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"Aí está o seu filho" (Jo 19.26). Ele falou com o queixo apoiado no
peito, com os olhos fixos no chão. Apesar de ele ser filho de Maria,
não estava se referindo a si mesmo. Nessa hora ele usou a palavra
"filho" referindo-se a João, "o discípulo a quem Jesus amava" Ela
teria de "adotar" João como filho. João iria preencher da melhor
forma possível o vazio e a dor provocados pela morte de Jesus.
Maria estava perdendo um filho, mas ganhava outro. Ele mal havia
conseguido expressar essas palavras, quando outro gemido deixou
seus lábios ressecados. Ele esforçou-se para ser ouvido e tentava
olhar na direção de João. "Aí está a sua mãe" (Jo 19.27)
Cerca da hora nona, bradou Jesus em alta voz, dizendo: Eli, Eli,
lamá sabactani; isto é, Deus meu, Deus meu, por que me
desamparaste?
Tenho sede...
Está consumado!...
Jesus, clamando com grande voz, disse: Pai, nas tuas mãos
entrego o meu espírito. E, tendo dito isso, expirou. - Aqui na terra,
Jesus viveu na presença do Pai, mas agora ele estava voltando
para a glória e para uma comunhão mais íntima com o Pai. Seu
último brado expressou a confiança de que ele seria bem recebido
na casa do Pai. Mesmo em seu último suspiro, Jesus ainda era Rei.
Aquele que declarou que nenhum homem poderia lhe tirar a vida
morreu com hora marcada e da maneira determinada. No Antigo
Testamento, a instrução expressa sobre o momento em que o
cordeiro da Páscoa deveria ser sacrificado era "ao pôr-do-sol" de
acordo com a tradição judaica, algo entre três e seis horas da tarde
("crepúsculo"; Êx 12.6; ara). Jesus foi crucificado exatamente no dia
em que o cordeiro da Páscoa iria ser sacrificado (Jo 18.28). Às três
horas da tarde, deu seu último brado, cumprindo seu papel de
"Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo" (Jo 1.29).