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Agostinho de Hipona afirmou que o Novo Testamento está latente (ou escondido)
no Antigo Testamento, enquanto este está patente (ou manifesto) no Novo Testamento.
Portanto, as ações de Deus para a nossa salvação em Jesus Cristo, registradas no Novo
Testamento, não aconteceram num vácuo. Elas têm raízes na história, de acordo com o
testemunho do Antigo Testamento.
A leitura das lições deste curso pelos alunos, e o estudo em classe sob a
orientação do professor, contribuirão para que todos compreendam a solidez da fé cristã.
Este é o nosso desejo e a nossa oração.
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Encontro 1
Pare e pense! Como podemos conhecer e crer em Deus (fé) e cumprir o dever
que ele exige de nós (prática) se não estudamos cuidadosamente a Bíblia que
registra este ensino? Qual o objetivo central das Escrituras? Medite na
importância de conhecer a Bíblia de Gêneses a Apocalipse.
Por outro lado, não devemos estudar a Bíblia por curiosidade, mas tendo em mente
qual é o objetivo central das Escrituras: ter o conhecimento necessário para que
possamos crer que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhamos vida
em seu nome (João 20.31; João 5.39; Lucas 24.25-27, 32). Ao crermos em Jesus, ele
passa a habitar, pela fé, em nossos corações por meio do Espírito Santo (Efésios 1.13,
João 14.23). Este mesmo Espírito derrama o amor de Deus nos nossos corações
(Romanos 5.5) e nos capacita a viver de acordo com os princípios de Deus revelados na
Bíblia (prática). Este é o estudo que promove o nosso crescimento espiritual.
1. Visão Geral
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variados graus de cultura, mas que, pela inspiração do Espírito Santo, perceberam e
registraram com precisão a revelação divina (2 Pedro 1.20-21; 2 Timóteo 3.16-17). Por
isso, podemos afirmar que a Bíblia é a palavra de Deus.
1
Júlio Andrade Ferreira, Conheça a sua Bíblia, p. 13
2
As figuras e gráficos são usadas do livro “Conheça a sua Bíblia”, de Júlio Andrade Ferreira, edição esgotada.
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Como já vimos, neste curso daremos uma visão geral. Por isso, não será possível
entrar em pormenores. Serão destacadas as lições espirituais de cada período tendo em
vista o fato de que a Bíblia é a Palavra de Deus. Vamos começar pelos primórdios, que
precedem a história de Israel. Neste período temos preciosas lições espirituais.
2. Os primórdios
Três palavras resumem o conteúdo desse período que vai do capítulo 1 ao capítulo
11 de Gênesis: Éden, Dilúvio e Babel.
2.1. Éden
2.2. Dilúvio
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No entanto, dentre os descendentes de Sete, “Noé achou graça diante do Senhor.
Noé era homem justo e íntegro entre os seus contemporâneos; Noé andava com Deus”
(Gênesis 6.8-9). Por isso, ao mesmo tempo em que através de Noé Deus condenou o
mundo antigo (Gênesis 7.1-4, 23; Hebreus 11.7; 2 Pedro 2.5), por outro lado salvou a
humanidade pela salvação da sua família (Gênesis 7.1) e pela aliança com toda a
humanidade feita por meio dele (Gênesis 9.8-17).
O texto de Gênesis 6.5 narra que a terra se encheu de violência e que Noé achou graça
aos olhos de Deus.
Qual o alcance da aliança que Deus fez com Noé (Ver Gênesis 9.8-17; Atos 14.15-
17)?
Que relação esta aliança tem com a aliança feita com Adão?
2.3. Babel
No último período dos primórdios, porém, representado pela palavra Babel, o lindo
propósito de Deus de abençoar toda a terra mediante os descendentes de Noé foi
invertido, porque disseram: “Vinde, edifiquemos para nós uma cidade e uma torre cujo
tope chegue até aos céus e tornemos célebre o nosso nome, para que não sejamos
espalhados por toda a terra” (Gênesis 11.4). Mais uma vez o espírito de impiedade,
representado pelos caimitas, contaminou a linhagem piedosa de Sete e exigiu a
intervenção de Deus. Ele disse: “Eis que o povo é um, e todos têm a mesma linguagem.
Isto é apenas o começo; agora não haverá restrição para tudo que intentam fazer. Vinde,
desçamos e confundamos ali a sua linguagem, para que um não entenda a linguagem do
outro” (Gênesis 11.6-7). A dispersão que devia ser voluntária, como ato de obediência,
tornou-se compulsória: “Destarte, o SENHOR os dispersou dali pela superfície da terra; e
cessaram de edificar a cidade” (Gênesis 11.8). O juízo divino exercido em Babel revela
que Deus condena toda tendência de imperialismo humano, porque se insurge contra o
seu propósito de abençoar todas as nações da terra (Gênesis 12.3; Mateus 28.19).
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para que pessoas de todas as nações recebam as boas novas da salvação em Cristo
(Atos 2.1-13, 36-39).
Em Gênesis 9.19 e 10.32 aprendemos que os filhos de Noé - Sem, Cão e Jafé,
cumprindo a Aliança feita com Deus, povoaram toda a terra.
Como o propósito de Deus foi invertido em Babel? O juízo de Deus sobre Babel
revela o quê?
Conclusão
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Encontro 2
A leitura atenta das Escrituras nos leva a perceber que Deus tudo pode e que
nenhum de seus planos pode ser frustrado (Jó 42.2). O nosso pecado não afeta a
soberania de Deus.
Nos primórdios, como já vimos, registrados em Gênesis 1 a 11, ele agiu não só nas
obras da criação e da providência, mas agiu também confrontando o pecador,
condenando o pecado e manifestando a graça que redime. Vimos como tudo isto
aconteceu nos relacionamentos com Adão e Eva, Caim e Abel, Noé e sua família e com
os construtores da torre de Babel. Mas a história da redenção começa propriamente em
Gênesis 12 com a história dos patriarcas que se estende até o final do livro. Deus não
desiste. Ele chama Abraão, faz com ele uma aliança e deixa claro o seu objetivo: “em ti
serão benditas todas as famílias da terra” (Gênesis 12. 3b).
Esta fase divide-se em dois períodos: a peregrinação dos patriarcas (Gênesis 12-
36) e a descida ao Egito (Gênesis 37-50).
A segunda prova foi quando Deus pediu Isaque em sacrifício (Gênesis 22.1-19).
Abraão obedeceu sem questionar “porque considerou que Deus era poderoso até para
ressuscitá-lo dentre os mortos, de onde também, figuradamente, o recobrou” (Hebreus
11.19). Deus mesmo providenciou o cordeiro que foi oferecido em lugar de Isaque
(Gênesis 22.9-14). Diante desta prova de obediência e de consagração, o Senhor
reafirma as suas promessas com juramento: “Jurei, por mim mesmo, diz o SENHOR,
porquanto fizeste isso e não me negaste o teu único filho, que deveras te abençoarei e
certamente multiplicarei a tua descendência como as estrelas dos céus e como a areia na
praia do mar; a tua descendência possuirá a cidade dos seus inimigos, nela serão
benditas todas as nações da terra, porquanto obedeceste à minha voz” (Gênesis 22.16-
18). Os filhos de Abraão, Isaque e Jacó, com os seus vícios e as suas virtudes, seguiram
nas pisadas do patriarca como herdeiros das promessas (Gênesis 24 a 36). A caminhada
dos patriarcas pode ser resumida neste gráfico:
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evangelho a Abraão: em ti serão abençoados todos os povos. De modo que os da fé são
abençoados com o crente Abraão” (Gálatas 3.7-9).
Como o nosso pai na fé, somos também peregrinos neste mundo. O autor da carta
aos Hebreus, depois de descrever a peregrinação de Abraão e seus descendentes
(Hebreus 11.8-15), deixa claro que a posse da terra prometida não é o fim da
peregrinação. “Mas, agora, aspiram a uma pátria superior, isto é, celestial. Por isso, Deus
não se envergonha deles, de ser chamado o seu Deus, porquanto lhes preparou uma
cidade” (Hebreus 11.16).
No texto de Gênesis 15.1-6, 17.1-6 e 22.1-12, lemos que Abraão passou por
dificuldades que provaram sua fé. Explique o que é “esperar crendo na palavra
falada por Deus”.
Por que somos chamados filhos de Abraão e qual nossa herança segundo a
promessa (Gênesis 3.16).
Dos capítulos 37 a 50 percebemos como Deus agiu para que a promessa feita aos
patriarcas, que nos inclui também, pudesse ser cumprida. O gráfico abaixo mostra as
previsões, os caminhos e as realizações da providência para que o povo da aliança,
herdeiro das promessas, fosse preservado e os propósitos de Deus fossem realizados
(Gênesis 50.20-21).
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2.1. Previsões da providência
Dos capítulos 12 a 36 temos a história dos patriarcas Abraão, Isaque e Jacó. Este
foi o pai de doze filhos que se tornaram os patriarcas das tribos de Israel.
Dentre eles, a partir do capítulo 37, destaca-se José como importante agente da
providência divina. Era filho de Raquel e favorito de Jacó. Isto causou dificuldades no
relacionamento com os outros irmãos. Além disto, José, ainda adolescente, irritava os
seus irmãos com os seus sonhos, visto como ambição de domínio sobre eles (Gênesis
37.1-11).
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enganado pelos seus filhos, chorou a morte de José na certeza de que ele tinha sido
devorado por uma fera.
Nos planos de Deus a família de Jacó deveria tornar-se um povo forte e para isto
tinha que descer ao Egito (Gênesis 15.13-14). José foi o primeiro a trilhar este caminho da
providência (Gênesis 37.36). Treinado por Deus através de duras experiências como a
escravidão e a cadeia (Gênesis 39 e 40), José se preparou para que os seus sonhos se
tornassem realidade (Gênesis 41). Ele passou a ocupar o posto mais importante no país
mais influente do mundo naquela época. Depois de José, seus irmãos desceram ao Egito
duas vezes para comprar comida (Gênesis 42 a 45). Cumpriram-se os sonhos de José
quando seus irmãos se curvaram diante dele (Gênesis 42.6). Por fim, Jacó e toda a sua
família desceram ao Egito.
Jacó era profeta, mas Deus não revelou a ele que José estava vivo no Egito
porque, com certeza, ele teria ido ao encontro do filho para livrá-lo do trabalho escravo e
da prisão. Teria interferido nos caminhos da providência. A escola de Deus é mais eficaz
no preparo para a missão do que a escola na casa paterna.
José continuou visionário até o fim. Ele disse aos seus irmãos: “Eu morro; porém
Deus certamente vos visitará e vos fará subir desta terra para a terra que jurou dar a
Abraão, a Isaque e a Jacó. José fez jurar os filhos de Israel dizendo: Certamente Deus
vos visitará, e fareis transportar os meus ossos daqui” (Gênesis 50.24-25).
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José faz parte da grande nuvem de testemunhas que nos inspira na caminhada
cristã (Hebreus 12.1). “Pela fé, José, próximo do seu fim, fez menção do êxodo dos filhos
de Israel, bem como deu ordens quanto aos seus próprios ossos” (Hebreus 11.22).
Conclusão
Procuramos dar uma visão geral do período dos patriarcas como peregrinos
impulsionados pela fé nas promessas de Deus. Mas nada substitui a leitura atenta de
Gênesis capítulos doze a cinquenta. As lições são enriquecedoras. “Pois tudo quanto,
outrora, foi escrito para o nosso ensino foi escrito, a fim de que, pela paciência e
consolação das Escrituras, tenhamos esperança” (Romanos 15.4).
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Encontro 3
GÊNESIS ÊXODO
Como já vimos, José cria firmemente na promessa da terra prometida e fez
menção, quatrocentos anos antes, do êxodo como ação de Deus em favor do seu povo
(Gênesis 50.24-26). Por isso, quando surgiu um rei que não conhecia José e reduziu os
israelitas à escravidão, o povo clamou, Deus lembrou-se da sua aliança com Abraão,
Isaque e Jacó, atentou para a situação do seu povo (Êxodo 2.23-25) e providenciou
libertação por meio da liderança de Moisés (Êxodo 3.7-10).
A palavra “êxodo” significa “saída” e vamos estudar agora, desde a saída do Egito
até o final da peregrinação no deserto. Os acontecimentos do “êxodo” estão narrados nos
livros de Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio e cobrem um período de quarenta
anos.
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Mas Deus conta com os seus servos e por isso agiu por meio de Moisés, a quem
salvou dos planos assassinos de Faraó (Êxodo 2.1-6) e o preparou no seu próprio lar
(Êxodo 2.7-9) e no palácio do rei (Êxodo 2.10), onde “foi educado em toda a ciência dos
egípcios e era poderoso em palavras e obras” (Atos 7.22). A história de Moisés tem
aspectos semelhantes à história de José.
A formação que Moisés recebeu no seu lar foi tão consistente que ele não se
acomodou na situação de príncipe herdeiro como filho da filha de Faraó. Pelo contrário,
quando já era homem de quarenta anos (Atos 7.23), ao ver um hebreu maltratado por um
egípcio, depois de olhar de um e de outro lado, matou o egípcio e o escondeu na areia
(Êxodo 2.11-12). No dia seguinte, ao tentar reconciliar dois hebreus, foi rejeitado pelo
ofensor que disse: “Pensas matar-me, como mataste ao egípcio? Temeu, pois, Moisés e
disse: Com certeza o descobriram” (Êxodo 2.14). Por isso, Moisés fugiu para Midiã onde
se casou, teve filhos e tornou-se um peregrino nesta terra durante quarenta anos (Êxodo
2.15-22; Atos 7.29-30). Moisés renunciou as glórias do Egito, “preferindo ser maltratado
junto com o povo de Deus a usufruir prazeres transitórios do pecado” (Hebreus 11.24-25).
Ele via longe: “porquanto considerou o opróbrio de Cristo por maiores riquezas do que os
tesouros do Egito, porque contemplava o galardão” (Hebreus 11.26).
Aos oitenta anos de idade (Atos 7.30), Moisés teve uma experiência com o Deus
vivo e recebeu o chamado para libertar o seu povo da escravidão egípcia (Êxodo 3.1-12).
Oitenta anos de preparo para quarenta anos de ministério (Atos 7.35-36)! O jovem,
outrora afoito, agora, hesita, consciente da sua incapacidade, e só aceita a missão depois
de ficar seguro de que Deus mesmo agiria por meio dele (Êxodo 3.13-21; 4.1-17).
Nos primeiros quarentas anos, Moisés pensava que podia e agiu de maneira
inadequada. Ao invés de libertador, tornou-se homicida e teve de fugir.
Nos quarenta anos seguintes, aprendeu que nada podia e foi pastor de ovelhas, e
teria se acomodado não fosse o chamado de Deus.
Nos quarenta anos finais, Moisés descobriu que Deus pode e que faz maravilhas
por intermédio do ministério de quem se submete a ele. Tornou-se referência de líder
espiritual.
Moisés, uma vida lapidada por Deus para cumprir um propósito. Enumere as
ações e situações que o Senhor usou para isso.
Ao enviar Moisés para libertar o seu povo (Êxodo 3.10), Deus preveniu: “Eu sei,
porém, que o rei do Egito não vos deixará ir se não for obrigado por mão forte. Portanto,
estenderei a mão e ferirei o Egito com todos os meus prodígios que farei no meio dele;
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depois, vos deixará ir” (Êxodo 3.19-20). O Senhor capacitou Moisés a realizar sinais na
presença de Faraó para demonstrar que só ele é Deus sobre todas as nações (Êxodo
4.21).
Quando Moisés e Arão falaram a Faraó no nome do Senhor para que deixasse o
povo sair (Êxodo 5.1), a resposta do monarca foi insolente: “Quem é o Senhor para que
lhe ouça eu a voz e deixe ir a Israel? Não conheço o Senhor, nem tampouco deixarei ir a
Israel” (Êxodo 5.2). Mas Deus poderia inverter a pergunta: Quem é Faraó? “Saberão os
egípcios que eu sou o Senhor, quando estender eu a mão sobre o Egito e tirar do meio
deles os filhos de Israel” (Êxodo 7.5).
Moisés realizou milagres diante do rei, mas o coração dele se endureceu. Então o
Senhor mandou as dez pragas (Êxodo 7.14 a 12.36). Depois da terceira praga, os magos
reconheceram nos sinais “o dedo de Deus” (Êxodo 8.19). Após a última praga, a morte
dos primogênitos do Egito e a libertação dos israelitas pelo sangue do cordeiro aspergido
sobre a porta (Êxodo 12.5-8, 12), Faraó não só deixou sair todo o povo com todos os seus
bens (Êxodo 12.30-32), mas pediu: “ide-vos embora e abençoai-me também a mim”
(Êxodo 12.32b). Finalmente, o orgulhoso monarca curvou-se diante do único Deus
soberano.
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A Páscoa foi instituída como memorial desta ação libertadora de Deus (Êxodo 12.1-
28) e os primogênitos foram dedicados ao Senhor (Êxodo 13.1-16). Deus passou a se
identificar assim para o seu povo: “Eu sou o SENHOR, teu Deus, que te tirei da terra do
Egito, da casa da servidão” (Êxodo 20.2).
Depois de tirar o seu povo do Egito, Deus continuou agindo com a sua mão
poderosa e com o seu braço forte fazendo o seu povo passar o Mar Vermelho a pé enxuto
(Êxodo 14.10-31); tornando potáveis as águas de Mara (Êxodo 15.22-27); providenciando
comida e bebida no deserto (Êxodo 16 a 17.7); organizando o povo na sua marcha
(Êxodo 18.13-27); outorgando leis e normas para que Israel se tornasse nação (Êxodo 19
a 23).
João Batista, o último dos profetas da velha aliança, apontou para Jesus com esta
afirmação: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!” (João 1.29). E foi por
ocasião da festa da Páscoa que Cristo, nosso Cordeiro pascal foi imolado por nós (1
Coríntios 5.7). Nele, temos libertação completa do pecado.
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A lei outorgada por Deus mediante Moisés tornou-se princípio normativo para o
povo de Deus: Israel e Igreja. Ela não foi revogada, mas cumprida por Jesus Cristo
(Mateus 5.17-20). Somos justificados pela fé com base na obra perfeita realizada pelo
Filho de Deus em nosso favor (Romanos 8.1-4).
Pare e pense!
No Monte Sinai, Deus reafirmou, por intermédio de Moisés, a aliança feita com
Abraão, Isaque e Jacó (Êxodo 24). O Senhor manifestou a sua glória como um fogo
consumidor (Êxodo 24.16-17). Dentre as muitas instruções dessa aliança, o Senhor
determinou a construção do tabernáculo (Êxodo 25 a 27), executada por ordem de Moisés
(Êxodo 30 a 31; 35 a 40). “Viu, pois, Moisés toda a obra, e eis que a tinham feito segundo
o SENHOR havia ordenado; assim a fizeram, e Moisés os abençoou” (Êxodo 39.43). Ao
ser consagrado, “a nuvem cobriu a tenda da congregação, e a glória do SENHOR encheu
o tabernáculo. Quando a nuvem se levantava de sobre o tabernáculo, os filhos de Israel
caminhavam avante, em todas as suas jornadas; se a nuvem, porém, não se levantava,
não caminhavam, até ao dia em que ela se levantava” (Êxodo 40.34, 36-37).
Quando, mais tarde, Davi quis construir o templo (2 Samuel 7.2-4), o Senhor disse:
“Edificar-me-ás tu casa para minha habitação? Porque em casa nenhuma habitei desde o
dia em que fiz subir os filhos de Israel do Egito até ao dia de hoje; mas tenho andado em
tenda, em tabernáculo” (2 Samuel 7.5-6). A construção do tabernáculo foi ordem do
Senhor; a construção do templo foi permissão do Senhor.
Na nova aliança, “Cristo não entrou em santuário feito por mãos, figura do
verdadeiro, porém no mesmo céu, para comparecer, agora, por nós, diante de Deus”
(Hebreus 9.24). Em Cristo, o universo se transforma num santuário de adoração. Ele está
construindo uma casa espiritual, feita de gente, não de tijolos, para que seja sacerdócio
santo (1 Pedro 2. 4-5).
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A construção de templos hoje tem base prática, não bíblica e teológica; os templos
podem ser úteis, não essenciais. Caso contrário, revelam o espírito de Babel, não de
Pentecoste. O essencial não é “onde”, mas “como” adoramos a Deus (João 4.20-24).Uma
vez consagrado o tabernáculo, era necessário estabelecer os sacrifícios e os ministros
que deveriam oficiar no santuário. O livro de Levítico é dedicado a isto, como pode ser
visto no quadro acima. O povo de Deus é chamado para ser uma comunidade adoradora.
Por isso, a nota dominante de Levítico é SANTIDADE. “Ser-me-eis santos, por eu, o
Senhor, sou santo e separei-vos dos povos, para serdes meus” (Levítico 20.26). No
entanto, todas as leis e cerimônias de Levítico cumpriram-se em Cristo (Hebreus 9.11-14).
Pelo sacrifício do Cordeiro de Deus temos acesso à presença de Deus para adorá-lo
(Hebreus 10.19-25) e o poder do alto para sermos testemunhas de Jesus (Atos 1.8).
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4. Deus caminha com o seu povo em juízo e misericórdia
Após dois anos, Israel caminhou do Sinai a Cades Barneia. Tempo necessário para
que se organizasse como povo adorador (Êxodo 24 a 40; Levítico 1 a 27) e se preparasse
para a conquista (Números 1 a 10). Mas, no deserto, a rebelião se manifestou na
murmuração dos israelitas (Números 11.1-9), na sedição de Miriam e Arão (Números 12),
na incredulidade da maioria (dez) dos doze espias (Números 13 e 14), na revolta de Corá,
Datã e Abirão (Números 16 a 17) e através de outras atitudes e ações que atraíram o
juízo de Deus. A geração adulta que saiu do Egito deveria peregrinar quarenta anos no
deserto, até que todos morressem (Números 14.29, 34-35). Os filhos sofreriam a
consequência do pecado dos pais (Números 14.33), mas alcançariam misericórdia e
entrariam em Canaã (Números 14.31). A jornada do Sinai até ao monte Nebo está
representada no quadro abaixo:
20
5. Preparando para a conquista
Moisés, apesar de ser grande líder espiritual, não entrou na terra prometida porque,
juntamente com Arão, não glorificou a Deus na contenda de Meribá (Números 20.6-13;
Deuteronômio 32.48-52; Salmos 106.32-33). Por este motivo, ele apenas veria a terra,
mas não entraria nela (Números 27.12-14). A pedido de Moisés (Números 27.15-17) e por
orientação do SENHOR (Números 27.18-21), Josué foi investido como sucessor de
Moisés com a missão de introduzir o povo na terra prometida (Números 27.21-23). Ao
passar o comando a Josué, Moisés fez um discurso na planície do Jordão, antes que
Israel atravessasse o rio. Esse discurso é todo o livro de Deuteronômio. Do capítulo 1 a
10 ele faz um retrospecto do passado, da saída do Egito e peregrinação pelo deserto até
as planícies do Jordão; do capítulo 11 a 30, ele apresenta a visão do futuro, prevendo a
conquista de Canaã; do 31 a 34, ele retrata a situação presente e faz uma recordação da
lei. Esse discurso que exerceria decisiva influência em Israel está resumido no quadro
abaixo:
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Conclusão
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Encontro 4
A terra de Canaã que será conquistada sob a liderança de Josué, tinha sido
prometida aos israelitas há mais de quatrocentos anos. Tera, pai de Abraão, saiu de Ur
dos Caldeus com a sua família com destino a Canaã, mas deteve-se em Harã, onde
morreu (Gênesis 11.31-32). Depois disto, o SENHOR disse a Abraão: “Sai da tua terra, da
tua parentela e da casa de teu pai e vai para a terra que te mostrarei” (Gênesis 12.1).
Abraão partiu e chegou a Siquém, em Canaã, onde recebeu do SENHOR a promessa:
“Darei à tua descendência esta terra” (Gênesis 12.6-7). Abraão edificou altares ao
SENHOR que lhe aparecera (Gênesis 12.7), invocou o nome do SENHOR (Gênesis 12.8)
e iniciou as suas peregrinações na terra prometida (Gênesis 12.9). Depois de algum
tempo no Egito (Gênesis 12.10 a Gênesis 13.13), ele retornou a Canaã e o SENHOR
reafirmou a promessa com mais detalhes: “Ergue os olhos e olha desde onde estás para
o norte, para o sul, para o oriente e para o ocidente; porque toda esta terra que vês, eu ta
darei, a ti e à tua descendência, para sempre” (Gênesis 13.14).
A promessa da terra tinha a garantia da aliança feita por Deus com Abraão, Isaque
e Jacó (Gênesis 28.13-14). Mas Israel devia conquistar e tomar posse da terra prometida.
A condição da conquista e os limites da terra foram dados a Josué: “Todo lugar que pisar
a planta do vosso pé, vo-lo tenho dado, como eu prometi a Moisés. Desde o deserto do
Líbano até ao grande rio, o rio Eufrates, toda a terra dos heteus e até ao mar Grande para
o poente do sol será o vosso limite” (Josué 1.3-4). O estudo da geografia de Israel nos
mostra que faltou pisar a planta do pé em grandes extensões da terra, pois o povo da
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aliança nunca conseguiu conquistar e tomar posse de toda a terra dentro dos limites
definidos por Deus em Josué 1.3-4.
Deus prepara Josué, o líder, sucessor de Moisés, definindo a sua tarefa (1.1-3) e
encorajando-o. “Como fui com Moisés, assim serei contigo; não te deixarei, nem te
desampararei. Sê forte e corajoso, porque tu farás este povo herdar a terra que, sob
juramento, prometi dar a seus pais” (1.5-6). Josué e Calebe eram os sobreviventes da
geração adulta que saiu do Egito. Os demais, por incredulidade, morreram no deserto.
Josué prepara o povo, dando ordens por meio dos príncipes, para que fizessem
provisão para a passagem do Jordão, o que aconteceria ao terceiro dia (1.10-11). Deu
ordem também aos gaditas, rubenitas e a meia tribo de Manassés, que já haviam
recebido herança daquém do Jordão, para que cumprissem o acordo de participarem das
batalhas da conquista (1.12-15). A resposta que deram a Josué expressava a disposição
de todo o povo: “Como em tudo obedecemos a Moisés, assim obedeceremos a ti; tão-
somente seja o SENHOR, teu Deus, contigo, como foi com Moisés” (1.17).
Josué enviou espias a Jericó, o primeiro reino a ser conquistado, com esta ordem:
“Andai e observai a terra e Jericó” (2.1). Foram acolhidos por uma mulher prostituta,
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chamada Raabe, que relatou a eles o estado de ânimo dos cananitas (2.8-11),
demonstrou fé no SENHOR (2.11b), suplicou pela salvação dela e da família (2.12-13) e
obteve a promessa de que seriam preservados (2.14-15). Raabe converteu-se, foi
ancestral de Davi (Rute 4.18-22) e aparece na genealogia de Cristo (Mateus 1.5-6).
Maravilhosa graça! O relatório dos espias foi encorajador: “Certamente, o SENHOR nos
deu toda esta terra nas nossas mãos, e todos os seus moradores estão desmaiados
diante de nós” (2.24).
Do meio do Jordão foram levadas doze pedras para que fosse levantado um
memorial da ação de Deus em favor do seu povo, bem como para que servisse de
testemunho do poder e da majestade do SENHOR para todos os povos da terra (4.1-10,
19-24). Em Gilgal, na terra de Canaã, o povo renovou a aliança por meio da circuncisão
dos que nasceram na jornada (5.1-9), celebrou a páscoa (5.10-11), e passou a usufruir
dos produtos de Canaã (5.12). Antes das guerras da conquista, Josué teve experiência
com o Deus vivo. Prostrado, adorou o príncipe do exército do SENHOR (5.13-15). As
batalhas do Reino de Deus são ganhas no altar de adoração!
Deus prometeu Canaã aos filhos de Israel, mas eles deveriam conquistá-la. Eles
já tinham atravessado o mar Vermelho a pés enxutos, o deserto de Sinai e agora
encontram o Rio Jordão, que estava transbordando. Deus prometeu a Josué que iria com
ele, e lhe dá uma ordem e uma promessa.
25
Repita pausadamente a ordem e a promessa que o Senhor fez a Josué.
26
Agora, faça uma pausa!
Comente a estratégia usada por Josué para a conquista de Jericó, e como foi essa
conquista.
Releia a ordem de Deus a Josué e conte quantas promessas foram feitas a ele
relatadas em Josué 1.8-9.
Apesar de a terra ter descansado da guerra (11.23), muito território ficou ainda por
conquistar (13.1-13). Duas tribos e meia já tinham recebido herança dalém do Jordão
(13.32). Os levitas não receberam herança, porque cuidavam do santuário, e “o SENHOR,
Deus de Israel, é a sua herança” (13.33). “Quem serve ao altar do altar tira o seu
sustento” (1 Coríntios 9.13). Como a tribo de José foi dividida em duas, Efraim e
Manassés (Gênesis 48.5), o número de tribos, mesmo excluindo Levi, continuava doze.
Dentre elas foi feita a partilha da terra (14-22). O quadro mostra um pequeno mapa da
divisão da terra. Do capítulo doze em diante temos a descrição das fronteiras, com
apresentação minuciosa de acidentes topográficos, o que torna a leitura um tanto
monótona. O critério da partilha foi o de lançar sortes (14.1-2). Critério justo. Aos levitas
foram dadas quarenta e oito cidades para nelas viverem (21.41-42). Foram designadas,
também, as cidades de refúgio, estrategicamente distribuídas no centro, sul e norte, que
funcionavam como embaixadas para acolher pessoas perseguidas injustamente (20.1-9).
27
Agora, faça uma pausa!
Pela partilha da terra concluímos que Josué era justo. Após as conquistas Josué
convocou o povo e renovou seu pacto com Deus: ...“Eu e a minha casa serviremos ao
Senhor” (Josué 24.15). Se você está renovando essa aliança com o Senhor, repita a
expressão usada por Josué.
Recordemos a ordem da conquista: “Todo lugar que pisar a planta do vosso pé, vo-
lo tenho dado, como eu prometi a Moisés” (Josué 1.3). O capítulo primeiro de Juízes
mostra como Israel foi deficiente no cumprimento desta ordem. A promessa era clara,
mas havia uma condição: “Todo lugar que pisar a planta do vosso pé”. Na medida em que
o povo deixou de avançar, deixou de conquistar. Deus acusa o povo de infidelidade por
ter feito aliança com os moradores de Canaã (Juízes 2.1-2), mas demonstra que essa
infidelidade não ameaça a sua soberania: “Pelo que também eu disse: não os expulsarei
de diante de vós; antes, vos serão por adversários, e os seus deuses vos serão laços”
(Juízes 2.3). “Porquanto este povo transgrediu a minha aliança que eu ordenara a seus
pais e não deu ouvido à minha voz, também eu não expulsarei mais de diante dele
nenhuma das nações que Josué deixou quando morreu; para, por elas, pôr Israel à prova,
se guardará ou não o caminho do SENHOR, como seus pais o guardaram” (Juízes 2.20-
22). O mistério é que Deus usa até a infidelidade do seu povo para a realização dos seus
propósitos.
Por isso, todo o período dos juízes, que durou cerca de cento e cinquenta anos, foi
marcado pelo pecado do povo, pela opressão dos inimigos, pelo clamor do povo por
libertação, pela resposta misericordiosa de Deus que levantava um líder como libertador,
para, outra vez, o povo retomar a este círculo vicioso (Juízes 2.6-19). Os povos dos reinos
de Canaã que ficaram não representaram apenas tentação religiosa para Israel, mas
tornaram-se inimigos políticos que tentaram dominar Israel e, muitas vezes, conseguiram.
Em diversas ocasiões o povo de Israel foi escravizado pelos povos vizinhos e, ao mesmo
tempo, houve uma série de reações sob a liderança dos juízes.
28
Agora, faça uma pausa!
A ordem da conquista era: “Todo lugar que pisar a planta do vosso pé vo-lo tenho dado,
como eu prometi a Moisés” (Josué 1.3).
O povo parou de avançar por infidelidade e desobediência e por isso foi escravizado por
povos vizinhos. Leia Hebreus 11.13-16; 13.14 e medite sobre a nossa peregrinação hoje.
Encontramos na
fase dos juízes
acontecimentos
chocantes como o
sacrifício da filha de Jefté
(11.29-40), as fraquezas
de Sansão em relação ao
sexo (13-16), a idolatria
de Mica (17 e 18), e a
imoralidade e violência
dos habitantes de Gibeá
(19-20). As guerras da
conquista também
causam dificuldades para
a mentalidade cristã.
Apesar dos costumes
29
exóticos da época e de atitudes impensadas dos homens, Deus se serviu deles para o
seu propósito. A história dos juízes relaciona-se com a história de Israel e a história de
Israel relaciona-se com a grande revelação em Jesus Cristo. A Palavra de Deus vem para
nós através de cada parte das Escrituras vista no seu conjunto. Este é um princípio básico
de interpretação.
Pare e pense! Antes da ler a conclusão, medite na história de Rute! Ela era
moabita. Os moabitas estavam excluídos da assembleia do Senhor
(Deuteronômio 23.3-6). No entanto, ela se converteu e entrou na genealogia de
Cristo, como Raabe (Mateus 1.5). Bela lição missionária para nós!
Conclusão
A conquista e posse da terra prometida, bem como a história dos juízes, deixam
evidente a verdade de que o povo de Deus continua em marcha. As conquistas terrestres
não proporcionam o verdadeiro descanso. “Ora, se Josué lhes houvesse dado descanso,
não falaria, posteriormente, a respeito de outro dia. Portanto, resta um repouso para o
povo de Deus” (Hebreus 4.8-9; 6-7; Salmos 95.7-8). Alguns juízes são mencionados como
heróis da fé, ao lado de Davi (Hebreus 11.32), obtiveram bom testemunho, mas
dependem de nós, como numa corrida de revezamento, para alcançarem o galardão
(Hebreus 11.39-40). Eles e nós aspiramos a um pátria superior, isto é, celestial (Hebreus
11.16).
30
Encontro 5
O REINO UNIDO
O primeiro rei, Saul, foi ungido pelo último Juiz, Samuel (1 Samuel 10.1ss) e foi
também aclamado pelo povo (1 Samuel 10.17-24). O período dos juízes chega ao fim
quando Samuel renuncia ao seu cargo numa cerimônia tocante na qual todos
reconhecem a integridade moral deste líder (1 Samuel 12.1-5); são relembrados os feitos
de Deus a favor do seu povo (1 Samuel 12.6-11); todos são exortados a serem fiéis a
Deus sob o reinado de Saul (1 Samuel 12.12-25). A biografia de Samuel, do capítulo 1 até
31
o capítulo16, tem um rumo ascendente. Foi um líder que começou bem, prosseguiu bem
e terminou bem (veja o quadro).
O primeiro rei de Israel, ungido por Samuel (1 Samuel 10.1), era, inicialmente,
modesto (1 Samuel 10.19-22), mas destacava-se dentre os demais (1 Samuel 10.23-24a)
e foi aclamado pelo povo (1 Samuel 10.24b). O reconhecimento decisivo (1 Samuel
11.12-15) aconteceu depois da vitória sobre os amonitas (1 Samuel 11.1-11). Ele
começou bem, sendo reconhecido como líder militar na vitória sobre os amonitas e outros
inimigos (1 Samuel 14.47-48). Mas começou a tropeçar quando usurpou a função de
sacerdote (1 Samuel 13.8-12) no preparo para a guerra contra os filisteus (1 Samuel 13.1-
7). Foi duramente reprovado por Samuel (1 Samuel 13.13-14). A instabilidade emocional
de Saul pode ser percebida no motivo que o levou a exercer função sacerdotal: “forçado
pelas circunstâncias, ofereci holocaustos” (1 Samuel 13.12b). A mensagem profética foi
clara: “Agora não subsistirá o teu reino. O SENHOR buscou para si um homem que lhe
agrada e já lhe ordenou que seja príncipe sobre o seu povo, porquanto não guardaste o
que o SENHOR te ordenou” (1 Samuel 13.14). Saul não tinha visão nítida da sua
responsabilidade. Tinha aspecto físico imponente, mas era de espírito leviano.
As fontes para o estudo do primeiro rei de Israel são o primeiro livro de Samuel e 1
Crônicas de 1 a 10. O primeiro livro das Crônicas foi escrito numa época em que havia
necessidade de ressaltar a identidade do povo da aliança e, por isso, a importância da
genealogia. Além do mais, o foco desse livro está no rei Davi como homem público e
como o organizador do culto de Israel. Por esse motivo, não se ocupa de Saul e do seu
reino. Apenas narra a sua morte e os motivos do fim trágico deste rei de Israel.
Israel era governado pelo próprio Deus, mas, no tempo de Samuel, pediu um rei,
justificando: “para que sejamos como todas as nações”. Isto desagradou tanto a Deus
como a Samuel, pois contrariava o princípio de que o Senhor era o rei sobre Israel. Então,
Saul é ungido. Quais motivos levaram a queda e fim trágico desse rei?
Desde então, Saul passou a caçar Davi. Este foi preservado pela providência divina
que usou Jônatas, filho de Saul (1 Samuel 20.1-29), Mical, também filha de Saul e
esposa de Davi (1 Samuel 19.12-17), e tantas outras experiências que deram a ele a
33
convicção expressa no salmo de sua autoria: “O anjo do SENHOR acampa-se ao redor
dos que o temem e os livra” (Salmos 34.7). Davi poupou a vida de Saul em diversas
ocasiões. “Quem haverá que estenda a mão contra o ungido do SENHOR e fique
inocente? Tão certo como vive o SENHOR, este o ferirá, ou o seu dia chegará em que
morra, ou em que, descendo à batalha, seja morto” (1 Samuel 26.9,10). De fato, foi o que
aconteceu (1 Samuel 31.1-7). O fim trágico de Saul é assim descrito: “Assim, morreu Saul
por causa da sua transgressão cometida contra o SENHOR, por causa da palavra do
SENHOR, que ele não guardara; e também porque interrogara e consultara uma
necromante, e não ao SENHOR, que, por isso, o matou e transferiu o reino a Davi, filho
de Jessé” (1 Crônicas 10.13-14). O rumo da vida de Samuel foi ascendente; de Saul,
descendente; de Davi, no primeiro livro de Samuel, permanece na horizontal (veja
quadro).
1 CRÔNICAS
2 SAMUEL
11 - 29
Ziba Numeração do povo
1 – 32
DAVI
O REI
Absalão-revolta Amon
Amon
Natã
Queda Vitórias
Filho de Jônatas Cânticos
Arca Arca
Rei de Israel Hirão
Isbosete Arca
Rei de Judá Valentes
Morte de Saul Unção
Em 2 Samuel destaca-se Davi como um ser humano que chora a perda do seu
amigo Jônatas (2 Samuel 1.17-27); que acolhe Mefibosete, filho de Jônatas (2 Samuel
9.1-13); que cai em pecado de adultério e assassinato do seu fiel soldado Urias (2 Samuel
11-12); que sofre as consequências do pecado como disciplina do SENHOR (2 Samuel
13-19); que experimenta as limitações da velhice (1 Reis 1.1-4). Em 1 Crônicas temos o
rei, homem público, que cuida da diplomacia (1 Crônicas 14.1-2); promove a remoção da
arca da aliança para Jerusalém de acordo com as normas mosaicas (1 Crônicas 13-15);
cuida da organização do culto (1 Crônicas 16, 22-26); toma providências quanto à sua
sucessão (1 Crônicas 28.1-10; 29.22-25). Há muitos assuntos comuns aos dois livros,
mas quem lê 2 Samuel tem uma visão mais nítida de Davi, o homem; quem lê 1 Crônicas
34
11-29, tem uma clara percepção de Davi, o rei. Ambos os livros registram virtudes e vícios
desse rei que passou para a história. Davi pecou, foi disciplinado por Deus, não era
perfeito, mas serviu ao seu povo e aos propósitos de Deus.
A aliança que Deus fez com Davi é aliança eterna. Deus disse pelo profeta Natã:
“Mas a minha misericórdia se não apartará dele (Salomão), como a retirei de Saul, a
quem tirei de diante de ti. Porém a tua casa e o teu reino serão firmados para sempre
diante de ti; teu trono será estabelecido para sempre” (2 Samuel 7.15-16; Salmos 89.20,
28-29). Essas promessas tiveram pleno cumprimento em Jesus de Nazaré, de acordo
com a mensagem celestial a Maria: “Este será grande e será chamado Filho do Altíssimo;
Deus, o Senhor, lhe dará o trono de Davi, seu pai; ele reinará para sempre [...], e o seu
reinado não terá fim (Lucas 1.32-33; Mateus 28.18).
Na escolha de Davi, o Senhor viu seu coração e não sua aparência, pois era o
menor de seus irmãos. Foi vencedor, perdoador, amoroso, abençoado, adorador,
mas não era perfeito, pecou, reconheceu seu erro e foi disciplinado por Deus.
Quais lições aprendemos com esse rei?
Como se cumpriu a promessa feita por Deus em 2 Samuel 7.15-16 “teu trono será
estabelecido para sempre”? Veja textos do Novo Testamento na lição.
Pare e pense! Assim como Deus se agradou de Davi, ele também quer se
agradar de você. Como deve ser seu coração, sua aparência, suas palavras,
suas ações?
SALMOS
SÉRIES AUTORIA CARACTERÍSTICAS
1 ª série Salmos 1 – 41 Predomina nome
Exceções: 1, 2, 10, 33 Senhor – Jeová
Davi: maturidade
2 ª série Salmos 42 – 72 Predomina nome
Coré – 42 – 47 Deus – Eloim
Davi – 51 – 70
Juventude
Exceções: 66, 67
3 ª série Salmos 73 – 89 Aparecem os dois nome
Asafe – 73 – 83
Coré – 84 – 89
Atribuído a Davi - 86
4 ª série Salmos 90 – 106 Salmos de louvor
35
Anônimos
90 – Atribuído a Moisés
101, 103 - Atribuídos a Davi
5 ª série Salmos 107 – 150 Salmos litúrgicos
Pós exílicos
De 120 a 134 são chamados de
degraus
A maioria deles é de autoria de Davi (1ª e 2ª séries, ver quadro acima). Muitos
desses salmos refletem experiências de Davi narradas em 2 Samuel e 1 Crônicas
(exemplos: 3,18,23,34,51,54,57,59,60 etc.). A leitura dos salmos no contexto histórico nos
faz perceber com maior clareza a mensagem que eles trazem. Há salmos que refletem
outros contextos históricos, como veremos.
Outro livro que pode ser lido em relação com 2 Samuel e 1 Crônicas é o livro de Jó.
Não se sabe ao certo a data da sua composição, mas, por ser livro poético, tem
linguagem muito semelhante à dos salmos. Ele lança luz sobre o mistério do sofrimento
dos justos. No resumo do quadro abaixo, Jó é provado por Satanás por permissão divina
e perde riquezas, família e saúde. As explicações humanas baseadas na experiência, na
sabedoria e no dogmatismo são limitadas, parciais, injustas. A última palavra cabe ao
Todo-Poderoso que exalta aquele que se humilha.
36
4. Salomão,o político
Em 1 Reis, Salomão como político, foi proclamado rei (1 Reis 1.32-40) numa
situação de conflitos (1 Reis 1.1-31) e tomou medidas severas para consolidar o reino (1
Reis 2.1-46). Abençoado por Deus (1 Reis 3.1-15), agiu com sabedoria (1 Reis 3.16-28;
4.29-34) e tornou-se próspero (1 Reis 4.20-28). No entanto, desobedeceu claros preceitos
da lei mosaica (Deuteronômio 17.14-20) ao casar-se com uma princesa egípcia (1 Reis
3.1), ao amontoar riquezas (1 Reis 10.14-29), ao multiplicar para si mulheres estrangeiras
(1 Reis 11.1-3) e ao ser induzido à idolatria por influência dessas mulheres (1 Reis 11.4-
8). Salomão, como político, caiu na tentação dos reinos deste mundo e da glória deles
(Mateus 4.8). Por isso, foi repreendido pelo profeta e abriu a brecha para a divisão do
reino (1 Reis 11.9-40).
Morte Idolatria
2 CRÔNICAS 1 - 10
Advertências
Sabá Sabá
1 REIS 1 - 10
Riquezas
O CONSTRUTOR
SALOMÃO
Riquezas 2ª visão
O POLÍTICO
Tributo
Cidades Dedicação
Oração
Oração Palácio
Templo
Dedicação Edificação
Hirão
Preparativos Preparativos
Limites
Hirão Sabedoria
Casamento
Sacrifícios Julgamento
Conselheiros
Adonias
Velhice de Davi
Coroação
37
No contexto histórico de 1 Reis 1-11 e de 2 Crônicas 1-9, devemos ler os livros de
Eclesiastes, Provérbios e Cantares. Eclesiastes retrata o político que se encantou com as
glórias deste mundo. Logo no início, ele declara: “Palavra do Pregador, filho de Davi, rei
de Jerusalém: vaidade de vaidades, diz o Pregador; vaidade de vaidades, tudo é vaidade”
(Eclesiastes 1.1-2). Este livro foi escrito por Salomão em sua velhice e demonstra o seu
arrependimento. Reconheceu que a grandeza aqui na terra é pura vaidade. Dedicou-se a
conhecer os desvarios deste mundo e chegou à experiência de materialista (Eclesiastes 3
e 9). De que aproveita ao homem tudo o que a vida debaixo do sol oferece? (Eclesiastes
1 a 2). Nada! Neste livro Salomão se propôs a tratar da sabedoria meramente humana
que leva os homens aos desvarios. Mas o sentido do livro está no seu final: “De tudo o
que se tem ouvido, a suma é: Teme a Deus e guarda os seus mandamentos; porque isto
é o dever de todo homem” (Eclesiastes 12.13). Todo o livro deve ser entendido à luz
deste princípio. Por isso, ele é palavra de Deus.
O Livro de Provérbios tem outro enfoque. Neste livro não temos os desvarios de
um idoso arrependido (Eclesiastes), mas a expressão da sua sabedoria. No livro de
Eclesiastes, ele já revela alguns aspectos da sabedoria, mas, em Provérbios, ele expõe a
sabedoria prática, a sabedoria de viver. O resumo não é diferente de Eclesiastes, porque
o princípio desta sabedoria é o “temor do Senhor” (Provérbios1.7). “O temor do Senhor é
o princípio da sabedoria, e o conhecimento do Santo é prudência” (Provérbios 9.10). Não
existe melhor manual de sabedoria prática do que o livro de Provérbios.
O livro de Cantares enaltece o amor conjugal e tem sido usado como figura do
relacionamento de Deus com o seu povo.
Salomão, filho de Davi, foi abençoado por Deus com sabedoria e riquezas, se
tornando o homem mais sábio e mais rico que já existiu, porém terminou seus dias
com a seguinte afirmação: “De tudo que se tem ouvido, a suma é: teme a Deus e
guarda os seus mandamentos; porque isto é o dever de todo homem”. Por que razão?
5. Salomão, o construtor
Davi desejou construir uma casa para abrigar a arca da aliança (2 Samuel 7.1-2),
mas o SENHOR, por intermédio de Natã, disse a Davi que a “Casa” não era prioridade
para ele. Desde que o povo saiu do Egito, ele, o SENHOR, tinha andado em tenda, em
tabernáculo (2 Samuel 7.3-7). Ele é quem faria casa a Davi (2 Samuel 7.8-15). “Porém a
38
tua casa e o teu reino serão firmados para sempre diante de ti; teu trono será
estabelecido para sempre” (2 Samuel 7.16). Mas, prometeu estabilidade a Salomão (2
Samuel 7.12): “Este edificará uma casa ao meu nome, e eu estabelecerei para sempre o
trono do seu reino” (2 Samuel 7.13).
39
porventura, a minha mão que fez todas estas coisas?” (Atos 7.48-50). Por isso, ele foi
apedrejado pelos idólatras do templo (Atos 6.12-14; 7.54-60).
Salomão construiu o Templo, o qual foi destruído e reconstruído diversas vezes. Leia
Mateus 16.18, João 2.19-22, Marcos 13.1-2, 1 Coríntios 3.16-17 e 1 Pedro 2.4-5 e
responda:
Conclusão
40
Encontro 6
O REINO DIVIDIDO
O reino unido alcançou o seu ápice de esplendor e de glória nos dias de Salomão,
sucessor de seu pai Davi. No entanto, apesar das sublimes virtudes de Salomão, ele
cometeu pecados que romperam a unidade do reino. Por isso, nos dias de Roboão, seu
filho, aquela fase dourada chegou ao fim. O reino dividiu-se em dois: do norte, conhecido
como o reino de Israel; do sul, conhecido como o reino de Judá. O reino do norte,
composto por dez tribos de Israel, viveu constante instabilidade, ocupando o trono reis de
diversas dinastias; no reino do sul, mais estável, sucederam-se no trono reis da dinastia
de Davi, em virtude da aliança que Deus havia feito com a Casa de Davi (1 Crônicas
17.11-14). O período histórico do reino dividido situa-se entre 945 a.C. quando Roboão
assumiu o trono, até 586 a.C., quando aconteceu a queda de Jerusalém sob o império
babilônico.
1. Causas da divisão
REINO DIVIDIDO
REINO 1 Reis 2 Reis 2 Reis 2 Reis 2 Reis
Fonte:
DE 12 - 22 1 - 14 15 – 20 21 – 23 24 - 25
ISRAEL Reis do Até Até Até ________ _______
Norte Norte Acabe Joroboão II Oseias
Dez Elias Eliseu Isaías Hilquias Jeremias
CATIVEIRO
42
Observando o quadro acima, percebemos cinco fases da história do reino dividido,
cujas figuras centrais foram os profetas Elias, Eliseu, Isaías, Jeremias e o sacerdote
Hilquias e os seus contemporâneos. Os reis tanto do norte quanto do sul, por não serem
considerados personagens centrais, não são todos nominados. Nesta lição damos apenas
visão panorâmica das atuações desses profetas e dos acontecimentos mais importantes
dos reinos do norte e do sul. O aluno, no entanto, necessita ler, para um conhecimento
preciso, todos os textos indicados no plano geral de leitura.
SÍNTESE BIOGRÁFICA
JEROBOÃO
ACABE
NADABE
BAASA
ZINRI
TIBNI
ONRI
Serepta – azeite
Acabe – perturbador
PROFETAS
Ben-Hadabe – aliança
AS Nabote – vinha
REIS DE JUDÁ
Josafá
Josafá – só mal
ROBOÃO
ABÍAS
ASA
Fogo do céu
Carro de fogo
Quanto ao reino do norte, destaca-se a afirmação de que Jeroboão fez Israel pecar
(1 Reis 14.16). Por isso, só Nadabe, dos seus descendentes, sentou-se no trono em
Israel. Nova dinastia começou com Baasa, que “fez o que era mau perante o SENHOR e
43
andou no caminho de Jeroboão e no seu pecado, o qual fizera Israel cometer” (1 Reis
15.34). O seu filho Ela reinou só dois anos em Israel porque foi morto numa conspiração
liderada por Zinri, o qual exterminou todos os descendentes de Baasa, “segundo a
palavra do SENHOR, por intermédio do profeta Jeú” (1 Reis 16.12). O povo opôs-se a
Zinri, que suicidou-se (1 Reis 16.1-20). Onri eliminou o seu rival Tibni e estabeleceu uma
dinastia mais duradoura (1 Reis 16.21-28). Acabe, filho de Onri, excedeu a todos em
pecado e foi com ele que Elias travou os seus maiores embates. Instabilidade e crises
constantes no reino do Norte. Este é o cenário no qual se desenvolveu o ministério de
Elias. Os profetas sempre se destacam em fases críticas como porta-vozes do SENNOR.
Observe, no quadro, a síntese biográfica de Elias.
JEROBOÃO
ZINRI
TIBNI
ONRI
ELÁ
Serepta – azeite
Acabe – perturbador
SEMAÍAS – 2 Crônicas 12
AÍAS – 1 Reis 14 Horebe – 7 mil
JEÚ – 1 Reis 16
MICAÍAS – 1 Reis 22 ELIAS Ben-Hadabe – aliança
Nabote – vinha
AS
Josafá
Josafá – só mal
ROBOÃO
REIS DE
ABÍAS
JUDÁ
ASA
Fogo do céu
Carro de fogo
Ainda em Judá havia boas coisas – 2 Crônicas 12.22
Quanto ao reino do Sul, destaca-se a afirmação: “porque em Judá ainda havia boas
coisas” (2 Crônicas 12.12). Abias e Asa sucederam Roboão e alternaram fidelidade e
infidelidade ao SENHOR. Mas foi Josafá o rei que se destacou no período de Elias. “O
SENHOR foi com Josafá, porque andou nos primeiros caminhos de Davi, seu pai, e não
procurou a baalins. Antes, procurou ao Deus de seu pai e andou nos seus mandamentos
e não segundo as obras de Israel” (2 Crônicas 17.3-4). Mas fez aliança com Acabe (2
Crônicas 18.1-3) e foi severamente repreendido pelo profeta Jeú: “Devias tu ajudar ao
perverso e amar aqueles que aborrecem o SENHOR? Por isso, caiu sobre ti a ira da parte
do SENHOR. Boas coisas, no entanto, se acharam em ti” (2 Crônicas 19.2-3). Observe
que tanto no norte como no sul os profetas estavam atuantes.
44
Agora, faça uma pausa!
Elias recebeu instruções do SENHOR para ungir Eliseu, filho de Safate, de Abel-
Meolá como seu sucessor no ministério profético (1 Reis 19.16). Ao receber o chamado (1
Reis 19.19-21a), Eliseu “se dispôs, e seguiu a Elias, e o servia” (1 Reis 19.21b). O tempo
de discipulado habilitou Eliseu para a missão. Antes de Elias ser elevado ao céu, disse a
Eliseu: “Pede-me o que queres que eu te faça, antes que seja tomado de ti. Disse-lhe
Eliseu: Peço-te que me toque por herança porção dobrada do teu espírito” (2 Reis 2.9).
Esse pedido foi atendido. Eliseu, como profeta, realizou o dobro dos milagres que foram
realizados por Elias. A principal fonte para o estudo das atuações de Eliseu é 2 Reis
capítulos 2 a 13. Os acontecimentos estão também registrados em 2 Crônicas 21 a 26,
mas não há destaque para o ministério de Eliseu. Eliseu atuou mais no reino do norte e 2
Crônicas dá destaque para o reino do sul.
SÍNTESE BIOGRÁFICA
REIS DE ISRAEL
Jeroboão II
Capa de Elias
ACAZIAS
JOACAZ
JORÃO
JOÁS
JEÚ
Azeite da viúva
Sunamita
PROFETAS
Morte na panela
AMÓS - Amós 1.1
JONAS – 2 Reis 14.25
ELISEU Naamã
AS Machado flutua
Leprosos de Samaria
REIS DE JUDÁ
AMAZIAS
ACAZIAS
Uzias
JORÃO
Morte de Eliseu
45
lhe sucederam no trono, Acazias e Jorão. Mas Elizeu ungiu Jeú rei sobre Israel (1 Reis
19.16; 2 Reis 9.1-3), dando-lhe a seguinte missão: “Ferirás a casa de Acabe, teu senhor,
para que eu vingue da mão de Jezabel o sangue de meus servos, os profetas, e o sangue
de todos os servos do Senhor” (2 Reis 9.7). Jeú foi sucedido no trono pelos seus
descendentes Joacaz e Jeoás, mas principal rei da dinastia de Jeú foi Jeroboão II, filho de
Jeoás. Em seus dias Israel alcançou notável prosperidade favorecido pela conjuntura
mundial. Essa prosperidade beneficiou a aristocracia israelita, mas causou enormes
injustiças na distribuição de renda. Neste contexto devemos ler o livro do Profeta Amós.
Ele é o profeta conhecido pela denúncia contundente dos pecados sociais. Veja, no
quadro acima, a síntese biográfica de Eliseu.
Quanto ao reino do sul, Jeorão, filho de Josafá, foi rei tão perverso, que ao morrer
aos 32 anos, foi dito dele: “E se foi sem deixar de si saudades” (2 Crônicas 21.20). Foi
sucedido no trono por Acazias, Joás e Amazias. Nenhum deles serviu ao SENHOR com
inteireza de coração. Do rei seguinte, Uzias, é dito: “Propôs-se buscar a Deus nos dias de
Zacarias, que era sábio nas visões de Deus; nos dias em que buscou ao SENHOR, Deus
o fez prosperar” (2 Crônicas 26.5). De fato, a liderança de Uzias, figura principal deste
período histórico como rei, trouxe prosperidade para Judá (2 Crônicas 26.6-15). Mas ele,
que começou tão bem, exaltou-se para a sua própria ruína (2 Crônicas 26.16-21). A
atuação profética de Eliseu foi mais intensa no norte e há abundantes informações em 2
Reis. No sul, faz-se referência apenas a um profeta que repreendeu o rei Amazias, mas
sem sucesso (2 Crônicas 25.15-16). Foi no ano da morte do rei Uzias que, enquanto
adorava no templo, Isaías teve a visão do SENHOR e foi comissionado como profeta
(Isaías 6.1-8). Mas é assunto para o próximo item da nossa lição.
46
idolatria (2 Reis 17.16-17). “Pelo que o SENHOR muito se indignou contra Israel e o
afastou da sua presença; e nada ficou, senão a tribo de Judá” (2 Reis 17.18).
MANAHEM
ZACARIAS
1ª parte:
HOSEIAS
PEKAIA
SALUM
PEKA
I – Fundamentos: 1 – 12
a) A nação necessitada Cap. 1 – 6
b) O rebento do Senhor Cap. 6 – 12
II – Mensagens endereçadas:
PROFETAS
a) Às nações Cap. 13 – 23
OSEIAS
MIQUEIAS ISAÍAS b) A Israel Cap. 24 – 27
c) A Judá Cap. 28 – 35
ACAZ
Povos de países estrangeiros foram levados para Israel (2 Reis 17.24-28). Isto deu
origem a um culto misto (2 Reis 17.29-34), gerando um conflito permanente entre judeus
(sul) e samaritanos (norte), que repercutiu no diálogo de Jesus com a samaritana: “Como,
sendo tu judeu, pedes de beber a mim, que sou mulher samaritana (porque os judeus não
se dão com os samaritanos)?” (João 4.9).
47
costumes que Israel introduziu. Pelo que o SENHOR rejeitou a toda a descendência de
Israel, e os afligiu, e os entregou nas mãos dos despojadores, até que os expulsou da sua
presença”.
CONTEMPORÂNEOS DE ISAÍAS
OSEIAS MIQUEIAS
O castigo virá pela mão da Assíria e das O castigo virá pela mão da Assíria e das
nações (8 – 10) nações (5.5-7)
Cap. 8 – 13 Capítulo 3 – 6
Há esperança messiânica Há esperança messiânica
11.1 – “Do Egito chamei o meu filho”. 5.2 – “De Belém sairá o Senhor de Israel”.
Isaías deixou um livro escrito. Na primeira parte do livro (capítulos 1 a 40), ele
retrata os acontecimentos que estamos considerando. A segunda parte será vista depois.
As profecias messiânicas nesta parte do livro de Isaías são tantas que ele tem sido
chamado o profeta evangélico. Examinar, por exemplo, os textos de Isaías 7.14 e de
Mateus 1.20-23. Veja a síntese do livro de Isaías no quadro acima. Os contemporâneos
de Isaías foram os profetas Oseias e Miqueias. Observe no quadro acima como os livros
desses profetas refletem o período histórico de Israel que estamos estudando. Todos
denunciam os pecados de Israel e referem-se à Assíria como agente da disciplina divina.
Mas anunciam também esperança como consequência do arrependimento de Israel e da
promessa da vinda do Messias.
Os reis Manassés e Amom, filho e neto de Ezequias, fizeram o que era mau
perante o Senhor (2 Reis 21.1-2, 19-20). Não seguiram nas pisadas do pai e avô. Amom
foi morto numa conspiração, mas o povo constituiu Josias, com apenas oito anos de
idade, rei em lugar do seu pai. A figura central desse período é o Sacerdote Hilquias,
mentor do rei Josias, e que liderou todo o movimento de reforma em Judá (2 Crônicas 34
e 35). Os textos bíblicos para o estudo desta fase são 2 Reis 21 - 23 e 2 Crônicas 33 - 35.
Apesar das reformas religiosas sob o sacerdote Hilquias e o rei Josias, o fim de Judá
48
estava previsto na passagem de 2 Reis 23.25-27: “Antes dele (Josias), não houve rei que
lhe fosse semelhante, que se convertesse ao SENHOR de todo o seu coração, e de toda
a sua alma, e de todas as suas forças, segundo toda a Lei de Moisés; e, depois dele,
nunca se levantou outro igual. Nada obstante, o SENHOR não desistiu do furor da sua
grande ira, ira com que ardia contra Judá, por todas as provocações com que Manassés o
tinha irritado. Disse o Senhor: Também a Judá removerei de diante de mim, como removi
Israel, e rejeitarei esta cidade de Jerusalém, que escolhi, e a casa da qual eu dissera:
Estará ali o meu nome”.
REIS DE ISRAEL
Israel levado em
Não houve reis:
Abolição da idolatria.
Reparação do templo.
Hilquias acha o livro
Renovação do pacto.
Celebração da páscoa.
PROFETAS
Dia de Jerusalém
Dia das nações
Urtiga – 2
REIS DE JUDÁ
Angústia – 1
Josias
Manassés
Dia de Sião
Amom
Remanescentes - 3
Os textos para o estudo desta última fase do reino dividido encontram-se em 2 Reis
24-25 e em 2 Crônicas 36. Jeremias é conhecido como o profeta das lamentações porque
viveu neste período em que foi destruído tudo o que era precioso para o povo de Israel.
Os reis Jeoaquim, Joaquim e Zedequias nada realizaram de importante. Não podiam
também oferecer resistência aos babilônios tanto por causa da precária condição
49
econômica e militar, quanto pela falta evidente de uma espiritualidade sadia. O desfecho
foi trágico. No undécimo mês do reinado de Zedequias, quando o povo, cercado, estava
faminto, os babilônios arrombaram a cidade, os homens de guerra e o rei fugiram (2 Reis
25.2-4), “porém o exército dos caldeus perseguiu o rei Zedequias e o alcançou nas
campinas de Jericó; e todo deste se dispersou e o abandonou. Então o tomaram preso e
o fizeram subir ao rei da Babilônia, a Ribla, o qual lhe pronunciou a sentença. Aos filhos
de Zedequias mataram à sua própria vista e a ele vazaram os olhos; ataram-no com duas
cadeias de bronze o levaram a Babilônia” (2 Reis 25.5-7).
REIS DE ISRAEL
Israel levado em
Não houve reis:
cativeiro
SÍNTESE DO LIVRO
DE JEREMIAS
(quadro em separado)
PROFETAS
Naum
(Naum 1.1)
JEREMIAS
Habacuque
(Habacuque 1.4)
para Zedequias)
(mudou o nome
(mudou o nome
para Jeoaquim)
REIS DE JUDÁ
(levado em
cativeiro)
Matanias
Eliaquim
Joaquim
Joacaz
50
JEREMIAS
Conclusão
51
Encontro 7
O EXÍLIO
Como vimos na lição anterior, o reino do norte caiu em 720 a.C., com a invasão de
Senaqueribe, rei da Assíria. O reino do sul, sob a dinastia de Davi, resistiu por mais ou
menos cento e quarenta anos, mas caiu também na invasão de Nabucodonosor, rei da
Babilônia, em 580 a.C.. Apesar das reformas religiosas sob o sacerdote Hilquias e o rei
Josias, que demonstraram profundo zelo em seguir ao Senhor, o fim de Judá estava
também previsto na passagem de 2 Reis 23.26-27: “Nada obstante, o SENHOR não
desistiu do furor da sua grande ira, ira com que ardia contra Judá, por todas as
provocações com que Manassés o tinha irritado. Disse o Senhor: Também a Judá
removerei de diante de mim, como removi Israel, e rejeitarei esta cidade de Jerusalém,
que escolhi, e a casa da qual eu dissera: Estará ali o meu nome”. Veja no quadro abaixo a
escala descendente desde a morte de Salomão até a invasão de Nabucodonosor.
52
O final de Judá foi trágico. Quando os babilônios invadiram Jerusalém, todos
fugiram (2 Reis 25.2-4). “Porém o exército dos caldeus perseguiu o rei Zedequias e o
alcançou nas campinas de Jericó; e todo o exército deste se dispersou e o abandonou.
Então, o tomaram preso e o fizeram subir ao rei da Babilônia, a Ribla, o qual lhe
pronunciou a sentença. Aos filhos de Zedequias mataram à sua própria vista e a ele
vazaram os olhos; ataram-no com duas cadeias de bronze e o levaram a Babilônia” (2
Reis 25.5-7). Os babilônios queimaram a Casa do SENHOR, derribaram os muros em
redor de Jerusalém, levaram o sumo sacerdote e todos os utensílios do templo para
Babilônia. Judá passou a ser governada por prepostos do rei da Babilônia (2 Reis 25.8-
22). “Porém dos mais pobres da terra deixou o chefe da guarda ficar alguns para vinheiros
e para lavradores” (2 Reis 25.12). Por que tudo isto aconteceu? Porque os reis e o povo
não ouviram as advertência dos profetas, “porém, zombavam dos mensageiros,
desprezavam as palavras de Deus e mofavam dos seus profetas, até que subiu a ira do
SENHOR contra o seu povo, e não houve remédio algum” (2 Crônicas 36.16).
1. Os profetas do cativeiro
A crise que começou no reino dividido alcançou seu clímax no exílio do povo e no
cativeiro babilônico. Em todos estes momentos de crise, os profetas tiveram atuação
destacada, desde Elias, o iniciador do movimento profético, até Malaquias, que profetizou
após o retorno do exílio. O reino dividido, em decadência, se desfez no exílio. Os profetas
foram intérpretes da realização dos desígnios de Deus nesta fase crítica. Por meio deles
entendemos que foi necessário que Deus rompesse a estrutura de organização nacional
para salvar a vocação espiritual de Israel. O quadro abaixo mostra os principais profetas
do cativeiro.
53
Os fatos relacionados com o cativeiro estão registrados em Jeremias a partir do
capítulo quarenta. Os fatos referentes à restauração do cativeiro estão escritos em Isaías
também a partir do capítulo quarenta. Esses capítulos dos dois profetas devem ser lidos
no contexto do cativeiro e da restauração e junto com os livros de Joel e Obadias. Isto
não quer dizer que haja dois profetas Isaías nem dois profetas Jeremias, nos capítulos 1 a
39 dos respectivos livros, mas apenas o contexto histórico refletido nesta parte dos livros
deles (capítulos 40ss). Em Obadias 1.15 e em Joel 2.31 percebemos que o “Dia do
SENHOR” está relacionado com a queda de Jerusalém. A destruição tantas vezes
profetizada e anunciada, afinal chegou. O quadro abaixo mostra como esses profetas
atuaram entre os polos Canaã (Palestina) Caldeia (Babilônia).
54
2. Daniel, o profeta na corte babilônica
O livro de Daniel tem caráter biográfico. Não se sabe quem deu a redação final,
nem quando, mas Daniel é a personagem principal e grande parte do texto é de sua
autoria. Como pode ser observado no quadro “Profetas do Cativeiro”, do capítulo 1 a 6, o
livro narra fatos; do capítulo 7 ao 12, registra as visões. A estátua do sonho de
Nabucodonosor (cap. 2), interpretado por Daniel, representava impérios sucessivos
(babilônico, persa, grego e romano) e apontava para o reino do Filho do Homem (Cristo),
cujo reino é eterno (Daniel 2.44-45; 7.13-14). As profecias dos capítulos 7 a 11 se referem
aos embates desses impérios. Os reinos do norte e do sul, do capítulo 11, referem-se aos
remanescentes do império macedônio, de Alexandre, que se estabeleceram no Egito (sul)
e na Síria (norte) e que alternadamente fustigavam Israel que ficava no meio. Mas, além
da aplicação das profecias aos ptolomeus (Egito) e selêucidas (Síria), muitas delas se
cumpriram no ministério de Jesus e outras se cumprirão ainda. Exemplos: Comparar
Daniel 11.31; 12.11 com Mateus 24.15; Daniel 7.13-14 com Mateus 25.31-46.
Ezequiel informa que, estando entre os “exilados, junto ao Rio Quebar, se abriram
os céus, e eu tive visões de Deus” (Ezequiel 1.1). Como pode ser percebido no quadro
“Profetas do Cativeiro”, o livro de Ezequiel divide-se em três grandes blocos: Vocação
(capítulos 1 a 3); Castigo (capítulos 4 a 36); Restauração (capítulos 37-48). A missão do
profeta era demonstrar que o cativeiro era consequência do pecado e o grande objetivo
era provocar arrependimento para que a missão espiritual de Israel fosse restaurada. Esta
não seria missão fácil, “pois toda a casa de Israel é de fronte obstinada e dura de
coração” (Ezequiel 3.7). “Mas tu lhes dirás as minhas palavras, quer ouçam quer deixem
de ouvir, pois são rebeldes” (Ezequiel 2.7). Aliás, a missão de profeta sempre é difícil. As
advertências de Ezequiel se aplicavam não só a Israel, mas também à Babilônia. O
profeta teria que enfrentar a incredulidade de Israel e o poderio do império babilônico.
55
Mas nos capítulos finais Ezequiel fala da restauração: “Tomar-vos-ei de entre as
nações, e vos congregarei de todos os países, e vos trarei para a vossa terra. Então,
aspergirei água pura sobre vós, e ficareis purificados; de todas as vossas imundícias e de
todos os vossos ídolos vos purificarei. Dar-vos-ei coração novo e porei dentro de vós
espírito novo; tirarei de vós o coração de pedra e vos darei coração de carne. Habitareis
na terra que eu dei a vossos pais; vós sereis o meu povo, e eu serei o vosso Deus”
(Ezequiel 36.24-26, 28). O vale de ossos secos se tornaria num exército numeroso
(Ezequiel 37.1-14). Ele faz também longa descrição do templo restaurado (capítulos 40 a
48). Ora, para aqueles que dentre os israelitas eram piedosos e tinham corações
quebrantados, saudosos de Jerusalém e das tradições religiosas, deve ter sido
profundamente consoladora a palavra do profeta do rio Quebar que anunciava o plano
divino da restauração.
Conclusão
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Encontro 8
RESTAURAÇÃO
Não foram todos os judeus que retornaram para a Palestina depois dos setenta
anos profetizados por Jeremias (Jeremias 25.11; 29.10). Muitos se fixaram na Babilônia, e
outros tantos se espalharam entre as nações. Deus cumpriu a sua palavra e congregou o
remanescente para que os seus propósitos se cumprissem. Destacamos três fases na
restauração de Israel:
Malaquias, que viveu na época de Esdras e Neemias, foi o último profeta. Entre
Malaquias e Mateus, período de 400 anos, não houve movimento profético. A partir de
Esdras, os escribas tiveram papel fundamental na preservação e na instrução da Lei do
Senhor. Em Jerusalém foi restaurado o templo, mas, nas comunidades judaicas
59
dispersas, desenvolveram-se os encontros nas sinagogas para adoração e instrução na
Lei. A organização da igreja não seguiu o modelo do templo, mas das sinagogas. O
templo reconstruído na fase da restauração e profanado mais tarde pelos gregos, foi
definitivamente destruído pelos romanos no ano 70. Os cristãos não construíram templo.
Assim como as sinagogas funcionavam em sua quase totalidade nas casas, a igreja
seguia este modelo e impactou o império romano. Este movimento perdeu seu ímpeto
quando os cristãos restauraram os odres velhos do Antigo Testamento (templo,
sacerdote, sacrifício, dias sagrados) no tempo de Constantino.
A terceira fase da reconstrução teve como líder principal Neemias.Ele era copeiro
do rei Artaxerxes (445-443 a.C). Este cargo era de muita confiança nas cortes orientais,
pois cuidava da alimentação do palácio. Antes de o rei ingerir qualquer bebida, o copeiro
devia tomar o copo, ingerindo-a ele mesmo para demonstrar que não havia qualquer
perigo de envenenamento. Neemias era nobre, homem de confiança do rei.
Vemos através do estudo desta lição que Deus inclina o coração dos reis na direção do
cumprimento dos seus propósitos (Provérbios 21.1), e por isso o rei Ciro decretou que os
judeus voltassem para a reconstrução do templo.
Baseados, ainda, no princípio do sacerdócio universal dos crentes, qual tem sido a sua
participação no corpo de Cristo?
Conclusão
61
Bibliografia
ALMEIDA, J.F. Bíblia Sagrada. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil. Edição revista e
atualizada.
Ibid. Bíblia de Estudo de Genebra. Barueri, SP: Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do
Brasil, 1999
DAVIDSON, F. Novo Comentário da Bíblia. São Paulo, SP: Vida Nova, 1972
DUNNETT, Walter M. Panorama do Novo Testamento. São Paulo, SP: Vida Nova, 2005.
(Curso Vida Nova de teologia básica, v. 3)
HARRIS, R. Laird. Introdução à Bíblia. São Paulo, SP: Vida Nova, 2008. 2ª edição. Curso
Vida Nova de teologia básica, v. 1)
FERREIRA, J.A., Conheça a sua Bíblia. Campinas, SP: Livraria Cristã Unida, 2ª edição
SCHULTZ, Samuel J. & SMITH, Gary V. Panorama do Antigo Testamento. São Paulo,
SP: Vida Nova, 2005. (Curso Vida Nova de teologia básica, v. 2)
62