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Como será que estava o coração de Jesus durante suas últimas horas de vida? Em
quem e no que será que Ele pensou naqueles momentos? Ao morrer, da forma como
morreu, nos aproximou mais dEle, e cada vez que chegamos perto da cruz, O amamos
ainda mais.
Foram sete as últimas palavras de Jesus. As três primeiras, proferidas durante as três
primeiras horas de sua crucificação; as outras quatro, Ele as pronunciou numa rápida
sucessão, nos momentos finais de sua agonia.
1. Palavra de Compaixão - A dor que Jesus estava sentindo, não somente na alma,
mas no seu corpo era impossível de ser medida. Afinal, Ele carregava a dor da punição
dos pecados do mundo inteiro. Por ser Deus e nos amar de forma incomensurável, foi
à cruz de maneira voluntária, morrer por cada um de nós, inclusive por Maria, sua mãe
aqui na terra. Jesus não se preocupou apenas com o perdão dos pecados de Maria,
mas com ela integralmente. Nos últimos momentos de vida ele pensou em Maria, teve
compaixão dela e entregou-a aos cuidados de João. Ela não pediu, Ele decidiu cuidar
dela. Ela não exigiu, Ele voluntariamente resolveu agir em favor dela. E para quem Ele
pediu? Para João. Mas logo João que o havia abandonado? João era o discípulo amado,
que na hora do julgamento de Jesus, fugiu. Mas, a cruz sempre gera recomeço. A cruz,
por causa da compaixão de Jesus, produz perdão de pecados e libertação de culpa.
“Mulher aí está o teu filho, filho aí está tua mãe” (Jo 19:26-27) dito, provavelmente, de
maneira ofegante, mostra que mesmo na hora da morte, Jesus manteve o foco nas
pessoas. Existem muitas Marias ao nosso redor para serem cuidados. E não somente
Marias, muitos Marios também. João foi restaurado quando se aproximou da cruz. A
compaixão de Jesus também se estende a você, hoje.
2. Palavra de Perdão – “Pai perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem” (Lc
23:34). Esta oração é feita por Jesus em um momento de grande crise sob o ponto de
vista humano. Do ponto de vista de Deus era um passo fundamental no cumprimento
de seu plano, para resgate da humanidade. Considerando o contexto desta oração é
possível destacar alguns pontos:
1. Ela é o cumprimento da promessa de que o filho de Deus seria crucificado com
pecadores (Is 53:12);
2. Neste momento Jesus expõe publicamente o pecado dos judeus e ressalta que
eles estão agindo por ignorância;
3. Jesus dá o exemplo de que devemos interceder pelos nossos inimigos diante de
Deus. A intercessão era um habito na vida de Jesus. Os textos abaixo mostram
por quem Ele intercedeu:
Pelos pecadores – Is 53:12
Pelos crentes fracos – Lc 22:32
Pelos inimigos – Lc 23:34
Para envio do Consolador – Jo 14:16
Especialmente pela igreja – Jo 17:9
4. Palavra de Angústia – “Eli, Eli, lemá sabactâni, que quer dizer: Deus meu, Deus
meu, por que me desamparaste?” (Mt 27:46). Este brado de abandono ocorreu no
meio das trevas. É ele que nos faz penetrar no mistério do Deus sofredor. O texto
sagrado nos diz que, por um ato divino sobrenatural, o sol se escondeu e, durante três
horas, as trevas cobriram a terra. Naquelas horas de trevas, Jesus se tornou
legalmente culpado por todos os nossos pecados. Pense nisso: legalmente culpado de
imoralidade sexual, de impureza e libertinagem, de abuso de menores, de pedofilia, de
adultério, de idolatria e feitiçaria, de ódio, de discórdias, de ciúmes, de ira, de egoísmo
e inveja, de alcoolismo, de assassinato, de ganância e de coisas semelhantes. Podemos
verificar que, de todos os registros de sua vida e ministério, somente neste momento
Jesus se refere ao Pai como “Deus”. A mudança de tratamento demonstra a quebra de
comunhão entre o Pai e o Filho, e essa era a razão de sua angústia. O abandono do Pai
era o gole mais amargo do cálice que Jesus decidiu beber. O clamor de Jesus ecoa pelo
universo, e Deus permanece em silêncio. Por quê? O abandono é necessário porque a
santidade Deus não poderia conviver com os pecados do mundo, que agora estavam
sobre os ombros de Jesus.
CONCLUSÃO:
1. Você gravou as últimas palavras de alguém que marcou sua vida? O que elas
significaram para você?
3. Das sete frases ditas por Jesus na cruz, qual a que mais lhe impressiona? Por
quê?
4. Como você acredita que reagiria se fosse julgado injustamente e condenado à
morte?
6. Qual foi o dia em que você mais teve sede na sua vida? Como resolveu o
problema?
NOITE
Assim como Jesus marcou a vida de muitas pessoas através de suas últimas palavras
antes de morrer, Ele marcou a vida de muitos com as suas primeiras palavras após
ressuscitar. A ressurreição é a centralidade da nossa fé. Se Jesus não houvesse
ressuscitado, seria vã a nossa fé. Várias são as lições que podemos aprender ao
observarmos os encontros que Jesus teve antes de ascender aos céus.
Maria Madalena e algumas amigas foram, ainda de madrugada, até o jardim para
derramar bálsamo sobre o corpo de Jesus e assim prestar a última homenagem ao
Mestre. Ao chegarem, encontram a entrada do túmulo escancarada, e não vêem o
corpo! Dois anjos se aproximaram e perguntam: ”Mulher, por que você está
chorando?” Depois de ver a vida santa de Jesus se esvair numa cruz entre dois
malfeitores, agora ela está sob o impacto de ver que o corpo de Jesus desapareceu,
possivelmente até terá sido roubado! Então, outra voz lhe pergunta: “Mulher, por que
está chorando? Quem você está procurando?” Esse é Jesus que está ao seu lado, mas
ela o confunde com o jardineiro, e questiona: “Se o Senhor o levou embora, diga-me
onde o colocou e eu o levarei.” Maria está triste, muito triste. É comum a tristeza
profunda de alma tirar a nossa capacidade de enxergar e de ouvir. A dor da perda nos
leva a concluir sempre o pior. A situação fica fora de controle, não vemos saída. Mas o
Cristo vivo está sempre pronto a nos dar vida plena, cuja marca registrada é a alegria.
Mas basta um encontro, neste caso um reencontro: “Maria”; “Mestre”. E num
segundo, Maria viaja da tristeza profunda à alegria extrema. Jesus está vivo, e essa era
a melhor notícia possível. Maria Madalena foi e anunciou aos discípulos: “Eu vi o
Senhor!”
Diz o texto que “Dois discípulos saindo de Jerusalém, seguiam a caminho de uma
aldeia chamada Emáus. Enquanto caminhavam, conversavam e discutiam a respeito
dos últimos acontecimentos”. É natural que os discípulos estivessem preocupados e
confusos. Afinal, o resumo dos últimos dias era terrível. Para os que acreditaram em
JESUS e apostaram tudo nele, a crucificação significava o sepultamento definitivo de
suas esperanças. Em plena caminhada, o próprio Jesus se aproxima e anda com eles.
Enquanto os discípulos estão decididos a se afastar, Jesus toma a atitude de se
aproximar. Mas os discípulos não reconhecem quem está ao lado deles. Primeiro não
reconhecem porque, humanamente falando, não havia a menor chance de encontrar
Jesus ali. Depois não reconhecem porque, assim como os demais discípulos, ficaram na
sepultura mais do que o próprio Jesus. Sem considerar os ensinamentos do Mestre,
mantiveram sua mente fixada na morte. Nos nossos dias isso ainda se repete. Muitos
são os que adoram e cultuam o Cristo crucificado. O Cristo que nada pode fazer por
eles, uma vez que está morto.
Mas Jesus não apenas se aproxima. Ele interage com eles quando pergunta: “O que
preocupa vocês, e sobre o que discutem, enquanto caminham?” Ao responderem a
provocação feita por Jesus, deixam escapar seu juízo de valor a respeito do Mestre:
“Foi um profeta poderoso em obras e palavras diante de Deus e diante de todo o
povo”. Ao dizerem isso, demonstram acreditar que o destino de Jesus seria o mesmo
de todos os profetas: a morte. Jesus, então, explica as passagens da Escritura,
evocando Moisés e os Profetas, e chama a atenção deles para as palavras proféticas a
seu próprio respeito e os faz entender que tudo o que tinha acontecido estava
completamente de acordo com as profecias. Ao se aproximarem de seu destino, os
discípulos insistem para que o companheiro de viagem não siga só. “Fica conosco” é o
pedido insistente, dirigido a quem ainda não reconhecem. Jesus entra na casa, e
quando à mesa toma o pão, reparte-o e abençoa-o, então os seus olhos são abertos e
o reconhecem, mas Ele desaparece da presença deles. A morte de Jesus na cruz do
calvário, embora difícil de ser digerida pelos seus seguidores, cumpriu literalmente as
profecias a respeito do Messias.
No relato de I Cor 15:8, a apóstolo Paulo menciona várias pessoas que estiveram com
Jesus após sua ressurreição e diz: “Por último, depois de todos, [Jesus] apareceu
também a mim, como para alguém nascido fora de tempo”. Paulo antes desse
encontro era um homem extremamente religioso. Acreditando ser uma pessoa justa e
piedosa, estava disposto a maltratar, perseguir e consentir na morte de cristãos,
crendo que estava fazendo a vontade de Deus. Porém, este homem que perseguiu a
igreja de Deus, teve um encontro pessoal com o Cristo ressurreto e foi confrontado
com sua própria realidade. Diante da luz da presença de Jesus, ficou evidente quem
Paulo realmente era: um fanático religioso, um malfeitor travestido de doutor da lei,
um pecador que, apesar das aparências, estava afastado da presença de Deus (Rom.
3.23). O encontro com o Cristo ressurreto transformou este homem no maior
missionário de todos os tempos. O homem que respirava ameaças e morte contra os
discípulos do Senhor (Atos 9.1), passou a ser aquele que dizia que para ele “o viver é
Cristo, e morrer é lucro” (Fil. 1.21). Tomar que o encontro com o Cristo ressurreto nos
leve a dizer como Paulo: “já não sou eu quem vive, mas Cristo é quem vive em mim”
(Gal. 2.20).
CONCLUSÃO:
1. Você tem informação a respeito de alguma outra religião, onde o líder tenha
ressuscitado após morrer, e aparecido a tantas pessoas, como no caso do cristianismo
e de Jesus?
2. Por que os judeus tiveram, e ainda têm, grande dificuldade para reconhecer
Jesus como o Messias enviado por Deus?
3. Que importância tem para sua fé o fato de Jesus ressurreto ter aparecido a
tantas pessoas, e isso ter sido registrado?
7. Que implicações há para a sua vida saber que a morte de cruz que Jesus
experimentou, cumpriu integralmente as profecias a respeito do Messias?
9. Como é possível dizer que Paulo era um religioso, se ele perseguia os cristãos a
te a morte?
10. Nos nossos dias é possível dizer como Paulo: “já não sou eu quem vive, mas
Cristo é quem vive em mim” (Gal. 2.20)? Que implicações práticas isso produz em
vida?