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Prof. Décio

DISTRIBUIÇÃO

FÍSICA

LOG 2013
4º Período
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DISTRIBUIÇÃO FÍSICA

OBJETIVO DA DISCIPLINA

“Conhecer as variáveis físicas e tecnológicas


no desenho ou na configuração da rede
logística de distribuição, de modo a ser
capaz de elaborar uma alternativa que
ofereça o menor custo total e o melhor nível
de atendimento aos clientes”
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DISTRIBUIÇÃO FÍSICA
BIBLIOGRAFIA
Novaes, Antônio Galvão. Logística e Gerenciamento da Cadeia de Distribuição.
Editora Campus.

Alvarenga, Antonio Carlos. Logística Aplicada – Suprimentos e Distribuição


Física. Editora Pioneira. 1998.

Ballon, Ronald. Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos. Editora Bookman.


2001
Coughan. Canais de Marketing e Distribuição. Editora Bookman. 2002.

Bibliografia Complementar:
Sites:
Artigos - www.cel.coppead.ufrj.br
Revistas:
Revista Distribuição – www.abad.com.br
Revista Tecnologistica – www.tecnologistica.com.br
Revista LOG&MAM – www.imam.com.br
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DISTRIBUIÇÃO FÍSICA

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

UNIDADE 1 – CICLO DO PEDIDO


Definição do processamento de pedidos e nível da tecnologia empregada
Exemplos de sistemas de processamento de pedidos

UNIDADE 2 – ESTRUTURAS DE DISTRIBUIÇÃO


Estruturas escalonadas
Estruturas diretas
Consolidação e postergação
Custos de transportes e armazenagem
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DISTRIBUIÇÃO FÍSICA

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

UNIDADE 3 – POSICIONAMENTO LOGÍSTICO


Objetivo e localização da rede de instalações
Política de transportes
Política de atendimento aos clientes

UNIDADE 4 – ESTRATÉGIAS LOGÍSTICAS


Estratégias de estoques, transportes, armazenagem e informações
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DISTRIBUIÇÃO FÍSICA
INFORMAÇÕES GERAIS

TOTAL DE AULAS NO SEMESTRE – 60 aulas (20 encontros)

CORRELAÇÃO COM OUTRAS DISCIPLINAS


Pré-requisito: não há
Gestão de Transportes (2º período)
Sistemas de Armazenagem (2º período)
Canais de Distribuição (3º período)
Pesquisa Operacional (4º período)

AVALIAÇÃO
PR 1: 1ª prova escrita (1º GQ) – 27/09/2004
PR 2: 2ª prova escrita (2º GQ) – 29/11/2004
PF: prova final (toda a matéria) no dia 13/12/2004

PONTUAÇÃO
NF = (PR1 + PR2)/2
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DISTRIBUIÇÃO FÍSICA

INTRODUÇÃO
CONCEITOS BÁSICOS

Processo de abastecer a manufatura com matéria-


prima  Inbound logistics (logística de suprimentos)

Processo de deslocamento dos produtos acabados da


manufatura para o consumidor final  Distribuição
 Outbound logistics (logística de distribuição)
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DISTRIBUIÇÃO FÍSICA
INTRODUÇÃO
CONCEITOS BÁSICOS – Cadeia de Suprimentos

Fornecedor 1
DISTRIBUIDOR
FÁBRICA
(atacad/varej.)
Fornecedor 2

Inbound logistics

CONSUMIDOR

Outbound logistics
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INTRODUÇÃO
O CANAL DE DISTRIBUIÇÃO e
A DISTRIBUIÇÃO FÍSICA
“As atividades logísticas relacionadas à distribuição física são
definidas a partir da estrutura planejada para os canais de
distribuição”
FABRICANTE Depósito da Fábrica

transporte
Depósito -
ATACADISTA Centro de Distribuição
transporte

Depósito - Varejista
VAREJISTA

CONSUMIDOR FINAL
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DISTRIBUIÇÃO FÍSICA

INTRODUÇÃO
“O objetivo geral da distribuição física, como meta
ideal, é o de levar os produtos certos, para os
lugares certos, no momento certo e com o nível de
serviço desejado, pelo menor custo possível”

Há um paradoxo. Qual?
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DISTRIBUIÇÃO FÍSICA
COMPONENTES DO SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO

A distribuição física de produtos é realizada com a participação de alguns


componentes, físicos ou informacionais:

- instalações físicas (CDs, armazéns)


- estoque do produto
- veículos
- informações diversas
- hardware e software diversos
- custos
- pessoal
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DISTRIBUIÇÃO FÍSICA
O PEDIDO NO CONTEXTO LOGÍSTICO

MANUTENÇÃO
DE ESTOQUES

NÍVEL DE SERVIÇO
ALMEJADO TRANSPORTES

PROCESSAMENTO
DE PEDIDOS
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DISTRIBUIÇÃO FÍSICA
O CICLO DO PEDIDO
1 Recebimento dos pedidos:
papel, fax, telefone, Internet ou
EDI

2 Disponibilidade do
produto – baixa no estoque
emissão das notas fiscais

3 Roteirização do pedido – fila de


saída/ WMS

4 localização dos itens no


depósito - roteirização do picking
WMS

5 As instruções transmitidas a
6 Os componentes grandes são guardados em
funcionários próximos
estante alta e se usa o sistema empilhadeiras
dos itens de cada pedido - coletor
para manutenção. Os componentes menores
são pegos um a um e consolidados no packing.
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DISTRIBUIÇÃO FÍSICA
O CICLO DO PEDIDO
Principais dados de um pedido
Os dados básicos para preenchimento de um pedido são:

- dados do cliente
- especificação do produto (código, descrição, quantidade, preço, UF)
- condições e forma de pagamento
- dados do vendedor
- local de entrega
- data da solicitação
- data de entrega
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DISTRIBUIÇÃO FÍSICA
O CICLO DO PEDIDO
Aspectos Importantes:
- As características dos pedidos variam de acordo com o tipo de
produto ou serviço
- Consolidação de pedidos  irá balizar a distribuição física
- Uso da Tecnologia de Informação
• EDI  Eletronic Data Interface (Interface Eletrônica de Dados)
• VMI  Vendor Managed Inventory (Estoque Administrado pelo
Fornecedor)
• ECR  Efficient Customer Response (Resposta Eficiente ao
Consumidor)
• CRM  Customer Relationship Management (Gestão de
Relacionamento com o Cliente)

A tecnologia de ponta deve ser usada desde que traga benefícios para o processo
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DISTRIBUIÇÃO FÍSICA
CONFIGURAÇÕES BÁSICAS DO
SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO

Distribuição “um para um”ou transferência de produtos:


consiste na configuração em que o veículo é totalmente carregado no
depósito da fábrica ou em um CD do varejista (lotação completa) e
transporta a carga para um outro ponto de destino, podendo ser outro
CD, uma loja, ou uma instalação qualquer

Distribuição “um para muitos” ou compartilhada:


consiste na configuração em que o veículo é carregado no depósito da
fábrica ou no CD do varejista com mercadorias destinadas a diversas
lojas ou clientes, e executando um roteiro de entregas predeterminado
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DISTRIBUIÇÃO FÍSICA
TRADE-OFF ENTRE
O CUSTO DE TRANSPORTE E O CUSTO DE ESTOQUE

Custo

Custo total

Custo de estoque

Custo do transporte

Tamanho do lote de transporte


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DISTRIBUIÇÃO FÍSICA
DISTRIBUIÇÃO “UM para UM”
Escolhas dos veículos e dimensionamento da frota
Os conceitos no transporte de:
- custo fixo (R$/mês)
- custo variável (R$/Km)
Calculando o custo da rota em função do veículo, conseguimos
visualizar a característica básica dessa configuração:
 economia de escala

EXERCÍCIO:
Empresa de eletrodoméstico em Porto Alegre
Demanda de 20.000 peças/ano para um CD (varejista) em São Paulo
Distância Porto Alegre – São Paulo: 1.120 Km
Tempo de viagem (ciclo completo): 4 dias (varia de acordo com o veículo)
Peso Bruto do eletrodoméstico: 44 Kg
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DISTRIBUIÇÃO FÍSICA
CF e CV para os veículos e variação do Cun (PA  SP)
VEÍCULO CAPACIDADE C. Fixo C. Variável C. Unit. %
ÚTIL (Kg) (R$/mês) (R$/Km) (R$/peça)
VW Saveiro 550 1.463,04 0,1195
VW Kombi 1.005 1.740,61 0,1755
MB Sprinter 3.800 2.039,95 0,1412
Ford F4000 3.910 1.937,77 0,1743
MB 710 furgão 3.980 2.088,09 0,1888
Ford 12.000 7.786 2.263,98 0,2374
VW 12.140 H 8.060 2.385,76 0,2363
MB L 1620 10.590 2.859,68 0,2676
Scania T 114 18.200 5.093,95 0,4298
Volvo NL 12 27.000 4.809,06 0,4417
360
Fonte: Revista Frota e Cia; abril/99.
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DISTRIBUIÇÃO FÍSICA
DISTRIBUIÇÃO “UM para UM”
EXERCÍCIO:
Empresa de eletrodoméstico em Porto Alegre
Demanda de 20.000 peças/ano para um CD (varejista) em São Paulo
Distância Porto Alegre – São Paulo: 1.120 Km
Tempo de viagem (ciclo completo): 4 dias
Peso Bruto do eletrodoméstico: 44 Kg
Tempo de veículo indisponível: 10 dias
(carregamento/descarreg./manutenção)

Calcule o Custo Unitário (R$/peça) para o transporte NA Scania T114 .

Aplicamos o conceito de produtividade, que pode ser medido em:


- número de viagens em determinado período
- Km rodados em determinado período
- toneladas transportadas em determinado período
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DISTRIBUIÇÃO FÍSICA
CF e CV para os veículos e variação do Cun (PA  SP)
VEÍCULO CAPACIDADE C. Fixo C. Variável C. Unit. %
ÚTIL (Kg) (R$/mês) (R$/Km) (R$/peça)
VW Saveiro 550 1.463,04 0,1195 55,65 100%
VW Kombi 1.005 1.740,61 0,1755 40,85 73,4
MB Sprinter 3.800 2.039,95 0,1412 10,30 18,5
Ford F4000 3.910 1.937,77 0,1743 10,94 19,6
MB 710 furgão 3.980 2.088,09 0,1888 11,61 20,9
Ford 12.000 7.786 2.263,98 0,2374 7,02 12,6
VW 12.140 H 8.060 2.385,76 0,2363 6,91 12,4
MB L 1620 10.590 2.859,68 0,2676 6,10 11,0
Scania T 114 18.200 5.093,95 0,4298 5,96 10,7
Volvo NL 12 27.000 4.809,06 0,4417 3,98 7,1
360
Fonte: Revista Frota e Cia; abril/99.
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DISTRIBUIÇÃO FÍSICA

DISTRIBUIÇÃO FÍSICA TRADE-OFF ENTRE


O CUSTO DE TRANSPORTE E O CUSTO DE ESTOQUE

Custo

Custo total

Custo de estoque

O CUSTO DO TRANSPORTE
Custo do transporte

Tamanho do lote de transporte

500.000,00
450.000,00
Custo do Estoque

400.000,00
350.000,00
300.000,00
250.000,00
200.000,00
150.000,00
100.000,00
50.000,00
0,00
550 1. 005 3. 800 3. 910 3. 980 7. 786 8. 060 10. 590 18. 200 27. 000

capacidade
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DISTRIBUIÇÃO FÍSICA
DISTRIBUIÇÃO “UM para UM”
Custo do estoque:
- no depósito
- em trânsito
Custo anual do estoque no depósito: Ce = L/2 (1+fr) * v * j

Onde:
L  tamanho do lote (quantidade despachada)
fr  fator que leva em conta o estoque e reserva ou de segurança
v  valor de uma unidade do produto acabado
j  taxa de juros

Custo anual do estoque em trânsito: Ct = (Q * v * T * j) / 365


Onde:
Q  quantidade transportada anualmente
T  tempo de deslocamento entre a origem e o destino
fr  fator que leva em conta o estoque e reserva ou de segurança
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DISTRIBUIÇÃO FÍSICA
DISTRIBUIÇÃO “UM para UM”
EXERCÍCIO:
Empresa de eletrodoméstico em Porto Alegre
Demanda de 20.000 peças/ano para um CD (varejista) em São Paulo
Distância Porto Alegre – São Paulo: 1.120 Km
Tempo de viagem (ciclo completo): 4 dias (varia de acordo com o veículo)
Peso Bruto do eletrodoméstico: 44 Kg

Fator de segurança: 1,5


Valor unitário da mercadoria: R$ 240,00
Taxa de juros: 30% a.a.
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DISTRIBUIÇÃO FÍSICA
DISTRIBUIÇÃO “UM para UM”
Custo do estoque no depósito: Ce = L/2 (1+fr) * v * j
Variação do nível de estoque de produto acabado no depósito da fábrica

T
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DISTRIBUIÇÃO FÍSICA
CUSTO DO ESTOQUE NO ARMAZÉM E EM TRÂNSITO
VEÍCULO CAPACIDADE Tempo Ce Ct C. TOTAL
ÚTIL (Kg) de
Trânsito
VW Saveiro 550 1 49.500,00 3.945,21 53.445,21
VW Kombi 1.005 1,5 90.450,00 5.917,81 96.367,81
MB Sprinter 3.800 1,6 342.000,00 6.312,33 348.312,33
Ford F4000 3.910 1,6 351.900,00 6.312,33 358.212,33
MB 710 furgão 3.980 1,6 358.200,00 6.312,33 364.512,33
Ford 12.000 7.786 1,9 700.740,00 7.495,89 708.235,89
VW 12.140 H 8.060 1,9 725.400,00 7.495,89 732.895,89
MB L 1620 10.590 1,9 953.100,00 7.495,89 960.595,89
Scania T 114 18.200 1,95 1.638.000,00 7.693,15 1.645.693,15
Volvo NL 12 27.000 2 2.430.000,00 7.890,41 2.437.890,41
360
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DISTRIBUIÇÃO FÍSICA
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DISTRIBUIÇÃO FÍSICA
TRADE-OFF ENTRE
O CUSTO DE TRANSPORTE E O CUSTO DE ESTOQUE

Custo

Custo total

O CUSTO DO ESTOQUE TOTAL Custo de estoque

(ARMAZÉM E TRÂNSITO)
Custo do transporte

Tamanho do lote de transporte

3.000.000,00

2.500.000,00
Custo do Estoque

2.000.000,00

1.500.000,00

1.000.000,00

500.000,00

0,00
550 1. 005 3. 800 3. 910 3. 980 7. 786 8. 060 10. 590 18. 200 27. 000

capacidade
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DISTRIBUIÇÃO FÍSICA

DISTRIBUIÇÃO FÍSICA
TRADE-OFF ENTRE
O CUSTO DE TRANSPORTE E O CUSTO DE ESTOQUE

Custo

Custo total

O CUSTO TOTAL Custo de estoque

TRANSPORTE e ESTOQUE
Custo do transporte

Tamanho do lote de transporte

2.000.000,00

1.800.000,00

1.600.000,00
Custo do Estoque

1.400.000,00

1.200.000,00

1.000.000,00

800.000,00

600.000,00

400.000,00

200.000,00

0,00
550 1.005 3.800 3.910 3.980 7.786 8.060 10.590 18.200 27.000

capacidade
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DISTRIBUIÇÃO FÍSICA
DISTRIBUIÇÃO “UM para MUITOS”
Neste tipo de distribuição, o veículo é carregado no CD do varejista
com mercadorias destinadas a diversas lojas ou clientes, e executa um
roteiro de entrega predeterminado
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DISTRIBUIÇÃO “UM para MUITOS”


Elementos básicos:
• Divisão da região a ser atendida em zonas ou bolsões de entrega, sendo cada
bolsão alocado normalmente a um veículo
• Distância “d” entre o CD e o bolsão de entrega
• Velocidades operacionais médias:
– V1  no percurso entre o depósito e o bolsão
– V2  no percurso dentro do bolsão
• Tempo de parada em cada cliente
• Tempo de ciclo (necessário para completar um roteiro e voltar ao depósito)
• Freqüência das visitas às lojas ou aos clientes (diária, dia sim, dia não,
semanal, etc.)
• Quantidade de mercadoria (medida em toneladas, metros cúbicos, caixas,
pallets) a ser entregue em cada loja ou cliente do roteiro
• Densidade da carga
• Dimensões e morfologia das unidades transportadas
• Valor unitário
• Acondicionamento (carga solta, paletizada, a granel, etc.)
• Grau de fragilidade e de periculosidade
• Compatibilidade entre produtos de naturezas diversas
• Custo global
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DISTRIBUIÇÃO “UM para MUITOS”


Escolha do veículo:
• Distância do bolsão ou zona de entrega até o depósito ou CD (d=Km)
• Densidade, medida em número de pontos visitados por Km2, no
bolsão (S=entregas/Km2)
• Tempo médio de parada em cada cliente visitado (t3)
• Quantidade média de mercadoria entregue em cada visita (q)
• Velocidade média de percurso (V1 e V2)
“Dependendo dos fatores condicionantes e das características do
veículo, o roteiro de distribuição num determinado bolsão pode ficar
limitado pela capacidade do veículo, ou pelo tempo disponível dentro
da jornada de trabalho”

Qual seria a situação ideal?


“A situação ótima seria a utilização de um veículo em sua
capacidade total e trabalhando durante todas as horas úteis do dia”
Na verdade, o que desejamos é uma solução que, atendendo às
necessidades do cliente, apresente o menor custo possível
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DISTRIBUIÇÃO “UM para MUITOS”


1 – Distância percorrida:
a) distância do depósito, ou CD, ao bolsão de entrega;
b) distância percorrida dentro do bolsão;
c) distância do bolsão até o depósito.

Como medir a distância percorrida? Podemos utilizar 3 métodos:


a) perfazendo o trajeto com um veículo (medição do odômetro);
b) utilizando um Sistema de Informações Geográficas associado à região em
análise; e
c) por meio de fórmulas aproximadas.

Usando o 3º método, conhecidas as coordenadas cartesianas de dois pontos A e


B em um mapa, é fácil calcular a distância em LINHA RETA entre esses pontos.
Para distâncias curtas, basta aplicar o Teorema de Pitágoras, ou seja, sendo xA,
yA e xB, yB, respectivamente, as coordenadas dos pontos A e B, a distância dAB
será:

dAB = (xA – xB)2 + (yA – yB)2


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DISTRIBUIÇÃO “UM para MUITOS”


Para distâncias curtas  dAB = (xA – xB)2 + (yA – yB)2

Para ligações intermunicipais longas, a distância em linha reta, medida


em um mapa, tem de ser corrigida para levar em conta o efeito de
curvatura da Terra. Em geral, os Sistemas de Informações
Geográficas já fazem tal correção automaticamente.
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DISTRIBUIÇÃO “UM para MUITOS”


Uma aproximação muito comum na estimativa de distâncias é obtida
multiplicando-se a distância em linha reta , por um fator de correção
k1. Logo, temos: dreal = k1 * dreta

É comum atribuirmos k1 entre 1,35 e 1,40, mas o valor a ser


estabelecido vai depender da região.

Então, o que deveríamos fazer, para obtenção de um melhor valor?

Aproximação para a distância percorrida dentro do bolsão:

L = k0 * k1 * A*n Como S = n/A: L = (k0 * k1 * n) / S

Onde:
L  distância percorrida dentro do bolsão (Km)
k0  constante que vale 0,765, que é em função da área abrangida pelo bolsão
k1  fator de correção, considerando o que se percorre a mais em relação à reta
A  área do bolsão
n  quantidade de pontos a visitar
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DISTRIBUIÇÃO “UM para MUITOS”


Exercício: A distância (em linha reta) entre o CD de uma empresa
e o bolsão de entrega, que possui área de 4 Km2, é de 12 Km.
Sabendo que a empresa realiza entregas de mercadorias a 50
clientes em dias alternados e que ela não faz entregas aos
domingos, calcule:
a) a densidade do bolsão.
b) a distância total a percorrer em um dia de trabalho
c) a Quilometragem total percorrida no mês

Considere:
constante k0 = 0,765
fator de correção, considerando o que se percorre a mais em relação à reta = 1,40
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DISTRIBUIÇÃO “UM para MUITOS”


TEMPO NECESSÁRIO PARA COMPLETAR UM ROTEIRO
(tempo de ciclo)
Composição dos elementos:
a) t1  tempo de percurso do CD ao bolsão
b) t2  tempo de percurso dentro do bolsão
c) t3  tempo de parada total
d) t4  tempo de percurso de volta, desde o bolsão até o CD
Como a distância percorrida do CD até o bolsão é dada por k 1 * d, então:
t1 + t4 = (2 * k1 * d) / V1, onde V1 é a velocidade média do CD ao bolsão

Como a distância percorrida do dentro do bolsão é dada por L, então:


t2 =(k0 * k1 * n) / S * V2, onde V2 é a velocidade média dentro do bolsão

Como ta distância
=(n * tp) /percorrida
60, onde tp do
é o dentro do bolsão
tempo médio é dada
de parada empor L, então:
minutos
3
37

DISTRIBUIÇÃO “UM para MUITOS”

Exercício: continuando o exercício anterior, se as


velocidades médias do CD até o bolsão e dentro do
bolsão são, respectivamente, 35 Km/h e 30 Km/h, e o
tempo médio de parada é de 7 minutos, calcule:
a) o tempo de ciclo (TC)
b) o tempo mensal de alocação do veículo
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DISTRIBUIÇÃO “UM para MUITOS”

RESTRIÇÕES de CAPACIDADE e de TEMPO


• Capacidade de carga do veículo
• Tempo disponível para o serviço
Roteiro restrito pela capacidade útil do veículo
Onde:
Q=n*q Q  carregamento do veículo (Kg)
n  quantidade de pontos a visitar (un)
n’  máximo número de clientes a serem visitados
n’ = W/q q  quantidade a ser entregue a cada cliente (Kg)
W  capacidade útil máxima do veículo (Kg)

Exercício: dando continuidade ao exercício anterior, se o serviço


de entrega for realizado por um caminhão Mercedes Bens 710,
com capacidade máxima útil de 3.980 Kg e que a quantidade média
de mercadoria entregue em uma visita é de 30 Kg, calcule:
a) o carregamento do veículo para um ciclo
b) o número máximo de clientes a serem visitados
c) a área máxima do bolsão (Aw), segundo a restrição de
capacidade S=n/A
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DISTRIBUIÇÃO “UM para MUITOS”

RESTRIÇÕES de CAPACIDADE e de TEMPO


Roteiro restrito pela capacidade útil do veículo
Roteiro restrito pela jornada diária de trabalho
Condicionante: não podemos ultrapassar a jornada média de 8 horas.
Logo, t1 + t2 + t3 + t4 <= 8
Temos t1 + t2 + t3 + t4 = [(2 * k1 * d) / V1] + [(k0 * k1 * n) / S * V2] + [(n * tp) / 60]

Exercício: continuando o exercício anterior, calcule:


a) o carregamento do veículo para um ciclo
b) o número máximo de clientes a serem visitados
c) a área máxima do bolsão (At), segundo a restrição da jornada de
trabalho S=n/A
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DISTRIBUIÇÃO “UM para MUITOS”


ESCOLHA DO VEÍCULO
Na escolha do veículo, devemos observar as restrições impostas de
capacidade e jornada de trabalho.
Sabemos que a área máxima, segundo a restrição de capacidade é
dada por Aw e que a área máxima segundo a restrição da jornada de
trabalho é At.
Logo, a área A do bolsão deverá considerar o menor valor
encontrado entre Aw e At .

Exercício: no exercício anterior:


a) qual será o valor de A?
b) o sistema está limitado por capacidade ou tempo?
c) qual o número de clientes a serem atendidos no bolsão?
d) qual o carregamento do veículo?
e) qual o tempo de ciclo?
“A ESCOLHA DO VEÍCULO É REALIZADA COM BASE NO
“A ESCOLHA DO MENOR
VEÍCULO É REALIZADA
CUSTO TOTAL” COM BASE NO
MENOR CUSTO TOTAL”
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OS CUSTOS na DISTRIBUIÇÃO “UM para MUITOS”


CF e CV para os veículos e variação do Cun (PA  SP)
VEÍCULO CAP. ÚTIL C. Fixo C. Variável Km a percorrer C. UNIT/
no mês
(Kg) (R$/mês) (R$/Km) entrega
VW Saveiro 550 1.463,04 0,1195
VW Kombi 1.005 1.740,61 0,1755
MB Sprinter 3.800 2.039,95 0,1412
Ford F4000 3.910 1.937,77 0,1743
MB 710 furgão 3.980 2.088,09 0,1888
Ford 12.000 7.786 2.263,98 0,2374
VW 12.140 H 8.060 2.385,76 0,2363
MB L 1620 10.590 2.859,68 0,2676
Scania T 114 18.200 5.093,95 0,4298
Volvo NL 12 27.000 4.809,06 0,4417
360
Fonte: Revista Frota e Cia; abril/99.

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