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TEMA: As Sete Palavras de Jesus na Cruz (Lucas 23)

Esta semana que se segue é conhecida por muitos como a Semana


Santa, ou seja, a semana em que antecede a prisão, morte e
ressurreição de Cristo. Celebraremos no próximo domingo a
ressurreição de Jesus. Mas antes, ele foi sacrificado por nós, Ele
sofreu demasiadamente por nós, Ele foi cuspido, maltratado,
injustiçado, ferido, esbofeteado, zombado, xingamentos eram
direcionados a Ele, foi coroado com uma coroa de espinhos, o
sangue escorria em seu rosto e por fim teve seus pés e mãos
pregados em uma cruz por cada um de nós. As últimas palavras de
uma pessoa são sempre muito importantes. Mas certamente não
existem últimas palavras tão importantes quanto as proferidas por
Cristo na cruz. Nelas, vemos seu coração e seu amor pelo povo que
estava sendo salvo por ele. Nesses brados, vemos o lado humano
de Jesus. Suas feridas não foram tratadas para que as nossas
fossem. Suas aflições foram imensas para que as nossas fossem
levadas embora. Isaías o descreveu: "Sua aparência estava tão
desfigurada, que ele se tornou irreconhecível como homem; não
parecia um ser humano" (Is 52.14). Ele não pôde ser reconhecido
como a pessoa que era. Ele foi vítima de falsas acusações e de
violência. Seus oponentes insistiram com os romanos para que se
livrassem dele. E então seus inimigos se sentiram vingados ao ver
os pregos, cheirar o sangue e ouvir os gemidos. Imagine-o despido
e preso pelos pulsos a uma coluna no pátio de Pilatos e então
açoitado com chibatas que têm bolas de chumbo e lascas de ossos
nas pontas. À medida que lhe golpeiam o corpo, formam-se bolhas
de sangue, que os repetidos golpes transformam em feridas. E
então, a coroa de espinhos é pressionada contra sua cabeça, e o
sangue mistura-se ao cabelo emaranhado. Ele tenta carregar a
cruz, mas, quando começa a cambalear, Simão de Cirene é forçado
a ajudá-lo. No Calvário, suas roupas são arrancadas, e ele sente
"uma dor excruciante, como a de milhões de agulhas quentes,
abalando o sistema nervoso". Ele então é colocado sobre a própria
cruz, e seus executores batem longos pregos quadrados contra
seus punhos. "Ao ter o grande nervo central perfurado, ele
experimenta "a dor mais intolerável que um homem poderia
experimentar cada movimento do corpo sentindo essa terrível dor".
Como estava o coração de Jesus enquanto ele estava pregado na
cruz? Em quem e não em que ele pensou? O momento da
ressurreição foi glorioso e as três horas que ele agonizou na cruz,
como foram?

TEMA: As Sete Palavras de Jesus na Cruz (Lucas 23)

Nessa pequena meditação de hoje veremos quais foram as últimas


palavras de Cristo na cruz do Calvário. Veremos que ao morrer na
cruz Jesus contemplava você e eu e sabia que o seu sofrimento e
morte eram necessários para nos dar a salvação.

Pastor Hernandes Dias Lopes disse: “Jesus transformou a cruz na


maior tribuna da história e dali, do alto daquele lenho maldito,
proferiu palavras abençoadas”.

1 - Palavra de perdão: Pai perdoa-lhes... Lucas 23:33-34 -


Quando chegaram ao lugar chamado Caveira, ali o crucificaram, a
ele e também aos malfeitores, um à direita e outro à esquerda.
Jesus, porém, disse: Pai, perdoa-lhes; porque não sabem o que
fazem. Então repartiram as vestes dele, deitando sortes sobre elas.
A crucificação de Cristo ocorreu por causa do nosso pecado. Se
não fosse por nosso pecado, Jesus não teria que morrer na cruz.
Ele nos lembra deste propósito, ao perdoar aqueles que o
crucificaram. Durante seu ministério, Jesus frequentemente
perdoava os que necessitavam de misericórdia. Ele diz ao paralítico
(Mc 2.5) "Filho, os seus pecados estão perdoados". Suas
declarações causavam uma avalanche de controvérsias, pois seus
ouvintes sabiam que somente Deus podia perdoar pecados. Na
cruz, porém, não exerceu essa prerrogativa divina, mas pediu ao
Pai que fizesse o que ele, Jesus, havia feito anteriormente.
Sacrificado como o Cordeiro de Deus, recusou-se a assumir o papel
de divindade. Ele, sem dúvida, era Deus, mas escolheu suspender
seus direitos divinos. Identificou-se tão completamente conosco
que, temporariamente, abriu mão de sua posição de autoridade.
Ainda assim, seu coração preocupava-se com os que haviam
instigado e cometido o maior crime da história. Ele orou para que o
imperdoável fosse perdoado.

Pai perdoa-lhes porque não sabem o que fazem.

2 - A palavra de promessa ou palavra de Salvação: - Em


verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso. Lucas
23:39-43

Um dos malfeitores crucificados blasfemava contra ele, dizendo:


Não és tu o Cristo? Salva-te a ti mesmo e a nós também.

Respondendo-lhe, porém, o outro, repreendeu-o, dizendo: Nem ao


menos temes a Deus, estando sob igual sentença?

Nós, na verdade, com justiça, porque recebemos o castigo que os


nossos atos merecem; mas este nenhum mal fez.
E acrescentou: Jesus, lembra-te de mim quando vieres no teu reino.

Jesus lhe respondeu: Em verdade te digo que hoje estarás comigo


no paraíso.

Embora estivesse agonizando na cruz, e pudesse deixar de atender


a qualquer um, ele se preocupava em assegurar a um pecador ao
seu lado de que teria sim, salvação para ele devido ao
reconhecimento do pecado dele e da sua fé em Jesus. Nossa
atenção volta-se para os dois homens crucificados ao seu lado. Um
deles, em particular, merece especial consideração, por ter recebido
a promessa de que devemos participar se formos morar no céu com
nosso Senhor. Aqui, encontramos segurança para os que estão
morrendo de câncer nas enfermarias de hospitais e também
esperança para o forte e para o saudável, que poderão um dia
encontrar a morte de forma repentina. Aqui há esperança para o
pior e maior dos pecadores. Que dia teve aquele ladrão! Pela
manhã, ele estava sendo, com justiça, crucificado. Ao anoitecer, foi
recebido no Paraíso por Jesus! Ele não foi batizado, não pertenceu
a nenhuma denominação, mas fez o principal, reconheceu seu
estado de pecador e que somente em Jesus poderia ter a salvação.
O perdão dado ao ladrão lembra-nos que há mais graça no coração
de Deus que pecado em nosso passado. Nós, da mesma forma que
ele, também podemos ser bem recebidos na eternidade. Basta
transferirmos nossa confiança para aquele que guarda as chaves
do Paraíso.

Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso.

3 - A palavra de Amor ou de Proteção - Mulher, eis aí o teu filho.


Então disse ao discípulo: Eis aí tua mãe. João 19:26-27 Ora,
Jesus, vendo ali sua mãe, e ao lado dela o discípulo a quem ele
amava, disse a sua mãe: Mulher, eis aí o teu filho. Então disse ao
discípulo: Eis aí tua mãe. E desde aquela hora o discípulo recebeu
em sua casa.

Quando Jesus foi preso todos os seus discípulos fugiram, porém


quando Jesus já havia sido crucificado João voltou para estar ao pé
da cruz e assistir ao sofrimento e à morte de seu Mestre. Embora
estivesse sentindo uma dor indescritível, Jesus passou a conversar
com ele e com sua mãe, que se encontrava próxima dali com mais
três mulheres. Ele já não poderia mais cuidar dela, pois a natureza
de sua relação seria alterada para sempre. Escutemos atentamente
cada palavra.

"Aí está o seu filho" (Jo 19.26). Ele falou com o queixo apoiado no
peito, com os olhos fixos no chão. Apesar de ele ser filho de Maria,
não estava se referindo a si mesmo. Nessa hora ele usou a palavra
"filho" referindo-se a João, "o discípulo a quem Jesus amava" Ela
teria de "adotar" João como filho. João iria preencher da melhor
forma possível o vazio e a dor provocados pela morte de Jesus.
Maria estava perdendo um filho, mas ganhava outro. Ele mal havia
conseguido expressar essas palavras, quando outro gemido deixou
seus lábios ressecados. Ele esforçou-se para ser ouvido e tentava
olhar na direção de João. "Aí está a sua mãe" (Jo 19.27)

Jesus, suspenso na cruz, pensou nos outros. Antes que a presença


de Deus se afastasse e as trevas se espalhassem sobre a terra,
Jesus tomou providências com relação a sua mãe. William Barclay
escreveu: "Há algo de infinitamente comovente no fato de que
Jesus, na agonia da cruz, no momento em que estava em jogo a
salvação do mundo, pensasse na solidão de sua mãe durante o
tempo em que lhe seria tirado". Ele, até o fim, continuou sendo um
dedicado primogênito.

Mulher, eis aí o teu filho. Então disse ao discípulo: Eis aí tua


mãe.

4 - A palavra de angústia - Deus meu, Deus meu, por que me


desamparaste? Mateus 27:46

Cerca da hora nona, bradou Jesus em alta voz, dizendo: Eli, Eli,
lamá sabactani; isto é, Deus meu, Deus meu, por que me
desamparaste?

O Pai ocultou o seu rosto do Filho porque Jesus tinha se tornado


pecado por nós. O Filho que conhecia tão bem a intimidade com o
Pai, o Filho que conhece tão bem o Pai como ninguém o conhece,
estava experimentando o que havia pedido para não experimentar.
Ser abandonado pelo Pai, algo que nunca havia conhecido antes
era experimentado agora em toda a sua plenitude. Jesus, o Filho de
Deus, levava sobre si a maldição de toda a humanidade. Somente
na cruz podemos ver o amor de Deus de maneira absolutamente
clara. Vemos sua maior iniciativa para nos alcançar, seu mais forte
desejo de nos resgatar. O próprio Deus veio para o lado do abismo
em que estávamos, disposto a sofrer conosco e por nós. No
Gólgota, seu amor irrompeu sobre o mundo com amor
inconfundível.

Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?

5 - A palavra pedido - Tenho sede... João 19:28


Depois, sabendo Jesus que todas as coisas já foram consumadas,
para que se cumprisse a Escritura, disse: Tenho sede. João 19.28

A começar no Getsêmani, onde Jesus suou a ponto de derramar


gotas de sangue, passando pela prisão e pelos julgamentos perante
Anás e Caifás; a noite passada nas masmorras, com uma nova
série de julgamentos ao longo da manhã; o açoitamento e a
obrigação de carregar a cruz, um sofrimento dessa natureza
esgotaria os líquidos de seu corpo. Então, durante seis horas, ele
ficou pendurado na cruz sem ter acesso a qualquer líquido.

Felizmente, Jesus sofreu com os lábios ressecados para que


pudéssemos beber das fontes da salvação. Jesus bebeu do cálice
da morte para que pudéssemos beber do cálice da vida. Ele bebeu
o cálice da ira para que bebêssemos do cálice das bênçãos.
"Conheça o Cristo sedento na cruz, e sua alma jamais tornará a
sentir sede". Tome agora um gole da água da vida, e irá desfrutá-la
para sempre.

Tenho sede...

6 - A palavra de Plenitude ou de vitória - Está consumado!...


João 19:29-30

Estava ali um vaso cheio de vinagre. Embeberam de vinagre uma


esponja e, fixando-a num caniço de hissopo, lha chegaram à boca.
Quando, pois, Jesus tomou o vinagre, disse: Está consumado!...

Embora Jesus tenha agonizado por pelo menos seis horas no


processo de tortura chamado de crucificação, ele nunca esqueceu
seu propósito. Ele nos lembra desta palavra vitoriosa, de que sua
missão foi cumprida. Ele aguentou até o fim. Agora temos a palavra
de Vitória. A palavra de vitória foi uma palavra de resgate. Quando
um devedor saldava todo o seu subsídio junto ao credor, uma
promissória recebia este registro: “Tetélestai” (“Está pago”). Jesus
rasgou o escrito da dívida que era contra nós e o encravou na cruz.
Ele pagou nossa dívida; quitou nosso subsídio. Nossa dívida com
Deus era infinita. Nada que esteja contaminado pode entrar no céu
(Ap 21.27). A palavra de vitória foi uma palavra de “direito
permanente de posse”. Quando Cristo bradou na cruz “Está
consumado!”, ele estava nos entregando o certificado, a garantia e
a escritura registrada de uma herança eterna, incorruptível e
gloriosa no céu. Nessas palavras, encontramos a certeza de nossa
salvação, a convicção de que nossos débitos para com o Pai foram
pagos pelo Rei dos reis, Senhor dos senhores. A árdua
responsabilidade do sofrimento, a terrível experiência de ser
separado da presença do Pai, a dolorosa missão de ser tratado
como pecador tudo isso já era passado.

Está consumado!...

7 - A palavra de Partida ou resignação - Pai, nas tuas mãos


entrego o meu espírito. Lucas 23:46

Jesus, clamando com grande voz, disse: Pai, nas tuas mãos
entrego o meu espírito. E, tendo dito isso, expirou. - Aqui na terra,
Jesus viveu na presença do Pai, mas agora ele estava voltando
para a glória e para uma comunhão mais íntima com o Pai. Seu
último brado expressou a confiança de que ele seria bem recebido
na casa do Pai. Mesmo em seu último suspiro, Jesus ainda era Rei.
Aquele que declarou que nenhum homem poderia lhe tirar a vida
morreu com hora marcada e da maneira determinada. No Antigo
Testamento, a instrução expressa sobre o momento em que o
cordeiro da Páscoa deveria ser sacrificado era "ao pôr-do-sol" de
acordo com a tradição judaica, algo entre três e seis horas da tarde
("crepúsculo"; Êx 12.6; ara). Jesus foi crucificado exatamente no dia
em que o cordeiro da Páscoa iria ser sacrificado (Jo 18.28). Às três
horas da tarde, deu seu último brado, cumprindo seu papel de
"Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo" (Jo 1.29).

Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito.

No sofrimento da cruz, não encontramos apenas o perdão, mas


também a cura para nossas mais profundas mágoas. Assim como
na cruz, ocorre uma permuta pelos nossos pecados, nossos
pecados são creditados a Cristo, e sua justiça é creditada a nós,
nossos fardos emocionais também são transferidos para os ombros
dele. Certamente ele tomou sobre si as nossas enfermidades e
sobre si levou as nossas doenças; contudo nós o consideramos
castigado por Deus, por Deus atingido e afligido. Mas ele foi
transpassado por causa das nossas transgressões, foi esmagado
por causa de nossas iniqüidades; o castigo que nos trouxe paz
estava sobre ele, e pelas suas feridas fomos curados (Is 53.4,5).

A recompensa de Jesus é VOCÊ. É seu arrependimento. É sua


volta para ele. É sua conversão. Rejeitar Jesus é crucificá-lo de
novo. É cuspir no seu rosto outra vez. Recebê-lo traz-lhe alegria.
Cristo suportou tudo para conquistar você. Ele ama você. Você é
sua recompensa.
E por essas palavras ditas por Jesus podemos afirmar que a
manjedoura está vazia, a Cruz está vazia, e o Tumulo está vazio...
Ele vive, ele vive, ele vive.

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