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2° Fórum de debate
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2° Fórum de debate
Terça-feira, 20 de fevereiro de 2024, 14h18
Número de respostas: 9
Caro(a)estudante,
Este é o 2 ° Fórum de debate que vai decorrer no período de 08 a 29 de Abril de 2024 às
23:59 e para uma participação activa recomenda-se a leitura de obras e artigos de apoio
indicados na disciplina bem como outras fontes de pesquisa sobre o tema!
Sua realização é obrigatória , pois é um fórum avaliativo com uma pontuação máxima de 7
valores.

TEMA DE DEBATE:
A prática didáctica – Pedagógica da Geografia; a Geografia escolar e a construção da
cidadania
Os temas acima anunciados abordam sobre as práticas didáticas - pedagógicas da
geografia no sentido desta contribuem para a construção da cidadania no cotidiano. Com
base nas ideias dos autores que constam na bibliografia, faça uma reflexão sobre as
práticas didáticas - pedagógicas que devem ser usadas no ensino de geografia para a
construção da cidadania
Referências bibliográficas
Cavalcanti, LDS (2008). A cidadania, o direito à cidade e a geografia escolar – elementos
para o estudo do espaço urbano. __). A Geografia escolar e a cidade. Campinas, SP:
Editora Papirus .
Brito-ID, DG, de Melo, JAB, & da Silva, GC O Ensino de Geografia: Trabalhando Relevo
através das categorias geográficas, lugar e paisagem.
Zizemer, JS (2006). A construção da cidadania na escola pública: avanços e
dificuldades. Passo Fundo .
Deon, AR e Callai, HC (2018). A educação escolar e a geografia como possibilidades de
formação para a cidadania. Revista Contexto & Educação , 33 (104);
Costa, MIS e Ianni, AMZ (2018). O conceito de cidadania. Individualização, cidadania e
inclusão na sociedade contemporânea: uma análise teórica [online]. São Bernardo do
Campo, SP: Editora UFABC , 43-73.
Campos, AC (2010). Metodologia do ensino de geografia. São Cristóvão: Universidade
Federal de Sergipe, CESAD .
Santos, AMD e Busato, RE (2021). A didática e o ensino da geografia: um olhar sobre a
prática docente e a aprendizagem.

Para participar deve selecionar em " Responder ", a opção está localizada no canto inferior
direito do retângulo referido, e para finalizar, deve selecionar em " Submeter ".

Conto com a participação de todos!

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Assunto: 2° Fórum de debate


por Bruno Jone José Bento -Quinta-feira, 4 de abril de 2024, 18h44
A prática didáctica – Pedagógica da Geografia; a Geografia escolar e a construção da
cidadania

A prática didática – Pedagógica da Geografia


Segundo Santos, Busato, (2001) A Geografia é muito complexa e bastante abrangente, uma vez
que está envolvida em importantes assuntos humanos e naturais. A sua abordagem está
relacionada aos conceitos, associados aos conteúdos treinados em Geografia, torna os
instrumentos para a aprendizagem eficaz e permite compreender mais eficazmente a sociedade.

Na mesma senda Santos, Busato, (2001) afirmam que no âmbito da disciplina de Geografia,
existem muitos materiais disponíveis para os alunos e professores que podem ser utilizados
como ferramentas didáticas, para contribuir nas pesquisas e conteúdos em sala de aula. Na qual
citou alguns exemplos como os chamados Recursos Educacionais Abertos (REA), que podem
incluir: textos, livros, planos de aula, jogos, imagens, vídeos ou áudios, softwares e jogos,
imagens. Uma das plataformas mais acessadas é a “Recursos Adicionais com licença Aberta”
(REliA).

A discussão sobre o papel da didática no processo de ensino - aprendizagem leva-nos a refletir


sobre uma educação acessível a todos e que respeite as suas especializações. Partindo dessa
análise, torna-se necessária uma mudança na transmissão de conhecimentos no âmbito escolar,
realizando uma reformulação do ato educativo, que busca despertar a criticidade dos cidadãos
em face à realidade.(SANTOS, BUSATO, 2001)

Para Santos, Busato, ( 2001) É imperioso sobre porque a Geografia contribui para a formação de
seus educandos, adaptando o desenvolvimento de uma consciência crítica, voltada ao respeito
dos acontecimentos mundiais, correlacionando com a configuração do espaço geográfico,
reconhecendo as contradições e os conflitos econômicos, sociais e culturais , facilitando o
comparativo da vida, seus hábitos, formas de utilização e/ou exploração de recursos e pessoas,
em busca do respeito às diferenças e de uma organização social mais igualitária.

Segundo Freire (1979) discorda que atualmente há uma concepção de que a educação é um
elemento de transformação social, e para que isso ocorra, é necessário fazer uma reflexão
pedagógica, na qual procure questionar essa visão tradicional.

Para Santos, Busato (2001) Tornasse primordial fazer ligações com os conhecimentos que o
aluno tem aprendido no dia a dia e o conhecimento científico. Porém, esta lacuna ainda aberta,
constitui um desafio para o professor, mas, para que haja ensino e aprendizagem de Geografia,
esse aspecto se faz cada vez mais basilar.

A didática para ostentar um papel significativo na formação do educador não poderá aumentar-
se e dedicar-se apenas ao ensino de meios e mecanismos, pelos quais desenvolvem um processo
de ensino-aprendizagem. É preciso criar um modelo crítico com práticas educativas
homologadas a um projeto histórico, que não será construído tão somente pelo educador, mas,
por ele conjuntamente com os educandos e outros membros dos diversos setores da sociedade.
(SANTOS, BUSATO, 2001)

Geografia escolar e a construção da cidadania

De acordo com Cavalcanti, (2008) O ensino de Geografia contribui para a formação da


cidadania através da prática de construção e conhecimento de conhecimentos, habilidades,
valores que ampliam a capacidade das crianças e os jovens compreendem o mundo em que
vivem e vivem, numa escola organizada como um espaço aberto e vivo de culturas. O exercício
da cidadania na sociedade atual, por sua vez, requer uma concepção, uma experiência, uma
prática - comportamentos, hábitos, ações concretas de cidade. A vida nas cidades é cada vez
mais um fato mundial, pois a partir de um certo momento histórico, toda a sociedade passa a ser
organizada em função do espaço urbano. Sendo assim, a cidade torna-se tema importante a ser
trabalhado na escola fundamental, num projeto de formação da cidadania. A escola, porém, não
é a única instância de formação de concepções e práticas da cidade, habilidades básicas no
exercício da cidadania. As práticas de organização e gestão da cidade, os resultados dessas
práticas e a própria experiência cotidiana também são formadores de cidadania. Em outras
palavras, o cidadão se torna cidadão com a contribuição de várias instâncias, destacando-se a
escola. A escola (o conhecimen-to), por ser um lugar dedicado ao trabalho com o conhecimento
e com atribuição de contribuições, pode ser uma instância histórica ou lugar de encontro e
confronto entre as diferentes fontes de concepção e prática da cidade (o saber ou conhecimento
científico e o saber cotidiano).
De acordo com Lefebvre, (1991) A cidade é um livro escrito que precisa ser decifrado por seus
cidadãos e a escola tem um papel importante nesse sentido.

Na mesma senda Cavalcanti, (2008) afirma que no ensino de Geografia, o tema da cidade já
integra o conteúdo curricular de nível fundamental, seja na I a fase, com o estudo do bairro e do
município, seja na 2a fase, com o estudo do processo de urbanização da sociedade brasileira e
mundial e com o estudo do conceito de cidade e espaço urbano. Nos últimos anos, hoje, esse
tema foi adquirido com relevância nas propostas curriculares, em virtude da preocupação com a
vinculação entre os conteúdos sistematizados e os conteúdos da vida cotidiana do aluno e de sua
cultura. Essa relevância aparece, por exemplo, na proposta político-pedagógica "Escola para o
século XXI" da Secretaria Municipal de Educação de Goiânia, que tem como projeto temático
"a cidade e a cidadania" (1998). Hessa proposta, a relação cidade e cidadania é eixo temático da
proposta curricular, e não apenas de Geografia, o que aponta para o reconhecimento do caráter
interdisciplinar do estudo da cidade.
Referência Bibliográfica

Cavalcanti, LDS (2008). A cidadania, o direito à cidade e a geografia escolar – elementos para o
estudo do espaço urbano. São Paulo, Brasil

Freire, P. (1979) Educação e mudança. Rio de Janeiro, Brasil

Lefebvre, H. (1991) O direito à cidade. São Paulo, Brasil

Santos, AMD, Busato, RE (2021). A didática e o ensino da geografia: um olhar sobre a prática
docente e a aprendizagem.

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Assunto: 2° Fórum de debate


por Arminda Raul -Quinta-feira, 4 de abril de 2024, 20h48
AS PRÁTICAS DIDÁTICAS PEDAGÓGICAS USADAS NO ENSINO DE GEOGRAFIA
PARA A CONSTRUÇÃO DA CIDADÂNIA
O ensino de Geografia contribui para a formação da cidadania através da prática de construção e
informações de conhecimentos, habilidades, valores que ampliam a capacidade de crianças e
jovens compreenderem o mundo em que vivem e atuam, numa escola organizada como um
espaço aberto e vivo de culturas. Assim, as práticas didáticas pedagógicas são importantes para
o ensino da Geografia e para a construção da cidadania. Algumas dessas práticas Segundo
Santos, e Busato, (2021), podem incluir:
eu. Ensino contextualizado : é importante que o ensino de Geografia esteja contextualizado à
realidade dos alunos, considerando suas experiências, saberes e vivências, a fim de tornar o
processo de aprendizagem significativo.
ii. Aprendizagem problematizadora: além de transmitir conteúdos, é importante que o ensino
da Geografia também promova a reflexão crítica sobre a realidade social e ambiental. Isso pode
ser feito utilizando diferentes metodologias, como debates, rodas de conversa, pesquisa de
campo, entre outras.
iii. Uso de tecnologias educacionais: as tecnologias educacionais podem ser uma ferramenta
importante para promover o ensino da Geografia de forma mais interativa e participativa. Por
exemplo, o uso de softwares de geoprocessamento, mapas interativos e jogos educativos.
4. Educação ambiental crítica: a Geografia tem um papel importante na construção de uma
consciência ambiental crítica. O ensino da Geografia pode promover a compreensão das
relações entre sociedade e ambiente, como a utilização de recursos naturais, a produção de
resíduos e a poluição.
v. Incentivo à participação dos alunos: é importante incentivar a participação dos alunos em
ações que promovam a cidadania, como campanhas de arrecadação de alimentos, coleta seletiva
de lixo, entre outras.
Para os autores, essas são algumas das práticas didáticas pedagógicas que podem ser utilizadas
no ensino de Geografia para a construção da cidadania. O importante é que o ensino seja
voltado para a promoção do pensamento crítico e a participação social dos alunos, evoluindo a
formação de cidadãos conscientes e comprometidos com o mundo em que vivem.
Consta e Lanni, (2018), salientam que:
Existe uma grande relação entre a cidadania e o espaço por ser no segundo que ocorre as
relações. Para os autores, um cidadão deve participar de todos os acontecimentos, tendo
conhecimento já que ele não é meramente um objeto, mas sim um sujeito sonoro e receptível a
mudanças. Portanto, para exercer a cidadania plena, os indivíduos devem ter uma vivência de
direitos e devemer em relação a si mesmos e à sociedade em geral, e se tal relação é suscetível
de localização, caberá à Geografia um papel na formação do cidadão.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Costa, MIS e Ianni, AMZ (2018). O conceito de cidadania. Individualização,
cidadania e inclusão na sociedade contemporânea: uma análise teórica [online]. São Bernardo
do Campo, SP: Editora UFABC , 43-73.
Santos, AMD e Busato, RE (2021). A didática e o ensino da geografia: Um olhar
sobre a prática docente e a aprendizagem.

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Assunto: 2° Fórum de debate


por Antonio Basílio Manuel -Quinta-feira, 4 de abril de 2024, 21h10
A prática didática – Pedagógica da Geografia
Falar da questão didático-pedagógica da Geografia escolar nos remete a uma reflexão em torno
das sérias críticas por qual passa seu ensino, como, aliás, acontece com o ensino em geral.
Deve-se a isto à postura tradicional da Geografia e do professor, que consideramos como
importante, no processo educativo: os dados, as informações, o elenco de curiosidades, os
conhecimentos gerais, as localizações, enfim, o conteúdo acessório, como lembra- nos Brabante
(1989).
Discurso descritivo, até determinista, a Geografia na escola elimina, na sua forma constitutiva,
toda preocupação de explicação. A primeira preocupação é descrever em vez de explicar;
inventariar em vez de analisar e interpretar.
Essa característica é reforçada pelo enciclopedismo e avança no sentido de uma despolitização
total. Esse escopo, herdado do século XIX, interfere no caráter propedêutico de uma Geografia
externa para a cidadania, pois não consegue formar e manter conceitos geográficos válidos
cientificamente e relevantes socialmente, existindo um predomínio forte de um ensino alinhado
com apenas uma orientação paradigmática da Geografia e , em muitas situações didáticas
verifica-se:
 A negligência em relação ao ensino da Geografia Física em favor de uma maximização
da Geografia Humana;
 A negligência – na verdade, o desaparecimento quase completo de sala de aula e dos
livros didáticos – da Geografia Regional, em termos da caracterização e da descrição
das macro-regiões do mundo;
 Descanso – quando não abandono completo – de práticas cartográficas e, até mesmo,
do uso de Atlas, como também, uma das técnicas de tratamento computacional das
informações geográficas (geoprocessamento – SIG), existindo, portanto, um atraso
necessário.
A prática didático-pedagógica da Geografia escolar segue um modelo curricular fragmentado e
conteudístico, permeado de práticas centralizadoras do saber e do fazer educativo. Essa
manifestação, expressão funcional de um arbitrário cultural, própria de determinados grupos,
assegura um processo educativo anti-histórico e vicioso que não consegue atingir as vicissitudes
da lógica da territorialidade do lugar construído pelos sujeitos que o cercam.
Esse conjunto de informações, caóticas, unilaterais, travestido de conteúdo de ensino, incide
fortemente na formação do imaginário social que constitui a cidade. Como essa produção é
frequentemente inocentada na teia dos discursos sociais e educativos, não consegue interagir
com a complexidade da sociedade, do mundo, de seu conhecimento e simbologias subjacentes
necessitando de interlocução, reflexão e análise dos perigos e possibilidades que essa realidade
nos traz. É urgente que o ensino da Geografia possa contribuir para o exercício de uma
cidadania efectiva.
A Geografia escolar e a construção da cidadania
As contribuições conceituais, teórico-epistemológicas da História e da Geografia, quando
consideradas na educação escolar, possibilitam essa construção. O fornecimento didáctico-
pedagógico de conceitos geográficos e articulações, facilitam a compreensão do mundo, dos
complexos problemas da vida e do homem em sociedade.
Para um efectivo exercício da participação há que se fornecer caminhos para que a pessoa possa
escolher aquele que for compatível com seus valores, sua visão de mundo e com as
circunstâncias adversas que cada um irá encontrar. Nessa perspectiva o desenvolvimento de
conceitos geográficos, quais sejam:
 Relações entre presente-passado-futuro;
 Diferenças e semelhanças;
 Continuidade e simultaneidade;
 Ritmos de duração, conjunturas e estruturas;
 Memória, identidade, subjectividade e cidadania;
 Espaço;
 Paisagem;
 Lugar, território;
 Escala;
 Redes
Isso ajuda aos sujeitos educativos a tomar consciência de si mesmos, dos outros e da sociedade
nas mais diversas relações que se possam estabelecer na sociedade.
É na apreensão destes conceitos que os sujeitos aceitam-se a si e aos outros como uma
totalidade social que liga o todo com as partes e vice-versa e percebem que sua acção activa é
imprescindível para transformar a realidade, contribuindo para a construção de uma sociedade
democrática que sabe ver, que sabe julgar, e que, de uma certa maneira sabe ser.
É mais do que necessário que no processo de ensino-aprendizagem da Geografia
quotidianamente se possa contemplar a emergência de uma realidade mais justa, pelos novos
significados que se constroem na vida dos sujeitos.
Alfabetizar o aluno, ensinando-o a ler a realidade e a situar-se nela, bem como estar no mundo
de forma consciente, é uma forma de se conhecer como ser social e construtor do seu espaço,
pois é pela apropriação do espaço nas materializações diversas e de todas as ordens, próximas
ou distantes, que poderemos transformá-lo e dispor de uma melhor qualidade de vida, no
concernente à cidadania.
Referencias bibliográficas
Mubango, J. (s/d), Didáctica de Geografia II,CED-UCM

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Re: 2° Fórum de debate
by Anicete Lopes - Friday, 5 April 2024, 6:10 PM
Tema de debate: A práticas didácticas pedagógicas que devem ser usadas no ensino da
geografia para construção da cidadania
Borges (2001) afirma que, acerca dos deveres e da cidadania, para exercer a cidadania plena, os
indivíduos devem ter uma vivência de direitos e deveres em relação a si mesmos e à sociedade
em geral, e se tal relação é suscetível de localização, caberá à Geografia um papel na formação
do cidadão.
Formar o aluno cidadão não significa domesticá-lo, instruindo-o a cumprir seus deveres e a
elencar os seus direitos. É necessário ir além, é necessário formar a criticidade do aluno sujeito,
capaz de fazer uma análise da realidade que o cerca, dos lugares da experiência, não só
reduzindo a experiência aos lugares e tempos próximos, como também correlacionando aos
outros espaços-tempos. (Borges, 2001, p. 86).
É papel do professor, não só o constante repasse de conteúdo, mas também a transformação
deste em ensino geográfico, trabalhando a qualidade das informações e propiciar ao aluno a
transformação de conteúdo em saber, informação em formação e utilizar os aprendizados em
benefício próprio e também do outro.
A Geografia e a aprendizagem da mesma tem a finalidade de ir em busca de empreendimentos
que não prejudiquem a cidadania, pois a mesma é composta por estudos do espaço e as
condições de espacialidade. Mas, para conscientizar o aluno acerca da cidadania e sua obtenção,
não é necessário apenas ajustá-lo. É necessário tomar conhecimento do meio, reconhecer os
factos e acontecimentos, exercitar a crítica e traçar as possibilidades alternativas dos objectivos
que se quer alcançar. (Moran, 1998, p. 64).
Consideramos a Geografia de extrema importância nesse âmbito, por essa, ser uma ciência que
estuda o espaço onde as relações sociais acontecem. Deve-se destacar que a prioridade é levar o
aluno a relacionar sua realidade com o que está sendo ensinado, para que assim reconheça seu
papel na sociedade e tenha interesse discente. (Moran, 1998, p. 64).
Resumindo, A partir desta visão é possível destacar que a educação o prazer estão
completamente vinculados, pois a educação pode ser tranquilamente adquirida através de
actividades prazerosas. Brincar e jogar são exercícios prazerosos da realidade e através deles é
possível adquirir e estabelecer regras básicas de convivência, mudando aos educadores, os
educandos e a sociedade. O professor deve enriquecer qualquer atividade, fazendo novos
personagens e situações, onde o interesse aumente pela criança e assim consiga criar a
possibilidade de uma interessante aprendizagem.

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Re: 2° Fórum de debate


by Berta Virgilia Olinda Abudo - Friday, 5 April 2024, 7:52 PM
Práticas didáctico-pedagógicas de Geografia escolar e a construção da cidadania
O conceito de ensino reveste-se de grande importância, pois, o modo como os professores
entendem o que é ensinar repercurte directamente em suas acções na sala de aula. As
actividades empreendidas pelo docente em sala de aula dependem do modo como este as vêm,
deste modo, se o professor tiver ideias estranhas e esquisitas sobre o que é ensinar, será provável
que, sob esse nome, faça coisas estranhas e esquisitas. Um dos requesitos mais importantes para
um professor é seguramente ter uma noção clara da natureza da actividade central em que está
profissionalmente envolvido.
Reflectir de que forma a falta de compromisso didáctico pedagógico do professor de Geografia
compromete a aquisição dos conhecimentos básicos, para apreender os conteúdos programáticos
desenvolvidos na proposta pedagógica da escola, visa ainda evidenciar a relevância da
utilização de práticas e actividades didáctico-pedagógicas que viabilizem o processo de
aprendizagem.
Certamente que o ensino é um ofício universal. E esse ofício não somente possui uma longa
história, pois suas origens remontam à Grécia Antiga, mas tem um papel fundamental em nossas
sociedades contemporâneas. Embora ensinar seja um ofício exercido em quase toda a parte do
mundo, e sem interrupção desde a Antiguidade, ainda se sabe muito pouco a respeito dos
fenômenos que lhes são inerentes. O conhecimento desses elementos do saber profissional
docente é fundamental e pode permitir que os professores exerçam seu ofício com muito mais
competência.
Compreender a profissionalização da docência implica o reconhecimento do trabalho do
professor como uma prática social e como trabalho interactivo que envolve aspectos internos e
externos à sua accao docente (TARDIF apud AZEVEDO, 2007). A dimensão interna do trabalho
docente define o que a literatura chama de profissionalidade da docência. O termo delimita o
campo teórico que busca identificar e legitimar um corpo de saberes, competências, atitudes,
valores e normas para a profissão docente (AZEVEDO, 2007).
É importante ainda enfatizar que cada aula tenha uma metodologia específica, numa perspectiva
de tornar atrativos os conteúdos abordados sem incorrer numa mera transmissão de conteúdos e
informações. A aula seja um momento de interacção entre as professoras e os alunos, em que
todos tenham sua participação no processo de aprendizagem mediante o estabelecimento do
diálogo e problematizando constantemente os conteúdos, pois ao problematizar na expressão de
autores, o professor tem a tarefa de ir abrindo novos caminhos de compreensão. Para entender e
enfretar os desafios na sociedade.
Isto nos faz reflectir que as inúmeras pesquisas realizadas na área educacional nos últimos anos
objectivaram definir um repertório de conhecimentos para a prática pedagógica, estes estudos
podem ser interpretados como incentivos para que o docente se conheça enquanto docente, e
como tentativas para identificar os constituintes da identidade profissional e de definir os
saberes, as habilidades e as atitudes envolvidas no exercício do magistério.
Essa nova perspectiva considerava que não basta explicar o mundo, é preciso transformá-lo.
Assim, a Geografia ganha conteúdos políticos que são significativos na formação do cidadão.
Para o ensino, essa perspectiva trouxe uma nova forma de interpretar as categorias do espaço
geográfico, e influenciou a partir dos anos 80 uma série de propostas curriculares voltadas para
uma construção crítica e racional.
As sucessivas mudanças e debates em torno do objecto e método da Geografia como ciência,
presentes no meio acadêmico, tiveram repercussões diversas na educação básica. Nos aspectos
positivos, foram um estímulo para a inovação e a produção de novos modelos didácticos; e nos
aspectos negativos, pois a rápida incorporação das mudanças provocou a produção de inúmeras
propostas didácticas, descartadas a cada inovação conceitual e, principalmente, sem que
existissem acções concretas para que realmente atingissem o professor em sala de aula,
sobretudo o professor das séries iniciais que, sem apóio técnico e teórico, continuou e continua,
de modo geral, a ensinar Geografia apoiando-se apenas nas descriçoes dos factos e ancorando-
se quase que exclusivamente no livro didáctico.
Para tentar resolver esta problemática as abordagens actuais da Geografia têm buscado políticas
pedagógicas que permitam apresentar aos alunos os diferentes aspectos de um mesmo fenômeno
em diferentes momentos da escolaridade, de modo que os alunos possam construir
compreensões novas e mais complexas a seu respeito. Para tanto, é fundamental que o professor
crie e planeje situações nas quais os alunos possam conhecer e utilizar esses procedimentos.
Desta forma, depreende-se que compete ao professor e, sobretudo as práticas que este
desenvolve em sala de aula para que tal propósito seja alcançado.
Contudo, a Geografia escolar, movida pelo propósito de tornar público os avanços no processo
de ensino-aprendizagem a partir da articulação entre os conteúdos de Geografia e os
procedimentos didáctico-pedagógicos, é que se pode garantir a construção da cidadania.
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Re: 2° Fórum de debate


by Aziza Abudo Giramo - Saturday, 6 April 2024, 4:14 PM
A PRÁTICA DIDÁCTICA – PEDAGÓGICA DA GEOGRAFIA ; A GEOGRAFIA ESCOLAR
E A CONSTRUÇÃO DA CIDADANIA

A prática didáctico-pedagógica da História e da Geografia escolar segue um modelo curricular


fragmentado e conteudístico, permeado de práticas centralizadoras do saber e do fazer
educativo. Essa manifestação, expressão funcional de um arbitrário cultural, próprio de
determinados grupos, assegura um processo educativo anti-histórico e vicioso que não consegue
atingir as vicissitudes da lógica da territorialidade do lugar construído pelos sujeitos que o
cercam.

Esse conjunto de informações, caóticas, unilaterais, transvestido de conteúdo de ensino, incide


fortemente na formação do imaginário social que constitui a cidade. Como essa produção é
frequentemente inocentada na teia dos discursos sociais e educativos, não consegue interagir
com a complexidade da sociedade, do mundo, de seu conhecimento e simbologias inerentes
necessitando de interlocução, reflexão e análise dos perigos e possibilidades que essa realidade
nos traz. É urgente que o ensino da Geografia possa contribuir ao exercício de uma cidadania
efectiva.
É no reconhecimento da condição de “sujeitos” que promovemos o acto da leitura e da
interpretação da história quotidiana, como aborda De Certeau. Assim, poderemos renunciar as
prescrições atribuídas por quem manipula o que os outros devem ou não pensar. Não podemos
mais olhar para as práticas curriculares da Geografia escolar com a mesma inocência de antes.

A esse propósito Tomaz Tadeu da Silva afirma: o currículo tem significados que vão além
daqueles aos quais as teorias tradicionais nos confinaram. O currículo é lugar, espaço, território.
O currículo é trajectória, viagem, percurso. O currículo é autobiografia, nossa vida, curriculum
vitae: no currículo se forja nossa identidade. Reconhecer essa dimensão implica perceber o
universo mental e as ideologias presentes na realidade, bem como, a emergente necessidade de
trabalhar suas especificidades locais tal qual se constituem, nos diferentes estados, cidades,
municípios e regiões, diferindo radicalmente daquelas pertencentes a um outro espaço e um
outro tempo.

A GEOGRAFIA ESCOLAR E A CONSTRUÇÃO DA CIDADANIA

O ensino de Geografia contribui para a formação da cidadania através da prática de construção e


reconstrução de conhecimentos, habilidades, valores que ampliam a capacidade de crianças e
jovens compreenderem o mundo em que vivem e atuam, numa escola organizada como um
espaço aberto e vivo de culturas. O exercício da cidadania na sociedade atual, por sua vez,
requer uma concepção, uma experiência, uma prática - comportamentos, hábitos, ações
concretas de cidade. A vida nas cidades é cada vez mais um fato mundial, pois a partir de um
certo momento histórico, toda a sociedade passa a ser organizada em função do espaço urbano.
Sendo assim, a cidade torna-se tema importante a ser trabalhado na escola fundamental, num
projeto de formação da cidadania. A escola, porém, não é a única instância de formação de
concepções e práticas da cidade, habilidades básicas no exercício da cidadania. As práticas de
organização e gestão da cidade, os resultados dessas práticas e a própria experiência cotidiana
são também formadores de cidadania. Em outras palavras, o cidadão se torna cidadão com a
contribuição de várias instâncias, destacando-se a escola. A escola (e o conhecimento), por ser
um lugar dedicado ao trabalho com o conhecimento e com a atribuição de significados, pode ser
a instância síntese ou lugar de encontro e confronto entre as diferentes fontes de concepção e
prática da cidade (o saber ou conhecimento científico e o saber cotidiano). (LEFEBVRE, 1991)

CIDADÃO

Buscar elementos e aspectos que compõem um programa formal de Geografia para formação da
cidadania requer uma reflexão sobre o significado que pode ser dado nesse programa para o
conceito de cidadania. O termo tem uma história longa, bastante complexa, o que exige sua
contextualização, para torná-lo referência concreta para a vida na sociedade contemporânea. A
distância entre a defesa abstrata da cidadania e a concreta possibilidade de seu exercício é muito
grande e requer bastante cuidado na sua explicitação. Uma idéia suscinta, mas bastante
expressiva, é a de que cidadania é o exercício do direito a ter direitos (VIEIRA , 1997;
AREMDT in BEMEVIDES, 1998). Essa idéia liga cidadania e direito. Os significados do
conceito de direito é também bastante complexo e com história longa. Relevante para a
argumentação aqui é a distinção feita por Vieira (idem, ibdem) entre o direito natural, baseado
na idéia de universalidade, e o direito positivo, baseado na particularidade e historicidade das
normas e valores.

Santos (1987) defende a recuperação da noção de cidadão com base no modelo cívico (fazendo
referência a civilização), que subordina o modelo econômico e é composto por, entre outros,
dois componentes essenciais: a cultura e o território. O componente territorial supõe uma gestão
adequada para garantir a produção e distribuição de bens e serviços públicos. O conceito de
território é instrumentalizador quando se quer pensar e compreender a cidade na sua relação
com a cidadania. Território está associado aos processos de posse, de domínio de um lugar, de
uma área. Através da dimensão territorial, o exercício da cidadania pode ser pensado como uma
questão de direito à cidade, direito ao domínio coletivo do espaço da cidade. A escola pode
organizar ações para a formação da cidadania democrática, ativa, com direitos amplos criados e
recriados num processo h istó rico , so cial, eco n ô m ico , cu ltu ral.

Benevides (1998) destaca três elementos indispensáveis e interdependentes em um projeto de


educação para a cidadania: a formação intelectual e a inform ação; a formação moral; a
educação do comportamento. O cidadão democrático, ativo, criativo, consciente de seus direitos
políticos, sociais, culturais, individuais, territoriais, precisa conhecer a cidade, precisa
compreendê-la com profundidade, precisa decifrar seus símbolos, precisa desenvolver um
sentido ético e estético sobre ela, para que possa lutar e conquistar seus direitos cívicos e sociais
e cumprir com seus deveres, individual e coletivam ente. Como afirma Santos, a cidadania se
aprende. Sem essa aprendizagem, a cidade torna-se impalpável. Ela se torna, como ele diz
(1987:14), "um amontoado de signos aparentem ente desencontrados, agindo, no entanto, em
concerto, para limitar mais do que para facilitar a minha ação, tornando-me impotente diante da
multiplicidade das coisas que me cercam e de que posso dispor".

CIDADE
Como ponto de partida, compreendese que a cidade é uma aglomeração de pessoas (habitantes e
visitantes) e de objetos (casas, ruas, prédios) (CARLOS: 1992). É em função das pessoas e dos
objetos que a cidade se estrutura e tem uma dinâmica interna. O arranjo interno de uma cidade é
construído, pois, conforme se organizam a vida e o processo produtivo. As pessoas precisam
morar, daí vão se configurando áreas residenciais diferentes porque as pessoas se inserem no
processo produtivo de maneira diferente por exemplo, uns são proprietários dos meios de
produção, outros são assalariados, outros, desempregados, excluídos do processo produtivo.
As pessoas precisam consumir, passear, comer... Vão surgindo e se organizando os transportes,
as lojas, os superm ercados, os hospitais, as escolas, equipamentos de lazer, dentre outros. Todos
esses elementos vão configurando a paisagem urbana, que é a aparência e a forma da cidade, a
forma que vai sendo produzida. E o conjunto formado pelos objetos e sua disposição, pelos sons
e odores, pelas pessoas e seus movimentos. Uma estudo dessa visão aparente da cidade vai
fornecendo pistas para a compreensão de aspectos mais essenciais do espaço urbano nela
materializado4 A cidade pode ser entendida como um espaço geográfico, como um conjunto de
objetos e de ações (SANTOS, 1997), mas entendendo esse espaço como lugar de existência das
pessoas, não apenas como um arranjo de objetos, tecnicamente orientado.

REFERENCIA.
CAVALCANTI, L. D. S. (2008). A cidadania, o direito à cidade e a Geografia escolar –
elementos para o estudo do espaço urbano. __). A Geografia escolar e a cidade. Campinas, SP:
Editora Papirus.
CARLOS, Ana F. A A cidade. São Paulo, Contexto,1992.
SANTOS, Milton. O espaço do cidadão. São Paulo, Nobel, 1987
BENEVIDES, Maria Vitória. Educação para a cidadania e em direitos humanos. Anais
EMDIPE, Encontro nacional de Didática e Prática de Ensino. Águas de Lindóia, SP, 1998.
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Re: 2° Fórum de debate


by Anifatha Juma - Saturday, 6 April 2024, 8:38 PM
A pràtica didática-pedagógica da geografia; a geografia escolar e a construção da cidadania

Introdução

A prática de ensino é fundamental ao currículo do professor, pois é na prática que ele vai ter a
oportunidade de vivenciar as experiências, realizar na prática o conhecimento adquirido
teoricamente poder passar a teoria e comprovar na prática. É escolher seu método de trabalho
sendo flexível, pois ele poderá ser mudado. Na prática de ensino de geografia,podemos
conhecer
melhor quais os métodos eficientes e como podemos trabalhar o conteúdo em sala de aula e
trazer para a realidade em que vivemos.
Antes de entrar em uma sala de aula o professor precisa saber qual será o conteúdo a ser
ministrado, qual será seu método a utilizar com a turma e se seus procedimentos são os mais
adequados para o nível da turma. Fazer uma reflexão sobra a sua prática adotada se ela
realmente
esta funcionando como ele planejou ou se esta ficando a deseja e o que precisa ser melhorado,
pois o professor precisa sempre estar refletindo sobre os seus método e procedimentos.
Contextualização

O ensino não é estático, ele sempre é inovado, repensado buscando trazer a realidade. O ensino
passa por um processo de atualização para que as coisas da atualidade não passe despercebido
pelas escolas. O professor precisa ficar sempre atento aos conteúdos de geografia e sua práticas
utilizada, pois a geografia forma cidadãos para viver em sociedade. A Cartografia ensina a
conhecer o mundo através de mapas, figuras e por isso o educador deve atentar-se aos detalhes
das imagens para não passar conteúdo distorcido da realidade. O educador pode trabalhar a
teoria
em sala de aula e levar os alunos a construírem maquetes, textos para verificar o conhecimento
adquirido, ver se o aluno assimilou o conteúdo mesmo.
O conhecimento obtido pelos educandos em sua vida cotidiana precisa ser valorizado, o
professor precisa valorizar e trabalhar esse conhecimento que os alunos adquiriram no seu dia a
dia. O conhecimento adquirido em sala de aula pode ser assimilado em sua prática chamando o
aluno a observarem tudo que está ao seu redor e relacionar com o que foi estudado, assim ele
observará seu espaço ocupado, seu território delimitado, seu lugar, a paisagem presente ou
aquele que não existe mais e foi substituída por outra.

Teoria e elementos para a prática de ensino

A geografia vem sofrendo mudanças procurando pensar qual é o seu papel na sociedade,
constituindo-se de novos conteúdos, reformulando outros já existentes de grande importância,
questionando os métodos utilizados para explicar os conteúdos e utilizando novos métodos,
fazendo com que os alunos participem mais das aulas com questionamentos e vivencias do dia a
dia. As discussões teóricas que são propostas pouco têm sido feito na prática. Mas as alterações
estão começando a aparecer com as experiências e com o estudo das teorias criticas de
geografia.
Para organizar um texto precisamos fazê-lo em duas partes onde é necessário fazer uma síntese
das principais contribuições da geografia relacionada aos conteúdos, métodos e procedimentos a
se utilizar. Na segunda parte e necessário fazer uma reflexão a respeito das práticas adotadas
pelos professores de geografia e quais serão os desafios que eles apresentarão e enfrentarão e
analisar se seu método de ensino será cumprido.
Para Lana (2002, p.12) o ensino é um processo que contém componentes fundamentais e entre
eles há de se destacar os objetivos, os conteúdos e métodos. A importância da prática de ensino
é
para colocar na prática o que foi visto na teoria, onde o professor terá seus objetivos traçados
sobre o que ele almeja alcançar, um conteúdo a ser ensinado e seu próprio método a ser
utilizado,
pois cada professor tem um método para explicar o mesmo conteúdo. O conteúdo pode ser
explicado na teoria e depois visto na prática através de um trabalho de campo.
O objetivo da prática em geografia é de formar cidadão com consciência do espaço das coisas,
dos fenômenos que elas vivenciam ou não, é definir o espaço ocupado por nós e pelas coisas na
prática saindo da teoria. É entender que nós vivemos no espaço, que tudo que existe ocupa um
lugar no espaço.
Callai (1998, p.56) defende a geografia como uma ciência que estuda, analisa e tenta
explicar (conhecer) o espaço produzido pelo homem e, enquanto matéria de ensino,ela permite
que o aluno “se perceba como participante do espaço que estuda, onde os fenômenos que ali
ocorrem são resultados da vida e do trabalho dos homens e estão inseridos num processo de
desenvolvimento”.
A geografia tem a função de contribuir com a formação do cidadão, justificando assim a
presença da disciplina nos níveis fundamental e médio. A prática de ensino em geografia é
fundamental ao currículo de formação do professor, pois é a oportunidade de viver a
experiência e realizar na prática o conhecimento teórico adquirido no decorrer de sua formação
acadêmica. O estagio curricular é uma oportunidade para o educando refletir sobre os saberes
trabalhados durante o curso colocando-os na prática e procurando trabalhar melhor sobre o que

sabe enriquecendo seu próprio conhecimento.
A prática de ensino tem uma importância fundamental na hora de trabalhar os conteúdos, pois
ela
auxilia o professor na hora de ministrar suas aulas, fazendo com que ele confronte os conceitos
que trazemos do dia a dia com os conceitos científicos. E que esse professor venha a inovar os
métodos de trabalhar que ele não utilize apenas métodos tradicionais já conhecidos que ele
venha
propor uma dinâmica em suas aulas tornando-o mais criativa. Os conceitos geográficos são
instrumentos básicos para compreender e analisar a leitura do mundo do ponto de vista
geográfico.

Referência didático-pedagógico na geografia escolar

Pesquisas feitas buscam ver qual é o modelo de pessoas que a geografia vem formando. E as
pesquisas comprovaram que ela busca formar cidadãos com dois tipos de conhecimento:
A partir de estudos e pesquisas produzidas nos últimos anos, é possível realizar um
balanço provisório e, a partir dele, encontrar orientações curriculares que convirjam para
uma proposta de ensino de geografia voltada para a formação de cidadãos críticos e
participativos. (CAVALCANTI, 2002, p.29-30).
Cavalcanti ressalta que a construção de uma visão critica pelo professor, o domínio das teorias
educacionais, a articulação da realidade cotidiana com a realidade mundial e a construção de
uma ação pedagógica referem-se pela mediação entre os conteúdos ministrados e os alunos,
onde
eles devem articular-se na compreensão dos saberes pedagógicos e dos conceitos geográficos.
Para isso acontecer, é necessário a reflexão sobre a prática de ensino.
A geografia na construção da cidadania
É importante ressaltar que a prática de ensino de geografia contribui eficaz mente na formação
da
cidadania, uma vez que oferece instrumentos essenciais para a interação na realidade social.
O ensino de geografia contribui para a formação da cidadania através da prática de
construção e reconstrução de conhecimentos, habilidades, valores que ampliam a
capacidade crianças e jovem compreenderem o mundo em que vive e atuam, numa escola
organizada como um espaço aberto e vivo de culturas. (CAVALCANTI, 2005, p.47)
O autor contextualiza que, o ensino de geografia deve promover pressupostos objetivos para que
o aluno assimile a aprendizagem e que estes possam fazer parte da vivencia social de cada um e
que a escola deve trabalhar com a multiculturalidade para conseguirtranspor o conhecimento de
forma clara e objetiva para seus alunos. Sendo assim, é indispensável que a prática pedagógica
do professor, trabalhe com as diversidades de cada um,com o conhecimento prévio e local de
forma que venha contribuir, somar no processo de ensino aprendizagem, para que então
estimule
o interesse e gosto dos alunos, pois trabalhara com a realidade de cada um. Nada impede o
professor de ampliar outros conhecimentos específicos e trabalhar a realidade de cada um para
depois trabalhar com outras realidades.
A contribuição das cidades
As cidades por possuírem grande concentração populacional, resultam em diferenças gritantes
de
classes sociais. Os bolsões de pobreza constituem o ambiente da queles que são obrigados a
produzir e ampliar as riquezas, tendo em vista que é o trabalho que gera riqueza. E nesse
ambiente que os trabalhadores, os habitantes das piores áreas, ou seja, sobra a eles construírem
suas moradias em favelas, encostas. As planícies são inundadas com as chuvas em excesso, os
morros que ficam sujeitos a deslizamentos, são os locais de depósitos dos lixos domésticos e
industrial, as águas são inadequadas ao consumo e enfrentam as péssimas condições de trabalho.
Sabemos que os alunos diferem entre si, por isso, necessitam de diferentes tipos de
aprendizagem para seu próprio desenvolvimento. Para que se obtenha uma aprendizagem
eficaz é indispensável, portanto, que se considerem as capacidades de cada um ao
solucionar e organizar os procedimentos de ensino. ( Sant’Anna, 1995, p.124)
A natureza é um bem que deveria ser acessível a todos, para o desenvolvimento de uma nação.
Se fosse dessa maneira não haveria, condições de vida subumana, miserável.Se houvesse
distribuição de renda justa, restabeleceria a dignidade dos cidadãos, dando a eles o direito de
viver em ambiente saudável.
Considerações Finais
A prática de ensino se mostra cada vez mais importante tanto para o professor como para o
aluno,
pois vivenciar na prática o que se aprendeu e colocar os conhecimentos as outras pessoas. Para
compreender um conteúdo o professor precisa estar bem preparado,passar este conteúdo de
forma clara e objetiva e cabe ao aluno estar atento as informações que o professor passa, nem
sempre o problema da aprendizagem é do professor, pode sera falta de motivação o desinteresse
do aluno que faz com que o conhecimento não seja assimilado.
Cada lugar contribui para o conhecimento do aluno, para isso é necessário que este educando
esteja atento ao que esta ao seu redor, ao redor pode estar a paisagem do campo ou da cidade, o
território delimitado, a região, o lugar e o espaço que cada um ocupa. A geografia preocupa em
formar cidadãos com consciência, participativos e críticos, ela trabalha com os conteúdos
considerados essenciais e também com os transversais que estão nos PCNs para serem
trabalhados, juntos com os demais conteúdos.

Referências
ASSOCIAÇÃO DOS GEÓGRAFOS BRASILEIROS(1991). Prática de Ensino em Geografia.
Editora Marco Zero 8ª edição publicado em abril .
CAVALCANTI, Lana de Souza(2002). Geografia e práticas de ensino/ Lana de Souza
Cavalcanti. [Goiânia]: Alternativa.
MIZUKAMI, Maria da Graça Nicoletti. M681 e Ensino: as abordagens do processoSão Paulo:
EPU, 1986. (Temas Básicos de Educação e Ensino).
PINTO, Leandro Rafael; OLIVEIRA, Marcia Maria Fernandes Prática de Ensino de
Geografia na Comunidade: a experiência no Colégio Ângelo Gusso, Curitiba-PR. Disponível
em
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Re: 2° Fórum de debate


by Antonio Martins Antonio - Sunday, 7 April 2024, 1:13 PM
As práticas didáctica - pedagógicas que devem ser usadas no ensino de geografia para a
construção da cidadania
A geografia vem sofrendo mudanças procurando pensar qual é o seu papel na sociedade,
constituindo-se de novos conteúdos, reformulando outros já existentes de grande importância,
questionando os métodos utilizados para explicar os conteúdos e utilizando novos métodos,
fazendo com que os alunos participem mais das aulas com questionamentos e vivencias do dia-
a-dia. As discussões teóricas que são propostas pouco têm sido feitas na prática. Mas as
alterações estão começando a aparecer com as experiências e com o estudo das teorias críticas
de geografia.
Na perspectiva de Santos (2006), prática de ensino se mostra cada vez mais importante tanto
para o professor como para o aluno, pois vivenciar na prática o que se aprendeu e colocar os
conhecimentos as outras pessoas. Para compreender um conteúdo o professor precisa estar bem
preparado, passar este conteúdo de forma clara e objectiva e cabe ao aluno estar atento as
informações que o professor passa, nem sempre o problema da aprendizagem é do professor,
pode ser a falta de motivação o desinteresse do aluno que faz com que o conhecimento não seja
assimilado.
Rego e Castriogiovani (2007) explicam que cada lugar contribui para o conhecimento do aluno,
para isso é necessário que este educando esteja atento ao que esta ao seu redor, ao redor pode
estar a paisagem do campo ou da cidade, o território delimitado, a região, o lugar e o espaço que
cada um ocupa. A geografia preocupa em formar cidadãos com consciência, participativos e
críticos, ela trabalha com os conteúdos considerados essenciais e também com os transversais
que estão nos PCNs para serem trabalhados, juntos com os demais conteúdos.
Assim, a prática de ensino é importante para enriquecer o currículo do professor e é na prática
que ele vai trabalhar os conteúdos vistos na faculdade, ele vai trabalhar a vivencia e aprender a
trabalhar com o conhecimento trazido pelos alunos adquiridos no seu dia-a-dia. O professor tem
a consciência que este conhecimento prévio que os alunos carregam com eles são importantes,
porque pode facilitar a compreensão dos mesmos e estimulá-los a participar da aula.
Contudo o educador antes de ir para sala de aula precisa ter um plano de aula para auxiliá-lo,
com os conteúdos a serem aplicados, com seus métodos a utilizar, pensando que esse método
pode ser modificado, pois talvez ele não seja o correcto para trabalharem com a 10 turma.
Como afirma Pereira (2012), o método tem que ser flexível, pois pode dar certo para alguns,
mas outros não adaptarem. Para o autor a teoria é um conhecimento que o educando vai
aprender através dos textos, por isso os livros precisam ser bem pensados pelos professores na
hora da escolha, o professor precisa ficar atento se esse livro não trás conhecimentos errados,
distorcidos da realidade.
Contudo, a cartografia é a que mais exige atenção, pois seus conteúdos devem ser exactos, os
mapas devem estar bem claros e tabelas e dados o mais exacto possível. Assim, aprática de
ensino contribui na formação da cidadania porque ela constrói e reconstrói os conhecimentos.
Referências bibliográficas
Pereira, R.S. (2012). Geografias a reflexão e a prática no ensino. São Paulo: Blucher,.
Rego, N. & Castriogiovani, A. C.; et al. (2007). Geografia. Porto Alegre: Artmed.
Santos, M. (2006). Por uma outra globalização: do pensamento crítico único á consciência
universal. (13ª ed). Rio de Janeiro: Recorde.

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Re: 2° Fórum de debate


by Beta da Bela Cesario - Monday, 8 April 2024, 6:04 AM
A prática didáctica-pedagógica da Geografia tem um papel fundamental na construção da
cidadania, pois ela permite que os estudantes compreendam o mundo em que vivem e a sua
posição nele como cidadãos activos. A Geografia escolar, ao abordar temas como espaço, lugar
e interacções humanas-ambientais, oferece uma base sólida para que os alunos desenvolvam
uma consciência crítica sobre questões sociais, económicas e ambientais.
Para contribuir efectivamente para a construção da cidadania, as práticas didácticas em
Geografia devem:
1. Promover a Consciência Espacial: Ajudar os alunos a entenderem como os processos
geográficos afectam suas vidas e a sociedade em geral.
2. Encorajar o Pensamento Crítico: Incentivar os alunos a questionarem e analisarem
criticamente as informações geográficas apresentadas a eles.
3. Desenvolver Habilidades de Pesquisa: Ensinar os alunos a colectarem e interpretarem dados
geográficos, promovendo uma compreensão mais profunda dos temas estudados.
4. Fomentar a Educação Ambiental: Integrar conceitos de sustentabilidade e conservação para
formar cidadãos conscientes do impacto humano no planeta.
5. Estimular a Participação Comunitária: Incentivar os alunos a se envolverem em projectos
locais que abordem problemas geográficos reais, fortalecendo o senso de comunidade e
responsabilidade social.
Essas práticas são apoiadas por projectos como o “Nós Propomos!” e o “Parque Educador”, que
visam a construção de uma educação cidadã emancipadora através de uma abordagem
propositiva, interdisciplinar e contínua. Ao aplicar essas práticas, os professores de Geografia
podem ajudar a moldar cidadãos informados, responsáveis e engajados, capazes de contribuir
positivamente para a sociedade.

A prática didáctica-pedagógica da Geografia tem um papel fundamental na formação da


cidadania, pois ela permite que os estudantes compreendam melhor o mundo em que vivem e a
sua posição nele. A Geografia escolar pode contribuir para a construção da cidadania ao:
• Promover o pensamento crítico: Encorajar os alunos a questionar e analisar criticamente as
informações geográficas, ajudando-os a formar suas próprias opiniões informadas sobre
questões sociais, económicas e ambientais.
• Desenvolver a consciência espacial: Ajudar os alunos a entender como os espaços são
organizados e como eles interagem com esses espaços, o que é essencial para o exercício da
cidadania activa.
• Incentivar a compreensão intercultural: Através do estudo de diferentes culturas e lugares, os
alunos podem desenvolver uma maior empatia e respeito pela diversidade, o que é crucial em
uma sociedade globalizada.
• Fomentar a responsabilidade ambiental: Ao aprender sobre os desafios ambientais e a
sustentabilidade, os alunos podem se tornar mais conscientes de seu papel na proteção do
planeta.
As práticas didáticas devem, portanto, ser interativas, envolventes e relevantes para a vida dos
alunos, utilizando métodos que vão além da memorização de fatos e incluem análises de caso,
debates, trabalho de campo e projetos de pesquisa. Isso não apenas enriquece o conhecimento
geográfico dos alunos, mas também fortalece suas habilidades de cidadania, preparando-os para
serem membros ativos e informados da sociedade.
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