— 23
PALAVRA
TORNOU-SE
ARNE
TEXTO BASE:
João 1.1-5
EXPOSIÇÃO DO TEXTO: o evangelho
de João pode ser comparado, segundo H.
D. Lopes, a uma “águia que voa nas alturas
excelsas. Atinge os cumes mais altos da
revelação bíblica, penetra pelos umbrais da
eternidade e traz para o palco da história
as verdades mais estonteantes e gloriosas”.
DISCUSSÃO: o evangelho escrito por
João é o mais “teológico” dentre os quatro
presentes na Bíblia (Mateus, Marcos, Lucas
e este, João). O tema central é a encarnação.
O Eterno rasgou a cortina do tempo e entrou
na história.
OBJETIVO: Jesus não é um líder religioso,
um profeta ou um mestre moral. Jesus é
Deus! Isso é o que João quer comunicar aos
seus leitores, a divindade de Jesus mesmo
enquanto estava em forma humana. Diferente
de Mateus e Lucas, João não começa a sua
escrita com a genealogia humana de Jesus.
O apóstolo inicia o evangelho nos remetendo
aos “recônditos da eternidade”, a fim de
esclarecer a realidade da preexistência do
filho de Deus, antes que tudo existisse.
CONTEXTO: o Verbo é eterno. Ele sempre
existiu. O Verbo não é um ser criado, um
princípio da razão ou uma energia cósmica,
o Verbo é divino. Verbo é a tradução do
grego “Logos” ou “Palavra de Deus”,
dentro da revelação hebraica do Antigo
Testamento, a melhor tradução é “Deus
em ação”. É justamente desse pressuposto
que João parte para a construção de todo o
evangelho. Jesus não foi criado ou passou a
existir quando nasceu, Jesus é a segunda
pessoa da Trindade, o Filho de Deus que
se fez homem. Ele já estava em comunhão
com o Pai desde antes do princípio. Ele é
a Palavra criadora que deu ordem ao caos
e tudo fez perfeito, segundo o plano divino.
O Verbo, Cristo, é o Agente executor da
criação.
CONCLUSÃO: diferente do que muitas
teorias filosóficas e teologias heréticas
dizem, Jesus Cristo não é um ser criado e
nem foi um “holograma”, Ele é o “Verbo que
se fez carne”, a Luz que dissipa as trevas,
o cordeiro de Deus que tira o pecado do
mundo, Ele é autoexistente, o princípio da
vida e presenteador dela.
APLICAÇÃO: onde a luz chega, ela dissipa
as trevas. A Bíblia fala que “o mundo jaz no
maligno”. Isso é o mesmo que dizer que
o mundo está em trevas. A mesma coisa
vemos na criação do universo (Gn 1.3-4),
quando Deus criou a luz, Ele a fez separada
das trevas. Assim como na criação, a
mesma realidade opera na vida daqueles
em que Jesus Cristo se manifestou de
forma salvadora. A presença do Verbo em
nós expulsa todas as trevas da escuridão
espiritual, porque “Ele é a luz dos homens; a
luz resplandece nas trevas e as trevas não
prevaleceram contra ela”.
APLICAÇÕES DIÁRIAS:
1. Você já parou para pensar que Jesus se
fez carne e habitou entre nós?
2. Você tem dimensão do quão profunda é
a realidade da encarnação?
3. Na sua trajetória cristã, você sempre
entendeu Jesus como sendo Deus?
4. Existe alguma área da sua vida precisando
ser iluminada por Cristo?
5. Qual caos Jesus precisa organizar em sua
vida?
6. Você busca conhecer Jesus todos os
dias?
— 23
0S
FILHOS
deD EUS
TEXTO BASE:
João 1.10-13
EXPOSIÇÃO DO TEXTO: Deus enviou
o seu Filho ao mundo para salvação. João
escreveu dizendo que “Ele veio para os que
eram seus”. Dentro do projeto de Deus, Ele
fez um povo para Si, para o cumprimento
de um propósito. O povo de Israel tinha a
missão de atrair os olhares do mundo para
si, e a partir dele viria o Messias, o Salvador,
aquele capaz de pagar a dívida pelos
pecados da humanidade.
DISCUSSÃO : o relato do evangelho
aponta que Jesus veio primeiramente aos
seus, ao seu povo, à sua casa, mas estes
não o reconheceram, pelo contrário, eles o
rejeitaram. E Deus usou a rejeição de Israel
para abrir as portas da salvação para todas
as nações e povos da terra, e fazer com
que todas as pessoas se tornassem povo
de Deus.
OBJETIVO: os judeus criam que eram filhos
de Deus pela linhagem biológica ligada a
Abraão, o pai da fé. Mas o fato é que diante
de Deus, ter o sangue judeu não é suficiente
para alguém ser filho de Deus ou receber a
salvação. Esse é um dos grandes escândalos
do evangelho, porque todos os que
receberam o Filho, Jesus Cristo, pela fé,
agora também receberam o poder de serem
filhos de Deus.
CONTEXTO: ser filho de Deus é muito além
de ser criatura, ser filho é ter direito e acesso
a um relacionamento íntimo e pessoal com
Ele, algo que só é possível por meio do novo
nascimento. Assim como não é correto e
normal a falta de relacionamento entre filhos
e pais terrenos, um verdadeiro filho de Deus
deve buscar, cada dia mais, intimidade com
Ele. Pela graça de Deus, em Cristo Jesus,
somos agora templo e morada do Espírito
Santo, e o tendo como mediador podemos
desenvolver o nosso relacionamento com
Deus, por meio do exercício das disciplinas.
CONCLUSÃO: segundo John Stott a criação
é uma manifestação visível do Deus invisível.
Deus é o autor da criação sendo, portanto,
distinto dela. O homem deveria olhar para a
natureza e reconhecer nela os atributos
invisíveis de Deus e glorificá-lo por isso.
Entretanto, ao deixar de reconhecer os
atributos invisíveis de Deus, seu eterno poder
e sua divindade, o homem priva Deus de sua
própria glória.
APLICAÇÃO: agora podemos, com ousadia,
viver na presença de Deus, assim como um
filho tem intimidade e relacionamento com o
seu pai, Deus é o nosso Pai celestial. Como
filhos precisamos estar cientes do quão
grande é o nosso privilégio, maior do que
qualquer sobrenome de uma família nobre,
temos o sangue mais nobre do mundo
derramado por nós no Calvário.
APLICAÇÕES DIÁRIAS:
1. Você tem a consciência de ser um filho
de Deus?
2. Já parou para pensar que, em Cristo, Deus
não rejeita você?
3. Já fez uma autoanálise, se você é um
verdadeiro filho de Deus?
4. Você já parou para pensar no privilégio de
ser filho do Criador?
5. Você tem se relacionado com o seu Pai?
6. Qual sua maior dificuldade no relacionamento
com Deus?
— 23
A HUMILDADE
DO HOMEM
DE D EUS
TEXTO BASE:
João 1.19-28
EXPOSIÇÃO DO TEXTO: precursor é o
que precede, anuncia, prenuncia, prepara
ou indica a vinda ou algum acontecimento.
Esse era João Batista, o precursor do Verbo
que se fez carne, do Filho de Deus que se
fez homem.
DISCUSSÃO: desde os profetas do Antigo
Testamento, Deus estava em silêncio. João
Batista é a quebra desse tempo de silêncio
divino. A mensagem de João era: “Preparem
o caminho, arrependam-se, convertam-se, a
salvação chegou!”.
OBJETIVO: embora tendo uma função
importantíssima na história do plano de
redenção, isso não ensoberbeceu o coração
de João Batista e nem fez com que ele
buscasse ter uma posição que não era sua.
Ele entendia qual era o seu lugar e a sua
função nessa história toda. A humildade nos
faz discernir onde Deus quer que estejamos,
enquanto a soberba e o orgulho querem
nos levar a lugares onde, em vez de sermos
bênçãos, seremos pedras de tropeço. João
tinha plena consciência de quem era, do que
veio fazer, da sua identidade e missão como
precursor do Messias.
CONTEXTO: João Batista era uma voz
que clamava no deserto, não nos templos
ou nos lugares sagrados. Muitas vezes, a
religiosidade do nosso coração nos faz achar
que precisamos de um contexto de pompas,
conforto e estabilidade para sermos usados
por Deus, quando, na verdade, em muitos
casos, existem desertos nos esperando,
lugares áridos, onde o evangelho precisa
ser anunciado.
CONCLUSÃO: isso nos faz olhar para nós
mesmos e refletirmos sobre qual é a nossa
real motivação no serviço ao Senhor. João
Batista não estava buscando se promover,
mas por entender a sua vocação e quem
lhe chamou, buscou um lugar de humildade
e declarou: “Importa que Ele cresça e eu
diminua”. Seu propósito não era exaltar a si
mesmo, seu prazer era ver Cristo crescendo
e ele mesmo diminuindo.
APLICAÇÃO : ao entendermos isso,
precisamos nos tirar imediatamente do centro
da nossa própria vida. Quando começamos
servir a Jesus e nos submetemos ao seu
senhorio, a nossa vida passa a existir para
cumprir o propósito de Deus. A figura central
da vida do cristão é Jesus. Por Ele existimos,
nos movemos e fazemos o que fazemos. A
glória da nossa vida deve ser toda entregue
Àquele sobre quem anunciamos. Ele é a razão
da nossa existência e de tudo o que fazemos.
A nossa vida é um testemunho sobre Jesus e
o Seu poder. Retire-se do centro e deixe Jesus
brilhar, se humilhe diante Dele e seja apenas
um instrumento em Suas mãos.
APLICAÇÕES DIÁRIAS:
• Qual a sua real motivação ao servir a Deus?
• A religiosidade já fez você tomar decisões
erradas?
• Você entende qual é o seu lugar no corpo
de Cristo?
• Você tem exercido a sua função com
excelência?
• O que mais inspira você na vida de João
Batista?
• A humildade tem sido uma característica
do seu coração?
— 23
O CORDEIRO
de DEUS
TEXTO BASE:
João 1.29-34
EXPOSIÇÃO DO TEXTO: a expectativa pelo
Messias era muito mais do que a espera por
alguém importante que veio abrilhantar um
evento, era a salvação chegando aos perdidos,
o perdão aos pecadores e a graciosa justiça
aos injustos. Estamos falando do maior evento
da história: a eternidade entrou no tempo finito
para nos elevar a uma vida eterna.
DISCUSSÃO: em todo Antigo Testamento
vemos os sacrifícios exigidos por Deus ao
povo de Israel, tudo muito perfeito e bem
preparado, a fim de alguma forma aliviar o
peso dos pecados do povo, pedir o perdão
de Deus e saciar a Sua ira. Acontece que
esses sacrifícios nunca foram suficientes
para aplacar a ira divina. Quando Deus os
ordenou, Ele tinha o objetivo de tipificar um
sacrifício que viria e seria o sacrifício perfeito,
substitutivo e definitivo.
OBJETIVO: era necessário que um homem
fosse sacrificado para cobrir de forma
definitiva a dívida que era da humanidade
inteira. Mas assim como os animais
sacrificados precisavam ser perfeitos, o
homem a ser sacrificado também deveria
ser. Mas quem seria um homem perfeito se
todos temos uma natureza pecaminosa?
CONTEXTO: somente Jesus Cristo poderia
ser o sacrifício perfeito, por isso Ele é
chamado de “o Cordeiro de Deus que tira o
pecado do mundo”. Jesus é o cumprimento
das profecias do Antigo Testamento sobre a
redenção da humanidade, Ele é a realidade
daquilo que eram metáforas e sombras.
CONCLUSÃO: Ele é o Cordeiro que substituiu
Isaque ao quase ser sacrificado por Abraão
no monte Moriá. Ele é o verdadeiro Cordeiro
da Páscoa que, com o seu sangue, livrou os
hebreus da morte no Egito. Ele é o cordeiro de
Deus que Isaías disse que seria imolado. Ele
é o socorro de Deus para nós. Tudo o que os
sacrifícios do Antigo Testamento não podiam
fazer, foi perfeitamente cumprido no sacrifício
de Jesus na cruz do Calvário.
APLICAÇÃO: nas demais religiões, é o ser
humano que providencia sacrifícios para os
seus deuses. No entanto, na fé Cristã é Deus
quem providencia o sacrifício para benefício
do ser humano. Deus oferece o Cordeiro
perfeito, para remir a humanidade, pela fé
somente. Assim, podemos olhar para Jesus
como o nosso sacrifício substitutivo, aquele
que levou sobre si os nossos pecados. Por
fim, Hernandes Dias Lopes nos diz que por
isso “devemos nos gloriar apenas na cruz de
Cristo, devemos pregar apenas Cristo, aqui
está a Pedra de Esquina da Fé Cristã, aqui
está a Raiz que sustenta o cristianismo”.
APLICAÇÕES DIÁRIAS:
1. Como você se sente quando peca?
2. Você já parou para pensar que o nosso
pecado causa repulsa em Deus?
3. Você compreende o sacrifício de Cristo?
4. Qual o verdadeiro significado da Páscoa
para você?
5. Você consegue perceber Jesus presente
no Antigo Testamento?
6. Você se sente perdoado?
— 23
JESUS
E OS
C ÉTICOS
TEXTO BASE:
João 1.43-51
EXPOSIÇÃO DO TEXTO: Jesus está em
um período de comissionamento dos seus
discípulos. Os versículos anteriores relatam o
momento em que André e Pedro começam
a seguir o Mestre. Agora é relatado o
chamamento de Filipe, e este anuncia um
rapaz chamado Natanael, sobre a boa notícia
da chegada do Messias.
DISCUSSÃO: quando Filipe fala para Natanael
a respeito do lugar de origem de Jesus, isso
gera um espanto oriundo de uma descrença:
“Nazaré? Pode vir alguma coisa boa de lá?”
Para Natanael, Nazaré soava como uma vila
insignificante, sem importância profética
aparente. Apesar de existir uma expectativa de
que o Enviado de Deus viesse, não se esperava
que isso acontecesse da forma como
aconteceu, os judeus estavam esperando um
rei glorioso.
OBJETIVO: a resposta de Filipe foi categórica:
“Venha e veja”. Já que o testemunho não era
suficiente, Natanael foi convidado para ver
e vivenciar o encontro com Jesus. Diante da
falta de fé de Natanael, Jesus foi a resposta
concreta. Uma das situações que nos aflige
bastante nos nossos dias é a falta de fé. Esse
é um grande perigo, porque a fé é fundamental
desde o nosso processo de conversão, até
o nosso destino eterno. Sem fé é impossível
agradar a Deus (Hb 11.6).
CONTEXTO: o ceticismo, ou ser cético, é
exatamente a visão de alguém que não tem fé,
que costuma ter os seus olhos fixos no caos
e na sua visão extremamente pessimista. Por
seu próprio desprezo e falta de fé, Natanael
duvidou que o Messias poderia vir de um
lugar “desprezível”. Precisamos tomar cuidado
para não querer, no nosso próprio orgulho,
limitar quem e de onde Deus pode chamar
alguém para lhe seguir, e usar essa pessoa
para a glória do Seu nome.
CONCLUSÃO: as pessoas mais céticas
também podem ter o seu coração quebrantado
por Jesus. Quando Filipe enfrenta a oposição
de Natanael, ele não o refuta com um bom
argumento ou outros testemunhos, ele o convida
para ter um encontro pessoal com Jesus. E no
encontro com Jesus, Natanael se desmancha
e confessa que Ele é o Filho de Deus. Embora
Natanael não conhecesse Jesus Cristo, Jesus já
o conhecia há muito tempo e tinha um plano
traçado para ele.
APLICAÇÃO : os nossos argumentos
são desfeitos diante da grandeza de um
verdadeiro encontro com Jesus. A fé não
deve operar em nós apenas para benefício
próprio, a fé deve ser também operosa
na intercessão por outras pessoas, para
que novos irmãos sejam alcançados e
realidades sejam mudadas, pelo poder que
há no nome de Jesus. Muitas vezes, vamos
enfrentar oposições, mas o amor de Jesus
em nós deve nos conduzir por um caminho
de perseverança na oração, pregação e
testemunho do evangelho.
APLICAÇÕES DIÁRIAS:
1. Você conhece alguém como Natanael?
2. Você já foi preconceituoso com alguém?
3. Você ora pela conversão dos seus amigos,
familiares e conhecidos?
4. Você se acha um cético?
5. Já se surpreendeu com a transformação
de alguém?
6. Como está o grau da sua fé hoje?
— 23
A
V ERDADEIRA
T RANSFORMAÇÃO
TEXTO BASE:
João 2.1-11
EXPOSIÇÃO DO TEXTO: estamos diante
do que aparentemente é o primeiro milagre
realizado por Jesus em seu ministério. Ele era
convidado em uma festa, onde de repente
um ingrediente muito importante para aquela
celebração faltou, o vinho. Para a reputação
dos realizadores do evento, isso geraria
um grande vexame. Diante dessa enorme
problemática, a mãe de Jesus, Maria, foi
diretamente ao seu filho pedir-lhe ajuda.
DISCUSSÃO: Maria foi falar com a pessoa
certa. Ela provavelmente estava trabalhando
na organização dessa festa e por isso teve
acesso à informação da falta de vinho. Maria
poderia ter se desesperado e por falta de
sabedoria, ter piorado a situação e espalhado
a má notícia para todos os convidados, mas
foi direto a quem poderia resolver o problema.
Certo é que naquele momento as atenções
se voltaram para Jesus.
OBJETIVO: a falta de sabedoria nos faz
olhar para as circunstâncias adversas e achar
que é o fim, quando na verdade é mais uma
oportunidade em que Deus pode manifestar a
Sua glória e o Seu poder soberano. Onde tudo
parecia acabado, Jesus realizou um grande
milagre. Para vivermos isso, precisamos ter o
nosso coração cheio de fé.
CONTEXTO: muitas vezes caímos no erro de
achar que, quando começamos a caminhar
com Jesus, a nossa vida não terá mais
problemas ou frustrações. Infelizmente, essa
não é uma realidade. A vida com Cristo não é
um mar de rosas. Se olharmos na perspectiva
dos acontecimentos na Terra, em algum
momento o vinho acabará. O vinho simboliza a
alegria. Em alguns momentos, vamos nos sentir
sem alegria, mesmo assim, não podemos
parar. Em Jesus não é o vinho que nos alegra,
mas sim a presença Dele em nosso coração.
CONCLUSÃO: a verdadeira transformação
não foi da água em vinho, foi da nossa
perspectiva de felicidade. Antes víamos o
alívio do nosso caos nos deleites passageiros
dessa Terra, agora somos convidados a
procurar pela Pessoa certa nos momentos
de escassez. Ele é o socorro da nossa vida
e a alegria dos nossos dias.
APLICAÇÃO: pare para pensar, nós existimos
para glorificar a Deus até por meio dos
momentos difíceis que enfrentamos. Como já
vimos, a vida cristã não é um conto de fadas ou
um parque de diversões, somos submetidos a
muitas situações difíceis, sejam elas externas
ou internas, mas essas situações precisam
se tornar plataformas para a glorificação do
nome do Senhor. Assim como esse milagre
foi realizado em um casamento, em breve
estaremos nas bodas do Cordeiro, em que
as nossas lágrimas serão enxugadas e
receberemos a recompensa das mãos do
Senhor. Esse é o nosso maior tesouro e a
esperança do nosso coração!
APLICAÇÕES DIÁRIAS:
1. Você acredita em milagres?
2. Qual é o seu posicionamento diante das
situações difíceis?
3. Qual é o seu posicionamento diante da
escassez?
4. Você já experimentou recorrer a Jesus
hoje?
5. Já pediu ao Senhor por sabedoria, para as
reações diante dos momentos complicados?
Faça isso!
6. Você tem glorificado a Deus sobre todas
as circunstâncias?
— 23
A PURIFICAÇÃO
do EMPLO
T
TEXTO BASE:
João 2.12-17
EXPOSIÇÃO DO TEXTO: Jesus saiu da festa
de casamento, onde realizou o seu primeiro
milagre, e seguiu na trajetória de inauguração
do seu ministério terreno. Ele sai de uma festa
particular para uma festa pública, a festa mais
importante dos judeus, a festa da Páscoa, na
cidade de Jerusalém. A origem dessa festa
é relatada no livro de Êxodo, no capítulo 12,
quando ao dar livramento aos hebreus da
última praga no Egito, Deus instituiu a festa
da Páscoa. Desde então, ela passou a ser
celebrada anualmente pelos judeus.
DISCUSSÃO: nos dias de Jesus, o templo era
o cenário principal dessa festa. A população
de Jerusalém, à época, estava por volta de
cinquenta mil pessoas. No entanto, no período
da festa, essa quantidade quintuplicava. Judeus
de todos os lugares do império romano iam
para a cidade celebrar a festa da Páscoa. Se
no casamento Jesus demonstrou compaixão,
no templo Ele demonstra ira.
OBJETIVO: toda indignação de Jesus era
porque estavam transformando o ambiente
de culto, em específico, o pátio que deveria ser
usado para o culto dos gentios, em um local
de comércio ilícito e impuro. Os sacerdotes
da época se corromperam e corromperam
o templo, eles transformaram o lugar de
orações em uma feira de comércio, onde
ninguém conseguia orar. Jesus não pode ver
tanta injustiça relacionada à casa de Deus e
permanecer inerte.
CONTEXTO: Jesus demonstrou o equilíbrio
e alinhamento do seu caráter como Deus. A
manifestação do amor na festa de casamento
não anula a ira no templo. Somente a
simultaneidade dos dois traços básicos revela
o Deus verdadeiro, que ama o mundo a ponto
de ter enviado o seu melhor, o seu Filho para
morrer em nosso lugar, e ao mesmo tempo
manifesta a sua ira, que é uma revelação do
seu caráter justo e sua seriedade inflexível.
CONCLUSÃO: William Barclay elenca três
motivos porque Jesus purificou o templo: (1)
O lugar de oração estava sendo profanado.
Aquilo que era sagrado estava sendo
banalizado. (2) Toda a liturgia de sacrifícios
precisava permanecer até que o verdadeiro
sacrifício fosse realizado no Calvário. (3) O
templo estava sendo transformado em um
covil de ladrões.
APLICAÇÃO: ao olhar para esse texto, muitas
vezes, nos escandalizamos, pois inevitavelmente
olhamos para os templos das igrejas que
conhecemos. Muitas vezes as acusamos
de estarem nessa mesma situação. Porém,
o novo templo a ser purificado não são as
estruturas institucionais, mas nosso coração.
O templo somos nós. As instituições só serão
transformadas se formos transformados
primeiro.
APLICAÇÕES DIÁRIAS:
1. Você já conhece o real significado da
Páscoa?
2. Já se pegou pensando que Deus não
anula a Sua justiça porque nos ama?
3. As injustiças e os enganos geram
indignação em você?
4. Quanto de temor é gerado em seu
coração ao saber que o templo a ser
purificado é você?
5. Existe alguma área da sua vida que está
profanada e precisa de purificação?
6. Você encontra Jesus no estado que está
seu coração hoje?
— 23
O NOVO
NASCIMENTO
TEXTO BASE:
João 3.1-8
EXPOSIÇÃO DO TEXTO: há um grande
encontro acontecendo entre um fariseu,
conhecedor da Lei, homem letrado e influente,
e Jesus, a Palavra encarnada. Nicodemos
procurou Jesus de noite, às escuras, a fim de
não ser visto com o Mestre pelos seus colegas.
DISCUSSÃO: o novo nascimento é a neces-
sidade mais urgente do ser humano. Temos
várias necessidades comuns nos nossos dias,
necessidades básicas e essenciais. O novo
nascimento fala de uma necessidade eterna,
algo que pode definir o nosso destino, sem
nascer de novo ninguém pode ser salvo e
nem ir para o Céu. Sem nascer de novo o
nosso destino é a condenação eterna.
OBJETIVO: a inclinação do nosso coração
é contra Deus, a nossa natureza pecaminosa
só busca coisas que desagradam ao Senhor,
estamos corrompidos pela nossa própria
carne, os desejos do nosso coração são para
a perdição e não para a salvação. A não ser
que Deus intervenha, estamos totalmente
perdidos. Sozinhos não conseguimos mudar
essa realidade.
CONTEXTO: Nicodemos era um homem
culto, um teólogo clássico, homem importante
e influente. Mesmo com todo esse gabarito,
a advertência de Jesus a ele é direta. Uma
fé intelectual ou emocional é insuficiente
para alguém entrar no reino de Deus. Você
pode ser uma pessoa rica, culta, respeitável,
zelosa, conservadora e religiosa, assim como
Nicodemos, mas se não nascer de novo,
estará perdido, não haverá esperança para
a sua alma. Nenhuma boa obra é suficiente
para operar isso em nós, a conversão genuína
é um ato divino, graça de Deus, favor que não
merecemos receber.
CONCLUSÃO: o novo nascimento é exata-
mente essa ação, que tem origem em Deus
de operar um “transplante” no nosso coração.
Ao tirar o coração de pedra e nos dar um novo
coração, Deus muda as nossas disposições
íntimas, depravadas pelo toque regenerador
do Espírito Santo. Isso é um milagre, o maior
que Deus pode operar na vida de alguém. A
partir do novo nascimento, não são mais os
nossos desejos que nos governam, mas sim
o Espírito Santo, que se torna o condutor da
nossa vida. Ele nos convence diariamente que
precisamos mudar.
APLICAÇÃO: o novo nascimento implica em
santificação e sem isso ninguém verá ao Senhor.
Na eternidade só entrarão aqueles que foram
lavados e remidos no sangue do Cordeiro, os
que tiveram as suas vestes de impureza trocadas
por vestes de santidade. Quem não nasceu de
novo se deleita nos banquetes do mundo. Mas
quem já viveu o novo nascimento, tem o seu
prazer no banquete do Senhor, que nos aguarda
no Céu.
APLICAÇÕES DIÁRIAS:
1. Você nasceu de novo?
2. Você tem uma vida de arrependimento?
3. Sua vida mudou depois que conheceu
Jesus?
4. Você entende a importância de nascer
de novo?
5. Você já orou pelo milagre do novo
nascimento sobre a vida de alguém?
6. Você tem buscado a santificação?
— 23
A
AGENDA
deJ ESUS
TEXTO BASE:
João 4.1-5
EXPOSIÇÃO DO TEXTO: o texto mostra Jesus
com muita intencionalidade em administrar
bem o seu tempo. Era necessário passar por
Samaria. Isso nos mostra também o quão
importante é estarmos ligados ao propósito
e a vontade de Deus em cada momento de
nossa vida.
DISCUSSÃO: em meio a tanto ativismo e
distrações, precisamos cada vez mais ter
a sabedoria divina para viver de forma que
valha a pena e expresse aquilo que importa:
Deus e Seu reino!
OBJETIVO: precisamos estar alinhados
à agenda celestial assim como Jesus. Em
Efésios 5.15-17, Paulo enfatiza a sabedoria
para aproveitar o nosso tempo ao máximo
e compreender qual a vontade de Deus.
Jesus sempre tinha discernimento para fazer
exatamente Seu propósito real aqui na Terra,
aquilo que realmente glorificaria a Deus. A
agenda de Jesus era a agenda do Céu, e
naquele dia estava marcado um encontro com
uma mulher para salvar a sua vida.
CONTEXTO: enquanto os fariseus discutiam a
respeito da quantidade de pessoas que Jesus
e Seus discípulos estavam batizando, o Mestre
foge do conflito. Podemos observar o quanto
Jesus estava sempre atento para não perder
seu precioso tempo com discussões vazias
e estéreis. Ele sai da Judeia rumo à Galileia,
optando por passar por Samaria, que era um
caminho menos usado e mais perigoso, devido
aos conflitos entre judeus e samaritanos. Mas
como sabemos, Jesus não media esforços para
alcançar vidas. Ele trilhou o caminho mais difícil
para alcançar o coração de uma mulher, não
só para salvá-la, mas também para lhe dar um
propósito. Fazer dela uma missionária!
CONCLUSÃO: precisamos ter temor e
sabedoria para vivermos nesta terra. Ter
atenção em organizar nossa agenda com aquilo
que importa de verdade. Temos que ter cuidado
com as distrações como: redes sociais, debates
e conversas infrutíferas, canais de streaming,
dentre outros entretenimentos. Não deixe nada
disso minar suas energias e afastá-lo do real
propósito que Deus te chamou para viver.
APLICAÇÃO: devemos sempre revisar
nossa agenda diante de Deus para ver se
ela está de acordo com a Dele e observar
se ela expressa exaltação e louvor a Ele.
Lembre-se: assim como Jesus, o reflexo
de que sua agenda está certa sempre será
uma ou muitas vidas impactadas com sua
conduta de vida e obediência naquilo que
Ele te chamou para viver. Isso nem sempre
significa o caminho mais fácil, mas ao
final da jornada, com certeza, Cristo será
glorificado.
APLICAÇÕES DIÁRIAS:
1. Você consegue viver intencionalmente
cada hora do seu dia?
2. Sua agenda reflete o interesse do Céu?
3. Você consegue separar um momento do
seu dia e compartilhar Jesus com alguém?
4. Quais são suas motivações para organização
da sua rotina?
5. Você gasta tempo com discussões
inúteis?
6. Você consegue discernir o que precisa ser
mudado na sua agenda?
— 23
J ESUS E
A MULHER
SAMARITANA
TEXTO BASE:
João 4.6-26
EXPOSIÇÃO DO TEXTO: vemos aqui a
multiforme graça de Deus, na pessoa de Jesus,
para alcançar o coração da mulher samaritana.
Jesus superou vários preconceitos e rompeu
várias barreiras, como cultural, racial e religiosa.
Tudo para apresentar a uma mulher o que
verdadeiramente poderia saciar o anseio de
sua vida.
DISCUSSÃO: Cristo quer se relacionar
conosco. Ele sabe qual é a nossa maior
necessidade. Muitas pessoas têm uma
vida infeliz, vazia e prisioneira porque não
conhecem Jesus como a fonte vital. Só
Jesus pode preencher o vazio do nosso
coração.
OBJETIVO: a mulher samaritana, talvez,
não esperasse mais nada da vida. Estava
desiludida, distraída e conformada a um
estilo de vida desprezível e insaciável. Mas
Jesus a viu. Assim como essa mulher, muitos
também se encontram nessa situação. As
coisas deste mundo não satisfazem. Nada
que o homem jogue para dentro do coração
pode satisfazê-lo plenamente.
CONTEXTO: a água do poço de Jacó é de
quantidade limitada, não satisfaz para sempre.
Essa água é fora da alma e não é capaz de
satisfazer as necessidades do coração.
Charles Erdman afirma que: “Satisfação era
exatamente aquilo que essa pobre mulher
aspirava’’. Por toda sua vida andara nessa
busca de forma devassa e insaciável. Sua
sede por vida plena continuaria se não fosse
o Senhor e Salvador pessoal. Os samaritanos
adoravam, mas não conheciam o Messias.
Cristo não era o centro do seu culto. Nossa
adoração será vazia se Cristo não for o centro.
Consequentemente, essa sede que reside em
cada ser humano continuará nos consumindo
e fazendo-nos rodear sem rumo.
CONCLUSÃO: a promessa de Deus é
derramar água sobre o sedento (Is 44.3). Deus
convida todos: “Vós, todos os que tendes sede,
vinde às águas” (Is 53.1). Deus prometeu que
seu povo tiraria com alegria, águas do poço da
salvação (Is 12.3). Jesus disse: “Se alguém tem
sede, venha a mim e beba” (Jo 7.37). O Espírito
que flui como rio dentro de nós é essa fonte
que jorra para a vida eterna (Jo 7.38).
APLICAÇÃO: ao conversar com essa
mulher, Jesus mostra que, antes de beber a
água da vida, ela precisava ter convicção de
pecado e passar pelo arrependimento. Seu
coração buscava outros deuses e satisfações
temporárias. Precisamos sondar nosso
coração e observar em quais “fontes” estamos
buscando satisfação. Que possamos nos
arrepender e retornar à fonte certa. Jesus é a
fonte de vida eterna.
APLICAÇÕES DIÁRIAS:
1. Você tem passado tempo bebendo da água
viva, que é Jesus?
2. Você tem gastado seu tempo em águas
que não te satisfazem?
3. Jesus tem sido a maior satisfação da sua
vida?
4. Suas orações são reflexo de adoração?
5. Você discerne bem as fontes que o
rodeiam?
6. Qual o maior anseio do seu coração?
— 23
A
e
SALVAÇÃO
A EVANGELIZAÇÃO
TEXTO BASE:
João 4.39-42
EXPOSIÇÃO DO TEXTO: após o encontro
da mulher samaritana com Jesus, muitos
samaritanos foram alcançados por meio do
testemunho impactante dela. Quem encontra
Jesus tem pressa em compartilhar essas
boas-novas com todos ao seu alcance.
DISCUSSÃO : a evangelização é uma
ordem de Jesus para todo aquele que teve
um encontro com Ele. Em Mateus 16.15,
temos um dos versículos mais lidos entre
os crentes, porém, muitos se eximem dessa
responsabilidade, deixando essa tarefa
apenas para os evangelistas.
OBJETIVO: em Romanos 10.17, Paulo nos diz
que a fé vem pelo ouvir a Palavra de Deus.
Quando falamos a respeito de Cristo às
pessoas, Deus concede a elas a fé que salva. É
exatamente essa realidade que foi evidenciada
no testemunho da mulher samaritana. Muitos
Samaritanos creram em Jesus por causa do
testemunho dessa mulher.
CONTEXTO: o despertar da fé no coração
dos samaritanos aconteceu pela pregação
da mulher samaritana. F. F. Bruce nos diz
que: “A água viva que a mulher recebeu
de Jesus, certamente, se tornou uma fonte
transbordante em sua vida, e outras pessoas
começaram a participar do refrigério que ela
passara a usufruir”. Os samaritanos estavam
tão fixados em Jesus, que o pediram para
ficar. A barreira da inimizade entre judeus e
samaritanos, pelo poder do evangelho, estava
caindo. Jesus foi o pioneiro no evangelismo
transcultural, e onde o evangelho chega, os
preconceitos são vencidos. Os samaritanos
não queriam apenas ver e ouvir, eles
também queriam comunhão com Jesus. Os
samaritanos não queriam ouvir apenas a
mulher e o seu testemunho sobre Jesus, eles
queriam ouvir diretamente o Messias, ouvir as
palavras de sua boca. E, ao ouvirem, muitos
outros também abraçaram a fé. Ao final, todos
testemunharam em sua experiência pessoal,
por meio da convicção que o Messias lhes
deu, a plena convicção de que Ele é o
Salvador do mundo.
CONCLUSÃO: D. A. Carson é oportuno quando
escreve: “Era apropriado que o título ‘Salvador
do mundo’ fosse aplicado a Jesus no contexto
do ministério aos samaritanos, representando
o primeiro evangelismo transcultural,
empreendido pelo próprio Jesus e resultando
no primeiro padrão a ser seguido pela igreja:
‘Recebereis poder ao descer sobre vós o
Espírito Santo e sereis minhas testemunhas
tanto em Jerusalém, como em toda a Judeia,
Samaria e até aos confins da terra’”.
APLICAÇÃO: não nos cansemos de proclamar
o evangelho. A pessoa mais improvável pode
se tornar a testemunha mais eficiente. Onde
você estiver, seja em casa, no trabalho, de férias.
Todo tempo e todo lugar é oportuno para levar
o evangelho.
APLICAÇÕES DIÁRIAS:
1. Você tem evangelizado no ambiente em
que vive?
2. Quantas pessoas você já levou até Jesus?
3. Sua vida tem sido um testemunho do
poder de Deus?
4. Tem feito orações e oferecido ajuda à igreja
local para que mais vidas sejam alcançadas?
5. Você tem consciência da responsabilidade
de levar o evangelho a toda criatura?
6. Você fala de Jesus constantemente?
— 23
J ESUS,
AQUELE
que URA
C
TEXTO BASE:
João 4.43-54
EXPOSIÇÃO DO TEXTO: após sua passagem
por Samaria, Jesus foi para a Galileia. Ao chegar
se depara com um pai que lhe roga a cura de
seu filho. Esse homem era um oficial do rei, que
estava com um filho doente. Eles moravam
em Cafarnaum. Depois de recorrer a muitas
pessoas, esse homem, em seu desespero,
procura por Jesus.
DISCUSSÃO: muitas vezes, passamos
por circunstâncias adversas, em que nosso
coração é tomado pelo desespero. Na
maioria das vezes, recorremos primeiro a
recursos terrenos para a solução dos nossos
problemas. Precisamos desenvolver o hábito
de ir até Jesus primeiro e crer que, sim, Ele
pode operar o impossível em todas as áreas
da nossa vida (Lc 1.37).
OBJETIVO: precisamos compreender que
em Jesus há esperança de cura. No texto
de Isaías 54.5, 6, o profeta nos diz que Ele
levou sobre si nossas dores e enfermidades.
Nossas doenças do corpo, doenças
emocionais e a nossa pior enfermidade, o
pecado, que nos leva à morte espiritual.
CONTEXTO: Jesus realizou o milagre a
pedido de um pai, um oficial do rei Herodes,
que estava com seu filho enfermo, à beira
da morte. Aprendemos nesse texto sobre
o avanço da fé no coração. Ele creu com
toda a sua casa. E não apenas creu, mas
compartilhou essa mesma fé com sua esposa,
seu filho e com seus servos. Warren Wiersbe
resume esse progresso espiritual do oficial
do rei, dizendo que: “A fé que se manifestou
em um momento crítico se transformou em
fé confiante: ele creu na Palavra e teve paz
no coração. Sua fé confiante tornou-se uma
fé confirmada. De fato, o menino havia sido
reestabelecido por completo. Levando toda
a sua casa à mesma fé, demonstrou uma fé
contagiante. A cura chegou por completo à
família desse homem”.
CONCLUSÃO: em resumo, esse pai deu
quatro passos para alcançar o milagre da
cura de seu filho. Primeiro, demonstrou
humildade (4.46), buscou Jesus e rogou por
seu auxílio. Segundo, demonstrou coragem
(4.46). Ele era oficial da corte de Herodes.
As relações entre Herodes e Jesus não eram
boas. Ele podia sofrer retaliação de Herodes
por procurar Jesus. Terceiro, demonstrou
persistência (4.47, 49). Esse pai negou-se
a sentir-se desencorajado. Ele insistiu com
Jesus. Ele não desistiu de ver um milagre
na vida de seu filho. Quarto, demonstrou
fé (4.50). Ele creu sem duvidar. Não
questionou nem protelou a ação. Obedeceu
prontamente à ordem de Jesus. Quem crê
sossega o coração. Quem crê volta em paz
para casa. Quem crê toma posse da vitória!
APLICAÇÃO: não existe nenhum obstáculo
para Jesus. Qualquer palavra que Ele disser
será obedecida até os confins do universo.
Não importa qual seja nossa emergência,
podemos alcançá-lo instantaneamente.
Ele ouve nossas orações hoje, assim como
ouviu as súplicas do pai ansioso tantos
séculos atrás.
APLICAÇÕES DIÁRIAS:
1. Você realmente crê que Jesus cura hoje?
2. Você tem orado e meditado na Palavra de
Deus para o avanço da sua fé?
3. Sua fé é contagiante?
4. Você tem orado para que as pessoas
sejam curadas?
5. Como sua fé reage quando as circunstâncias
são contrárias?
6. Você já compartilhou algum testemunho
de cura?
— 23
Le EVANTE-SE
ANDE
TEXTO BASE:
João 5.1-8
EXPOSIÇÃO DO TEXTO: no meio da
multidão, no tanque chamado de Betesda,
Jesus se aproxima de um paralítico e
pergunta: “Você quer ser curado?” (Jo 5.6).
Não foi ele quem viu Jesus; foi Jesus quem
o viu. Aquele homem desesperançado
foi encontrado por Jesus e Ele viu o seu
passado, presente e futuro.
DISCUSSÃO : há momentos em que
achamos que estamos enfrentando nossas
dores e lutas sozinhos. Ficamos paralisados
diante do problema e não vemos solução.
Mas assim como foi com aquele homem,
Jesus nos vê e está pronto para nos perdoar,
acolher e ajudar.
OBJETIVO: Jesus visita o tanque de Betesda,
conhecido como “Casa de Misericórdia”,
que abrigava uma multidão de paralíticos
alimentada pela lenda de que um anjo descia
em algum momento para agitar a água do
tanque, e o primeiro que se lançasse na água
seria curado. Aquele homem estava só, no
meio de outros tantos enfermos. Não tinha
ninguém com ele. Não tinha saúde. Ele vivia
à beira de um poço cheio de desesperança.
CONTEXTO: Jesus, no entanto, no meio
da multidão de desesperança, caminha
em direção àquele paralítico. Ele sabia que
aquele homem estava enfermo havia (trinta
e oito) 38 anos e também sabia que a
causa do seu sofrimento era o pecado. Mas
Jesus, cheio de compaixão, foi ao encontro
dele. Ele queria curá-lo, mas, antes disso,
o tornou consciente da sua doença. Além
de doente do corpo, ele estava doente
na alma. Ele atribuía a sua falta de cura às
pessoas, afirmando que só não tinha sido
curado por não ter ninguém para jogá-lo no
tanque. Ele precisava lidar com os dramas
da sua consciência, lidar com a solidão,
amargura e rejeição. Conforme o texto, os
passos necessários para essa cura foram:
reconhecer que estava ferido e também com
uma ferida no coração.
CONCLUSÃO: muitos ainda se apegam ao
pecado que Deus abomina. Mas o pecado é
uma fraude: ele paralisa, promete felicidade,
mas seu fim é a morte. Talvez você pense
que foi longe demais e agora já não tem
mais saída. Mas Jesus vê você. Na pergunta:
“Queres ser curado?” É como se Jesus
estivesse dizendo: “Em sua precariedade,
confia-te a mim, que tenho o poder de
ajudar você”. Jesus pode curar nossa paralisia.
Jesus pode nos fazer andar novamente. Ele
é poderoso.
APLICAÇÃO: Jesus conhece a sua dor,
angústia, o seu vazio, a sua crise. Ele tem
nas mãos o diagnóstico da sua vida. Deixe
sua vida e suas feridas nas mãos Daquele
que pode todas as coisas (Lc 1.37).
APLICAÇÕES DIÁRIAS:
1. Você tem consciência das consequências
que o pecado pode trazer?
2. Você tem confiado e entregado ao Senhor
suas dores emocionais e físicas?
3. Você costuma culpar as pessoas pelas
suas mazelas?
4. Na sua jornada com Cristo, você tem
obedecido a Ele?
5. Você tem se sentido paralisado (a) na vida?
6. Você já se sentiu sem forças para correr
atrás de um sonho?
— 23
O POUCO
COM DEUS
éMUITO
TEXTO BASE:
João 6.1-13
EXPOSIÇÃO DO TEXTO: Jesus se com-
padece e se importa com todas as áreas
de nossa vida. Em uma de suas pregações,
Ele observou na multidão que o ouvia, a es-
cassez da alma, mas também a física. Ele se
importou verdadeiramente com todos que
estavam ali.
DISCUSSÃO: quando olhamos para a
insignificância dos nossos recursos e a
grandeza dos desafios, tendemos a ficar
desesperados. Fato é que jamais poderemos
atender à demanda das multidões se nos
fixarmos em nossos próprios recursos.
OBJETIVO: precisamos aprender a confiar
no Senhor com todo nosso coração (Pv 3.5).
Ele se compadece de nós. Por mais básicas
que nossas necessidades possam ser, seja
do corpo, alma ou Espírito. Ele pode fazer um
milagre, mesmo com o pouco que temos.
CONTEXTO: Jesus e seus discípulos foram
para um local deserto, no lado oriental do mar
da Galileia, a fim de descansar um pouco, pois
vinham de uma maratona bem intensa de
operações de milagres e anúncio do reino. Ao
chegarem lá, havia uma multidão os esperando.
Eles não buscavam Jesus pela fé genuína, mas
o viam apenas como um milagreiro, alguém que
os ajudasse em suas necessidades imediatas.
Mesmo assim, Jesus sentiu compaixão deles,
pois eram como ovelhas sem pastor. Nesse
ínterim, com o passar do tempo, os Seus
discípulos, por perceberem que era impossível
alimentar aquela multidão, sugeriram que Jesus
mandasse o povo embora (Mc 6.35). Ao ser
questionado por Jesus, Filipe respondeu que
eles sequer possuíam dinheiro para comprar
pão. Logo em seguida, o que conseguiram
arrecadar foi uma pequena porção de cinco
pães de cevada e dois peixinhos.
CONCLUSÃO: os discípulos já haviam visto
vários milagres operados por Cristo, e mesmo
assim não pensaram que Jesus poderia fazer
também este. Bastava um pouco de fé, assim
como aquele pequeno punhado de peixe
e pão. Precisamos crer que, mesmo um
pequeno recurso não é um limitador para a
provisão divina vir, desde que depositemos
sempre nas mãos certas, nas mãos de Jesus.
O pouco com Deus vira muito. Nas mãos de
Jesus, o mínimo se torna suficiente. O mais
lindo é que não somente quem ofertou os
pães e peixes foram saciados, mas outros
milhares foram beneficiados. Jesus como
Divino Provedor, tem cuidado de cada um
de nós por completo (Fl 4.19).
APLICAÇÃO: não podemos fazer o milagre,
mas podemos levar o que temos às mãos
de Jesus. Deus não nos chama para prover
para Sua obra. Essa é a responsabilidade
Dele. Deus nos chama para colocarmos
em Suas mãos o que nós temos, ainda
que sejam apenas alguns pães e peixes,
e Ele cuidará da multiplicação. Ele é Deus
provedor.
APLICAÇÕES DIÁRIAS:
1. Você tem sido fiel com o pouco que tem
nas suas mãos?
2. As necessidades dessa vida têm levado
você a confiar mais na provisão divina?
3. A multidão seguia Jesus por seus milagres,
e você, O segue por quê?
4. Você é generoso?
5. Você abençoa outras pessoas?
6. Você se considera materialista?
— 23
ANDANDO
SOBRE AS
TEMPESTADES
TEXTO BASE:
João 6.16-24
EXPOSIÇÃO DO TEXTO: as tempestades
não vêm para nos destruir, mas para nos
fortalecer. Elas não significam ausência do
amor divino, mas uma oportunidade para
experimentarmos o poder e o livramento
amoroso de Deus.
DISCUSSÃO: a existência de problemas
não significa que estamos fora do propósito
de Deus, nem que Ele está indiferente à
nossa dor. A diferença entre um salvo e um
ímpio não é o que acontece a ambos, mas o
fundamento sobre o qual cada um constrói
sua vida (Mt 7.24-27).
OBJETIVO: um cristão também enfrenta
dilemas e problemas, iguais as demais
pessoas. No entanto, a tempestade não o
destrói. Antes, revela a solidez da sua fé em
Deus.
CONTEXTO: os discípulos entraram no barco,
por ordem de Jesus. Sendo assim, esperavam,
no mínimo, fazer uma viagem tranquila.
Porém, inesperadamente lhes sobreveio uma
tempestade. Já havia escurecido e Jesus
ainda não havia ido encontrá-los (6.17). Às
vezes, o maior drama que enfrentamos não
é a tempestade, mas a demora e a maneira
da solução divina. Jesus veio caminhando
sobre as águas. As tempestades da nossa
vida nunca estarão fora do controle de Jesus.
Por meio daquela tempestade, Jesus também
fez um caminho para chegar mais profundo
ao coração deles. Muitas vezes, o sofrimento
é a porta de entrada de Jesus. Antes de se
dirigir a tempestade, Jesus primeiro acalma os
discípulos. A tempestade que estava dentro
deles era maior do que a tempestade do lado
de fora. Jesus assegura que Sua presença é
cura para o nosso medo (1Jo 4.18). O medo
atrapalha o discernimento espiritual. Onde
reina o medo, a fé tropeça.
CONCLUSÃO: Jesus chegou na hora da
crise, acalmou os discípulos, o mar, entrou
no barco com eles e todos chegaram salvos
e seguros ao destino. O destino daqueles
discípulos não era o fundo do mar, mas
Cafarnaum (6.17). O Senhor está conosco
para nos dar livramento e nos conduzir em
triunfo ao destino final. Onde Cristo está,
a tempestade se aquieta, a paz vem, o
impossível se torna possível. A presença de
Cristo está conosco, Ele é maior que tudo.
Se aprofundar mais Nele é nossa maior
conquista.
APLICAÇÃO: tenha certeza, o perigo que o
ameaça está debaixo dos pés do Senhor.
Ele é maior do que todas as crises que estão
contra você. Diante Dele tudo se dobra (Fl
2.10). A tempestade pode ser difícil e longa,
mas nunca impedirá que você chegue salvo
e seguro ao porto celestial.
APLICAÇÕES DIÁRIAS:
1. As tempestades da vida aproximam ou
afastam você de Jesus?
2. Você realmente crê que Jesus é maior que
seus problemas?
3. Você tem deixado Jesus no controle das
circunstâncias?
4. Você consegue contemplar a presença de
Jesus em meio às tempestades?
5. Quando está com medo, você se sente
paralisado (a)?
6. Sua fé é maior que seus medos?
— 23
O PÃOda
V IDA
TEXTO BASE:
João 6.32-35
EXPOSIÇÃO DO TEXTO: após o evento da
multiplicação, os Judeus foram a Jesus com
vários questionamentos. Eles perguntaram
quais eram os sinais que Ele fazia, pois
somente assim poderiam crer. A principal
justificativa era apontada para o deserto,
quando o povo de Israel recebeu o maná
do Céu. Jesus responde a pergunta insincera
deles, corrigindo-lhes o entendimento e
dizendo que não foi Moisés quem deu a
eles o pão do Céu, pois o verdadeiro pão
do Céu só lhes é concedido pelo Pai. O pão
que Moisés deu era apenas um símbolo do
pão verdadeiro, aquele que desce do Céu e
dá vida ao mundo.
DISCUSSÃO: a fome traz grande inquietação.
Muitos estão procurando desesperadamente
algum lugar onde encontrar pão, onde
saciar a fome, onde satisfazer as profundas
necessidades.
OBJETIVO: muitas pessoas estão famintas
de outras coisas e não famintas de Deus.
Buscam conhecer a respeito de Deus,
mas não conhecer a Deus. Posso ter muita
informação sobre Deus e não ter intimidade
com Ele. Precisamos ter fome de Deus.
CONTEXTO: depois de interpelar Jesus,
os judeus fazem um pedido desprovido
de entendimento: “Senhor, dá-nos sempre
desse pão” (6.34). Jesus, então, faz a aberta
declaração: “Eu sou o Pão da Vida” (6.35)
e emenda com a promessa de que a fome
e a sede serão saciadas eternamente.
Aqueles que comeram o maná no deserto
morreram, mas aqueles que comem o pão
da vida jamais morrerão. O maná do deserto
era comido com os dentes, mas o pão da
vida é tomado pela fé. O maná era ingerido
fisicamente e alimentava o estômago; o pão
da vida é recebido pela fé e alimenta a alma.
O pão não é apenas para ser conhecido,
mas, sobretudo, para ser apropriado. Só
quem se alimenta de Cristo vive por Ele. As
pessoas estão freneticamente se dirigindo
a realizações no poder, sucesso, dinheiro,
coisas terrenas, porque estão famintas.
Não precisamos caminhar assim, e se isso
acontecer precisamos, assim como o filho
pródigo, nos afastar dessas migalhas e ir até
o Pai (Lc 15.17-18).
CONCLUSÃO: John MacArthur diz corretamente
que “a comida não tem utilidade alguma até que
você a coma. Ninguém se alimenta até que
esteja com fome. Quando nos alimentamos,
a comida passa a fazer parte integrante do
nosso corpo. Comer é um ato pessoal; ninguém
pode se alimentar por outra pessoa. Da mesma
forma, ninguém pode crer por nós. Todas essas
realidades podem ser aplicadas espiritualmente”.
E era isso o que Jesus tinha em mente.
APLICAÇÃO: que possamos caminhar saciados
pelo Pão do Céu, com o Pão da Sua Presença (Mt
5.3). Não importe o que falte em sua vida, o que
você realmente precisa é de Deus. E para tê-lo
precisa estar faminto. Pare de buscar alimentos
em coisas e pessoas que não podem saciá-lo.
Só Jesus é o Pão da Vida.
APLICAÇÕES DIÁRIAS:
1. Como anda sua fome pela presença de
Deus?
2. Do que você tem alimentado sua alma no
dia a dia?
3. Você tem “comido” da Palavra de Deus
diariamente?
4. Você tem percebido pessoas famintas ao
seu redor e oferecido o Pão da Vida?
5. Onde você mata a fome e sede da sua
alma?
6. Você passa muito tempo em oração?
— 23
O CUSTO DO
DISCIPULADO
TEXTO BASE:
João 6.60-69
EXPOSIÇÃO DO TEXTO: Jesus declara
ser o Pão Vivo que desceu do Céu, o que
indica sua divindade messiânica. Afinal,
os fariseus sabiam que seus pais haviam
comido do maná que os alimentou no
deserto, porém perecia ao final do dia,
dando justamente uma ideia de que um
alimento perecível é insuficiente. Quando
eles ouviram Jesus declarar ser o próprio
Pão da Vida que não perece – mas aquele
que comer do seu corpo (pão) e beber do
seu sangue (vinho), jamais pereceria – estaria
em plena comunhão com a única fonte de
vida eterna, alguns “discípulos” e muitos
fariseus escandalizaram-se. Ele causou um
“escândalo e um abandono” em massa. Entre
alguns que se diziam ser discípulos, logo
retiraram-se. Por esse motivo, alguns deles
disseram em seguida: “Duro é esse discurso;
quem poderá suportá-lo?”
DISCUSSÃO: você acredita que a sã doutrina
ensinada por Jesus e, posteriormente, pelos
apóstolos é capaz de afastar pessoas do
discipulado com Cristo durante o caminho, por
ser um discurso que fere nossa incredulidade?
Devemos, então, mudar o discurso para
atrairmos mais pessoas a Ele? E se as pessoas
se escandalizarem com a sã doutrina, devemos
ocultar a verdade bíblica para não perdê-las?
OBJETIVO: a sã doutrina jamais tem o
propósito de afastar os verdadeiros cristãos do
caminho. Antes, ela combate os falsos crentes
e seus falsos ensinos. As verdades anunciadas
pelo evangelho sempre confrontam aqueles
que não abraçam integralmente a fé cristã.
CONTEXTO: escandalizar nesse texto não
tem nada a ver com fazer outras pessoas
pecarem devido ao mal exemplo dos cristãos.
Nesse texto o escândalo foi a doutrina de
Cristo revelada aos judeus, Ele é a segunda
pessoa da Trindade. Isso escandalizou os
judeus. Eles não acreditavam que Jesus era
o Messias ou mesmo que ele fosse Filho
de Deus. Isso chocou a liderança do povo
judeu. Muitos dos seus discípulos julgaram
o discurso de Jesus duro demais. Queriam
coisas mais amenas.
CONCLUSÃO: muitos buscavam apenas curas
e milagres, mas Jesus não negociava a verdade
para agradar as multidões. Não podemos
negociar as verdades bíblicas em nome da
adesão dos novos convertidos, ainda que a
Palavra nos tire da zona de conforto, devemos
preservar a sã doutrina. Pregue somente a
Palavra!
APLICAÇÃO: lute sempre pela verdade, já
dizia Martinho Lutero: “A paz, se possível,
mas a verdade, a qualquer preço”.
APLICAÇÕES DIÁRIAS:
1. Você já se sentiu confrontado pela Palavra
de Deus?
2. Qual foi a pregação mais dura que você
já ouviu?
3. Qual a última vez que você foi questionado
por falar a verdade?
4. Você está disposto a perder suas
amizades por não negociar a sua fé?
5. Você já defendeu a Palavra de Deus?
6. Você entende o preço do discipulado?
— 23
A ÁGUA
DA V IDA
TEXTO BASE:
João 7.37-38
EXPOSIÇÃO DO TEXTO: Jesus está chegando
ao final da sua vida terrena, concluindo Seu
ministério e o cumprimento das profecias a
seu respeito. Ele ordenou aos que têm sede:
“Venham a mim e bebam a água da vida”. Isso
era um símbolo do Espírito Santo que desceria
após a sua assunção aos céus. O Espírito Santo,
Consolador, seria derramado sobre toda carne.
Todo aquele que crer pode beber dessa água.
DISCUSSÃO: só os sedentos podem ir a
Jesus. Enquanto você não estiver com sede,
jamais procurará a fonte. A sede não dá
trégua. A sede exige uma solução imediata
e urgente. Essa água que Jesus ofereceu
aos seus discípulos é o próprio Espírito
Santo, a terceira pessoa da Trindade. Jesus
não está convidando a pessoa para olhar
a água, analisar a água, admirar a água,
conversar sobre a água, nem para criticar
a água. Jesus convida as pessoas para
beberem a água.
OBJETIVO: o Espírito Santo tem como objetivo
principal em nossa vida, nos convencer do
pecado, da justiça e do juízo. Sua obra sempre
será nos apontar o caminho e a glória de Cristo
Jesus. Ele nos consola e também testemunha
que somos filhos e coerdeiros em Cristo. Um
verdadeiro cristão nascido do Espírito e da
água, não é aquele que apenas manifesta dons
espirituais como sinal da sua conversão, mas é
aquele que nasceu de novo para as boas-obras
em Jesus.
CONTEXTO: os versos posteriores deixam
claro que a água da vida se refere à obra do
Espírito Santo, nesse contexto. A promessa
do Consolador se cumpriria após a sua
morte e ressurreição. Esse é o verdadeiro
sinal de um cristão, ter o Espírito Santo da
verdade que o mundo não conheceu.
CONCLUSÃO: todo cristão deve manifestar
a obra do Espírito Santo em sua vida. Se
bebemos da água da vida temos o selo,
o penhor, e somos capacitados a cumprir
nosso chamado para glória de Deus, por
meio da Terceira Pessoa da Trindade em
nós, o Espírito Santo, a verdadeira e a única
Água da Vida.
APLICAÇÃO: é dever de todo cristão evidenciar
as obras e o fruto do Espírito em sua vida. Uma
árvore só pode ser conhecida por seu fruto.
Então, manifeste, frutifique, floresça para glória
Dele. Aquele que é abençoado se torna, pela
graça soberana de Deus, um canal de bênção
abundante para os outros.
APLICAÇÃO DIÁRIA:
1. Você é batizado com o Espírito Santo?
2. O fruto do Espírito Santo se manifesta em
suas ações?
3. Você tem algum dom do Espírito?
4. Você é um canal de bênção na vida das
outras pessoas?
5. Você tem se relacionado com o Espírito
Santo?
6. Você ouve o Espírito Santo na luta contra
o pecado?
— 23
O DEUS QUE
CONCEDEperdão e
M ISERICÓRDIA
TEXTO BASE:
João 8.1-11
EXPOSIÇÃO DO TEXTO: Jesus retornava
do monte das Oliveiras para o templo. Os
raios do sol apontavam no horizonte e a
noite começava a se despedir. Como todo o
povo foi ter com Jesus, o Mestre se assentou
e passou a ensiná-lo. Justamente nesse
cenário, os escribas e fariseus levam uma
mulher apanhada em flagrante adultério,
com a alegação de que ela deveria ser
apedrejada. Mas não buscavam justiça,
apenas queriam usar de forma desonesta
essa situação para apanhar Jesus em
alguma contradição.
DISCUSSÃO: a lei de Deus dada a Moisés
previa a morte para homem e mulher flagrados
no ato do adultério (Lv 20.10). Os fariseus
usavam a autoridade para condenar e não
para restaurar. Eram detetives e não pastores.
Você já conheceu alguém que usou a Palavra
de Deus para ferir?
OBJETIVO: Jesus não descumpriu a lei de
Moisés, Ele apenas ampliou a capacidade
de reflexão que a lei deveria gerar em cada
um. Um senso real de perdão e misericórdia
por seu irmão. Em Jesus nossos pecados
são perdoados. Ninguém jamais foi salvo por
guardar a lei, mas ninguém foi salvo pela graça
sem que antes tivesse sido convencido de seus
pecados pela lei.
CONTEXTO: os escribas e fariseus levaram
uma mulher pega em adultério. Mas eles
fizeram isso para tentar surpreender Jesus.
Queriam saber como Jesus procederia
diante da lei de Deus dada a Moisés, que
tanto veneravam. Eles foram grosseiros com
a mulher e com Jesus. Em relação à mulher,
não se importaram com ela nem com sua
família. Ela era apenas uma peça de um jogo
sujo contra Jesus. Usaram-na para os seus
propósitos malignos.
CONCLUSÃO: Jesus perdoou a mulher e
revelou a ela a importância de abandonar a
prática do seu pecado. Jesus não poupou a
correção que era necessária para aquela mulher.
A misericórdia e o perdão de Jesus sempre
nos levarão por um caminho do desejo em
abandonar o nosso pecado.
APLICAÇÃO: podemos aprender dois
princípios: o primeiro é que onde há perdão
e misericórdia, há mudança de postura e de
vida. Segundo, devemos exercer igualmente
tudo aquilo que o Senhor nos ofereceu.
Perdão e misericórdia devem ser uma das
marcas principais de um cristão.
APLICAÇÃO DIÁRIA:
1. Você se sente perdoado por Jesus?
2. Sente dificuldade em viver o perdão de
Jesus concedido a você?
3. Você perdoa aqueles que te ferem com
facilidade?
4. Já corrigiu alguém que pecou ao seu lado?
5. Você se arrepende com facilidade?
6. Você já passou por uma situação parecida
com a de Jesus?
— 23
A LUZ
DO MUNDO
TEXTO BASE:
João 8.12
EXPOSIÇÃO DO TEXTO: Jesus mais uma
vez é interrogado pelos fariseus acerca da
sua declaração: “Eu sou a luz do mundo”.
Naquela ocasião eles estavam celebrando a
festa dos Tabernáculos, onde eram usadas
lâmpadas como parte da celebração para
comemorar a coluna de fogo que fornecia
luz e orientação a Israel no deserto (Êx 13.21).
Jesus é a luz para qual a coluna de fogo
aponta. Jesus apresenta-se aqui como a luz
do mundo, o libertador dos cativos, o Filho
de Deus que tem vida em si mesmo, o único
que pode dar vida eterna.
DISCUSSÃO: as palavras de Jesus equivalem
a uma reivindicação de deidade? Todos os
fariseus criam com facilidade que Jesus era
a segunda pessoa da Trindade, ou seja, que
Ele era o próprio Deus? E você, crê que Jesus
é a luz da vida? Você tem convicção que Ele
é Deus?
OBJETIVO: mais uma vez, os fariseus se
escandalizaram com Jesus, por ouvir dele
mesmo que Deus era um com Ele. Isso
mostrou o quanto a religião dos judeus os
separou de Deus, a ponto de cegá-los e
cauterizar o coração de seus adeptos. Eles
não conheciam nem a Deus e muito menos
a Jesus, o próprio Deus encarnado.
CONTEXTO: Jesus havia se apresentado
como o Pão da Vida para os famintos e a
Água Viva para os sedentos. Agora, faz mais
uma declaração solene: “Eu sou a luz do
mundo para aqueles que estão em trevas”.
CONCLUSÃO: precisamos de Jesus em
nossos caminhos, Ele é a única luz da vida
capaz de iluminar os nossos caminhos. É
fácil acharmos que estamos caminhando na
direção certa, sem ao menos percebermos
os caminhos perigosos que estamos
seguindo. Neste sentido, elucidativas são
as palavras de H. D. Lopes: “Sem Jesus, o
mundo está mergulhado em densas trevas.
Sem Jesus, prevalece a ignorância espiritual.
Sem Jesus, as pessoas estão cegas e
não sabem para onde vão. Sem Jesus, as
pessoas estão perdidas, confusas e sem
rumo. Sem Jesus, as pessoas caminham
para as trevas eternas”.
APLICAÇÃO: para os ignorantes, a Luz do
mundo proclama sabedoria; para o impuro,
a Luz do mundo proclama santidade; e
para os dominados pela tristeza, a Luz do
mundo proclama alegria. Permita-se ser
usado em anunciar que Jesus é a única luz
da vida a outros, que estejam vivendo em
densas trevas. Não largue suas lamparinas,
mantenha-as sempre cheias de azeite. O
Noivo está voltando!
APLICAÇÕES DIÁRIAS:
1. Você consegue perceber se está no
caminho certo?
2. Percebe que sua vida, mentalidade e coração
só foram iluminados por meio de Cristo?
3. Depois da sua conversão, consegue
perceber seus pecados com facilidade?
4. Você ora antes de tomar as decisões no
dia a dia?
5. Você anseia pela volta de Cristo?
6. Se Jesus voltasse hoje, você estaria pronto (a)?
— 23
J ESUS E
A COMPAIXÃO
aos NFERMOS
E
TEXTO BASE:
João 9.1-12
EXPOSIÇÃO DO TEXTO: muitos judeus do
primeiro século criam que toda enfermidade
era uma punição divina por alguns pecados
específicos. Nas doenças congênitas (de
nascimento), a explicação era que o pecado
teria sido cometido pelos pais e “transferido”
aos filhos no ventre as consequências ruins.
Mas o texto deixa claro que Jesus alertou-os,
de que nem sempre uma enfermidade tem
origem em pecado, ainda que o pecado de
Adão e Eva tenha trazido esse mal sobre a
humanidade.
DISCUSSÃO: em vez de buscar uma solução
para o problema alheio, os discípulos queriam
especular sobre a origem do mal. Jesus, então,
responde evidenciando que o sofrimento
alheio não deveria ser alvo de especulação,
e sim de uma ação misericordiosa.
OBJETIVO: não podemos atribuir enfermidades
e males que nos sucedem aos nossos pais, ou
alguém suspeito de ter feito alguma obra maligna
contra nós. Nem sempre a razão de passarmos
por momentos difíceis quer dizer que seja o
diabo, pessoas usadas por ele ou consequência
de pecados familiares que “herdamos”. Muitas
vezes, quem está por trás da provação é o
propósito eterno de Deus para nos aperfeiçoar,
capacitar e nos provar para aprendermos a
confiar mais Nele.
CONTEXTO: Jesus confirma sua declaração
dizendo que as obras do Pai devem ser
feitas com presteza e urgência, pois haverá
um tempo, quando a noite chegar, que não
será mais possível trabalhar. O discípulo de
Cristo precisa fazer o bem com urgência e
não gastar o tempo com discussões que
não o levará a lugar nenhum. Assim como
Jesus é a Luz do mundo, você também é
chamado para ser luz para o mundo, por
meio de Jesus.
CONCLUSÃO : nossa natureza e a
criação ainda aguardam definitivamente a
glorificação e a redenção definitiva. Haverá
doenças e males; sobretudo, Deus em Sua
soberana vontade pode curar. Isso acontece
para glória do Seu nome e poder!
APLICAÇÃO: precisamos ser misericordiosos
assim como Jesus. Ele estava disposto a
enxergar o rejeitado. Jesus glorificava a
Deus com suas boas obras. Muitos cristãos
têm vivido de modo egoísta e individualista,
procurando culpados em vez de ajudar na
solução dos problemas.
APLICAÇÕES DIÁRIAS:
1. Você entende que por meio do sacrifício de
Cristo, estamos livres de todas as maldições?
2. Já percebeu pessoas discutindo a origem
dos problemas em vez de se empenharem
em resolvê-los?
3. Você é alguém que tem agido com
misericórdia?
4. Consegue perceber a misericórdia de Deus
em sua vida?
5. Você consegue ter discernimento
espiritual para perceber Deus movendo suas
circunstâncias?
6. Acredita que Deus é poderoso? Ore por
milagres!
— 23
A CEGUEIRA
ESPIRITUAL
TEXTO BASE:
João 9.35-41
EXPOSIÇÃO DO TEXTO: o mesmo Jesus
que abriu os olhos do cego abre, agora, os
olhos da alma dele. Ele não apenas recebe
uma cura, mas também adora o Filho do
Homem, o Senhor. É maravilhoso constatar
que, ao mesmo tempo que os judeus o
expulsam do templo, o Senhor do templo
ao seu encontro para buscá-lo.
DISCUSSÃO: enquanto o homem curado da
cegueira adorava o Senhor Jesus, os líderes
religiosos do povo judeu destilavam o ódio
ao Filho de Deus. Com base no texto bíblico,
existe possibilidade de muitos, que se dizem
crentes, estarem cegos espiritualmente?
Discuta em grupo.
OBJETIVO: precisamos nos lembrar das
palavras de Jesus a uma das sete igrejas em
Apocalipse 3.14, a igreja de Laodiceia. Toda
comunidade de fé daquela igreja estava
completamente cega e sobre o efeito do
orgulho espiritual e material. Esse também
era o problema dos líderes religiosos do
povo judeu. Não devemos nos orgulhar dos
nossos méritos, das nossas riquezas ou bem
materiais. A cegueira espiritual é um grande
sinal da verdadeira apostasia. Ela atrofia e
apodrece qualquer coração. Foi o que os
judeus experimentaram duramente, essa
cegueira espiritual.
CONTEXTO: os fariseus foram duramente
confrontados por Jesus, por serem
chamados de cegos que guiavam outros
cegos: “Deixem-nos; eles são guias cegos.
Se um cego conduzir outro cego, ambos
cairão num buraco” (Mateus 15.14). Embora
eles estivessem com a própria Luz, Jesus
Cristo, preferiam permanecer nas trevas do
próprio entendimento.
CONCLUSÃO: Paulo disse aos efésios:
“Desperta, ó tu que dormes, e levanta-te
dentre os mortos, e Cristo te esclarecerá”
(Efésios 5.14). Sem Cristo estamos mortos.
Sem Ele estamos em trevas. Sem Jesus em
nossa vida, estamos em um estado de letargia.
APLICAÇÃO: a única forma de combatermos a
cegueira espiritual é em oração. Só saberemos
se estamos de fato cegos quando tivermos
comunhão com Deus plenamente, por
meio de Cristo e do Espírito Santo. Assim,
conseguiremos ouvir o próprio Deus por
meio da leitura das Sagradas Escrituras. Não
despreze as disciplinas espirituais: oração,
leitura bíblica e jejum. Esteja em comunhão com
Deus. Abra os olhos da fé!
APLICAÇÕES DIÁRIAS:
1. Você tem orado com frequência?
2. Sua leitura bíblica está em dia?
3. Qual a última vez que você fez jejum?
4. Por ser cristão você se sente melhor do
que as outras pessoas?
5. A humildade é um pedido que você tem
feito em oração ao Senhor?
6. Você se considera uma pessoa orgulhosa?
— 23
JESUS,
A PORTAdas
OVELHAS
TEXTO BASE:
João 10.1-9
EXPOSIÇÃO DO TEXTO: Jesus afirma,
categoricamente, que Ele mesmo é a porta
das ovelhas (10.7). Ninguém pode entrar
no aprisco de Deus a não ser por meio de
Jesus. Não há outra porta. Não há outro
caminho. Não há outro Salvador. Não há
outro mediador. O próprio Jesus é a porta.
DISCUSSÃO: Jesus conhece Suas ovelhas
pelo nome. Ele sabe do que elas precisam para
viver. Seu amor é claramente demonstrado e
Sua eterna misericórdia é vista, justamente por
ser tão próximo do Seu rebanho e saber os
detalhes de cada ovelha.
OBJETIVO: isso nos mostra que sua Soberania
não tem limites. Ele é muito maior do que
imaginamos e Seu cuidado com Suas ovelhas
constrange.
CONTEXTO: quando Jesus diz que as
ovelhas ouvem, quer dizer que, quem não
nasceu Dele, não pode entender as Suas
palavras. As ovelhas representam o Seu povo
e Ele o pastor delas. Ninguém poderá entrar
na bem-aventurança a não ser por Jesus.
Ninguém poderá ir ao Pai a não ser por Jesus.
Jesus é a porta da salvação, a porta do Céu.
Há uma porta larga que conduz à perdição,
mas só Jesus é a porta da salvação.
CONCLUSÃO: nem todos os homens
serão salvos, e nem todos os homens serão
condenados ao inferno. Esse texto deixa
claro dois grupos de pessoas, os salvos e
não salvos, representados pelas ovelhas e
pelos tipos de pastores. Os salvos ouvem
a voz do pastor, creem e o seguem. Já os
não salvos são enganados e destruídos
pelos falsos pastores, por não conhecerem
Jesus genuinamente. A porta é Jesus! Não se
trata de uma cerimônia ou de uma doutrina.
Não se trata de uma igreja nem de uma
denominação.
APLICAÇÃO: há portas que conduzem à
escravidão, há portas que conduzem a dores
incomensuráveis. Mas Jesus é a porta que
conduz à liberdade. As ovelhas de Cristo são
livres e curadas. Deus nos chamou para a
liberdade. Se somos ovelhas de verdade,
temos o Espírito Santo, e se temos o Espírito
Santo podemos ouvir e discernir a voz do
Bom Pastor. Quem entra pela porta, que é
Jesus, encontra pastagem. Nele há provisão
farta e vida abundante. A nossa provisão
espiritual é encontrada em Cristo. Ele é o
nosso alimento. Ele é o Pão da Vida. Ele é a
Água da Vida. Jesus é a vida e veio para dar
vida plena, abundante e eterna.
APLICAÇÕES DIÁRIAS:
1. Ler que Jesus é o “Bom Pastor” alegra o
seu coração?
2. Você tem percebido o cuidado de Deus
em sua vida?
3. Entende que não existe salvação fora de
Cristo?
4. Consegue ouvir a voz do Bom Pastor?
5. Já identificou alguma vez um falso mestre?
6. Para combater falsos mestres é necessário
conhecer o verdadeiro ensino. Você tem lido
constantemente sua Bíblia?
— 23
J ESUS,
O BOM
PASTOR
TEXTO BASE:
João 10.10-18
EXPOSIÇÃO DO TEXTO: em primeira
instância, o ladrão aqui é o fariseu. Esses
líderes religiosos matavam e destruíam as
pessoas. O ladrão não tem outra agenda a não
ser roubar, matar e destruir. Ele vem somente
para isso. Esse é um retrato imediato dos
fariseus. Mas além de apontar para os líderes
religiosos judaicos, esse texto também aponta
para todos os líderes religiosos que oprimem
e destroem o povo em vez de apascentá-lo.
Essa é uma descrição clara do próprio diabo,
inspirador de todos os falsos pastores.
DISCUSSÃO: mediante ao breve contexto,
quem são os ladrões e os salteadores das
ovelhas? Discuta em grupo.
OBJETIVO: Jesus nos ensina que as ovelhas
Dele são aquelas que ouvem claramente a
Sua voz e o seguem. Já o contrário, diz que os
ladrões que vieram para roubar, matar e destruir
são os falsos pastores e mestres mercenários,
que não dão a vida pelas ovelhas, antes,
aproveitam delas e as abandonam em seguida.
Por isso as ovelhas não os conhecem, eles são
estranhos às verdadeiras ovelhas. Jesus faz
um contraste entre o pastor e o mercenário. O
mercenário é alguém contratado para cuidar
das ovelhas, mas ele não é pastor nem dono
delas. Faz o seu trabalho para receber um
salário. Já o pastor, sendo dono das ovelhas,
importa-se com elas, defende-as e até está
pronto a dar sua vida por seus animais.
CONTEXTO: entre tantos nomes de Jesus,
bom pastor é um dos que mais nos chamam
a atenção. Jesus nos chama de ovelhas, e
a ovelha é um animal indefeso, inseguro e
míope, que não pode alimentar a si mesma,
proteger a si mesma nem limpar a si mesma.
A ovelha é dependente. Há um gritante
contraste entre o poder do divino pastor
com a fragilidade da ovelha. Há um gritante
contraste entre as necessidades da ovelha e
a rica provisão oferecida pelo pastor.
CONCLUSÃO: devemos, portanto, nos
atentar enquanto ovelhas, se estamos ouvindo
Jesus por meio da sua Palavra ou se estamos
ouvindo falsos pastores. Devemos saber
discernir quem são os pastores enviados de
Deus e os que não são. Isso nos protegerá, isso
é zelo pela obra e, principalmente, pela Palavra
de Deus, para que não sejamos enganados.
APLICAÇÃO: o bom pastor não é aquele
que oprime, explora e devora as ovelhas,
mas aquele que dá a vida por elas. Quanto
mais conhecemos as Escrituras, mais
prudentes e sábios nos tornamos. Jesus é
o único bom pastor, capaz de dar Sua vida
por Suas ovelhas. Ele consumou e entregou
na cruz o Seu amor por cada ovelha que
creria em Seu nome. Se esforce a cada dia
em prosseguir em conhecer a Jesus, e tenha
cuidado com os falsos pastores por aí.
APLICAÇÕES DIÁRIAS:
1. Você entende o sacrifício de Jesus em seu
favor?
2. Você depende totalmente de Deus, como
uma ovelha do seu pastor?
3. Você reconhece o cuidado de Deus com
sua vida?
4. Já percebeu o Bom Pastor conduzindo
você às águas tranquilas ou ao vale da
sombra da morte?
5. Você tem se comportado como uma
ovelha na dependência do pastor, ou como
lobo, de maneira independente?
6. Você tem fugido dos falsos mestres ou
crido em qualquer vento de doutrina?
— 23
O TEMPO
de DEUS
TEXTO BASE:
João 11.1-10
EXPOSIÇÃO DO TEXTO: no trecho do
texto a ser estudado hoje, o evangelho de
João nos apresenta Lázaro e suas irmãs,
Marta e Maria. No texto esse amigo de Jesus
está doente, e a notícia chega até Jesus.
DISCUSSÃO: existem algumas necessidades
e urgências que nos fazem questionar a
sincronia de Deus com o nosso tempo. Não
é somente o “atraso” de Jesus que chama
atenção, é também a capacidade de saber o
tempo certo de agir.
OBJETIVO: o propósito da lição de hoje é o
de nos fazer confiar que Deus age no tempo
certo. Ele não se antecipa nem se atrasa. É
claro que no meio de nossas necessidades,
somos tendenciosos a desconfiar de Sua
intervenção, mas torna-se importante
lembrarmos do compromisso de Cristo com
as obras do Pai. Deus tem um tempo certo
para todas as coisas.
CONTEXTO: ao mesmo tempo em que
enfrenta a hostilidade por parte dos judeus,
Jesus encontra refrigério em Betânia, por
meio da vida de seu amigo Lázaro e suas
irmãs. Mas a notícia da enfermidade de
Lázaro parece não comover Jesus, que
mesmo sabendo que seu amigo morreria,
não se desloca para socorrê-lo. O texto
ainda faz questão de nos apresentar Maria
como “aquela que derramou perfume nos
pés do Senhor”, como se Cristo devesse
ter uma espécie de dívida de gratidão para
com essa família. Somente dois dias após a
notícia, Jesus decide ir até Betânia, chegando
aparentemente “tarde demais”.
CONCLUSÃO: talvez um de nossos maiores
desafios seja o de acreditar que Deus está
tão atento às dificuldades dos seus, que no
momento certo Ele fará o que pretender. É
difícil confiar no tempo de Deus, quando o que
é urgente está diante dos nossos olhos. E o
perigo é trocar a glória de Deus pela urgência
do milagre. Jesus não está caminhando
ocasionalmente, Ele está seguindo o caminho
do projeto de seu Pai, por isso, ainda que
Ele não responda em nosso tempo, Ele
responderá no tempo de Deus, o Pai.
APLICAÇÃO: ainda que, no olho do furacão,
saiba discernir o tempo de Deus, confiando
que se Ele disse ter o melhor para nós, no
momento exato receberemos refrigério de
sua parte.
APLICAÇÕES DIÁRIAS:
1. Você consegue discernir o tempo de
Deus?
2. Para você, qual a maior dificuldade em
confiar no tempo Dele?
3. Já se percebeu dando ordens a Deus?
4. O que você faz quando a resposta não
vem no tempo em que se espera?
5. Você já pensou que Deus não estava “nem
aí” para sua necessidade?
6. A espera costuma ser algo ruim para
você?
— 23
O PODER
DE JESUSsobre
A MORTE
TEXTO BASE:
João 11.38-44
EXPOSIÇÃO DO TEXTO: após ter recebido
a notícia da enfermidade de seu amigo
Lázaro e não ter ido socorrê-lo no tempo
em que se esperava, Jesus chega a Betânia
em meio ao luto e questionamento das irmãs
dele e dos demais judeus. Na ocasião, Lázaro
já estava morto há quatro dias.
DISCUSSÃO: a morte é, sem dúvida, umas
das grandes inimigas do propósito de Deus,
e diante dela somos sempre desafiados a
encontrar consolo, a despeito dos nossos
questionamentos. A ideia de que Cristo
chegou tarde demais é nítida no olhar das
irmãs de Lázaro e de outros judeus.
OBJETIVO: o texto pretende nos fazer
perceber que tudo que para nós é impossível,
para Deus não é. O poder de Jesus sobre
a morte nos traz a esperança de que não
precisamos temê-la também.
CONTEXTO: ouvir que um amigo está
passando por um momento difícil, nos
leva a pensar sobre o que podemos fazer
para ajudá-lo, ainda mais quando há uma
expectativa de que só podemos dar o que
ele precisa. Esse é exatamente o cenário de
quando Jesus chega em Betânia, um misto de
esperança e dor, alegria e decepção. Fato é
que Lázaro está morto, já é o quarto dia, e só
agora Jesus chega. Cristo havia dito aos seus
discípulos que a doença de Lázaro não era
para a morte, mas para a glória de Deus. O
que esperar dessa declaração? O que Ele quis
dizer quando disse isso? Jesus quis dizer que
Deus levaria Lázaro, suas irmãs e os demais até
o lugar de suas impossibilidades, pois a glória
só é dada a Deus quando nenhuma carne é
capaz de resolver o problema – aqui no caso,
o problema da morte. Depois de quatro dias,
Jesus lhes apresenta a glória de Deus, dando
uma ordem à morte, Ele traz seu amigo de volta
à vida.
CONCLUSÃO: esse relato nos ensina que
Deus tem todo poder, que Ele é soberano, e
que as impossibilidades são nossas e não Dele.
Dessas convicções devem nascer esperança e
fé. Nenhum luto ou dor pode ser maior do que o
desejo de Deus, de fazer Seu nome conhecido
e nos lembrar que ao longo da narrativa bíblica,
Ele já havia feito coisas grandiosas.
APLICAÇÃO: é difícil acreditar ou confiar
em Deus diante daquilo que nos causa dor,
diante do que não podemos mudar. Pensar
que a nossa dor pode ser convertida em
glória para Deus é quase loucura. Cristo não
chegou tarde, chegou quando nada mais
podia ser feito, para que o único capaz de
mudar a situação fosse Deus, e todo mundo
soubesse que Ele tem poder sobre a morte
e a vida.
APLICAÇÕES DIÁRIAS:
1. Como lidar com aquilo que não podemos
mudar?
2. É difícil para você confiar em Deus, quando
Ele parece ter chegado atrasado?
3. O que você pensa ao saber que seu
sofrimento pode trazer glória para Deus?
4. Você já enfrentou o luto?
5. Você já se sentiu sozinho durante um
sofrimento?
6. Você consegue enxergar o agir de Deus
mesmo em meio ao sofrimento?
— 23
A VERDADEIRA
ADORAÇÃO
TEXTO BASE:
João 12.1-7
EXPOSIÇÃO DO TEXTO: Jesus agora é
convidado para um jantar. Na mesa está
Lázaro, seu amigo, e alguns outros homens,
além dos apóstolos, é claro. A atitude de
uma mulher interrompe o momento social
daqueles homens, toda a casa agora está
perfumada pelo seu “desperdício”. Maria, o
nome dela. Irmã de Lázaro. Não bastasse
estar entre os homens, a sua exposição não
fora vista com bons olhos por alguns destes.
DISCUSSÃO: sem dúvida alguma, de
textos como esse surgem inúmeros
questionamentos sobre o que mais importa
para Deus. Sobre o que realmente é
adoração. E quais podem ser os custos de
uma vida de submissão ao Senhor. A ação
de Maria foi responsável por desencadear
uma série de outras reações.
OBJETIVO: a adoração verdadeira pode,
e é quase certo que nos colocará em uma
condição de escárnio diante daqueles
que não entendem. Na verdade, para
adorarmos a Deus teremos que vencer as
preocupações do status social. Em alguns
momentos o convencional não é adoração,
é só o mais cômodo.
CONTEXTO: não é possível saber o que
se passa na cabeça de Maria, para que
ela tome a atitude que tomou. Ela pode ter
pensado no quanto Jesus era digno. Pode
ter pensado em dar a Ele o melhor que ela
tinha, ou qualquer outra coisa. Talvez ela não
contasse com a reação, com os olhares dos
homens ali presentes. Ou talvez sim! Em sua
época, as funções eram bem delimitadas. Ela
não foi compreendida pelos homens, mas
protegida pelo Mestre. Ela foi acusada de
desperdiçar algo valioso, ainda que diante
de alguém que tem mais valor do que tudo.
Judas parece ser o porta-voz da objeção.
“Ela podia ter vendido e dado o dinheiro
aos pobres”, disse ele. Jesus defende Maria,
dizendo que ela está preparando o corpo
dele para o sepultamento.
CONCLUSÃO: o grande desafio de adorar
a Deus é fugir dos estereótipos. Às vezes,
parece que na caminhada rumo à adoração,
estamos mais preocupados com o que os
outros vão pensar e falar, do que de fato com
aquilo que é de Deus por direito. Por isso
é necessário que saibamos que nem todo
mundo entenderá a nossa vida de devoção,
mas nem todo mundo precisa entender
mesmo.
APLICAÇÃO: adorar a Deus é mais do que
estar no mesmo ambiente em que Ele está.
Adorar a Deus é ter coragem de fazer o que
tem que ser feito, mesmo correndo o risco
de não ser compreendido pelos outros. A
recompensa de quem adora não é o olhar de
outra pessoa, e sim a atenção e o cuidado
do próprio Cristo.
APLICAÇÕES DIÁRIAS:
1. Para você, o que é adoração?
2. Como você lida com olhares de pessoas
diante da sua obediência ao Senhor?
3. Já parou para pensar que Deus pode usar
a sua vida para inspirar outras pessoas a
adorá-lo?
4. Você se preocupa com a opinião das
outras pessoas?
5. Qual foi a última vez que você adorou a
Deus sem se preocupar com nada?
6. Você teria a mesma atitude de Maria?
— 23
A
ENTRADA
TRIUNFAL
TEXTO BASE:
João 12.12-19
EXPOSIÇÃO DO TEXTO: o que pode haver
de triunfal em um homem entrando numa
cidade montado em um jumento? É assim
que Jesus é recebido em Jerusalém, com
gritos de “Hosana ao Rei” por uma multidão.
Alguns viram com os próprios olhos esse
homem ressuscitar Lázaro; outros, ouviram.
Todos, agora, com ramos nas mãos gritam
e cantam ao Salvador.
DISCUSSÃO: uma multidão segue Jesus por
conta de Suas obras maravilhosas. Cercando
a multidão, alguns fariseus insatisfeitos com
a popularidade desse novo líder. Ao mesmo
tempo que encontra na multidão aceitação,
Cristo sabe que não muito longe existe um
plano para matá-lo. Entrando em Jerusalém
ouve-se gritos de socorro.
OBJETIVO: a multidão está atribuindo
a Jesus o poder que só Deus tem, e
isso é uma provocação aos fariseus,
que, consequentemente, perderam a
popularidade e capacidade de influenciar.
É preciso reconhecer que Cristo é o único
capaz de salvar a nossa alma e fazer isso em
tempo oportuno.
CONTEXTO : entrando em Jerusalém,
montado num jumentinho, vem o Rei. Uma
multidão clamando, dando atenção ao
Salvador. Jesus é reconhecido como a
resposta para os anseios do povo, ainda
que não todos, mas alguns. Estão atribuindo
a Ele o título de Rei de Israel. Mesmo com
todo trabalho nos bastidores para que
Cristo fracassasse o quanto antes, vemos
Seu ministério prosperando. Ainda é muito
comentado sobre o que aconteceu a Lázaro,
e quanto mais se fala, mais pessoas vão ao
encontro do Senhor. Enfim, na cidade santa,
a multidão parece, por meio de seus gritos,
sinalizar que o plano dos fariseus finalmente
havia dado errado. Quando eles dizem que o
mundo todo irá atrás dele, sem saber estão
falando sobre o alcance do sacrifício de Cristo.
CONCLUSÃO: Jesus nos ensina com cada
uma das suas decisões que sua humildade
é maior que as nossas expectativas. Ao
relato de um homem da Galileia, filho de um
carpinteiro, montado num jumentinho, em
direção a uma cidade onde era odiado, damos
o nome de “entrada triunfal”. Precisamos
aprender com Jesus, seguir Seu exemplo.
Mas, de fato, Ele é o Rei, não somente dos
judeus, mas de toda Terra. Ele é tão seguro
de Sua origem e Seu destino, que não tem
problemas em montar num jumento.
APLICAÇÃO: precisamos reconhecer a
nossa necessidade desse Cristo Redentor, e
a Ele dirigir nosso clamor por socorro. Firmar
nossos olhos em Seus passos. Ainda que
tenhamos ido a Ele por aquilo que ouvimos,
somos agora desafiados a permanecer
por aquilo que vimos. É importante nos
certificarmos de que não estamos ignorando
o Rei, só porque Ele veio a nós de forma
humilde.
APLICAÇÕES DIÁRIAS:
1. Você consegue perceber a humildade de
Cristo?
2. Quando é que você deixou de seguir a
multidão e reconheceu que diante de seus
olhos estava o Salvador da sua alma?
3. Você conseguiu entender a origem da
oposição dos fariseus em relação a Jesus?
4. Você reconhece o valor da humildade?
5. Qual a última vez que reconheceu que
faltou humildade em uma de suas atitudes?
6. Você reconhece seus erros com
facilidade?
— 23
JESUS
LAVA OS PÉS
dosDISCÍPULOS
TEXTO BASE:
João 13.1-17
EXPOSIÇÃO DO TEXTO: pouco antes
de uma das maiores celebrações do povo
judeu, Jesus sabia que estava chegando o
momento de Sua morte. Em um momento
de extrema comunhão, à mesa com os
discípulos, um disposto a trair, outro disposto
a negar, todos estavam dispostos a alguma
coisa. Os discípulos começam a ver uma
movimentação diferente por parte do Mestre,
e o impensável acontece. Ele agora está de
pé, sem Sua túnica, derramando água em
uma bacia para lavar os pés dos discípulos.
DISCUSSÃO: a cena começou a ser desenhada
na mente dos discípulos. O homem que
havia curado centenas de pessoas, que havia
ressuscitado Lázaro, agora estava desejando
lavar os seus pés. O que Jesus pretende ensinar
nesse relato?
OBJETIVO: a forma como Cristo lida com
sua missão em meio aos seus discípulos, ao
mesmo tempo que nos constrange, também
nos desafia a imitá-lo. O que é a vida cristã
a não ser o desafio de nos enquadrarmos
nos moldes do nosso Senhor? De forma que
olhando para nós, vejam Ele.
CONTEXTO: é nesse jantar que Cristo
começa a falar sobre Sua morte. Os discípulos
nem sempre entendem com clareza o que Ele
lhes fala. Após momentos ímpares, inúmeros
milagres e curas, Jesus parece falar do fim, ou
ao menos começa a falar. A decisão de lavar
os pés dos Seus é para que estes também
pudessem entender a importância de servir a
quem precisa. Interessante é perceber que no
relato do lava pés Jesus não faz acepção de
pessoas. Ele lava os pés de todos, até de Pedro
e Judas Iscariotes. Ele parece ensinar que servir
ao próximo é chance da mudança deste. Pedro,
convicto de sua inferioridade diante Daquele
que está agachado, se opõe, não achando
certo ter seus pés lavados por alguém maior
que ele. É exatamente isso que Cristo queria
causar, o escândalo do evangelho, que em vez
de nos colocar em posições de superioridade,
nos convida a servir. Pedro então se rende.
CONCLUSÃO: Jesus sendo quem é, e até
por Sua convicção, serve aos Seus discípulos,
serve ao traidor, serve ao que o negará. E faz
isso para que saibamos como a vista de
baixo é mais bonita. Jesus tem autoridade
para ensinar, pois Seu ensino não se resume
a um punhado de conteúdo teórico, Seu
ensino nasce a partir de uma vivência, de uma
demonstração. Isso nos desafia não somente
a falar do evangelho, mas vivê-lo.
APLICAÇÃO: se Jesus está servindo aos
seus discípulos, sendo quem Ele é, qual é
a nossa dificuldade em fazer o mesmo?
Lavar os pés de alguém que está pronto a
nos trair deve ser um grande desafio, mas
Cristo o fez. E não fez para que contássemos
a história, fez para que fizéssemos também.
APLICAÇÕES DIÁRIAS:
1. Você consegue entender a atitude de
Jesus à luz do contexto da época?
2. Qual a sua maior dificuldade em servir?
3. Você estaria disposto a lavar os pés de
um traidor?
4. Como é a sua relação com as pessoas à
sua volta?
5. Após a sua conversão, você ainda se
considera uma pessoa arrogante?
6. Você consegue servir alguém com
facilidade?
— 23
N ÃO TURBE
O CORAÇÃO
TEXTO BASE:
João 14.1-4
EXPOSIÇÃO DO TEXTO: o pedido de Jesus
para que os discípulos não permitissem que
o coração se entristecesse, nasce do fato de
que Ele agora os ouviu claramente falando
sobre a Sua morte, mas ainda assim não
entenderam bem. Por um período de tempo,
eles deveriam confiar nas palavras desse
Mestre, que agora estaria ausente. Jesus os
convida a confiarem Nele como o enviado de
Deus e em Suas palavras. Ele não somente
lhes diz essas palavras como também acha
oportuno fazer-lhes a promessa de estarem
novamente juntos na casa do Pai.
DISCUSSÃO: imagina ter sido encontrado
por alguém que atribuiu a você valor.
Alguém que decidiu investir em sua vida.
Agora imagine esse alguém falando sobre
sua morte, sobre ser necessário essa
despedida. Eram no mínimo 12 homens, que
não conseguiam mais viver sem a influência
desse Mestre. Certamente isso era motivo
suficiente para que o coração dos discípulos
se entristecesse.
OBJETIVO : faz-se necessário confiar
nas palavras de Jesus, principalmente em
momentos como esse, quando sentimos
a solidão da despedida. Ainda que Jesus
estivesse no meio deles, Ele pede para que
assim como creem em Deus, que creiam
também nele, igualando-se Aquele que é
digno de confiança.
CONTEXTO: perto do momento da Sua
morte, Cristo torna ainda mais público aos
seus discípulos a necessidade de Sua
morte, dentro desse plano de Deus. Ele sabe
também da sua importância na caminhada
desses homens. Sabe que muitos deles
não tinham perspectiva nenhuma de vida.
É por isso que Ele chama atenção dos
seus discípulos para a confiança que eles
já nutrem por Deus, para depois disso dizer
que assim como Deus é merecedor de
confiança, Jesus também é. A certeza de
que Jesus voltaria para buscá-los é o que
deveria mover o coração desses homens.
CONCLUSÃO : Jesus desafia os Seus
seguidores a continuarem crendo em Suas
palavras, mesmo no momento em que
Ele estiver “aparentemente” ausente. Em
outras palavras, convida Seus discípulos a
amadurecerem. Crer nas palavras de Jesus
custará toda a nossa vida, mas também
nos dará a paz necessária nos tempos
difíceis.
APLICAÇÃO: você diariamente é convidado
a confiar na Palavra de Jesus, e ela por sinal é
a sua garantia. Você é impulsionado a ter uma
fé crescente, uma fé que amadurece. E essa
fé te motiva a permanecer, mesmo diante de
notícias ruins.
APLICAÇÕES DIÁRIAS:
1. Você já se sentiu sozinho (a) em algum
momento da sua caminhada?
2. Qual é o maior desafio de confiar nas
palavras de Jesus?
3. O que você sente ao saber que Deus tem
promessas e que Ele é fiel a elas?
4. Como anda o seu coração?
5. As preocupações da vida já abalaram a
sua fé?
6. Tem convicção de que Deus nunca
abandonou você?
— 23
O CAMINHO
PARA O
P AI
TEXTO BASE:
João 14.5-13
EXPOSIÇÃO DO TEXTO: em vários momentos,
Jesus traz para Si a responsabilidade de ser a
única forma para os homens se achegarem a
Deus. Nesse trecho não é diferente. Ao dizer
que é o caminho para o Pai, Cristo desmascara
todos os atalhos usados e oferecidos pelos
fariseus. Quando diz que é a verdade, estabelece
um parâmetro do que é verdadeiro, aquilo que
procede Dele. Ele não somente é tudo isso, como
também é a fonte de toda vida.
DISCUSSÃO: Jesus se apresenta como o
único meio possível para um relacionamento
com o Pai. E é importante pensar que na
época Dele havia vários mestres, vários
ensinos e, consequentemente, vários meios
prometidos para se obter um relacionamento
com Deus. Portanto, quando diz isso sobre
si, Ele também fala sobre os outros mestres,
sobre os outros ensinos. Ele está colocando
cada coisa em seu devido lugar.
OBJETIVO: precisamos olhar para Jesus
como o interlocutor suficiente na relação
com Deus. É importante observarmos que
Cristo não está disposto a dividir lugar com
ninguém. Sua fala nos desafia a tomarmos
uma decisão, ou segui-lo ou deixá-lo. Os
outros mestres têm a sua importância,
mas não se pode correr o risco de atribuir
aos outros o que somente Cristo pode
oferecer.
CONTEXTO: em meio às suas últimas
palavras, Jesus faz questão de se certificar
que Seus discípulos não buscariam um outro
mentor, por ocasião de sua ausência. Como
se Ele estivesse dizendo, que se ausentaria
e ninguém poderia suprir esse vácuo
momentâneo. E isso faz todo sentido, visto
que existe uma necessidade imensa em nós
de buscarmos mestres. Deus revela a todos
que creem em Cristo. Ele é o elo entre o Céu
e a Terra.
CONCLUSÃO : não existe a menor
possibilidade de encontrarmos resposta
para a nossa alma em outros meios que não
seja Cristo. Sua afirmação, então, nos serve
de convite e exortação. Ao mesmo tempo
em que Ele fala “venham a mim”, Ele também
diz “permaneçam em mim”.
APLICAÇÃO: não há nenhuma religião
ou metodologia capaz de nos salvar, e
nos conduzir à vida com Deus. Somente
Cristo pode, e somente Ele é suficiente.
Essa verdade deve nos trazer paz para nos
apropriarmos de um novo relacionamento,
que nasce dos méritos de Jesus.
APLICAÇÕES DIÁRIAS:
1. Você já percebeu que estava trilhando um
caminho errado?
2. Algumas vezes já tentou suprir a falta de
relacionamento com Cristo, com métodos
e serviços?
3. Você está disposto (a) a deixar o que for
preciso para seguir no caminho de Cristo?
4. O que Jesus significa para você?
5. Você acredita que Jesus é o único caminho
para Deus?
6. Você tem permanecido na fé em Jesus?
— 23
A
VIDEIRA
V ERDADEIRA
TEXTO BASE:
João 15.1-8
EXPOSIÇÃO DO TEXTO: como em outros
lugares nesse evangelho, “verdadeira”
significa “genuína”. Jesus é a “videira” final
e real, quando comparado a Israel, que era
um tipo que prefigurava a realidade. Israel é
chamado a “videira” de Deus ou “vinha” no
Antigo Testamento (Sl 80.8-16; Jr 2.21). Israel
é julgado por não produzir frutos, enquanto
Jesus é e faz aquilo que o tipo significa.
DISCUSSÃO: mais uma vez ao falar sobre
Si, Jesus deixa o caminho ainda mais estreito.
E a cada uma dessas declarações fica mais
evidente que não será possível conciliar Cristo,
com “outras verdades”. Dentre várias outras
consequências de Sua fala, uma das principais
é o redirecionamento das expectativas. Talvez
o povo esperasse mais de uma nação do que
da promessa do Senhor.
OBJETIVO: Jesus talvez estivesse denunciando
a soberba de um povo que, simplesmente
pela sua linhagem, não consegue reconhecer
diante deles o Salvador. Mas a cada denúncia
um anúncio é feito. Ele está chamando a
responsabilidade para Si, como quem fala, “olhe
meus frutos”.
CONTEXTO: Israel falhou na sua missão de
chamar a atenção dos outros povos. Pois,
afinal, a ideia de Deus sempre foi usar essa
nação como ponte para alcançar as demais.
Os textos bíblicos nos parecem sinalizar que
eles se fecharam em seus próprios privilégios.
Quando Cristo diz que é a videira verdadeira,
está dizendo que Ele, sim, pode e tem dado
fruto. E dar fruto tem a ver com a capacidade
de apresentar a glória de Deus aos homens.
Dar fruto é externar o propósito para qual se
existe. É preciso permanecer Nele, ninguém
pode dar frutos dignos de arrependimento
sem estar apegado à verdade, a Cristo Jesus.
CONCLUSÃO: não existe a menor possibilidade
de encontrarmos resposta para as nossas
almas em outros meios que não seja Cristo.
Sua afirmação, então, nos serve de convite e de
exortação. Devemos ir ao encontro de Cristo, e
uma vez Nele, devemos permanecer.
APLICAÇÃO: devemos sempre olhar para
Jesus como nossa única possibilidade
de uma vida com o Pai. A verdade que
precisamos só pode ser encontrada Nele.
Ele é a videira que frutifica, que gera vida,
inclusive, vida para nós.
APLICAÇÕES DIÁRIAS:
1. Você já tentou ter uma vida frutífera sem
Cristo?
2. Qual a importância de vivermos fixados
em Jesus?
3. O que você entende quando Cristo diz que
sem Ele não podemos fazer nada?
4. Você entende o que é estar enxertado na
videira verdadeira?
5. Os frutos da sua vida são de alguém enxertado
em Cristo?
6. Você sente-se plenamente satisfeito (a)
em Cristo?
— 23
A OBRA DO
ESPÍRITO
SANTO
TEXTO BASE:
João 16.5-11
EXPOSIÇÃO DO TEXTO: esses versículos
nos mostram a provisão divina ao enviar o
Espírito Santo. Essa ação foi necessária
tendo em vista que Cristo subiria para o Céu,
findando Seu ministério terreno.
DISCUSSÃO: por muitas vezes nos sentimos
sozinhos na caminhada cristã, temos a
sensação de que Deus está longe e inacessível,
mas a verdade é que Ele habita em nós por
meio da pessoa do Espírito Santo.
OBJETIVO: ao falar do Espírito Santo, Jesus quer
ensinar a Seus discípulos que Sua morte não era o
fim da história, pelo contrário, era o início de uma
grande jornada chamada redenção. O Espírito viria
para testificar sobre Cristo e Sua obra, seria um
grande presente para a humanidade, e a garantia
de que Deus não tinha se esquecido dos Seus.
CONTEXTO: Jesus está prestes a se entregar
como sacrifício ao Pai. Seus discípulos, desde o
capítulo 14, estão temorosos com essa partida,
mas Jesus está em todo tempo mostrando
a eles que Sua morte seria necessária para
que pudéssemos ter acesso ao Pai, para que
os discípulos não se sentissem sozinhos,
um grande consolo é apresentado a eles, a
pessoa do Espírito Santo. No capítulo 14 o
Espírito Santo já tinha sido prometido, e aqui
Sua obra é detalhada. Convencer do pecado,
da justiça e do juízo, essa é a obra do Espírito
Santo em nós. É Ele que nos convence do
grande pecado de não crer em Cristo, da
justiça que vem por meio da cruz, retirando
assim nossa ideia de justiça própria e humana
e do juízo que condenará Satanás e todos os
impenitentes no último dia, devido a todas as
injustiças praticadas na Terra por ele e por
seus seguidores.
CONCLUSÃO: a vida cristã, em todos os
seus desdobramentos, só pode ser vivida
com a inteira obra do Espírito Santo. É
ele que deixa claro que somos filhos de
Deus, que somos de Deus, selados para
um propósito. Se estamos firmes na vida
com Cristo, devemos totalmente à obra
do Espírito Santo. Sem Ele jamais teríamos
condições de nos mantermos no caminho
da Palavra de Deus. Ele é Deus, presente
em nós, age em nossa vida, assim como
fez desde toda eternidade.
APLICAÇÃO: se você se sente sozinho, sem
objetivo na vida, saiba que o Deus Espírito
Santo habita em você, guia por pastos
verdejantes, acalma o seu pensar com a
certeza de que você é filho de Deus. Se
encha do Espírito todos os dias e viva cada
vez mais perto da eternidade.
APLICAÇÕES DIÁRIAS:
1. Você se sente sozinho (a) e distante de
Deus?
2. A certeza da presença do Espírito Santo
tem sido um consolo para você?
3. Você se lembra do dia em que foi
convencido do pecado pelo Espírito?
4. Você reconhece que só está de pé devido
a ação do Espírito Santo?
5. Você pode agradecer ao Deus Espírito
Santo por tudo que Ele faz em sua vida?
6. Como é o seu relacionamento com o
Espírito Santo?
— 23
A PRISÃO
de JESUS
TEXTO BASE:
João 18.1-11
EXPOSIÇÃO DO TEXTO: essa passagem
nos evidencia um momento emblemático na
história da redenção. Jesus está prestes a ir
para a cruz, soldados prenderão o Salvador
do mundo, o Verbo encarnado, Pedro tenta
impedir, mas tudo acontece segundo o
plano soberano de Deus.
DISCUSSÃO: Judas está prestes a trair
Jesus, os soldados querem prendê-lo, Pedro
quer impedir Sua prisão, cenário ideal para
Jesus achar que as coisas estavam ruins.
Mas a verdade era que tudo isso fazia parte
da vontade de Deus. Na nossa vida também
é assim, não entendemos os meios, mas
sabemos que todas as coisas cooperam para
o bem daqueles que amam a Deus.
OBJETIVO: certa vez Jesus disse a Pilatos
que nenhuma autoridade ele teria se do Céu
não fosse dada. O texto do nosso estudo tem
como objetivo nos lembrar essa verdade.
Nada pode frustrar os planos de Deus, nem
mesmo uma situação como a que Jesus
passou. Humanamente parecia uma prisão
injusta, mas os céus estavam naquele
momento observando o Cordeiro indo para
o sacrifício que resultaria na salvação de todo
aquele que crê.
CONTEXTO: logo depois de Jesus orar por
Seus discípulos, Ele vai para um de Seus
lugares preferidos, o jardim da prensa de azeite,
jardim do Getsêmani, no Monte das Oliveiras.
Lugar que Jesus costumava orar e passar
tempo com o Pai. Naquele mesmo lugar Ele
sofreria angústias, seria preso e sofreria uma
traição terrível. Judas, soldados romanos e
do templo, tomados de ódio, justiça própria,
avareza e incredulidade cercaram o Messias,
mas Ele já estava ciente de tudo, respondendo
com um sonoro “SOU EU”, o Jesus Nazareno,
faz com que seus inimigos caiam em Terra.
Pedro tenta impedir o inevitável e com
coragem tenta defender seu Mestre, atingindo
o soldado na orelha. Jesus o exorta e mostra
a ele que nada poderia deter o que estava
prestes a acontecer, Jesus receberia o cálice
do Pai, ou seja, a ira de Deus na cruz, por amor
a você e a mim.
CONCLUSÃO: a conclusão desse texto
não poderia ser outra, a não ser a soberania
de Deus. Jesus veio para sofrer, foi o
Cordeiro profetizado nas páginas do Antigo
Testamento, veio para trazer paz aos homens
em relação a Deus. Mas isso teria um preço
muito alto para o Salvador, que diante de tanto
sofrimento, cumpriria esse projeto salvífico.
APLICAÇÃO: faça como Jesus, em momentos
difíceis, não saia do propósito pelo qual você foi
chamado. Talvez você tenha sido traído, negado
e até esteja sofrendo injustamente, mas tudo
isso faz parte da caminhada da vida cristã. Ele
está forjando seu caráter e alinhando sua vida
aos planos insondáveis. Caminhe na certeza de
que você está obedecendo a Deus, mesmo
diante das adversidades.
APLICAÇÕES DIÁRIAS:
1. Você já sofreu injustamente por fazer a
vontade de Deus?
2. Confia em Deus a ponto de não negar seu
chamado diante das lutas?
3. Você sabe lidar com as pressões que dias
difíceis nos impõem?
4. Seria capaz de proteger outras pessoas
diante das dificuldades?
5. Se a vontade de Deus for diferente da sua,
você está disposto a viver uma renúncia?
6. Qual a última vez que Deus contrariou seus
planos?
— 23
A
CRUCIFICAÇÃO
deJ ESUS
TEXTO BASE:
João 19.17-27
EXPOSIÇÃO DO TEXTO: esse é um texto
chave para nossa salvação. Cristo na cruz,
recebendo a ira de Deus, desde a terceira
hora do dia, no nosso relógio, nove da
manhã, até a nona hora, o equivalente a
três da tarde. Foi durante esse tempo que
o Santo se fez pecado por nós, para que
fôssemos feitos justiça de Deus.
DISCUSSÃO: a zombaria dos incrédulos
nessa passagem salta aos nossos olhos.
Como é triste ver que Jesus foi rejeitado e
zombado pelos Seus. É bem provável que,
como cristãos, já tenhamos sofrido, guardada
as devidas proporções, algo desse tipo,
zombaria, escárnio e humilhação por sermos
fiéis a Deus e ao Seu propósito para nós.
OBJETIVO: o objetivo deste texto é mostrar,
com certos detalhes, como foi o momento
máximo do sacrifício de Jesus. Sua crucificação
é lembrada por todos nós até hoje, como um
momento único na história. Estamos estudando
essa lição no dia de hoje justamente por esse
motivo, Jesus se fez pecado por nós, e esse
texto deixa tudo isso muito claro.
CONTEXTO: a crucificação era um símbolo
de humilhação e condenação no império
romano, na lei de Moisés simbolizada
maldição. Ali, no lugar chamado Gólgota,
ou lugar da Caveira, estava preparado o
cenário de morte para nosso Messias,
juntamente aos ladrões, Ele foi exposto a
mais profunda humilhação. Soldados sem
temor e reverência disputando Suas roupas,
judeus o rejeitando como seu rei. No fim
do texto algo impressionante, a mãe de
Jesus e João estavam ali, vendo todo esse
sofrimento, junto a Maria, mulher de Clopas,
e Maria Madalena. Jesus fita o olhar em Sua
mãe e no discípulo amado e diz que eles
agora fazem parte de uma família, e isso
tem reflexo em nossa vida também, todos
aqueles que seguem o Crucificado fazem
parte da mesma família. Somos da família
de Deus, graças à crucificação, ou seja, ao
sacrifício de Jesus.
CONCLUSÃO: Ele veio a esse mundo
justamente para essa bendita hora, por
isso os magos o presentearam com mirra
em Seu nascimento. O texto nos mostra
Seu sacrifício, o auge da Sua dor e rejeição.
Mas também o auge do plano soberano de
Deus, firmado desde a fundação do mundo.
O Santo de Deus, abandonado pelo Pai, mas
nos aproximando Dele.
APLICAÇÃO: nunca permita pensamentos
de culpa quanto aos pecados outrora
cometidos. Lembre-se sempre que foi
pago um alto preço na cruz para que
você pudesse ser chamado filho de Deus.
Leve consigo o momento do sacrifício de
Jesus, mas lembre-se sempre que se você
quiser segui-lo, precisará levar também a
sua cruz.
APLICAÇÕES DIÁRIAS:
1. Você se sente representado por Cristo na
cruz?
2. Tem ciência de que a ira de Deus era para
ser derramada sobre sua vida por causa de
seus pecados, mas Cristo livrou você de
tamanho dano?
3. Você se sente perdoado e amado quando
olha para a cruz?
4. Você já falou da mensagem da cruz para
alguém?
5. Qual a importância do sacrifício de Jesus
para você?
6. Você se sente perdoado por Deus, por
meio de Cristo?
— 23
A MORTE
de JESUS
TEXTO BASE:
João 19.28-30
EXPOSIÇÃO DO TEXTO: em apenas quatro
versículos vemos realidades fortes. Jesus em
Seus últimos momentos na cruz, algumas
de suas últimas frases tão significativas e o
momento exato de Sua morte.
DISCUSSÃO: imaginar a morte de Jesus e
seus efeitos superam a lógica e o entendimento
humano. Mas é sempre bom fazermos esse
esforço, pois não foi qualquer morte e sim uma
morte substitutiva. Imagine agora o mundo sem
a morte de Cristo, imagine o seu futuro, de seus
amigos, familiares, sem essa realidade. Glória a
Deus por esse momento que dividiu a história
em antes e depois.
OBJETIVO: esse texto nos faz confiar no
plano da redenção, ele foi consumado e tudo
foi registrado. O objetivo desses versículos
é aquilo que lemos no capítulo três, quem
crer será salvo, porém quem não crer será
condenado.
CONTEXTO: chegamos, então, na sexta-
feira da última semana de Jesus. Ele já estava
em um sofrimento na cruz por seis horas,
agora havia de fato chegado a hora de
entregar Sua vida, como Ele mesmo disse.
Inúmeras profecias se cumprem nesse
exato momento, algumas das últimas frases
de Jesus são mencionadas: “Tenho sede”,
“Está consumado”. Quando Ele, devido ao
tempo de exposição à dor, diz: “Tenho sede”,
uma bebida barata, usada pelos romanos é
oferecida a Ele em uma esponja de banheiro
público, segundo alguns comentaristas,
mas Ele rejeita. Mais alguns momentos de
sofrimento e pronto, estava consumada a
obra da cruz, a expiação e propiciação pelos
nossos pecados. Ali na cruz Ele entrega o
espírito, corpo na sepultura, espírito junto
ao pai.
CONCLUSÃO: estamos vivos, pois Ele
morreu, só temos essa honra, pois Ele abriu
mão de Sua glória, só temos uma coroa, pois
Ele recebeu uma de espinhos. O momento
mais importante da história, o momento
que nos faz voltar a Deus. A conclusão que
temos é que essa sexta-feira jamais será
esquecida, e nesse dia Jesus cumpriu o
ministério terreno como homem, sem deixar
de ser Deus.
APLICAÇÃO: leve esse momento da história
com você, por onde passar, fale Dele aos
seus filhos, assentado à mesa, andando pelo
caminho, ao deitar e ao levantar. Sem esse
dia não estaríamos aqui, não existiria igreja,
não teria vida eterna. Lembre-se sempre de
tudo isso e faça da sua vida uma morte para
esse mundo e uma renúncia diária, ou seja,
valorize a obra da cruz.
APLICAÇÕES DIÁRIAS:
1. Você de fato ama a obra da cruz?
2. Você compreende a obra da cruz a ponto
de ensiná-la para os não convertidos?
3. Reconhece que essa morte faz você viver
eternamente?
4. Confia que na cruz seus pecados foram
perdoados?
5. Qual a última vez que você se lembrou do
sacrifício de Jesus na cruz?
6. Você já agradeceu a Deus pela morte de
Jesus em nosso lugar?
— 23
A
RESSURREIÇÃO
deJESUS
TEXTO BASE:
João 20.1-9
EXPOSIÇÃO DO TEXTO: a morte de Jesus
na sexta trouxe um silêncio assustador para
os discípulos. Mas no domingo, logo pela
manhã, o som da ressurreição foi ouvido.
Essa parte da história é narrada aqui por
João, com detalhes preciosos.
DISCUSSÃO: somos capazes de crer que
a morte não é o fim? A ressurreição de Jesus
mostra que sim, a morte não é o fim, Deus é
poderoso para dar vida àquilo que outrora
estava morto. Deus é maior que a morte, amém?
OBJETIVO : uma das doutrinas mais
importantes para nossa fé, sem dúvida, é a
ressurreição de Cristo. Uma pessoa acreditar
nesse ensinamento é o objetivo desse texto.
Não tente isso com eloquência humana,
somente o Espírito Santo tem esse poder.
CONTEXTO : Maria Madalena, outras
mulheres, João, são alguns dos personagens
desse momento histórico. Não foi a primeira
ressurreição relatada na Escritura, temos
sete episódios antes da ressurreição de
Cristo, são eles: O filho da viúva de Sarepta,
O filho da Sunamita, o homem que encostou
nos ossos de Elizeu, a filha de Jairo, o filho
da viúva de Naim, Lázaro e os santos em
Jerusalém dada a morte de Cristo. Mas a de
Jesus é a mais importante e singular, pois
é ela que garante as demais ressurreições.
Ele foi o único a ressuscitar e não morrer
novamente, o único também a ressuscitar
e receber um corpo glorificado. No texto
lido, mesmo sem presenciar o momento da
ressurreição, os sinais vistos pelos discípulos
já eram suficientes para eles crerem nesse
extraordinário milagre. Jesus não estava ali,
os lençóis sim, o lenço sim, mas o Messias
não, o Rei dos reis já estava em glória e
apareceria para eles em breve.
CONCLUSÃO: os sinais da ressurreição
de Jesus romperam com a desconfiança
e o medo das mulheres e dos discípulos.
No momento em que avistaram o
sepulcro vazio, mesmo sem entender
completamente as promessas feitas por
Jesus, o discípulo amado creu, e é isso que
importa. Ele creu, e nós também cremos,
JESUS RESSUSCITOU!
APLICAÇÃO: aquilo que está morto, só Deus
tem poder para ressuscitar. Ele fez isso com
Seu Filho para que tivéssemos vida e vida
em abundância, o Deus que você serve é o
Deus de novos começos, de novas etapas,
de novas fases, de ressurreição. Creia nisso,
creia que o Filho de Deus está vivo e que
você também ressuscitará um dia, a morte
não vencerá, pois ela será destruída por Jesus
na sua segunda vinda.
APLICAÇÕES DIÁRIAS:
1. Você é capaz de engrandecer a Deus neste
momento devido à ressurreição de Jesus?
2. Consegue compreender que o poder de
Deus não tem limites?
3. Entende que a ressurreição de Jesus
garante a você uma vida eterna ao lado de
Deus?
4. Você vive a realidade da ressurreição no
seu dia a dia?
5. Quais são os sonhos ou planos que Deus
precisa ressuscitar em sua vida?
6. Você crê que Jesus ressuscitou dos mortos?
— 23
Q UEBRANDO
AS PORTAS
do MEDO
TEXTO BASE:
João 20.19-23
EXPOSIÇÃO DO TEXTO: Jesus aparece
aos discípulos, com provas incontestáveis da
sua ressurreição. O medo dá lugar a alegria,
esperança, capacitação para o apostolado
e autoridade ministerial.
DISCUSSÃO: por uma ação divina, Cristo
mudou a situação dos discípulos, Ele foi até
eles e os impulsionou para o restante da
jornada. Muitas vezes Cristo faz isso conosco,
quando estamos tristes, medrosos e sem
esperança, Cristo nos surpreende, mostra o
tamanho do Seu poder, mostra que Ele está
vivo e nos capacita para a continuação da
jornada. Lembra-se da última vez que isso
aconteceu com você?
OBJETIVO: a morte não o deteve, a sepultura
foi pequena demais para Ele, o objetivo maior
seria alcançado, mostrar aos discípulos que
todas as promessas sobre a ressurreição
haviam se cumprido, e que eles seriam
aqueles que continuariam a obra na Terra.
CONTEXTO: essa é uma das inúmeras vezes
que Jesus apareceu glorificado durante um
período de 40 dias após Sua ressurreição. Ele
também apareceu aos discípulos no caminho
de Emaús, a Pedro, na pesca maravilhosa e
etc... Especificamente aqui, aqueles que o
haviam negado e fugido ouvem do nosso
Mestre: “Paz seja convosco”. Uma paz que
excede todo entendimento, uma paz com
Deus e um desejo profundo e sincero de que
todas as áreas da vida dos discípulos fossem
abençoadas. A alegria tomou conta de todos
eles, não poderia ser diferente, o Cristo estava
ali e está vivo para todo o sempre. Quando
Jesus sopra sobre eles o Espírito Santo, temos
um sinal claro do apostolado se tornando real.
Agora eles estavam sendo enviados para
serem testemunhas e autoridades nessa
nova etapa que se iniciava. Antes da festa
de Pentecostes, que aconteceu em Atos 2,
Jesus dá a capacitação a eles, e tudo isso se
confirmaria e tornaria ainda mais claro no dia
de Pentecostes.
CONCLUSÃO: os discípulos receberam mais
uma bênção, mais um privilégio, eles foram
testemunhas da ressurreição de Cristo, e
comissionados por Jesus para a grande
comissão. A paz que Jesus deixou com eles,
por duas vezes no texto, nos ensina que esse
deve ser o nosso desejo para com todos que
encontrarmos, essa é a nossa missão, levar
a paz de Cristo a todos para os quais formos
enviados.
APLICAÇÃO: não existe medo que seja
maior do que a certeza de Cristo e Sua paz
conosco. Cada um sabe a realidade que vive
e os desafios que encontram, mas uma coisa
é certa, todos temos esse Jesus conosco
até a consumação dos séculos, e isso nos
ajuda a continuar. Ele também nos deu o
Espírito Santo, Ele também nos capacitou
para o ministério. Então não é hora de parar.
Prossiga, continue, enfrente o medo, vá com
a força do nosso Deus e não olhe para trás.
APLICAÇÕES DIÁRIAS:
1. Qual o seu maior medo?
2. Jesus já surpreendeu você quando não
tinha mais esperança?
3. O que Ele capacitou você para fazer no
ministério?
4. Você vive essa paz que Jesus deixou com
Seus discípulos?
5. Você se sente capacitado por Deus para
o ministério?
6. Você já foi surpreendido por Jesus alguma
vez?
— 23
A PESCA
MARAVILHOSA
TEXTO BASE:
João 21.1-14
EXPOSIÇÃO DO TEXTO: depois de negar
Jesus, Pedro se sente impotente e pretende
voltar para sua vida anterior, ele volta para a
Galileia no intuito de pescar. Como Pedro era
uma liderança natural entre os discípulos, os
outros o seguem.
DISCUSSÃO: inúmeras vezes no ministério,
temos a vontade de voltar para a velha vida,
afinal, é mais fácil, exige menos e não nos
pressiona tanto. Porém, isso é impossível,
pois aquele que coloca a mão no arado não
pode mais olhar para trás. Você já se sentiu
assim, ou conhece alguém que já pensou
em desistir?
OBJETIVO: essa passagem nos ensina que
se fomos marcados e chamados por Cristo,
não teremos mais sucesso em outras vidas.
A vida que temos é aquela que o Senhor
Jesus nos comissionou e ordenou. Isso
aconteceu com Pedro e fica ainda mais
evidente na próxima lição.
CONTEXTO: todos os discípulos, exceto
Judas Iscariotes, eram da Galileia. Alguns
eram pescadores, assim como Pedro,
que conheceu o Senhor Jesus justamente
enquanto pescava, conforme lemos em
Lucas capítulo 5. Depois de dias turbulentos,
traições, negações, prisões, os discípulos
estão desanimados, tristes e inconsoláveis.
Pedro decide voltar para a Galileia, e os
outros o seguem. Porém a sua pescaria
não foi bem-sucedida, pois não era para
aquilo que Cristo tinha o chamado. Quando,
cansados da pescaria, os discípulos se
sentem entristecidos, Jesus aparece a eles e
opera mais um de Seus sinais maravilhosos.
Cento e cinquenta e três grandes peixes
foram pescados depois da ordem de Jesus
para lançarem as redes ao mar da Galileia,
que também é conhecido como mar de
Tiberíades ou lago de Genesaré. João, o
discípulo amado, percebe que era o Cristo
e aponta para Pedro, que sai correndo para
encontrá-lo.
CONCLUSÃO: Jesus já havia dito que se
manifestaria aos discípulos na Galileia, para
lá eles foram com o intuito de voltar para a
vida que tinham antes de conhecer o Mestre.
Mas Cristo rompe essa tentativa mostrando
a eles que Ele estava vivo e que ainda tinha
compromisso com os Seus. Pedro, João e
os demais são testemunhas de mais um
milagre escandaloso e mais uma vez se
rendem a Cristo.
APLICAÇÃO: não desista do seu ministério,
do seu chamado, não tente olhar para trás, é
Ele quem começou a boa obra em você e é
Ele quem a completará. Tão somente fique
firme e corajoso, se apegue à palavra que Ele
deu a você. Não desista pelos seus erros e
falhas, ainda existem novas oportunidades
e seu ministério não morreu.
APLICAÇÕES DIÁRIAS:
1. Você já sentiu vontade de parar com seu
ministério?
2. Já tentou voltar para a vida que tinha antes
de Cristo?
3. Você acha que alguém chamado ao
ministério pode abandonar seu ofício?
4. Por qual erro ou falha você pensou em
desistir?
5. Cristo já demonstrou que Ele ainda conta
com você?
6. Você tem influenciado pessoas a desistirem
ou a continuarem?
— 23
A
RESTAURAÇÃO
de PEDRO
TEXTO BASE:
João 21.15-19
EXPOSIÇÃO DO TEXTO: depois da pesca
maravilhosa, Jesus chama Pedro à parte para
uma conversa restauradora. O mesmo Pedro
que havia negado, agora será chamado por
Jesus para apascentar Suas ovelhas.
DISCUSSÃO: como é lindo ler sobre a
restauração de Pedro, mas a pergunta que
fica é: e se Pedro fosse nosso líder hoje,
aceitaríamos sua restauração? E se fôssemos
nós? Voltaríamos para o ministério?
OBJETIVO: graças a Deus por esse texto
nas Escrituras. Ele é a prova maior de que
não existe ministério tão arruinado que não
possa ser reerguido pelo poder do nosso
Senhor Jesus Cristo. Tendo isso em mente,
encontramos o objetivo dessa passagem.
CONTEXTO: essa já era a terceira vez que
Jesus se manifestava aos Seus discípulos
após a ressurreição. Nessa, que chamamos
de pesca maravilhosa, Jesus tem que, dentre
outros objetivos, restaurar o ministério de
Pedro. Por três vezes Jesus pergunta a Pedro
se ele o amava de forma sacrificial, mas o
amor que Pedro podia dar não era tão forte
assim, a palavra grega sugere um amor
fraternal, de amigos e não sacrificial, como foi
a pergunta de Jesus. Mesmo assim, Cristo o
confia Suas ovelhas e um ministério pastoral
no primeiro século. Pedro aprendeu isso tão
bem, que na sua primeira carta, no capítulo
5, ele ensina como deve ser a postura de um
pastor genuíno. Nos dois últimos versículos
dessa passagem, Jesus mostra a Pedro que
o discípulo não tinha mais controle sobre
sua vida. Pedro é avisado que seria morto
por causa da pregação do evangelho e,
segundo a história, isso aconteceu sendo
ele crucificado de cabeça para baixo. Depois
da restauração ministerial e da chamada
ao martírio, Jesus diz: “Segue-me”. Que
maravilhoso encontro! Que emocionante
conversa! Que rica oportunidade!
CONCLUSÃO: Pedro era um escolhido, um
amado por Jesus. Satanás, certa vez, quis
peneirá-lo como trigo, mas Jesus rogou
por ele. Pedro não conseguiria ficar longe
do chamado pastoral, do apostolado, pois
foi para isso que ele nasceu, para isso ele
foi comissionado, e mesmo diante do erro
da negação, por três vezes, Jesus o traz
novamente ao seu propósito original.
APLICAÇÃO: nunca desista do seu chamado.
A vida do cristão é marcada por erros e acertos.
Se você errou, caiu, mas ama verdadeiramente
o Senhor e, de fato, é um nascido de novo, Ele
tem poder para restaurar sua vida, família e seu
ministério. Não pense em voltar a pescar, não
pense em largar tudo, Jesus está chamando
você sempre para a Seara. Ele decidiu usá-lo
e assim será até a consumação dos séculos.
Creia nisso e frutifique!
APLICAÇÕES DIÁRIAS:
1. Você está com o ministério por um fio e
acha que não tem mais jeito?
2. Se Jesus perguntasse a você o que
perguntou a Pedro, qual seria a resposta?
3. Se Jesus lhe convidasse para o martírio,
você estaria disponível?
4. Você precisa de restauração ministerial?
5. Você tem ouvido a voz de Cristo?
6. Como anda o seu amor por Jesus?