de lugar.

Parousia e epifania: São palavras gregas frequentemente usadas no


Novo Testamento para se referir à segunda vinda de Cristo. "Parousia"
indica a presença, a chegada rápida ou a visita do Senhor, relacionada
ao arrebatamento da Igreja. "Epifania" significa manifestação, brilho ou
resplandecimento, relacionando-se à volta de Cristo à Terra de maneira
visível e gloriosa.

A diferença entre os dois eventos da segunda vinda de Cristo: O


arrebatamento envolve a vinda de Cristo nos ares, sendo invisível para o
mundo e repentino para os crentes. A manifestação pessoal de Cristo na
Terra ocorre após a Grande Tribulação, quando Ele voltará de maneira
visível e gloriosa com os santos para estabelecer Seu reino milenar.

OS PERSONAGENS PARTICIPANTES DO ARREBATAMENTO


DA IGREJA:

O próprio Senhor Jesus Cristo: Jesus dará a ordem de comando para o


arrebatamento e comandará Seus anjos na reunião dos crentes nos
ares. A confiança da Igreja repousa em Seu senhorio conquistado na
cruz.

O Arcanjo: O arcanjo Miguel participará do evento, desempenhando um


papel na voz de comando que será ouvida apenas pelos crentes.

Os mortos em Cristo: Naquele dia, os mortos em Cristo ressuscitarão,


transformados em corpos glorificados, prontos para o encontro com o
Senhor.

Os vivos preparados: Simultaneamente à ressurreição dos mortos, os


vivos em Cristo também serão transformados e arrebatados ao encontro
do Senhor nos ares. Seus corpos mortais serão revestidos de
imortalidade.

ELEMENTOS ESPECIAIS DO ARREBATAMENTO:

Surpresa: O arrebatamento será repentino e surpreendente, não


seguindo um cronograma humano.
Invisibilidade: O evento será invisível para o mundo material, visto
somente pelos crentes.

Imaterialidade: A transformação dos corpos dos crentes implicará a


mudança do material para o imaterial, do corruptível para o
incorruptível.

Velocidade: O arrebatamento ocorrerá em um instante extremamente


rápido, de forma que nenhum cronômetro poderá medir o seu tempo.

CONCLUSÃO:

Os cristãos devem viver com fé e esperança na vinda do Senhor e no


evento do arrebatamento, pois não foram destinados à ira de Deus.
Estejamos preparados para ir ao encontro de Cristo quando Ele vier nos
buscar. Aguardemos com esperança e vigilância a realização deste
grande evento que encerrará nosso tempo na terra e nos levará à
presença de Deus.

DICA:

1- Qualquer dúvida de palavras ou certa parte. Você pesquisa oque


significar no ChatGPT.

2- Memorize os versículos que estão na Lição. Mas, não precisa você


estudar as suas explicação. Você pode estudar as explicação desses
versículos que você memorizou quando estiver com alguma dúvida ou que
saber oque o versículos quer dizer.

LIÇÃO 13

A RESSURREIÇÃO

A doutrina da ressurreição dos mortos baseia-se na ressurreição do


próprio Senhor Jesus. Ao estudá-la, veremos a realidade da
ressurreição (princípio histórico) e os ensinos decorrentes dela
(princípio doutrinário).
I - O QUE É RESSURREIÇÃO:

1. O sentido natural da palavra ressurreição. Duas palavras


originais definem o termo ressurreição. A palavra "anastasis", que
quer dizer "tornar à vida", "levantar-se", e a palavra "egeiro" que
significa "acordar, despertar". São termos gregos que esclarecem o
sentido de ressurreição.
2. O sentido doutrinário da palavra ressurreição. Ressurreição é o
ato de fazer voltar à vida o que estava sepultado. Quando se trata
da ressurreição dos ímpios, a expressão bíblica é "ressurreição
dos mortos", mas quando se trata da ressurreição dos justos, a
expressão é "ressurreição de entre os mortos".
3. O ensino das Escrituras sobre a ressurreição. No Antigo
Testamento, o ensino da ressurreição não é tão amplo como no
Novo. O salmista fala da esperança da ressurreição quando diz:
"Deus remirá a minha alma do poder da sepultura..." (SI 49.5). O
profeta Isaías também fala sobre a ressurreição: "Os teus mortos
viverão, os teus mortos ressuscitarão... e a terra lançará de si os
mortos" (Is 26.19). No Novo Testamento, Paulo fala sobre a
"aparição de nosso Salvador Jesus Cristo, o qual aboliu a morte e
trouxe à luz a vida e a incorrupção, pelo Evangelho" (2 Tm 1.10).
Jesus deixou claro que haverá duas fases distintas de
ressurreição: a ressurreição dos justos e a dos ímpios (Jo
5.28,29).

II - O CARÁTER DA RESSURREIÇÃO:

1. NO ANTIGO TESTAMENTO:
 Vários servos de Deus demonstraram sua crença na
ressurreição, como Abraão (Hb 11.17-19), Jó (Jo 19.25-27)
e Daniel (Dn 12.2,3).
2. NO NOVO TESTAMENTO:
 A doutrina da ressurreição foi ensinada por Jesus em seu
ministério terrestre (Jo 5.28,29; Lc 14.13,14), e os
saduceus, por negarem-na, se opuseram a Ele (Mt 22.23).
Ela foi ensinada e reafirmada pelos apóstolos e pelos pais
da Igreja primitiva (At 4.2). Paulo pregou e ensinou a
ressurreição em várias ocasiões (At 17.18; Fp 3.11; 1 Co
15.20; 1 Ts 4.14-16).
3. OS EXEMPLOS DE RESSURREIÇÃO FÍSICA E NATURAL:
 No Antigo Testamento, temos a história da ressurreição do
filho da mulher sunamita, pela oração do profeta Eliseu (2
Rs 4.32-37). Temos também o exemplo de alguém que
reviveu após tocar os ossos do profeta Eliseu, mesmo após
a morte deste (2 Rs 13.20,21).
 No Novo Testamento, temos relatos de Jesus ressuscitando
a filha de Jairo (Mt 9.24,25), o filho da viúva de Naim (Lc
7.13-15) e Lázaro, irmão de Maria e Marta (Jo 11.43,44).
Jesus mesmo ressuscitou três dias após sua morte e
sepultamento (Lc 24.6). Pedro orou ao Senhor e fez reviver
Tabita (At 9.37, 40,41).

III - TRÊS TIPOS DE RESSURREIÇÃO:

1. Ressurreição nacional: Refere-se à restauração de Israel como


nação. Deus advertiu que, por causa dos pecados, Israel seria
espalhado entre as nações, mas Ele prometeu reunir o povo
novamente (Dt 4.23-28,63; Ez 36.24). O cumprimento parcial
dessa ressurreição ocorreu com o movimento sionista e a
formação do Estado de Israel. O cumprimento final acontecerá
com a vinda pessoal de Jesus (Zc 14.1-5).
2. Ressurreição espiritual: Refere-se ao ressurgimento da fé de
Israel como povo da semente de Abraão e à ressurreição espiritual
dos crentes em Jesus, que eram "mortos em delitos e pecados" (Ef
2.1).
3. Ressurreição física: Distingue-se em dois momentos: a
ressurreição temporal e a escatológica. A ressurreição temporal
refere-se a pessoas que reviveram milagrosamente e depois
morreram novamente. A ressurreição escatológica refere-se aos
justos e ímpios. Os justos ressuscitarão na vinda de Jesus,
transformando-se em corpos gloriosos. Os ímpios ressuscitarão
no juízo final, cada um com seu próprio corpo.

IV - A NATUREZA DA RESSURREIÇÃO:

1. A ressurreição será universal: A ressurreição abrangerá justos e


ímpios (Jo 5.28,29).
2. A ressurreição será dupla: Haverá duas fases de ressurreição,
uma para os justos e outra para os ímpios (Jo 5.29; Dn 12.2; Ap
20.4,5).
3. A ressurreição será corporal: Os corpos dos justos e dos ímpios
serão ressuscitados e transformados. Os justos terão corpos
incorruptíveis e gloriosos, semelhantes ao de Jesus após Sua
ressurreição (Fp 3.21). Os corpos dos ímpios também serão
ressuscitados, mas não com glória, para serem julgados pelas
obras feitas (2 Co 5.10; Ap 20.12).

V - EXPLICANDO AS DUAS RESSURREIÇÕES:

1. A primeira ressurreição:
o O tempo: A primeira ressurreição acontece em três fases
distintas. A primeira fase envolve a ressurreição de Cristo e
de muitos santos do Antigo Testamento, chamados
"primícias dos mortos." A segunda fase refere-se à
ressurreição dos mortos em Cristo durante a era
neotestamentária, no momento da volta de Jesus. A terceira
fase diz respeito à ressurreição dos mártires da Grande
Tribulação, que ocorrerá no fim desse período.
o A natureza dos corpos ressurretos: Os corpos dos justos
serão transformados em corpos gloriosos e semelhantes ao
de Jesus após Sua ressurreição.
2. A segunda ressurreição:
o O tempo: A segunda ressurreição ocorrerá no fim do
Milênio, após o reinado de mil anos de Cristo. Nesse
momento, os ímpios ressuscitarão para serem julgados
diante do Grande Trono Branco.
o A natureza dos corpos ressuscitados dos ímpios: Os
corpos dos ímpios também ressuscitarão, mas não com
glória, e serão julgados pelas suas obras. Após o
julgamento, enfrentarão a "segunda morte," que é o
banimento eterno da presença de Deus, representado pelo
"lago de fogo" (Mt 25.41,46; Ap 20.14,15).

LIÇÃO 14

SATANÁS

Nesta lição, trataremos exclusivamente da origem e queda de Lúcifer.


Este estudo será feito com base no Texto Básico desta lição, com uma
exegese mais apurada sobre os textos que tratam da origem e queda de
Lúcifer.
I. A ORIGEM DE LUCIFER

Vamos analisar o texto de Ezequiel 28.11-19 que, numa linguagem


figurada, descreve a Lúcifer como a mais extraordinária criatura dentre
toda a criação angelical. Esse texto contendo juízos divinos contra os
inimigos de Israel, muito especialmente contra o rei de Tiro, faz uma
alusão de modo figurado ao juízo executado contra aquele príncipe
(Lúcifer) que se fez inimigo de Deus e do Seu povo.

1. O príncipe de Tiro (Ez 28,1-10): Nesta profecia, os dez primeiros


versículos são dirigidos contra o "príncipe de Tiro," que, instigado
por Satanás, deixa-se levar, por causa de sua arrogância, pelo
desejo de ser igual a Deus. Esse "príncipe de Tiro" é conhecido na
História como Thobal (ou Ithobaal), que reinou por volta de 586
a.C. Seu nome dá a entender sua relação íntima com Baal, o deus
supremo dos fenícios, que tantas vezes penetrou na vida religiosa
do povo judeu. Além de ser rei de Tiro, Thobal era também o
representante de Baal. Tiro era uma cidade-reino que, pela sua
importância, destacava-se das demais nações do mundo naquela
época. Por isso, há uma referência sobre a vida dessa cidade e
seu "príncipe". Tiro era uma cidade da Fenícia situada em uma
ilha rochosa no Mar Mediterrâneo, com um porto marítimo que
recebia pessoas de todas as nações.

Nos versículos 2 a 5, o profeta condena o arrogante e blasfemo "príncipe


de Tiro" pelo fato de imaginar-se Deus e julgar-se conhecedor de todos
os segredos da vida. A linguagem profética usa a palavra "coração" para
significar a "mente", a fonte da inteligência. O "príncipe" imaginava ter a
mente de Deus e afirmava: "Eu sou Deus" (Ez 28.2,9). No entanto, nos
versículos 6 a 11, Deus anuncia a sua ruína e revela as suas limitações
como simples mortal.

No versículo 2, o profeta fala do "príncipe de Tiro," e no versículo 12,


fala do "rei de Tiro." Explicamos: na primeira parte da profecia, a
mensagem é dirigida contra o "príncipe de Tiro," extremamente vaidoso,
que se considera um "deus" e vive orgulhoso por imaginar que Tiro fosse
inexpugnável por estar construída sobre uma rocha. Porém, na segunda
parte da profecia, o personagem enfocado é o "rei de Tiro." Não se trata
mais da pessoa do "príncipe de Tiro," mas sim de Lúcifer, o verdadeiro
alvo da profecia e instigador do arrogante Ithobaal.

2. O rei de Tiro (Ez 28.12-19): As palavras do profeta a partir do


versículo 12, como foi dito antes, indicam o "rei de Tiro" como um
ser espiritual. Suas características são, em parte, ilustradas com
as ações do "príncipe de Tiro," que é apenas um homem
orgulhoso, e reveladas de modo mais objetivo como pertencentes
a Lúcifer, o influenciador espiritual das ditas ações daquele
príncipe. De fato, as características do "príncipe de Tiro" (Ez 28.1-
10) identificam-se perfeitamente com as do "rei de Tiro," que é
Satanás, isto é, Lúcifer. A sabedoria infinita de Deus tomou a
figura do "príncipe de Tiro" para revelar a história da origem e
queda de Lúcifer.
3. As características originais de Lúcifer antes da queda (Ez 28.12-
16): Lúcifer era possuidor de elevada distinção e também detentor
de honrosos títulos e de elevadas posições. Destaquemos alguns:

a) "o aferidor da medida" (v. 12): Na Tradução Brasileira edição de 1924,


a expressão aparece como "o selo da simetria." Na versão espanhola de
Casidoro de Reina (1569), é o "selo da perfeição ou da proporção." Na
versão de Figueiredo (1939), a expressão é "selo de semelhança." Todas
essas traduções chegam a uma mesma interpretação. A tradução mais
aproximada é a que traduz "selo", ou seja, ele era a imagem perfeita da
criação de Deus e uma imagem refletida em si mesmo, que lhe conferia
o privilégio de ser a mais bela e inteligente criatura de Deus, como o
próprio texto declara: "cheio de sabedoria e perfeito em formosura" (v.
12).

b) "estavas no Éden, jardim de Deus" (v. 13): Normalmente os teólogos


fazem distinção entre o Éden de Adão e Eva e outro Éden pré-adâmico,
criado no período original da terra antes do caos de Gênesis 1.2. A
menção às pedras preciosas existentes no "Éden, jardim de Deus" é
para ilustrar os privilégios e riquezas dessa criatura (Lúcifer)
personificada pelo "rei de Tiro." O ornamento de pedras preciosas desse
personagem indica a grandeza e a beleza de sua aparência. Refere-se
naturalmente ao estado original de Lúcifer, antes da sua queda.

c) "...no dia em que foste criado" (v. 13): A grande verdade dessa
expressão é lembrar que Lúcifer é um ser criado por Deus e que a
presunção dessa criatura em querer elevar-se acima do Todo-poderoso
jamais o colocará em igualdade com o Criador. As pedras incrustadas
nos seus vestidos e a obra dos sons musicais dos tambores e pífaros
emergem dele mesmo. A forma como Ezequiel se refere a "tambores e
pífaros" dá a ideia de que esse anjo não necessitava de instrumento
algum de louvor para glorificar o seu Criador. Ele mesmo, em sua
formosura, transmitia louvor ao Criador. Como um ser criado, esse
anjo, apesar da sua elevada posição, tinha de estar sujeito ao seu
Criador.
d) "Querubim ungido para proteger" (v. 14): Na descrição dessa
passagem profética, Lúcifer pertence à ordem dos querubins, que está
diretamente ligada ao trono de Deus. O texto sugere um chefe sobre os
outros querubins, cuja missão é a de proteger o trono de Deus, isto é,
uma missão cuja incumbência é a de preservar toda a criação de Deus
impedindo a ação de intrusos (Gn 3.24; Ex 25.17-20; SI 80.1). Entende-
se que Lúcifer tinha a função de liderar os outros anjos, uma vez que
ele havia sido estabelecido nessa elevadíssima posição. O "monte santo
de Deus" (Ez 28.14) diz respeito ao lugar alto e elevado onde Deus
exerce a Sua autoridade. Era peculiar no Antigo Testamento considerar
o lugar onde Deus se manifestava, causando temor e tremor, como
sendo o lugar do assento do trono de Deus (Ex 24.15-17; SI 2.6; 3.4;
43.3; 68.15; Is 2.2; 11.9).

e) "...no meio das pedras afoqueadas andavas" (v. 14): Alguns


comentadores da Bíblia interpretam estas "pedras afogueadas" como
brilho refulgente, sendo o lugar onde Lúcifer andava. Outros, no
entanto, consideram tratar-se da "glória primordial da terra." Como a
linguagem é figurada, essas "pedras afoqueadas" podem referir-se a
uma manifestação do fogo consumidor, que é o próprio Deus. Também,
podem referir-se à condição de Lúcifer numa posição tão elevada que
podia ter e manter uma profunda relação com a santidade de Deus.

f) "Perfeito eras nos teus caminhos" (v. 15): A colocação do verbo no


passado indica o primeiro pecado de Lúcifer, a iniquidade escondida em
seu interior. O texto declara que esse anjo era "perfeito," e tal perfeição
transparece até ao dia em que se achou nele iniquidade.

g) "...estrela da alva, filha da alva..." (Is 14.12): Esta expressão tem sido
relacionada ao nome Lúcifer, que significa "o que leva a luz" ou "o
portador da luz". Em outro caso, ele é chamado simplesmente por
"luzeiro". O pecado de Lúcifer aqui consistia na aspiração presunçosa
de querer ser mais do que as fulgurantes estrelas de Deus para
estabelecer o seu trono próprio e fazer-se igual ou superior ao Criador.
Por pretender isso, Lúcifer, a "estrela da manhã", caiu, transformando-
se em Diabo e Satanás.

II. A QUEDA DE LÚCIFER

No ponto anterior, analisamos o estado original de Lúcifer. Agora,


analisaremos a queda de Lúcifer que causou a maior tragédia espiritual
do Universo.
1. Lúcifer caiu por livre escolha: Tal queda aconteceu devido ao seu
livre-arbítrio, que o levou, iludido com sua própria glória angelical
e com a posição de superioridade sobre os demais anjos, a
pretender tomar o lugar do Criador, para ser adorado e glorificado
como um "deus". Com o coração cheio de presunção, Lúcifer
predispos-se a destronar a Deus. Sua deliberada e consciente
decisão é enfatizada através das suas cinco afirmativas, conforme
Isaías 14.13,14:

A) "Eu subirei ao céu."

B) "Acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono."

C) "No monte da congregação me assentarei."

D) "Subirei acima das mais altas nuvens." e. "Serei semelhante ao


Altíssimo."

2. Consequências da queda de Lúcifer: Em sua primeira aplicação, o


texto em apreço enfoca a pessoa de Nabucodonosor, o rei
babilônio, que quis engrandecer a si mesmo repetindo o pecado
de Lúcifer. A avidez irrefreável de querer ser igual a Deus fez
também com que um grande número de anjos adotasse a mesma
presunção do orgulhoso "querubim ungido" e o acompanhasse na
queda. Pelo testemunho das Escrituras e da História,
constatamos que Lúcifer, desde o princípio, quando se achou
iniquidade em seu coração (Ez 28.15), não tem deixado de pecar
contra Deus. Ele é, sem dúvida, o primeiro pecador e o instigador
de todo o pecado no mundo (Rm 7.13). Lúcifer, por seu pecado,
foi destituído de suas funções celestiais e condenado à execração
eterna. O apóstolo Paulo, escrevendo a Timóteo, aconselha-o a
que não escolha obreiro que seja neófito, para que este não venha
a cair na "condenação do diabo" (Tm 3.6).

LIÇÃO 15:

OS ANJOS CAÍDOS

Quanto aos anjos, Deus os criou em número incontável, milhões de


milhões e milhares de milhares (Ap 5.11). Tanto quanto é insondável o
Universo, assim é o número dos anjos criados pelo Todo-Poderoso.
Hostes angelicais em classes especiais de serviços ao Criador foram
espalhadas pelo Universo. A terra, um dos pequenos mundos da
Criação divina, foi alvo do interesse de Deus. Para ela, anjos foram
designados, a partir da criatura mais bela e perfeita de toda a Criação, o
anjo Lúcifer, o querubim ungido (Ez 28.14,16). Esse, entretanto, no
exercício do seu livre-arbítrio e pelo orgulho de sua alta posição nas
hostes angelicais, decidiu presunçosamente tomar o lugar do Criador
para ser adorado e glorificado (Is 14.13,14). Sendo impossível alcançar o
seu intento, Lúcifer perverteu um grande número de anjos sublevando-
os contra o Criador (Jd 6; Ap 12.3-4). habitação original (Jd 6).

I. ANJOS CAÍDOS

Satanás e esses anjos rebelados foram precipitados da presença de


Deus e de sua

Na rebelião promovida por Lúcifer, ele arrastou consigo uma grande


multidão de seres angelicais (Mt 25.41; Ap 12.4), e depois organizou sua
própria corte de anjos caídos, distinguindo-os em "principados,
potestades e príncipes das trevas e hostes espirituais" (Ef 6.12). Esses
são os que estão sob a liderança de seu chefe principal, Satanás, o
único que recebe menção específica na Bíblia. A ele são atribuídos a
liderança e os títulos que o identificam como "Belzebu", príncipe dos
demônios "(Mt 12.24)", diabo e seus anjos (Mt 25.41), "o dragão e seus
anjos" (Ap 12.7). Esses anjos são "espíritos malignos" em relativa
liberdade que estão sujeitos ao domínio de Satanás (Mt 12.26). Eles são
tão numerosos e atuantes que chegam a dar ideia de onipresença. Por
serem espirituais, esses seres possuem um poder de locomoção ultra-
rápido e dão a entender, com isto, que estão em todo lugar ao mesmo
tempo. Entretanto, é apenas o número deles que é era incontável.
LEGIÃO = SAO MUITOS DEM SMS: MC. 5.98, 138

II. QUEM SÃO ESSES ANJOS CAÍDOS

Os anjos caídos receberam um nome que se tornou popular, tanto na


linguagem bíblica como na secular, que é a palavra "demônio". Para
compreendermos de fato, quem são e o que fazem os demônios,
devemos conhecer o caráter desses espíritos maus, pelo testemunho
das Escrituras, deixando de lado toda a superstição e imaginações.

1. A natureza espiritual dos demônios. Indiscutivelmente, o melhor


testemunho acerca da natureza dos demônios está nos
Evangelhos. O ministério terrestre de Jesus exposto nas páginas
dos Evangelhos é a maior demonstração da presença e realidade
dos demônios (Mt 8.16; Lc 10.17). Esses demônios são
identificados como sendo "espíritos imundos" (Mc 9.25). Lucas
relata que algumas mulheres foram curadas de "espíritos maus"
(Lc 10.17,20), como os anjos de Deus, também, são espíritos (Hb
1.13,14).
2. A natureza intelectual dos demônios. A Bíblia afirma que os
demônios crêem e estremecem (Tg 2.19). Isso evidencia que eles
possuem intelecto e conhecimento. Não se comportam como
animais irracionais, mas têm consciência e entendimento.
3. A natureza moral dos demônios. No seu estado original, antes da
queda, os demônios foram criados santos e para o serviço de
Deus. Eles não foram criados propensos ao pecado, nem foram
criados para o mal. Porém, por seu livre-arbítrio, rejeitaram a luz
e conscientemente preferiram seguir a Satanás.
Consequentemente, tornaram-se inimigos de Deus e da Sua obra.
Sua decadência moral pode ser identificada na Bíblia pelo
constante emprego do epiteto "espíritos imundos" que se aplica a
eles (Mt 10.1; Mc 1.27; 3.11; Lc 4.36; At 8.7; Ap 16.13).

III. O QUE FAZEM OS DEMÔNIOS

Eis algumas das obras dos demônios em relação a Deus e aos homens:

1. Os demônios se opõem a Deus. Satanás e seus demônios odeiam


a humanidade e desejam destruí-la ou jogá-la contra o Criador.
Portanto, Satanás é o oponente, em primeiro lugar, de Deus e, em
segundo lugar, do homem (Zc 3.1; 1 Pe 5.8). O termo "diabo"
significa "acusador", por isso diz a Bíblia que ele procura
incessantemente acusar os homens diante de Deus (Jó 1.9.11;
2.4.5; Ap 12.10), e acusar a Deus diante dos homens (Gn 3.1-5).
2. Os demônios oprimem as pessoas. O Diabo oprime também a
mente através de imaginações fantasiosas de pecado, ou de
doenças emocionais e físicas.
3. Os demônios podem tomar posse de pessoas. A possessão
demoníaca é aquela em que a personalidade de uma pessoa é
invadida, o corpo é habitado e o demônio tem o controle total da
pessoa, seu espírito, alma e corpo. Até mesmo a aparência física
da pessoa possessa pode ser afetada. Normalmente, a pessoa
possessa por demônios não tem controle de sua própria mente,
daí ser impossível falar com ela. A fala deve ser dirigida ao
espírito imundo que a possui e que está em pleno controle da
mente e da voz da pessoa possessa. Há casos em que em uma só
pessoa habitam e dominam muitos espíritos imundos. Certa feita
Jesus encontrou-se com um homem endemoninhado na terra dos
gadarenos. Este homem era violentamente possuído por uma
legião de demônios, que o agitavam e o faziam andar entre os
sepulcros. Jesus repreendeu-os e ordenou-lhes que saíssem e não
mais voltassem (Lc 8.27-34).

IV. A AUTORIDADE SOBRE OS DEMÔNIOS

A fonte da autoridade espiritual sobre todo o mal é revelada na Bíblia


Sagrada. O crer e o viver em Cristo dão ao crente o poder necessário,
pelo Espírito Santo, para ter vitória sobre o mal. A manifestação do mal
procede do Diabo e seus anjos, e, portanto, não temos que temer o seu
ataque. Devemos, sim, tomar posse da autoridade outorgada por Cristo
para resistir ao mal, repreender e expulsar os demônios. O poder de
Jesus Cristo é maior do que o poder do Diabo e seus anjos.

1. O que fazer para ter autoridade sobre os demônios? Creia que


Jesus é Salvador e Vencedor sobre o sistema satânico. Veja o que
diz o texto de Marcos 16.17: "Estes sinais seguirão aos que
crerem: Em meu nome expulsarão os demônios".
2. Tome posse da autoridade sobre os poderes do mal. Em Lucas
9.1, Jesus convocou os 12 discípulos e lhes deu poder e
autoridade sobre os demônios. Posteriormente, Jesus repetiu a
mesma ação sobre os 70 discípulos, os quais saíram e voltaram
regozijando-se, porque os demônios se lhes submetiam no nome
de Jesus (Lc 10.1,17). Há um caso negativo exemplificado nos
Atos dos Apóstolos, acerca de alguns jovens que, curiosamente,
vendo os sinais e as libertações feitas pelo ministério de Paulo,
resolveram expelir demônios de um certo homem. Como não
haviam crido, nem recebido poder e autoridade para tal, o
endemoninhado saltou para cima deles e os deixou feridos, nus e
envergonhados (At 19.11-17). Essa autoridade e poder Jesus
outorga aos que Lhe servem.
3. É necessário usar as armas corretas para a expulsão de
demônios. A principal delas é o "nome de Jesus". A autoridade do
nome de Jesus sobre os demônios é indiscutível e eficaz, como
destacado no Evangelho de Marcos 16.17. Portanto, creia e use o
nome de Jesus com fé, pois é nesse nome que os demônios
reconhecem o poder e a autoridade. É crucial crer em Jesus e
confiar na Sua autoridade para exercer poder sobre os demônios.
4. Além disso, existem outras armas espirituais, como a armadura
de Deus, que pode ser vista em Efésios 6.10-18. A oração, o
jejum, e o conhecimento da Palavra de Deus também são
instrumentos poderosos no enfrentamento dos demônios.
AS ARMADURAS DE DEUS: P/EXPULSAR DEMONÍOS.

01) O nome de Jesus.

02) Estai firmes na Palavra (em Obediência com a palavra).

03) Cobertos com a Verdade.

04) E as armadura de Deus.

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