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As Escrituras Sagradas

São a Palavra de Deus Escrita


William R. Downing
.
Traduzido do original em Inglês
A Catechism on Bible Doctrine (Version 1.7)
An Introductory study of Bible Doctrine in the Form of a Catechism with Commentary
By W. R. Downing • Copyright © 2008

O presente volume consiste somente em um excerto da obra supracitada

Publicado por P.I.R.S. PUBLICATIONS


Um Ministério da Sovereign Grace Baptist Church (www.sgbcsv.org)
Publicações Impressas nos Estados Unidos da América
ISBN 978-1-60725-963-3

Todos os direitos reservados somente ao autor. Nenhuma parte deste livro deve ser reproduzida
em qualquer forma que seja sem a permissão prévia do autor.

Tradução por Hiriate Luiz Fontouro


Revisão por Paul Cahoon, Benjamin Gardner, Albano Dalla Pria e Erci Nascimento
Edição Inicial por Calvin G. Gardner
Revisão Final por William Teixeira e Camila Rebeca Almeida
Edição Final e Capa por William Teixeira
Imagem da Capa: São Paulo perante o Areópago, por Rafael (Domínio Público)

1ª Edição: Fevereiro de 2016

As citações bíblicas usadas nesta tradução são da versão Almeida Corrigida Fiel | ACF
Copyright © 1994, 1995, 2007, 2011 Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil.

Publicado em Português como fruto de uma parceria entre os websites oEstandarteDeCristo.com e


PalavraPrudente.com.br, com a graciosa permissão do amado autor W. R. Downing (Copyright ©
2008) e do amado, saudoso e agora glorificado, Calvin G. Gardner.

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As Escrituras Sagradas São a Palavra de Deus Escrita
Por William R. Downing

[Excerto de Um Catecismo de Doutrina Bíblica, por William R. Downing • Parte II]

AS ESCRITURAS SÃO A PALAVRA DE DEUS

O estudo doutrinário das Escrituras é denominado de “Bibliologia”, do Gr. biblos, “livro”, que
é a primeira palavra do Novo Testamento em Grego. Nesta era, quando as Escrituras são
atacadas no que diz respeito à sua inspiração e autoridade Divina, deve ser entendido que
a Bíblia é a nossa única verdade objetiva; todo o resto é subjetivo e sujeito a mal-entendidos
ou mudança.

Pergunta 7: O que é a Bíblia?


Resposta: A Bíblia é a revelação especial de Deus para o homem, em forma escrita.

2 Timóteo 3:16-17: “Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar,


para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça; 17 para que o homem de Deus seja
perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra”.

Veja Também: Êxodo 17:14; 24:12; 31:18; Lucas 24:25-27, 45-47; João 5:45-47; Hebreus
1:1-3; 2 Pedro 1:20-21; 3:15-16.

Comentário

A palavra “Bíblia” deriva da palavra Grega “livro”. Ela ocorre como a primeira palavra do
Novo Testamento em Grego: “O livro (biblos) da geração de Jesus Cristo...” (Mateus 1:1).
É a partir desta ocorrência que temos a nossa palavra portuguesa “Bíblia”, que agora se
refere a toda a Palavra de Deus escrita. A Bíblia é tanto um livro quanto uma biblioteca de
sessenta e seis livros que compõem o cânon da Escritura. As Escrituras formam um todo
não-contraditório (coerente), unificado, como a própria Palavra do Deus vivo escrita (preser-
vada em forma escrita).

A Bíblia também é conhecida como “Escritura”, ou “As Escrituras”. A palavra significa “es-

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critos” (Gr. graphai) e refere-se especialmente à Palavra de Deus em forma escrita — a
Palavra de Deus escrita e preservada para nós. A fórmula encontrada setenta e uma vezes
no Novo Testamento: “Está escrito”, significa que ela está escrita com plena e inalterada
autoridade.

A vida Cristã é composta de dois aspectos, o objetivo e o subjetivo. O objetivo é revelado


na verdade das Escrituras como o padrão de crença e conduta; o aspecto subjetivo é a
nossa experiência pessoal, que deve derivar e refletir o aspecto objetivo. Separados da
Escritura, nós seríamos deixados inteiramente com o aspecto subjetivo. Todos se tornariam
necessariamente relativistas (sem fim, palavra de autoridade, com exceção da força da
experiência individual), empíricos (todo julgamento seria baseado na experiência apenas),
existenciais (completamente subjetiva e tendendo para o irracionalismo ou emocionalismo)
e pragmáticos (aquilo que funciona melhor é correto). Assim, o mais emocional ou místico
seria o mais espiritual, e as personalidades mais fortes ou mais persistentes determinariam
a direção do Cristianismo. A única salvaguarda para tais desvios é a Palavra de Deus
escrita devidamente compreendida e corretamente interpretada (Salmos 119:105; Isaías
8:20; João 17:17; 2 Timóteo 2:15).

A finalidade de todo estudo da Bíblia é a verdade doutrinária. Alguém simplesmente não


conhece as Escrituras até que ele chegue consistentemente ao seu ensino doutrinário, e
reciprocamente, ninguém conhece a Doutrina Cristã como deveria, a não ser que ele a
entenda biblicamente. É o ensino doutrinário da Escritura que deve governar nosso pensa-
mento, guiar nossas vidas e reger sobre nossas emoções.

Alguns poderiam contestar um Cristianismo “intelectual”, preferindo uma abordagem mais


simplista ou “devocional”, não percebendo que o devocional — se legítimo em tudo — deve
derivar do doutrinário, e o doutrinário da hermenêutica, e a hermenêutica da exegese (exata
leitura do texto). Muitos parecem querer uma religião “coração” e não uma religião “cabeça”,
que muitas vezes se torna um zelo que não convém e sem o conhecimento adequado.
Irracionalidade não é espiritualidade, nem o sentimento é a base adequada para a fé ou
prática. Nós devemos entender que a ignorância da verdade Divina, o irracionalismo reli-
gioso e uma aversão à doutrina e a um estudo e aprendizagem sérios, não são virtudes
Cristãs nem características que devam ser imitadas.

Como Deus fez o homem com um coração e um cérebro, e o fez vertical com o cérebro
acima de seu coração, nós preferimos um equilíbrio necessário como reflexo da concepção
Divina. As emoções devem ser responsivas à verdade Divina, nunca causativas. O Apóstolo
Paulo escreveu a uma de suas mais queridas igrejas: “E peço isto: que o vosso amor cresça
mais e mais em ciência e em todo o discernimento, para que aproveis as coisas excelen-
tes...” (Filipenses 1:9-10). E para outra assembleia: “Eu... não cesso de dar graças a Deus

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por vós, lembrando-me de vós nas minhas orações: Para que o Deus de nosso Senhor
Jesus Cristo, o Pai da glória, vos dê em seu conhecimento o espírito de sabedoria e de
revelação” (Efésios 1:15-17). E o Apóstolo Pedro não concluiu a sua última epístola com as
palavras: “Antes crescei na graça e conhecimento de nosso Senhor e Salvador, Jesus
Cristo...” (2 Pedro 3:18)?

Por que estudar a Bíblia? A seguir estão as principais razões corretas: (1) glorificar a Deus,
(2) estar em comunhão com Cristo, (3) conhecer a vontade de Deus, (4) ser obediente a
Deus, (5) crescer em direção à maturidade espiritual, (6) promover a nossa santificação, (7)
preparar para o ministério da Palavra, (8) compreender o nosso propósito, (9) manter a
pureza da igreja, (10) edificar os outros, (11) evangelizar os não-convertidos, (12) defender
inteligentemente a fé e (13) se preparar para a eternidade.

Você é um amante e estudioso da Bíblia?

Pergunta 8: Quais são os termos importantes acerca da Bíblia como a Palavra de Deus
escrita?
Resposta: Os termos importantes acerca da Bíblia como a Palavra de Deus escrita são:
“inspiração”, “autoridade”, “infalibilidade”, “inerrância”, “suficiência”, “canonicidade” e “ilumi-
nação”.

Comentário

Se a Bíblia é a própria Palavra de Deus preservada em forma escrita — e ela é — então há


certas coisas que são necessariamente verdadeiras: A Bíblia é a Palavra inspirada de Deus,
e não apenas a obra ou as palavras dos homens. Porque a Bíblia é a própria Palavra de
Deus, ela é plena em autoridade, a autoridade mais alta. Assim também a própria Palavra
de Deus escrita, é infalível — incapaz de errar e sem engano. Assim também a Palavra de
Deus escrita, inspirada, plena em autoridade e infalível, é necessariamente inerrante ou
sem erro e totalmente verdadeira em todos os aspectos. Porque a Bíblia é a própria Palavra
de Deus e totalmente confiável em todos os aspectos, ela é suficiente como nossa única
regra de fé (aquilo em que devemos acreditar) e prática (como devemos viver). Deus achou
por bem autenticar e preservar certos livros e não outros. Juntos eles formam o cânon ou
corpo da verdade Divina que nós chamamos de “a Bíblia” ou “as Escrituras”. O processo
pelo qual apenas estes certos livros foram devidamente reconhecidos é chamado de cano-
nização da Escritura.

A verdadeira natureza da inspiração Divina, autoridade, infalibilidade e inerrância necessa-

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riamente determina a preservação das Escrituras ao longo dos tempos nos idiomas origi-
nais como a própria Palavra de Deus.

Há mais três termos importantes com os quais alguém deve estar familiarizado: exegese,
hermenêutica e aplicação. Exegese (mostrar o significado do texto — significado da pala-
vra, gramática e sintaxe — na língua original) refere-se à leitura do texto, ou seja, ela
responde à pergunta: “O que o texto diz?”. Hermenêutica é a ciência de interpretação. Ela
responde à pergunta: “O que o texto quer dizer?” (Lucas 10:26). Aplicação refere-se ao
texto da Escritura, uma vez que ele pode ser aplicado a uma determinada situação: “Como
esta passagem é ou pode ser legitimamente aplicada às nossas modernas era e situação?”.
A aplicação deriva da interpretação. Uma distinção necessária deve ser feita entre a
interpretação e a aplicação. Se estas estão confusas, então alguém pode acreditar que a
aplicação é a interpretação, e, assim, ser impossibilitado de entender verdadeiramente uma
determinada passagem. Algumas pregações violam este princípio e conduzem a mal-
entendidos e confusões.

Pergunta 9: O que se entende por “inspiração” das Escrituras?


Resposta: “Inspiração” é a obra de Deus sobre os corações, mentes e mãos dos homens
para nos dar a própria Palavra de Deus em forma escrita.

2 Timóteo 3:16: “Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para
redarguir, para corrigir, para instruir em justiça”.

2 Pedro 1:20-21: “Sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de


particular interpretação. 21 Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem
algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo”.

Veja também: Isaías 8:20; 1 Coríntios 2:9-14; Hebreus 1:1-3.

Comentário

O termo inspiração deriva do Latim inspiro, “respirar para dentro”, referindo-se aos autores
humanos. A questão real, no entanto, é que as próprias Escrituras são “inspiradas por
Deus”, ou seja, soprada por Deus (theopneustos) — 2 Timóteo 3:16.

A grande verdade da revelação Divina é que Deus falou aos homens (Hebreus 1:1-3). Ele
não só falou aos homens, mas falou em termos compreensíveis. A grande verdade da inspi-
ração é que esta revelação é preservada e protegida como a própria Palavra de Deus es-
crita. A inspiração é a influência sobrenatural exercida sobre os escritores sagrados pelo

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Espírito de Deus, em virtude da qual os seus escritos são a própria Palavra de Deus. Assim,
a inspiração Divina se estende aos próprios escritos. Qualquer visão de inspiração Divina,
que não se refira ao verdadeiro texto como inspirado, é tanto inadequada quanto defeituosa.
A inspiração é desta forma tanto verbal (estende-se às verdadeiras palavras, e, portanto,
às nuances de gramática e sintaxe nas línguas originais) quanto plena (completa ou igual
em todo).

Há uma nítida diferença entre uma tradução e uma versão. O excesso de versões modernas
torna esta discussão necessária. A tradução estrita começa com a língua original e, ao
passo que, expressando-se em outro idioma, mantém-se o mais próximo possível do texto
no idioma original com suas complexidades gramaticais, de sintaxe e expressões idio-
máticas — mesmo ao sacrifício de estilo. Uma versão difere de uma tradução na medida
em que ela é uma versão de uma tradução anterior, em uma segunda língua, ela usa a
gramática, sintaxe e expressões dessa segunda língua e torna muito maiores as conces-
sões para a suavidade da leitura e da expressão do pensamento. Em suma, uma tradução
se detém mais perto da linguagem original, enquanto que uma versão se detém mais de
perto da segunda língua. Na medida em que uma determinada tradução ou versão expressa
o pensamento e a verdade da língua original, tal tradução ou versão é a autoridade da
Palavra de Deus. Isto leva necessariamente à consideração das expressões idiomáticas de
uma língua, a incapacidade de alguns idiomas secundários em expressar a plenitude do
original, e uma determinada fidelidade à gramática, sintaxe, contexto e teologia do texto.

Muitas “versões” modernas são totalmente inadequadas, uma vez que elas não se baseiam
em qualquer texto dado, mas são, na realidade, paráfrases, e algumas realmente mudam
o sentido do texto e por isso alteraram o seu ensinamento doutrinário. Não há substituto
para um conhecimento e um estudo das línguas originais.

A inspiração Divina da Escritura é a pressuposição primária do Cristianismo. Ela é a religião


Divinamente revelada e, portanto, permanece única entre as religiões do mundo. As
Escrituras são então o pou sto (Lit: “um lugar onde eu possa ficar”) ou ponto de referência
para o Cristão. O Cristianismo Bíblico é o Teísmo Cristão, ou seja, a verdade do Triuno, o
Deus autorrevelado das Escrituras. Toda fé posterior (aquilo que deve ser crido) e prática
(como nós devemos viver) derivam desta verdade. As Escrituras são, portanto, a nossa
única regra de fé e prática. Que importância vital é então, tanto conhecê-la quanto inter-
pretá-la corretamente.

A Escritura é sua regra de fé e prática?

Pergunta 10: O que se entende pela “autoridade” da Escritura?

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Resposta: A “autoridade” da Escritura é a regra ou governo que a Bíblia deve desempenhar
totalmente sobre nossas vidas como a própria Palavra de Deus.

Mateus 4:4: “Ele [Jesus], porém, respondendo, disse: Está escrito: Nem só de pão viverá o
homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus”.

2 Timóteo 3:16-17: “Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar,


para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça; 17 para que o homem de Deus seja
perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra”.

Veja também: 2 Coríntios 10:4-5; Hebreus 1:1-2; 1 Pedro 3:15; 2 Pedro 1:20-21.

Comentário

O termo “autoridade” deriva do Latim autor, “originador” ou “autor”. A autoridade da Escri-


tura deriva do autoproclamado ou autorrevelado Deus Triuno da Escritura. A Bíblia é a
Palavra com plena autoridade de Deus porque é exatamente isso — a própria Palavra de
Deus escrita. O homem como o portador da imagem de Deus é Divinamente e instintiva-
mente pré-condicionado a receber a revelação de plena autoridade Divina tanto na criação
(revelação natural) quanto na Palavra de Deus (revelação especial) — Salmos 19:1-6; João
14:6; Romanos 1:18-20; Colossenses 2.3; 1 Tessalonicenses 2:13; 2 Timóteo 3:16-17; 2
Pedro 1:20-21. Ambas são suficientes para deixar o homem inescusável (Romanos 1:18-
20; 2:11-16; 2 Pedro 3:3-5). As Escrituras são autoautenticadas ou autocertificadas, ou seja,
elas testemunham de si mesmas em virtude de sua coerência (natureza não-contraditória),
o testemunho do Senhor Jesus Cristo, o testemunho e poder do Espírito Santo e o poder
delas de transformar vidas. Veja perguntas 14 e 136.

A autoridade da Escritura é necessária. O homem precisa de uma revelação especial (a


palavra direta e plena de autoridade de Deus) para guiá-lo a conhecer verdadeira e justa-
mente a Deus, reconciliá-lo com Ele e a viver no contexto de Sua vontade revelada. A auto-
ridade das Escrituras é abrangente. Ela engloba a totalidade da vida e da realidade. A
autoridade das Escrituras é executiva. A Palavra de Deus vem a nós como mandato ou
comando — sua “Lei-Palavra” — não apenas sugestão ou informações — nós devemos ler,
estudar, nos submeter e nos conformar a ela como tal. A autoridade das Escrituras é
legislativa. Ela deve ser nossa regra de fé e prática. A autoridade da Escritura é judicial. É
o padrão supremo e absoluto do que é certo ou errado, revelando a autoconsistência moral
de Deus. A autoridade das Escrituras é perpétua. Nunca é “antiquado” crer e obedecer a
Bíblia. “Está escrito” significa “está escrito com autoridade plena e inalterada”. Veja
Pergunta 1. A autoridade das Escrituras é irrevogável. Porque as Escrituras derivam do

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próprio Deus, não há outro critério ou autoridade à qual elas possam estar sujeitas ou pela
qual elas possam ser julgadas. Assim, usar os fatos da história, ciência ou vários argu-
mentos para credenciar a Escritura é inerentemente dar a tais provas mais autoridade do
que à própria Escritura. Veja a Pergunta 136.

Existe uma questão essencial e primária que deve ser abordada sobre a autoridade bíblica.
Em uma troca significativa (uma conversação inteligente no nível pressuposicional, ou seja,
uma conversa em que se fala de suas suposições básicas, expressando sua fé e cosmovi-
são. Veja as Perguntas 120 e 136) quando o crente é questionado por um incrédulo por
que ele acredita e sustenta que a Bíblia é a própria Palavra de Deus, ele responde: “Porque
a própria Bíblia declara ser a Palavra de Deus, e esta afirmação é evidenciada pelo teste-
munho da Escritura a respeito de si mesma”. A isto, o seu entrevistado pode retrucar: “Isto
é ‘raciocínio circular’, e logo, é inválido! Raciocínio circular é uma falácia lógica. Não está
entendendo a pergunta!” (petitio principii: Isto ocorre quando alguém assume em suas
premissas o que ele está tentando provar em sua conclusão). Entretanto, quando falando
ou discutindo no contexto das últimas questões, todo o raciocínio humano é amplamente
circular ou pressuposicional, e é necessariamente baseado na fé.

Em outras palavras, todos os fatos são interpretados pelas pressuposições de alguém. Isto
vale para o Cristão que reconhece suas pressuposições baseadas na fé, e também para o
não-crente que pode negar isto, e reivindica descansar na suposta “neutralidade de fatos
científicos”. Todos os fatos são fatos criados. Não existem fatos “brutos” ou “neutros”, e o
próprio incrédulo necessariamente, embora inadmitida ou inconscientemente, assume prin-
cípios e leis Teísticos Cristãos ou ele não poderá argumentar “cientificamente”! De fato, a
menos que alguém assuma um universo ordenado estabelecido por determinadas leis, coe-
rência alguma é possível sobre a qual se possa fundamentar qualquer ciência. As leis
pressupostas pela ciência são as leis de Deus. A questão é: os argumentos de alguém são
consistentes com o seu sistema professado? A este respeito, o crente é consistente (não-
contraditório ou coerente) e o não-crente prova ser inconsistente. Veja a Pergunta 136.

A Palavra de Deus tem plena autoridade em sua vida?

Pergunta 11: Qual é o significado da “infalibilidade” das Escrituras?


Resposta: A “infalibilidade” da Escritura significa que a Escritura como a própria Palavra
de Deus é incapaz de erro e, portanto, totalmente confiável e livre de engano.

João 17:17: “Santifica-os na tua verdade; a tua palavra é a verdade”.

Lucas 24:44: “E disse-lhes: São estas as palavras que vos disse estando ainda convosco:

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Que convinha que se cumprisse tudo o que de mim estava escrito na lei de Moisés, e nos
profetas e nos Salmos”.

Veja também: Tito 1:2; Hebreus 6:13-18.

Comentário

Infalibilidade significa incapacidade de erro e isenção de engano. Porque a Escritura é a


própria Palavra de Deus é necessariamente infalível. A infalibilidade resulta necessaria-
mente da inspiração Divina. A Palavra de Deus reflete os atributos de seu Divino Autor
quanto à sua veracidade ou confiabilidade.

O termo “infalibilidade” também significa “infalível” ou “certo”. A Palavra de Deus é infalível,


no sentido de que toda coisa revelada ou predita nas Escrituras, certamente, acontecerá
no eterno propósito de Deus (Isaías 46:9-11; Efésios 1:3-11; Filipenses 2:9-11; 2 Pedro 3:7-
13). Além disso, a Palavra de Deus enviada não voltará vazia de resultado, mas cumprirá
o propósito Divino (Isaías 55:10-11). A infalibilidade da Escritura é fundamental para todas
as promessas e profecias que Deus deu.

A Igreja Ortodoxa Oriental ou Grega sustenta que a infalibilidade repousa nos Concílios da
Igreja. A Igreja Católica Romana ensina que a infalibilidade repousa no Papa (infalibilidade
papal em matéria de fé). O Cristianismo Bíblico sustenta que a infalibilidade repousa so-
mente nas Escrituras (Sola Scriptura). Alguém pode facilmente ver quão intimamente a
autoridade e a infalibilidade das Escrituras estão relacionadas.

Nós sustentamos a infalibilidade das Escrituras em um sentido prático? Nós confiamos nas
promessas de Deus? Nós prestamos atenção às suas advertências?

Pergunta 12: O que significa a “inerrância” das Escrituras?


Resposta: A “inerrância” das Escrituras significa que as Escrituras são isentas de erro e
totalmente verdadeiras em todos os aspectos.

João 17:17: “Santifica-os na tua verdade; a tua palavra é a verdade”.

Veja Também: 2 Timóteo 3:16; 2 Pedro 1:20-21.

Comentário

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Porque a Bíblia é a Palavra inspirada e autorizada de Deus, é infalível e inerrante. O termo
“inerrância” (isenta e incapaz de erro) remonta ao século XIX, quando a confiabilidade das
Escrituras em assuntos históricos e científicos foi questionada. Este termo foi adicionado
ao termo “infalibilidade” como um novo teste de ortodoxia.

Alguns têm tentado satisfazer as acusações do criticismo racionalista bíblico e da ciência


moderna e ao mesmo tempo parecer ortodoxo pela tentativa de sustentar uma inerrância
“salvífica” (isto é, as Escrituras só são verdadeiras e confiáveis quando elas se referem à
verdade da salvação, enquanto alegam que elas contêm erros históricos e científicos). Este
ponto de vista nada mais é do que uma visão relativista da Escritura — a acomodação sutil
à incredulidade — e é em si uma negação inerente da inerrância. Se as Escrituras conti-
vessem qualquer erro, tal seria uma reflexão sobre a veracidade de Deus. Ele não poderia
ou não nos daria a Sua Palavra contendo erros.

Pergunta 13: Qual é o significado da “suficiência” das Escrituras?


Resposta: A “suficiência” das Escrituras significa que somente a Bíblia é suficiente para
governar ou regular nossas vidas e nos ensinar a respeito de Deus e de nossa relação com
ele.

Mateus 4:4: “...Está escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai
da boca de Deus”.

Veja também: João 17:17; Colossenses 3:16; 2 Timóteo 3:16-17; 2 Pedro 3:18.

Comentário

O homem, como o portador da imagem de Deus foi criado como uma criatura de fé porque:
Primeiro, cada fato é um fato criado, e segundo, porque a fonte da verdade e do conheci-
mento era externa a si mesmo, ou seja, sua fé devia ser colocada na Palavra de Deus. Só
o homem caído procura encontrar a fonte da verdade dentro de si mesmo, independente
de Deus, ou seja, o homem caído e pecador considera que ele mesmo seja autônomo (uma
lei em si mesmo, ou seja, autodeterminado e completamente independente de Deus) —
Gênesis 3:1-7.

Os Cristãos devem ter uma “epistemologia de revelação” (Epistemologia é a ciência do co-


nhecimento e das reivindicações da verdade), ou seja, as Escrituras devem formar a nossa
fonte de autoridade não-contraditória para a verdade e o conhecimento. Isto vale para a
nossa vida, adoração, moralidade, vida corporativa da igreja, evangelismo e defesa da fé.

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Embora as Escrituras não revelem todas as coisas (Deuteronômio 29:29), a revelação dela
é suficiente para o nosso conhecimento, obediência e expectativa. Ir além das Escrituras
em questões não reveladas a nós é especulação. Argumentar a partir das Escrituras e tirar
“boas e necessárias consequências” é legítimo, visto que é por este meio que nós podemos
aplicar as Escrituras de forma consistente às nossas vidas, permanecer consistentes com
a pregação sobre os aspectos da verdade doutrinária ou a situações que podem nos con-
frontar — contudo, apenas se tais consequências ou raciocínio forem bons e necessários.
Nós nunca devemos basear qualquer doutrina em tal raciocínio. As consequências boas e
necessárias estão preocupadas com a aplicação, e não com a interpretação. Nosso Senhor
usou esta forma de raciocínio a partir da natureza espiritual de Deus para a verdadeira
adoração espiritual (João 4:23-24). Ele argumentou com base nas Escrituras para justificar
a cura, fazer o bem no dia de Sabath e argumentou que o Sabath foi feito para o homem e
não o homem para o Sabath (Mateus 12:10-12; Marcos 2:23-28; 3:1-5). Ele também
argumentou sobre o cuidado de Deus para com a criação, seu conforto e provisão (Mateus
6:28-32; 10:28-31; Lucas 12:22-31).

Historicamente, na igreja organizada ou igreja estatal (Católica Romana), a autoridade e a


suficiência derivavam da Escritura, da Tradição (escritos dos Padres da Igreja, as tradições
eclesiásticas, etc.) e do édito Papal. Na Reforma Protestante, o brado se tornou, Sola Scrip-
tura (pela Escritura Somente), Sola Fide (pela Fé Somente), Sola Gratia (pela Graça So-
mente) e Solo Christo (por Cristo Somente), em oposição à Cúria Romana, com suas tradi-
ções, decretos Papais, orações à Maria e aos santos e sua doutrina sacerdotal e sacra-
mental da salvação. Os Reformadores Protestantes sustentavam que somente a Escritura
era suficiente e plena em autoridade para guiar tanto a Igreja e quanto a vida individual.

Os Batistas, como verdadeiros Cristãos Neotestamentários e herdeiros do Cristianismo


Primitivo sempre defenderam a suficiência das Escrituras como o nosso principal distintivo
ou característica. Todos os outros distintivos derivam deste. Veja a Pergunta 156.

Aproximamo-nos das Escrituras de forma consistente e prática?

Pergunta 14: O que significa a “canonicidade” das Escrituras?


Resposta: A “canonicidade” das Escrituras faz referência aos vários livros que, juntos,
compõem a Bíblia (o cânon bíblico) e o processo pelo qual somente eles são reconhecidos
como Escritura (canonização).

2 Pedro 3:15-16: “E tende por salvação a longanimidade de nosso Senhor; como também
o nosso amado irmão Paulo vos escreveu, segundo a sabedoria que lhe foi dada; 16 falando
disto, como em todas as suas epístolas, entre as quais há pontos difíceis de entender, que

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os indoutos e inconstantes torcem, e igualmente as outras Escrituras, para sua própria
perdição”.

Veja também: 2 Timóteo 3:16-17; 2 Pedro 1:20-21.

Comentário

Todas as Sagradas Escrituras juntas formam um Livro: a Bíblia. Mas a própria Bíblia é
composta por sessenta e seis livros. É uma biblioteca Divina de vários livros — trinta e nove
no Antigo Testamento (Gênesis à Malaquias em nossa Bíblia em Língua Portuguesa) e
vinte e sete no Novo Testamento (Mateus à Apocalipse em nossa Bíblia em Língua Portu-
guesa) — que juntos formam o cânon das Escrituras.

A palavra cânon é derivada do Grego canōn, e originalmente significava um bastão de


medição ou haste reta. Era provavelmente um derivado do hebraico kaneh, ou cana, um
termo do Antigo Testamento para uma vara de medir (uma cana utilizada como um instru-
mento de medição). Na época de Atanásio (c. 350), o termo “cânon” era aplicado à Bíblia,
tanto como regra de fé e prática, e como o corpo de verdade inspirada e plena de autori-
dade.

A existência e a validade de um cânon bíblico (um certo número de livros ou escritos que
são verdadeiramente oriundos de Deus e são exclusivos nesse sentido) necessariamente
pressupõe o Teísmo Cristão (a crença no Triuno, o autoproclamado Deus do Cristianismo
conforme revelado nas Escrituras). Apenas se for pressuposto que o Triuno, o autorreve-
lado Deus das Escrituras falou, e que esta revelação foi escriturada (escrita) sob superinten-
dência Divina (inspiração), a questão da canonicidade (quais livros são realmente dados
por Deus) pode ser resolvida de uma maneira positiva. Veja a Pergunta 9.

O Cristianismo Primitivo não-canonizou as Escrituras por sua própria autoridade (da igreja),
ou seja, selecionou quais escritos deviam ser incluídos, mas ao contrário reconheceu aque-
les escritos que eram e são canônicos. As diferenças entre os escritos canônicos e os não
canônicos eram e são imediatamente perceptíveis. Como os primeiros Cristãos reconhe-
ceram certos livros como Escritura e rejeitaram outros? A resposta está na aplicação de
vários princípios recolhidos a partir dos escritos dos primeiros Cristãos que detalharam o
processo utilizado por eles e igrejas:

Primeiro, o livro é pleno em autoridade? Será que possui autoridade Divina?

Segundo, o livro é autêntico, ou seja, ele foi escrito por um dos Apóstolos ou ditado
pelo autor?

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Terceiro, ele concorda com o restante da revelação Divina e com a regra ou “analogia
da fé?” (Isto se refere à natureza inclusiva, não-contraditória, mas coerente da Escri-
tura como a própria Palavra de Deus escrita. Isto também se refere ao ensino autocon-
sistente da Escritura à medida que ela trata de qualquer ponto determinado).

Quarto, é o livro dinâmico, ou seja, ele possui o poder de Deus para evangelizar e
edificar? Isso se refere ao testemunho do Espírito no poder de Sua Palavra.

Quinto, o livro é reconhecido pelos primeiros Pais da Igreja?

Sexto, o livro é recebido pelo povo de Deus?

Assim, as Escrituras formaram as igrejas, e não o inverso. A Escritura está fundamentada


sobre a autoridade Divina e não sobre qualquer autoridade eclesiástica. As Escrituras,
então, são autoatestadas ou autoautenticadas. O Espírito Santo dá testemunho quanto à
veracidade das Escrituras para o crente. Veja a Pergunta 10.

Alguns negam a conclusão do cânon das Escrituras, sustentando uma inspiração contínua,
ou seja, que Deus ainda fala diretamente para e através dos homens por meio de visões,
“línguas” (eloquência extática) ou “profecias” inspiradas. Tais pessoas deixam a Palavra de
Deus em um estado incompleto, e, finalmente, sem autoridade. Veja a Pergunta 84.

Será que nós reverenciamos as Escrituras e amamos seu Autor como deveríamos?

Pergunta 15: O que se entende por “iluminação”?


Resposta: Iluminação é o discernimento espiritual das Escrituras dada ao crente pela graça
do Espírito Santo.

1 João 2:20-27: “E vós tendes a unção do Santo, e sabeis todas as coisas... 27 E a unção
que vós recebestes dele, fica em vós, e não tendes necessidade de que alguém vos ensine;
mas, como a sua unção vos ensina todas as coisas, e é verdadeira, e não é mentira, como
ela vos ensinou, assim nele permanecereis”.

1 Coríntios 2:9-10: “Mas, como está escrito: As coisas que o olho não viu, e o ouvido não
ouviu, e não subiram ao coração do homem, são as que Deus preparou para os que o
amam. 10 Mas Deus no-las revelou pelo seu Espírito; porque o Espírito penetra todas as
coisas, ainda as profundezas de Deus”.

Veja também: Mateus 4:4; Lucas 24:13-32, 44-47; João 17:17; 1 Coríntios 2:9-16; Efésios
1:15-21; Colossenses 3:16; 2 Timóteo 3:16-17; Hebreus 5:10-14; 2 Pedro 3:18.

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Comentário

O Espírito de Deus, que especialmente habita em cada crente verdadeiro, dá uma visão
espiritual das Escrituras, e através das Escrituras, da verdade espiritual ou doutrinária. A
iluminação, portanto, não diz respeito apenas à mente; ela também inclui a vida em um
sentido duplo: Primeiro, a finalidade de todo estudo Bíblico é a chegada até a verdade pro-
posicional ou doutrinária. Neste sentido cada Cristão deve ser um teólogo. Segundo, a ver-
dade doutrinária deve ter um profundo efeito sobre a vida do crente, ou seja, “a teologia
determina a moralidade de alguém”, ou, “tudo na vida é finalmente disciplinado pela teologia
de alguém”. Existe uma relação necessária entre a Escritura corretamente aprendida e
sustentada e o caráter pessoal, ou seja, a vida de uma pessoa é necessariamente o reflexo
de sua teologia.

Essa unção ou iluminação é diferente, pois é uma marca da graça e absolutamente neces-
sária para a experiência e o crescimento do Cristão (Romanos 1:18-22; 1 Coríntios 2:9-16;
Efésios 4:17-19). Esse discernimento ou percepção espiritual capacita os verdadeiros
Cristãos ao estudo das Escrituras, a alimentar-se da Bíblia como seu alimento espiritual, a
receber instrução, a tornar-se doutrinariamente consistente e prudente, a estar totalmente
equipado para a sua vida espiritual e a crescer em direção à maturidade espiritual.

Embora não haja graus de inspiração, existem graus de iluminação, dependendo da fé, da
piedade, do estudo das Escrituras e da maturidade espiritual de alguém (1 Coríntios 2:9-
13; Efésios 1:15-19; 2 Pedro 3:18).

Deve-se cuidadosamente notar que a iluminação espiritual não é estática, mas ela poderá
diminuir devido ao pecado não-confessado, ao entristecer do Espírito da Verdade, à incre-
dulidade, à preguiça espiritual, ou ainda, poderá diminuir por desviar-se pelo medo ou des-
crença de qualquer aspecto da verdade Divina (Efésios 4:30; Hebreus 5:10-14). Alguém
que consiga chegar a um acordo com qualquer aspecto da verdade bíblica e depois rejeitá-
la por qualquer motivo, apresentará necessariamente o mesmo grau de incapacidade de
discernir a verdade do erro.

Nós oramos pela compreensão e iluminação (Salmos 119:18)? Será que procuramos seria-
mente viver de acordo com o padrão da verdade que conhecemos?

Pergunta 16: De que forma Deus nos deu a Sua Palavra?


Resposta: Deus nos deu Sua Palavra na forma de história redentora (a história ou registro
da salvação).

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Gálatas 4:4-5: “Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de
mulher, nascido sob a lei, 5 para remir os que estavam debaixo da lei, a fim de recebermos
a adoção de filhos”.

Lucas 24:44-47: “E disse-lhes: São estas as palavras que vos disse estando ainda convos-
co: Que convinha que se cumprisse tudo o que de mim estava escrito na lei de Moisés, e
nos profetas e nos Salmos. 45 Então abriu-lhes o entendimento para compreenderem as
Escrituras. 46 E disse-lhes: Assim está escrito, e assim convinha que o Cristo padecesse, e
ao terceiro dia ressuscitasse dentre os mortos, 47 e em seu nome se pregasse o arrependi-
mento e a remissão dos pecados, em todas as nações, começando por Jerusalém”.

Veja também: Gênesis 3:15; Lucas 24:25-27; 1 Timóteo 3:16; Hebreus 1:1-3.

Comentário

A autorrevelação do Deus Triuno ao homem foi escrita. Essa revelação é denominada “As
Sagradas Escrituras” ou “A Bíblia”. Essa revelação Divina é de natureza progressiva. Deus
não comunicou Sua verdade completamente em Gênesis (tanto a criação (Romanos 1:18-
20) quanto a redenção (João 3:14-16; Gálatas 4:4-5) são revelações de Deus e a partir de
Deus), no Pentateuco, nos Profetas, nos Salmos e até mesmo nos Evangelhos. Há um
princípio progressivo que se estende ao longo de toda a revelação Divina — Deus começou
Sua autorrevelação em Gênesis, depois continuou essa revelação através da história
patriarcal, depois através da lei, depois pela história de Israel como uma nação separada
para esta finalidade. Após isso, pela história da encarnação de nosso Senhor e de Seu
ministério terreno, e finalmente, através dos Apóstolos inspirados que trouxeram essa
revelação a um fim. Em outras palavras, as Escrituras não vêm de Deus como uma Teologia
Sistemática, mas como uma revelação redentora em um formato histórico, isto é, na forma
da história redentora, que é progressivamente revelada e desenvolvida a partir da criação
(Gênesis 1) até a consumação (2 Pedro 3; Apocalipse 19-22). A doutrina não está completa
e finalizada na Escritura logo de início, mas é primeiro revelada em germe ou essência,
então progressivamente revelada em sua plenitude e finalidade. O princípio orientador da
revelação Divina é, desta forma, progressivamente histórico, pessoal, cronológico e
doutrinário.

As Escrituras contêm historicamente dois Testamentos. O primeiro, ou o Antigo Testamento


(que contém a Antiga Aliança), é preparatório e antecipatório. O segundo, ou Novo Testa-
mento (que contém a Nova ou a Aliança do Evangelho), é caracterizado pela finalidade e
pelo cumprimento. Observe as seguintes linhas:

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O Novo está contido no Antigo, o Antigo é explicado pelo Novo.

O Antigo Testamento é em grande parte pessoal (história patriarcal — Abraão, Isaque,


Jacó, José), depois nacional (a legislação Mosaica, a história da nação de Israel sob o
Reino Unido, Reino Dividido e Reino Isolado) e profético. O Novo Testamento é em grande
parte pessoal, eclesiástico, universal (a vida terrena e ministério de nosso Senhor, as várias
Epístolas às igrejas e o Evangelho à humanidade pecaminosa, sem distinção racial, nacio-
nal ou cultural) e profético.

Toda a verdade redentora orgânica e doutrinária culmina na pessoa e obra do Senhor Jesus
Cristo (Cf. João 14:6; Efésios 1:10; Colossenses 1:12-17; Hebreus 1:1-3). Culmina, assim,
praticamente em uma vida piedosa pareada com a graça de Deus (Cf. a união do crente
com Cristo tanto em Sua morte quanto em Sua ressurreição — vida e seus resultados ne-
cessários e práticos na experiência: Romanos 6:1-14; Efésios 1:3-14; 4:1; Confira 4:22-6:9,
e a ética Cristã prática que deve ser demonstrada na vida. Cf. também Tito 2:11-14). Veja
a Pergunta 77. Esta união culminará, escatologicamente, na futura ressurreição para a gló-
ria e para a nova criação (Isaías 65:17, 66:22; Romanos 8:11-23; Efésios 1:10; 2 Pedro 3;
Apocalipse 19-22). Veja a Parte X.

Pergunta 17: Qual é a mensagem central da Bíblia?


Resposta: A mensagem central da Bíblia é a redenção dos pecadores através da Pessoa
e obra do Senhor Jesus Cristo para a glória de Deus.

2 Coríntios 5:21: “Àquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que nele
fôssemos feitos justiça de Deus”.

Gálatas 3:13: “Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós; porque
está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro”.

Veja também: Gênesis 3:15; Isaías 9:6; Mateus 1:21-23; Lucas 24:25-27, 44-47; Romanos
3:21-26; 8:28-39; 1 Coríntios 15:20-26; Gálatas 4:4-5; Efésios 1:3-14; 1 Timóteo 1:15; 3:16;
Hebreus 1:1-4; 7:23-25; 9:12; 10:10-14; 1 Pedro 3:18; 1 João 2:1; Apocalipse 4:11.

Comentário

A Bíblia não é um Livro sobre história, embora ela venha até nós em um formato histórico.
A Bíblia não é um livro sobre ética ou moralidade, embora a autoconsistência moral (justiça)
de Deus seja predominante e a ética Cristã seja um elemento necessário. A Bíblia não é

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um livro sobre ciência, ainda que ela fale sobre a criação, o universo, a terra, o céu, as
plantas, os animais, o homem e os seres espirituais. A Bíblia não é um livro sobre filosofia,
embora ela trate da (1) epistemologia (a ciência do conhecimento e do significado), (2) da
metafísica (perguntas finais a respeito de Deus, a realidade, ou seja, vida, morte, etc.) e
nos traz (3) uma distinta visão de mundo e vida, além de falar da (4) Ética (um padrão de
conduta e julgamento moral). Ela também fala sobre várias questões diversas como o
governo civil, o meio-ambiente, a inflação monetária, o saneamento e o bem-estar público
dando princípios operativos para essas questões. A Bíblia é essencialmente sobre a
salvação: a história do propósito eterno redentor do Deus Triuno para salvar os pecadores
da maldição, do poder reinante do pecado e de suas consequências finais.

A doutrina da salvação, ou redenção nas Escrituras, é uma salvação verdadeira e completa,


não meramente algo potencial ou teórico aguardando a capacidade do pecador para poder
torná-la eficaz. A doutrina, ou mensagem da salvação bíblica, deve ser inteiramente de livre
e soberana graça por causa do estado pecaminoso e da terrível condição espiritual do
homem. Se a salvação deriva de Deus, então ela necessariamente chega de forma comple-
ta ao homem pela graça (favor imerecido e totalmente imerecido).

A mensagem escrita da salvação deve advir totalmente do pecado e de seus efeitos e


consequências: a culpa, a penalidade, a contaminação, o poder e a real presença do peca-
do. A salvação é do pecado, com todos os seus efeitos, consequências e potencial. Porque
a salvação revelada na Escritura deriva de Deus em conteúdo e eficácia então ela é uma
salvação completa e eficaz. Veja a Pergunta 36.

A doutrina da salvação na Escritura deve necessariamente resgatar o pecador do poder


reinante do pecado e verdadeiramente reconciliá-lo com Deus, restaurá-lo a uma posição
correta (justiça imputada e transmitida), e transformar a sua alma, mente e corpo. Veja as
Perguntas 92 e 94. A verdade das Escrituras sobre a salvação não é fragmentada, antes é
um todo unificado e totalmente completo.

Deus não pode arbitrariamente pôr de lado o pecado dos pecadores (Cf. Romanos 3:21-
26). Sua autoconsistência moral (justiça absoluta e perfeita) o proíbe disso. O pecado deve
ser tratado, em plenitude, na pessoa do pecador ou na pessoa de um substituto inocente.
Toda a Escritura aponta para o Senhor Jesus Cristo: o Antigo Testamento por tipo e profe-
cia; o Novo Testamento por realização e cumprimento. Em Sua Pessoa e em Sua obra o
Senhor Jesus atende a todos os requisitos como Mediador, Redentor, Senhor e Advogado
(Sumo Sacerdote). Vejas as Perguntas 72 e 92.

Esta mensagem de salvação — a redenção e o perdão dos pecados por meio do Senhor

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Jesus Cristo e reconciliação com Deus — deve ser declarada em todo o mundo. O meio
ordenado por Deus é através da pregação do Evangelho. Ver as Perguntas 138-139.

Esta mensagem de salvação do poder reinante e das consequências finais do pecado


tornou-se a sua esperança e alegria?

Pergunta 18: Por que é vital para cada crente estudar as Escrituras?
Resposta: As Escrituras são a única e suficiente regra de fé e prática. O Espírito Santo
nunca guia o crente a apartar-se ou opor-se a esta Palavra escrita.

Mateus 4:4: “...Está escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai
da boca de Deus”.

2 Timóteo 2:15: “Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que
se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade”.

2 Timóteo 3:16-17: “Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar,


para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça; 17 para que o homem de Deus seja
perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra”.

Veja também: Salmos 11:3; 19:7-14; 119; 138:2; Amós 8:11; Mateus 5:17-18; 1 João 2:3-
5.

Comentário

As Escrituras são a própria Palavra de Deus escrita. A importância vital de possuir a própria
Palavra de Deus escrita de forma exata não pode ser superestimada. Isto é ao mesmo
tempo uma grande bênção, um grande privilégio e uma grande responsabilidade. Ela é a
única regra objetiva e o único guia do crente. Todo o restante é relativo e sujeito a altera-
ções. Experiências religiosas subjetivas podem facilmente ser mal-entendidas e mal-inter-
pretadas. Sentimentos ou impressões religiosas são capazes de enganar. Fervor religioso,
zelo ou experiência subjetiva jamais podem se tornar um substituto para uma obediência
inteligente e humilde à Palavra de Deus.

Os crentes precisam estudar a Palavra de Deus para manter a sua saúde espiritual, a
pureza doutrinária e a consistência da prática. A vida das igrejas como o pilar da verdade
exige uma grande fidelidade bíblica. O Evangelismo e a defesa da fé pressupõem conteúdo
baseados na Bíblia.

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No dia em que ocorrer: o desinteresse doutrinário; o relaxamento tanto na crença como no
modo de viver; ênfase nas experiências subjetivas; e uma falta de estudo bíblico cuidadoso;
poderão ser abalados os fundamentos do Cristianismo. Quase toda a doutrina bíblica tem
sido modificada ou está sob ataque. O Triuno santo Deus da Escritura é amplamente desco-
nhecido. Multidões de Cristãos professos são totalmente ignorantes de Seus atributos
Divinos. A salvação de pecadores, biblicamente uma obra espiritual de Deus, é muitas
vezes reduzida somente ao nível psicológico. O serviço fiel e piedoso que Deus requer em
Sua Palavra muitas vezes é posto de lado por uma abordagem pragmática e inovadora que
não é bíblica nem piedosa. O princípio regulador do culto, que procura glorificar a Deus em
todos os aspectos, é frequentemente posto de lado por expressões contemporâneas que
são caracterizadas pelo entretenimento e tornam-se centradas no homem.

Ainda é possível verificar, mesmo dentro das comunidades do Cristianismo evangélico, que
a autoridade das Escrituras torna-se, muitas vezes, pouco valorizada. Muitos já não olham
para inovações religiosas modernas a partir da perspectiva da Escritura, mas tendem a ver
de forma pragmática a Escritura a partir da perspectiva de tais inovações modernas! As
Escrituras são, então, torcidas para se conformarem com este moderno pragmatismo reli-
gioso. A única prevenção contra esta miríade atual dos males é retornar fielmente à adora-
ção e serviço de Deus através do conhecimento da Sua Palavra, para assim conduzir todos
à bênção do avivamento! Tanto a Escritura assim como a história testemunham isso. Veja
as Perguntas 143-145.

Devemos notar, cuidadosamente, que Deus honra a Sua Palavra acima de tudo, e assim
devemos fazer o mesmo (Salmos 138:2; Mateus 5:17-18). Além disso, é incontestável que
o Espírito Santo jamais conduz o crente a apartar-se ou a opor-se à Palavra de Deus escrita.
Se devemos conhecer a vontade revelada de Deus e andar obedientemente diante dEle,
então precisamos ter um conhecimento profundo dela, o que nem sempre é uma tarefa
fácil. É preciso tornar-se um estudante espiritual e sério das Escrituras, voltado à oração
pela orientação e compreensão, tornando-se assim familiarizado com os princípios apropri-
ados de interpretação, fazendo a necessária distinção entre a interpretação e a aplicação,
e chegando a um acordo com a doutrina bíblica. Todo esse estudo deve, então, ser aplicado
consistentemente na prática. É possível que o verdadeiro Cristão tenha que ficar sozinho
em suas convicções bíblicas. Bem-aventurado é o crente que encontra a comunhão daque-
les que compartilham a mesma mentalidade na sua reverência e obediência à Palavra de
Deus!

Você vive, diariamente, sob a autoridade prática da Palavra de Deus?

Pergunta 19: O que Deus exige de todo crente, em Sua Palavra?

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Resposta: Deus, em Sua Palavra, exige que cada crente viva em obediência amorosa e
em humilde submissão à Sua vontade revelada.

1 João 2:3-5: “E nisto sabemos que o conhecemos: se guardarmos os seus mandamentos.


4
Aquele que diz: Eu conheço-o, e não guarda os seus mandamentos, é mentiroso, e nele
não está a verdade. 5 Mas qualquer que guarda a sua palavra, o amor de Deus está nele
verdadeiramente aperfeiçoado; nisto conhecemos que estamos nele”.

2 Timóteo 3:16-17: “Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar,


para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça; 17 para que o homem de Deus seja
perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra”.

Veja também: Romanos 12:1-2; 15:18; 2 Coríntios 2:9; 7:15; Filipenses 2:8; Filemom 21;
Hebreus 12:2-13; 1 Pedro 1:13-16; 2 Pedro 3:18; 1 João 1:8-10; 2:1.

Comentário

Há um princípio de humilde obediência e submissão a Deus e a Sua Palavra que caracteriza


os verdadeiros crentes. No contexto da verdade e da vontade revelada de Deus, os seres
humanos estão divididos naqueles que são descritos como os incrédulos, ou “filhos da
desobediência”, e crentes, ou “filhos obedientes” (Efésios 2:2; 1 Pedro 1:14). Mas os cren-
tes ainda pecam e agem fora do caráter de Cristãos quando eles negligenciam ou desobe-
decem a vontade revelada de Deus. Há uma correlação direta entre a fé e a obediência de
alguém para com a Palavra de Deus. A obediência amorosa e intencional prenuncia uma
fé relativamente saudável; a desobediência revela uma determinada quantidade de incre-
dulidade. O grau de amor, de obediência e de submissão intencional para com a Palavra
de Deus na vida de alguém está correlacionado diretamente com a maturidade espiritual
(Hebreus 5:10-14). A falta de obediência e submissão significa castigo Divino, que, embora
feito com amor é corretivo e pode ser muito grave (Hebreus 12:1-14).

O propósito final de Deus na vida e na experiência do crente é conformá-lo à imagem de


Seu Filho (Romanos 8:29; 2 Coríntios 3:17-18; 1 João 3:1-3). Isso é encontrar o caminho
da obediência e da vontade revelada da Palavra de Deus. A desobediência, ou o agir fora
do caráter de um crente, necessariamente suscita o castigo Divino e várias provações e
ainda muitas adversidades, que são concebidas para trazer de volta esse alguém para o
caminho da obediência, o caminho da bênção e o caminho da maturidade. Veja a Pergunta
125.

Por que os Cristãos — os próprios redimidos de Cristo Jesus — desobedecem a Palavra

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de Deus? As razões podem variar. O pecado é uma triste realidade, uma falha, uma terrível
contradição na experiência de cada crente. Infelizmente, quase todos os crentes, por vezes,
simplesmente negligenciam as Escrituras, e assim pensam ou agem contrário à verdade
de Deus, porque aquelas não estão tão fixas ou atualizadas em sua mente como deveriam
estar. Assim, ele pensa ou age sem a santa contenção da verdade de Deus. Todos pode-
mos estar cegos para alguns de nossos pecados através de nossa ignorância ou através
de negligência em relação à Palavra de Deus, isso por causa de nossa intrínseca vontade
de autojustiça, ou o suposto direito à alguma causa, ou alguma controvérsia ou alguma
disputa. Muitas vezes pode ser fácil defender-nos em detrimento da verdade Divina. Cada
um de nós deve lidar com a realidade do pecado interior e da corrupção remanescente, dos
quais todo pecado é uma lamentável manifestação (Romanos 7:13-25).

A incredulidade disfarça-se por trás de cada pecado e é inerente à nossa natureza. Às


vezes, o orgulho espiritual e a autojustiça podem aborrecer nossas mentes e enganar nos-
sos corações. Podemos até mesmo desculpar os próprios pecados que cometemos e que
mesmo assim condenamos nos outros, porque nossas consciências não são condenadas
pelas Escrituras nem exercitadas regularmente na oração. A negligência de oração entris-
tece o Espírito de Deus que usa a Palavra para convencer-nos do pecado. Estas são algu-
mas das razões mais comuns pelas quais os Cristãos desobedecem a Palavra de Deus. A
única cura esperançosa, além da severa disciplina de castigo Divino, é fazer com que o
estudo das Escrituras juntamente com a oração pessoal sejam nosso principal exercício
espiritual de cada dia.

Você ora? Você obedece?

ORE para que o ESPÍRITO SANTO use este Catecismo para trazer muitos
ao conhecimento salvífico de JESUS CRISTO para a glória de DEUS PAI!

Sola Scriptura!
Sola Gratia!
Sola Fide!
Solus Christus!
Soli Deo Gloria!

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— Sola Scriptura • Sola Gratia • Sola Fide • Solus Christus • Soli Deo Gloria —
2 Coríntios 4
1
Por isso, tendo este ministério, segundo a misericórdia que nos foi feita, não desfalecemos;
2
Antes, rejeitamos as coisas que por vergonha se ocultam, não andando com astúcia nem
falsificando a palavra de Deus; e assim nos recomendamos à consciência de todo o homem,
3
na presença de Deus, pela manifestação da verdade. Mas, se ainda o nosso evangelho está
4
encoberto, para os que se perdem está encoberto. Nos quais o deus deste século cegou os
entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória
5
de Cristo, que é a imagem de Deus. Porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo
6
Jesus, o Senhor; e nós mesmos somos vossos servos por amor de Jesus. Porque Deus,
que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações,
7
para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo. Temos, porém,
este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós.
8
Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados.
9 10
Perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos; Trazendo sempre
por toda a parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus
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se manifeste também nos nossos corpos; E assim nós, que vivemos, estamos sempre
entregues à morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste também na
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nossa carne mortal. De maneira que em nós opera a morte, mas em vós a vida. E temos
portanto o mesmo espírito de fé, como está escrito: Cri, por isso falei; nós cremos também,
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por isso também falamos. Sabendo que o que ressuscitou o Senhor Jesus nos ressuscitará
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também por Jesus, e nos apresentará convosco. Porque tudo isto é por amor de vós, para
que a graça, multiplicada por meio de muitos, faça abundar a ação de graças para glória de
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Deus. Por isso não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o
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interior, contudo, se renova de dia em dia. Porque a nossa leve e momentânea tribulação
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produz para nós um peso eterno de glória mui excelente; Não atentando nós nas coisas
que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se veem são temporais, e as que se
não veem são eternas. Issuu.com/oEstandarteDeCristo

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