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Rio de Janeiro/RJ
2018
RESENHA CRÍTICA A TEOLOGIA NEGRA E A TEOLOGIA FEMINISTA
Rio de Janeiro/RJ
2018
1
INTRODUÇÃO
Teologia Negra
O movimento negro no final dos anos sessenta nos Estados Unidos da
América, procurou atribuir dignidade e autoestima aos negros, lutando contra o
racismo social, política e econômica numa sociedade dominada por brancos.
As implicações religiosas do movimento permitiram a Teologia Negra
reinterpretar a fé cristã a partir da perspectiva negra, numa sociedade racista,
redefinir o significado e o papel da igreja e da religião na vida dos negros. Ser um
cristão negro na América significa que se compartilha uma cultura que incorpora a
negritude e a fé cristã em face de uma história injusta e degradante, considerando a
fé cristã de uma perspectiva negra e demonstrando que o cristianismo libera os
negros e os reconcilia não apenas com Jesus, mas também com o vizinho branco.
A teologia negra começa com a compreensão da história única do povo negro
como um povo sofrido. A escravidão faz parte da história das sociedades ao longo
do tempo, mas como comércio institucionalizado, o chamado tráfico de negros foi
iniciado em meados do século XV pelos portugueses que, ao procurarem ouro no
litoral ocidental da África, descobriram outra fonte de riqueza material, a venda de
escravos negros, primeiro na Europa e subsequentemente nas recém-descobertas
terras do novo mundo, do século XVI até quase o final do século XIX.
O racismo é a crença de que as outras raças são inferiores mental, física,
moral e culturalmente à sua própria raça. Ele pode se expressar tanto no nível
individual quanto no nível institucional. Este racismo institucional se refere ao fato de
que as políticas e regulamentos das comunidades, escolas, igrejas, empresas e
outras organizações restringem as oportunidades dos membros dos grupos
discriminados na sociedade1
A fim de desafiar o monopólio completo da definição da teologia cristã por
parte dos europeus e americanos brancos, alguns jovens estudiosos negros levaram
a luta para os seminários teológicos e universidades nos EUA, publicando livros que
explicaram sua posição sobre a tarefa da teologia cristã no contexto atual. Os
primeiros livros foram publicados por James Cone, professor da teologia sistemática
no Union Theological Seminary em Nova Iorque:
1
DUNAWAY, Filipe. A TEOLOGIA NEGRA: UMA INTRODUÇÃO. Disponível
em: <http://www2.teologica.br/webportal/home/images/stories/enade/teologia_negra.pdf>. Acesso em:
16 jun. 2018.
3
discriminação racial ou de outra forma, pois todos os homens são iguais aos olhos
de Deus.
Teologia Feminista
Para entender a Teologia Feminista e sua influência na igreja e preciso
entender como o movimento feminista surge na sociedade, sua importância e
consequências, como igreja muitas vezes nos limitamos a simples questão de
ordenação feminina, porém seus ideais são mais amplos.
Os primeiros registros têm início na primeira metade dos anos de 1700
quando uma inglesa, Mary Wollstonecraft, escreveu A Vindication of the Rights of
Woman (A Vindicação dos Direitos da Mulher). Um ano depois desta publicação,
Olimpe de Gouges publicou um panfleto em Paris intitulado Le Droits de La Femme
(Os Direitos da Mulher) e uma americana, Judith Sargent Murray, publicou On the
Equality of the Sexes (Sobre a Igualdade dos Sexos).
Em 1848 cerca de 100 mulheres se reuniram em uma convenção em Seneca
Falls, Nova York, para ratificar a Declaração dos Sentimentos escrita para defender
os direitos naturais básicos da mulher. As autoras da Declaração dos Sentimentos
reclamavam que as mulheres estavam impedidas de galgar posições na sociedade
quanto a empregos melhores, além de não receber pagamento equitativo pelo
trabalho que realizavam. Notaram que as mulheres estavam excluídas de profissões
tais como teologia, medicina e advocacia e que todas as universidades estavam
fechadas para elas. Denunciavam também um duplo padrão de moralidade que
condenava as mulheres a penas públicas, enquanto excluía os homens dos mesmos
castigos em relação a crimes de natureza sexual.
A Declaração dos Sentimentos foi um marco profundamente significativo no
movimento feminista3.
A construção do feminismo moderno começou com a obra da filósofa
francesa Simone deBeauvoir, Le Deuxième Sexe (O Segundo Sexo), em 1949. As
mulheres, segundo deBeauvoir, foram definidas e diferenciadas tomando como
referencial o homem e não com referência a elas mesmas.
3
LOPES, Augustus Nicodemus. O Feminismo Cristão: Como Tudo
Começou.
Disponível em: <http://tempora-mores.blogspot.com/2011/12/o-feminismo-cristao-como-tudo-
comecou.html>. Acesso em: 16 jun 2018.
5
Conclusão
As Escrituras são inclusivistas, porém o que temos visto no cristianismo é um
sectarismo crescente, reinterpretando a Bíblia segundo interesses e visões.
7
ANEXO
8
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
RHODES, Ron. Teologia Negra, Poder Negro e a Experiência Negra. Disponível em:
<http://www.equip.org/article/black-theology-black-power-and-the-black-experience/>.
Acesso em: 18 jun 2018.