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Criação de Deus
William R. Downing
.
Traduzido do original em Inglês
A Catechism on Bible Doctrine (Version 1.7)
An Introductory study of Bible Doctrine in the Form of a Catechism with Commentary
By W. R. Downing • Copyright © 2008
Todos os direitos reservados somente ao autor. Nenhuma parte deste livro deve ser reproduzida
em qualquer forma que seja sem a permissão prévia do autor.
As citações bíblicas usadas nesta tradução são da versão Almeida Corrigida Fiel | ACF
Copyright © 1994, 1995, 2007, 2011 Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil.
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A Obra da Criação de Deus
Por William R. Downing
As obras de Deus são tradicionalmente consideradas de uma forma tripla: Criação, Provi-
dência e Redenção. Esta seção considera as duas primeiras obras. Como os portadores
da imagem de Deus, nós temos que encontrar sentido e significado apenas no contexto de
Deus e Seu propósito criador e redentor, isto é, devemos conhecer a Deus como Ele Se
revelou a nós antes que pudéssemos conhecer-nos a nós mesmos.
Hebreus 11:3: “Pela fé entendemos que os mundos pela palavra de Deus foram criados; de
maneira que aquilo que se vê não foi feito do que é aparente”.
Isaías 45:18: “Porque assim diz o SENHOR que tem criado os céus, o Deus que formou a
terra, e a fez; ele a confirmou, não a criou vazia, mas a formou para que fosse habitada: Eu
sou o SENHOR e não há outro”.
Veja também: Gênesis 1:1-31; Salmos 148:1-5; Provérbios 16:4; Isaías 40:26; 42:5; 45:12;
65:17; Atos 17:24-25; Romanos 11:33-36; Efésios 3:9; Colossenses 1:15-17; 2 Pedro 3:4-
13; Apocalipse 4:11.
Comentário
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O Deus Triuno criou o universo ex nihilo, do nada (Gênesis 1:1-3; João 1:1-3; Colossenses
1:15-17). A Trindade da Divindade é ontológica, ou seja, Deus é essencialmente uma Triuni-
dade em Si mesma, fora da Criação. Veja a Pergunta 23. (Pressupõe-se que neste nada
ou vazio, Ele criou este universo). Também deve ser evidente que se Deus criou todas as
coisas, então cada fato é criado e a Criação foi um ato definitivo. Assim, cada fato deve ser
interpretado ou entendido no contexto de Deus e seu significado pretendido e significância.
Isto tem grandes implicações doutrinárias, científicas e morais.
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o homem indesculpável com o Seu testemunho (Romanos 1:18-20; Salmos 19:1-3; Apoca-
lipse 4:11).
Quarto: somos confrontados com a soberania absoluta de Deus sobre a Sua Criação. Veja
a Pergunta 22. Isto, as Escrituras consistentemente sustentam. Deus é infinito, onipotente,
imanente e transcendente. O homem é finito e cercado com as limitações de criatura. O
homem nunca, jamais deve difamar Deus em nem um jota, atribuir-Lhe atributos finitos ou
limitações humanas, ou difamar Sua glória. Suas perfeições são necessariamente imutá-
veis. Qualquer limitação ou inconsistência percebida na natureza Divina é apenas subjetiva
e irracional, e deriva de um princípio inato de incredulidade e hostilidade pecaminosa.
Quinto, nós devemos observar que cada fato é um fato criado. Isto necessariamente sig-
nifica que não há fatos “brutos”, ou seja, não interpretados ou fatos “neutros” no universo
porque cada fato é criado, todo o terreno, literal e figurativamente, pertence a Deus. Assim,
não existem fatos “neutros” aos quais os incrédulos ou a ciência secular possam recorrer.
Não existe um “terreno neutro”, no qual o crente e o não-crente possam se encontrar para
uma troca significativa. Existe um terreno comum ou um ponto de contato, mas este está
no contexto do homem, sendo o portador da imagem de Deus, tendo a lei de Deus indele-
velmente inscrita em seu coração, e existindo no contexto dos fatos criados que ele incons-
cientemente pressupõe (Gênesis 1:26; Romanos 1:18-20, 2:14-15). Esta verdade é deter-
minante para a adoração, para a pregação do Evangelho, para a defesa da fé, para a vida
Cristã, para a ciência e para a filosofia Cristã da educação. Deve ser lembrado que todos
os fatos são necessariamente interpretados pelas pressuposições de alguém. Veja a
Pergunta 136.
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em um estado de pecado, nem em um estado de graça, nem na terra, nem no Céu e muito
menos no Inferno.
Estas realidades reveladas são fundamentais para toda adoração, apologética e para todos
os aspectos da vida Cristã. Como Cristãos, nós somos sempre desafiados no ponto de nos-
sa fé, e nossa fé é sempre desafiada em seu ponto de contato com a Palavra de Deus. Esta
era a verdade de Adão e Eva (Gênesis 3:1-12). Eles foram tentados no ponto em que a fé
deles foi fundamentada na Palavra de Deus. Cada desafio ou ataque e toda tentação vem
aos crentes neste mesmo ponto crucial como o foi com nossos primeiros pais — e pela
mesma razão — separar-nos da Palavra de Deus e seduzir-nos a agir de forma autônoma.
Nossa fé, se ela for bíblica, não é irracional; é necessariamente inteligente e consistente,
visto que é dada por Deus e distinta da mera confiança humana (Atos 18:27; Efésios 2:8-
10). Esta fé comunicada por Deus nos capacita primariamente a acreditar que a Bíblia é a
própria Palavra de Deus escrita. Todo o restante flui a partir desta realidade vital — a
pressuposição básica e essencial — nossa crença na Criação, em oposição à evolução,
nossa compreensão e resposta ao Evangelho, nossa compreensão da doutrina bíblica, nos-
so crescimento na graça e maturidade espiritual, e nosso serviço para o Senhor Jesus
Cristo. Esta é a conexão vital entre as Escrituras e a fé. Veja a Pergunta 9. A Bíblia é o
fundamento da nossa “epistemologia com revelações”, nossa única regra de fé e prática —
e, qualquer que seja o desafio ou ataque, este é o terreno que deve ser sustentado a todo
custo. Veja a Pergunta 13. Amar reverentemente seu Autor, estudá-la minuciosamente,
viver com humildade em obediência a seus mandamentos e manter sua autoridade absoluta
e veracidade diante de um mundo descrente, é o chamado primário e tarefa de todo Cristão.
É neste contexto abrangente das Escrituras que nós devemos considerar a Criação Divina
do universo, do mundo e do homem.
A ideia de evolução não é nem benigna ou neutra, nem ainda meramente acadêmica. Na
ciência secular moderna e no moderno sistema de educação secular estatal, a necessidade
de evolução é uma questão predominante na filosofia do ateísmo. A crença na evolução
capacita os homens a excluir completamente Deus do mundo deles (um “universo fechado”,
sem lugar para o sobrenatural). Ela alegadamente responde à questão dos assuntos finais
(metafísica) origens, moralidade e significado. O homem é deixado como o seu próprio
“deus”, autônomo, e assim determinando por si mesmo o que é certo ou errado (Gênesis
3:1-7; Romanos 1:18-32; Efésios 4:17-19).
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consenso humano. O Darwinismo Social (os princípios da evolução aplicados à sociedade)
tem trazido apenas materialismo, relativismo, doença, morte, destruição, socialismo e totali-
tarismo forçado. Não é sem razão que as filosofias modernas tendem a ser materialistas,
relativistas, pluralistas, existencialistas e niilistas. Veja a Pergunta 120.
O Deus Triuno criou o universo e este mundo para si mesmo como o palco no qual Ele iria
demonstrar a glória múltipla de Seus atributos para e através da Criação (Salmos 19:1-3;
Romanos 11:33-36; Apocalipse 4:11). Aprouve a Deus levar seis dias literais para o proces-
so criativo. A ideia de idades geológicas na referência a “tarde e manhã” é intrusiva e ilógica
no contexto do registro bíblico (Gênesis 1:5, 8, 13, 19, 23, 31). Tudo na criação original era
“muito bom”, e isto inclui o homem primordial, Adão. Os defeitos, sofrimentos e horrores
observados no mundo atual são o resultado do pecado do homem (Gênesis 3:1-19; Roma-
nos 5:12; 8:19-23). O propósito redentor inclui necessariamente a restauração completa do
universo ao seu estado primitivo e sem pecado (Isaías 65:17; 66:22; 2 Pedro 3:7-13;
Apocalipse 21:1).
Uma visão Cristã da Criação é aquela inclusivamente bíblica, abrangendo questões como
a Teologia, a Criação ou o Mandato Cultural (este mandamento para se multiplicar, encher
e dominar a Terra foi dado ao homem na Criação, Gênesis 1:26-28, mas deveria ser cum-
prido no contexto de uma determinada cultura, portanto, podia ser denominado o Mandato
Cultural: a ciência natural, a redenção, uma ética de trabalho, meio ambiente e a escato-
logia). Nós devemos “pensar os pensamentos de Deus”, segui-lo em todas as áreas e
aspectos da Criação.
Devemos?
ORE para que o ESPÍRITO SANTO use este Catecismo para trazer muitos
ao conhecimento salvífico de JESUS CRISTO para a glória de DEUS PAI!
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— Sola Scriptura • Sola Gratia • Sola Fide • Solus Christus • Soli Deo Gloria —
2 Coríntios 4
1
Por isso, tendo este ministério, segundo a misericórdia que nos foi feita, não desfalecemos;
2
Antes, rejeitamos as coisas que por vergonha se ocultam, não andando com astúcia nem
falsificando a palavra de Deus; e assim nos recomendamos à consciência de todo o homem,
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na presença de Deus, pela manifestação da verdade. Mas, se ainda o nosso evangelho está
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encoberto, para os que se perdem está encoberto. Nos quais o deus deste século cegou os
entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória
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de Cristo, que é a imagem de Deus. Porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo
6
Jesus, o Senhor; e nós mesmos somos vossos servos por amor de Jesus. Porque Deus,
que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações,
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para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo. Temos, porém,
este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós.
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Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados.
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Perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos; Trazendo sempre
por toda a parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus
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se manifeste também nos nossos corpos; E assim nós, que vivemos, estamos sempre
entregues à morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste também na
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nossa carne mortal. De maneira que em nós opera a morte, mas em vós a vida. E temos
portanto o mesmo espírito de fé, como está escrito: Cri, por isso falei; nós cremos também,
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por isso também falamos. Sabendo que o que ressuscitou o Senhor Jesus nos ressuscitará
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também por Jesus, e nos apresentará convosco. Porque tudo isto é por amor de vós, para
que a graça, multiplicada por meio de muitos, faça abundar a ação de graças para glória de
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Deus. Por isso não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o
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interior, contudo, se renova de dia em dia. Porque a nossa leve e momentânea tribulação
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produz para nós um peso eterno de glória mui excelente; Não atentando nós nas coisas
que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se veem são temporais, e as que se
não veem são eternas. Issuu.com/oEstandarteDeCristo