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LIBERTAÇÃO
Aluno: Thayron Furtado dos Santos
Professor: Rev. Maely Vilela
Disciplina: História do pensamento Cristão 2
EMBATES DE UM TEÓLOGO
ATIVISTA
A morte de Camilo Torres (5 de Fevereiro de 1966).
(1971).
XVI).
Isto significa que, por sua própria natureza, a reflexão teológica se encontra
inescapavelmente vinculada a uma situação histórica e social específica.
classes pobres da América Latina contra seus opressores. A ideologia do opressor deve ser
combatida com outra, isto é, com o conhecimento crítico que brota no meio daqueles que
se opõem à opressão imposta pela classe superior. O conhecimento crítico capaz de
conduzir a igreja à luta depende de uma teologia específica, a teologia da libertação.
Trata-se de um fazer teológico exclusivo dos pobres e para os pobres em sua batalha pela
níveis catastróficos. A medida que o pobre fica cada vez mais pobre, o rico
prospera mais do que nunca.
que a palavra de Deus seja determinante na relação do cristão com o pobre, e a favor
do pobre, de modo que tal ação seja guiada e orientada por ela, proporcionando ao
mesmo tempo uma linguagem adequada para se falar do Deus que age na libertação.
A verdade é descoberta à medida que refletimos sobre nossos atos. Agir é o ato
salvação.
Gutiérrez se esforça para explicar que há, na verdade, três níveis diferentes de libertação
social. Os cristãos latino-americanos devem acabar com os sistemas sociais injustos que
oprimem, exploram e alienam as pessoas.
A igreja deve se converter aos pobres — deve se unir a eles na luta pelo fim da opressão.
Gutiérrez sabe, é claro, que a libertação total é um dom de Deus, porém, a igreja deve
trabalhar na construção de uma sociedade justa.
Gutiérrez admite, embora com relutância, que os esforços de construção de uma sociedade
Acima de tudo, Gutiérrez quer que a igreja seja uma "autêntica igreja dos pobres", isto é, uma
igreja que sofra com os marginalizados, mesmo que para isso seja preciso passar pelo martírio.
UMA TEOLOGIA PARA
QUALQUER CONTEXTO?
Os críticos se recusam a atribuir a totalidade da culpa pelos problemas das massas aos governos
Os críticos dizem que o uso da análise social marxista leva inevitavelmente à adoção da
Alguns críticos não estão convencidos de que possamos dizer que Deus "favorece" o pobre.
Os críticos receiam que a ênfase de Gutiérrez na presença de Deus neste mundo e na história
O ativista peruano e seus amigos abriram os olhos dos cristãos para que vissem as dificuldades
dos pobres em seu sofrimento, não só na América Latina, mas também no mundo todo.
TEOLOGIA DA LIBERTAÇÃO
NO BRASIL
Paulo Freire.
israelita, tanto para o pobre como para o necessitado de sua terra”. Deuteronômio 15:11
"Quando fizerem a colheita da sua terra, não colham até as extremidades da sua lavoura nem ajuntem
as espigas caídas de sua colheita. Não passem duas vezes pela sua vinha nem apanhem as uvas que
tiverem caído. Deixem-nas para o necessitado e para o estrangeiro. Eu sou o Senhor, o Deus de
vocês”. Levítico 19:9-10
"Se alguém do seu povo empobrecer e não puder sustentar-se, ajudem-no como se faz ao estrangeiro e
ao residente temporário, para que possa continuar a viver entre vocês. Não cobrem dele juro algum,
mas temam o seu Deus, para que o seu próximo continue a viver entre vocês. Vocês não poderão
exigir dele juros nem emprestar-lhe mantimento visando a algum lucro. Eu sou o Senhor, o Deus de
vocês, que os tirou da terra do Egito para dar a vocês a terra de Canaã e para ser o seu Deus”.
Levítico 25:35-38
UMA ANÁLISE BÍBLICA
Yvez Congar : “Não podemos, em nome do evangelho, canonizar de alguma forma a pobreza no sentido
econômico da palavra”
A atitude de Jesus com relação ao pobre: Os pobres foram os primeiros a ouvirem, mas no final estavam juntos
da multidão que condenou Cristo (Mc 15. 13); Jesus não se negou associar-se com os ricos e poderosos,
coletores de impostos, Zaqueu, Lázaro, Nicodemos, José de Arimatéia. Muitas figuras e parábolas de Jesus
contêm “figuras de autoridade”, com as quais a classe dos donos de propriedades poderia facilmente de
identificar. A parábola dos talentos, do filho pródigo, dos trabalhadores na vinha e mesmo do bom samaritano
pressupõem um contexto burguês, onde as figuras-chave são indivíduos com riquezas e recursos. O mesmo é
verdade acerca dos muitos curados e beneficiados por Jesus, como Jairo e o Centurião.
A verdade não é que Jesus estava interessado apenas nos pobres, mas que ele estava completamente
indiferentes às distinções de classes, pois todos precisam ser salvos de seus pecados. A questão dos ricos é que
eles são tendenciosos a confiarem em si mesmos e desprezarem a Deus, mas eles também precisam de
salvação.
UMA ANÁLISE BÍBLICA
Segundo Sobrino, um dos pensadores da Teologia da Libertação: “O reino de Deus expressa a utopia esperada do
ser humano por uma libertação de todas as coisas que o alienam, fatores tais como angústia, dor, fome, injustiça e
morte, e não apenas os seres humanos, mas também toda a criação”.
É impossível conciliar isso com os principais elementos da descrição do NT sobre o reino. O reino é uma realidade
presente, ele veio na pessoa de Cristo. Esse entendimento mundano do reino é incompatível com a insistência de
Jesus a Nicodemos de que o único caminho para entrar no reino é por um novo nascimento interior e radical (Jo 3.
3).
Longe de obter a garantia de uma libertação econômica, o discipulado idealizado por Jesus envolveu renúncia de
Sobrino: “A morte que ele morreu era não apenas a morte de sua pessoa, mas a morte de sua causa”. Sobrino vê a
cruz como um sinônimo do fracasso de Cristo. É difícil encontrar sequer traços dessa perspectiva, em qualquer
parte do NT. No Getsêmani, a cruz é o “cálice”, a vontade do Pai (Mc 14. 36). Em João, ela é sua glorificação:
“Agora foi glorificado o Filho do Homem” (Jo 13. 31).
UMA ANÁLISE BÍBLICA
A teologia da libertação interpreta a Bíblia à luz da ideologia política socialista, baseada no entendimento marxista
(Materialismo histórico-dialético, Luta de classes, Socialismo científico, Mais-valia, Teoria da alienação, superestrutura e
infraestrutura), portanto sua hermenêutica está totalmente errada, tendo em vista que a base de interpretação da Bíblia é ela
mesma.
A teologia bíblica não apenas nos chama a reconhecer esses contextos da pobreza, mas também nos ajuda a examiná-los de
maneira correta.
A teologia da libertação descreve o pecado não em termos de uma rebelião individual contra um santo e justo Deus, mas
A teologia da libertação ensina que a Bíblia deve ser interpretada sob a perspectiva do pobre e do oprimido.
Para a teologia da libertação, especialmente a teologia da libertação negra, o relato do Êxodo é o tema central em torno do
qual a teologia se orienta. O ato de Deus libertar o seu povo da escravidão egípcia estabelece as expectativas e a agenda
atual da teologia da libertação.
O modo como Deus levará este mundo ao seu fim apropriado não constitui uma preocupação imediata dos teólogos da
libertação.
UMA ANÁLISE BÍBLICA
A interpretação da cruz como o fracasso da missão de Jesus baseia-se em algo mais profundo ainda: a
incapacidade da Teologia da Libertação de fazer justiça à ligação específica entre a cruz e a libertação. A
própria cruz liberta. A terminologia da redenção, no NT, é firmada nesse conceito. A cruz é um resgate. Ela
redime o cativo. Ela compra o escravo de volta. Por isso temos uma linguagem como a utilizada pelo apóstolo
Paulo: “Cristo nos resgatou da maldição da lei, tornando-se ele mesmo em maldição em nosso lugar” (Gl 3.
13); ou novamente: “Para a liberdade foi que Cristo nos libertou. Permanecei, pois, firmes e não vos
submetais, de novo, a jugo de escravidão” (Gl 5. 1); ou ainda: “No qual temos a redenção, pelo seu sangue, a
remissão de pecados” (Ef 1. 7).
O cristão não se move em direção à libertação. Ele começa a partir da libertação, porque ele já foi
transportado do império das trevas para o reino do Filho do seu amor (Cl 1. 13).
Os pobres são pecadores e indignos da salvação assim como os demais, Cristo veio salvar pecadores, seja rico
questão da pobreza, no entanto fez isso da maneira errada, e se equivocou mais ainda quando
tornou a pobreza e o pobre como base para se interpretar a Bíblia e para se viver em sociedade.
A Teologia da Libertação possui uma hermenêutica totalmente equivocada, pois busca ler as
Escrituras pelo viés do ensinamento marxista, que por sua vez é totalmente anticristão,
defendendo pautas antibíblicas, como aborto, feminismo, a destruição da família e outras coisas.
A igreja deve sim olhar para os pobres e cuidar deles assim como a Escritura ordena, mas jamais
deve fazer disso a sua pauta. Em Cristo nós fomos livres do pecado e devemos viver para adorar a
Deus. A mensagem do evangelho é de libertação, mas libertação do pecado e deve ser proclamada
e oferecida para ricos e pobres, e vivida por eles.
BIBLIOGRAFIA
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BRASIL”; Koinonia. Dispónivel em: < https://kn.org.br/periodicos/theologia-publica/theologiapublica-teologia-da-
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“Compreenda a teoria marxista, uma das mais influentes na geopolítica moderna”; Brasil Paralelo. Disponível
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%C3%A2mico&utm_content=dinamico&gclid=Cj0KCQiAj4ecBhD3RIsAM4Q_jEAbvKssCHXRbl1O7NKJvb5YKb3ysz
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HARRIS, Steven. “Cinco erros da teologia da libertação”; Voltemos ao Evangelho. Disponível em: <
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MILLER, Ed. L.; GRENZ, Stanley. J. Teologias contemporâneas. Trad. Antivan G. Mendes. São Paulo: Vida Nova, 2011.