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revelação da Sagrada
Eucaristia pelo sacrifício
pascal
“...Na remissão dos pecados...”
Páscoa do Antigo Testamento
“Dizei a toda a assembleia de Israel: no décimo dia deste mês cada um de vós
tome um cordeiro por família, um cordeiro por casa. Se a família for pequena
demais para um cordeiro, então o tomará em comum com seu vizinho mais
próximo, segundo o número das pessoas, calculando-se o que cada um pode
comer. O animal será sem defeito, macho, de um ano; podereis tomar tanto um
cordeiro como um cabrito. E o guardareis até o décimo quarto dia deste mês;
então toda a assembleia de Israel o imolará no crepúsculo. Tomarão do seu
sangue e o porão sobre as duas ombreiras e sobre a moldura da porta das casas
em que o comerem. Naquela noite comerão a carne assada no fogo com pães sem
fermento e ervas amargas. Nada comereis dele que seja cru, ou cozido, mas será
assado no fogo completamente com a cabeça, as pernas e as entranhas. Nada
deixareis dele até pela manhã; se sobrar alguma coisa, a queimareis no fogo. Eis
a maneira como o comereis: tereis cingidos os vossos rins, vossas sandálias nos pés
e vosso cajado na mão. Vós comereis apressadamente: é a Páscoa do Senhor.”
Páscoa dos Judeus
Uma vez que tanto no grego como no latim é neutro o termo correspondente
à palavra português CORPO (grego “tò sáma”; latim “corpus”), a frase pode
ser traduzida em português de duas formas:
Este é o meu corpo;
Isto é o meu corpo.
Mas isso em nada altera o sentido. Tanto faz alguém tomar um livro e
apresentar aos outros dizendo: Esta é a Biblia, como fazê-lo dizendo: Isto é a
Biblia. Todos entendem perfeitamente que se trata aí do livro sagrado.
Sentido real ou figurado?
https://archive.org/details/a615272500wiseuoft/mode/2up
4 razões de por que dizer claramente:
“Isto é o meu corpo”?
1. Estava diante de homens rudes e ignorantes, cuja tendência era por si para
tomar as palavras sempre em sentido literal, mesmo quando Jesus falava em
sentido metafórico:
"Jesus disse-lhes: “Guardai-vos com cuidado do fermento dos fariseus e dos
saduceus”. Eles pensavam: “É que não trouxemos pão...”. Jesus, penetrando nos
seus pensamentos, disse-lhes: “Homens de pouca fé! Por que julgais que vos falei
por não terdes pão?” (Mt 16,6-8);
"Depois dessas palavras, ele acrescentou: “Lázaro, nosso amigo, dorme, mas vou
despertá-lo.” Disseram-lhe os seus discípulos: “Senhor, se ele dorme, há de sarar”.
Jesus, entretanto, falara da sua morte, mas eles pensavam que falasse do sono
como tal. Então, Jesus lhes declarou abertamente: “Lázaro morreu. Alegro-me por
vossa causa, por não ter estado lá, para que creiais. Mas vamos a ele.”” (Jo 11,11-
15);
4 razões de por que dizer claramente:
“Isto é o meu corpo”?
2. Os apóstolos não estavam diante de um homem qualquer, mas o próprio Filho
de Deus, o qual eles tinham visto fazer os maiores milagres, como por
exemplo, a multiplicação dos pães no deserto, o andar saber as águas do mar,
a ressureição da filha de Jairo, do filho da viúva e a de Lázaro etc.
3. Se fosse um simples homem que tomasse o pão e dissesse: Isto é o meu corpo,
todos tomariam como mentira, por um pedaço de pão não poderia nunca ser a
figura ou representação de seu corpo.
4. Os Apóstolos não sentiram espanto, nem incredulidade, pelo contrário:
assombro, e vendo esse prodígio como noutrora revelado por Cristo:
João 6,51
"Eu sou o pão vivo que desceu do céu. Quem comer deste pão viverá eternamente.
E o pão, que eu hei de dar, é a minha carne para a salvação do mundo”” (Jo 6,51)
Ele diz que o pão, isto é, o alimento que vai dar é a sua carne para ser a vida
do mundo e emprega o futuro: “o pão que eu darei”, logo não é questão de
fé, pois muitos já a tinham naquele momento, como demonstrou Pedro
fazendo em seu nome e no nome dos demais apóstolos sua bela profissão de
fé (Jo 6,69-70);
Aqui e na última ceia, Ele salienta perfeitamente a intima relação que há
entre o Calvário e a Eucaristia.
João 6,52
"A essas palavras, os judeus começaram a discutir, dizendo: “Como pode este
homem dar-nos de comer a sua carne?”” (Jo 6,52)
A revelação feita por Jesus não pode deixar de causar espanto aos judeus ali
presentes. Era assombroso e inaudito um homem afirmar que daria a sua
própria carne para comer, alimentando e vivificando assim a quem o quisesse.
Ninguém toma de sentido figurado. Quando os ouvintes tomavam ao pé da
letra uma palavra de sentido metafórico, Ele se encarregava de esclarecer,
assim como em: “Na verdade, na verdade te digo que não pode ver o reino de
Deus senão aquele que renascer de novo” (Jo3,3), mas logo Nicodemos toma
ao pé da letra: “Como pode um homem nascer, sendo velho? Porventura pode
tornar a entrar no ventre de sua mãe e nascer outra vez?” (Jo 3,4) e Jesus
explica, sobre o nascimento espiritual, e não material: “Em verdade, em
verdade te digo que quem não renascer da água e do Espirito Santo não pode
entrar no Reino de Deus. O que é nascido da carne é da carne; e o que é
nascido do espírito é espírito” (Jo3,5-8)
João 6,53-54
“Então, Jesus lhes disse: “Em verdade, em verdade vos digo: se não comerdes a
carne do Filho do Homem, e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós
mesmos. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna; e eu o
ressuscitarei no último dia.” (Jo 6,53-54)
Jesus continua frisando e reafirmando a realidade. Trata-se de um mistério que
Ele vem revelado.
No mistério, no que é incompreensível, nunca se saberá o “como”, sabe-se
apenas se a coisa “existe” ou “não existe”.
Não só era possível Jesus dar a sua carne para comer, como é obrigatório. Além
de se tratar de alusão clara à ultima ceia, em que Ele fez duas ações diversas:
“Isto é o meu corpo; Este é o cálice do meu sangue.”
De maneira nenhuma “a sua carne e beber o seu sangue” é sinônimo de “crer
em Cristo”, com insistência Jesus repete essa sentença mantendo a real
intenção.
No versículo 54 o texto grego passa a usar um verbo mais forte:
Trógo – que não só quer dizer comer, mas também mastigar, quebrar com os dentes
os alimentos mais duros, tragar, devorar.
João 6,55