Você está na página 1de 12

CADERNO DE ORAÇÕES PARA A

Páscoa
EM FAMÍLIA
MEMORIAL DA PAIXÃO, MORTE E RESSURREIÇÃO
DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO

Ao lado do Natal, a Páscoa é o momento religioso mais impor-


tante do ano: os mistérios da Encarnação, Paixão, Morte e
Ressurreição de Jesus Cristo são o núcleo da nossa fé, o
sentido das nossas vidas. O verdadeiro sentido da Páscoa
é a Ressurreição de Nosso Salvador Jesus Cristo, a Sua
vitória sobre a morte. Mas a Glória da Ressurreição é
inseparável da Paixão, do sofrimento moral e físico de Jesus
Cristo, que morre vilipendiado na Cruz.

Aproveitemos este tempo especial para pedir a Jesus que au-


mente a nossa fé, para que possamos testemunhar uma vida
nova, transformada por Deus. Invoquemos todos a Santíssima
Trindade:

TODOS: “Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”.

Para começarmos nossa reflexão, invoquemos também a Virgem


Maria, nossa Mãe, criatura mais próxima de Cristo, enquanto
estava na Terra e agora no Céu:

1
TODOS: “AVE MARIA, cheia de graça, o Senhor é convosco,
bendita sois vós entre as mulheres, bendito é o fruto do vosso
ventre, Jesus. Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós,
pecadores, agora e na hora da nossa morte. Amém.”

ENTRADA TRIUNFAL DE JESUS EM JERUSALÉM

No domingo seguinte à ressurreição de Lázaro, Jesus se


encaminhou a Jerusalém montado sobre um jumentinho.
E, conforme se aproximava da cidade santa, a multidão
ao seu redor ia aumentando.

Os filhos dos Hebreus, levando ramos de Oliveira, saíam ao


encontro de Jesus, clamando e dizendo:

TODOS: “Glória nas alturas! Bendito o que vem em


nome do Senhor!”

O povo adorava Jesus, todo mundo gostava de estar perto dEle,


porque Ele era muito bom, falava de Deus e cuidava das pessoas,
curava os cegos, deu comida para muitas pessoas, transformou
a água em vinho.

2
“Jesus contentava-se com um pobre animal por trono”, comenta
São Josemaria Escrivá, “Pensai nas características de um jumento,
de um burrico jovem, com as orelhas tesas, austero na comida,
duro no trabalho, com o trote decidido e alegre. Há centenas de
animais mais formosos e mais hábeis, mas Cristo preferiu este
para se apresentar como rei diante do povo que o aclamava,
porque Nosso Senhor ama a alegria do coração moço, o passo
simples, a voz sem falsete, os olhos limpos, o ouvido atento à sua
palavra de carinho. É assim que reina na nossa alma”

Jesus tinha decidido voltar a Jerusalém para ali celebrar a Páscoa


com os seus amigos. A Páscoa era a mais importante das festas
judaicas, instituída para comemorar o Pacto, a Aliança que Deus
tinha feito com o seu povo depois do período de escravidão no
Egito. Com sua vitória sobre a morte, Jesus Cristo instaura a Nova
Aliança, o triunfo definitivo do Amor sobre o pecado, entre-
gando-se a Cruz por nós e ficando presente no Pão Eucarístico.

A ÚLTIMA CEIA: O BANQUETE EUCARÍSTICO

Na véspera de sua morte, Jesus reuniu os seus apóstolos para a re-


velação mais importante e decisiva para nossa salvação. Disse-lhes
o Mestre: “Desejei ardentemente comer esta Páscoa convosco,
antes de padecer”. Sabendo que estava próxima a hora de passar
deste mundo para o Pai, por amar os seus que estavam no mundo,
amou-os até o fim. Não há prova de amor maior do que se entregar
elos irmãos. Jesus, então, entregou o seu corpo e seu sangue, de
forma misteriosa, no pão e no vinho: “Isto é o meu corpo que é
entregue por vós. Fazei isto em minha memória”. Pouco depois, ao
fim da Ceia, Jesus tomou o cálice com o vinho, acrescentou um
pouco de água como era costume, e, dando graças, ofereceu-o aos
apóstolos com estas palavras: “Este cálice é a nova aliança no meu
sangue, que é derramado por vós”.

(SILÊNCIO) 3
São palavras misteriosas que os discípulos conservarão como um
dos maiores tesouros da fé e transmitirão imediatamente às
primeiras gerações de cristãos. Bem depressa, vemos como se
formou já uma tradição na Igreja primitiva à volta da Eucaristia,
sendo a Santa Missa a mais antiga e fundamental Celebração
Litúrgica dos Cristãos, estabelecida pelo próprio Cristo que
continua presente, com seu Corpo imaculado e Sangue redentor,
entre nós.

É esse mistério que celebramos diariamente na Santa Missa, o


mistério da entrega de Cristo por nós, na Eucaristia que celebra
a sua Morte e Ressurreição. Jesus está verdadeiramente vivo nas
espécies eucarísticas do Pão e do Vinho: nisso, sempre acreditaram
os cristãos, desde os primeiros apóstolos que presenciaram este
fato transcendente.

Jesus oferece o mesmo Corpo que morrerá na Cruz, a palavra


“entregue” era o termo religioso para expressar a morte em
sacrifício. E “fazer em memória”, como os israelitas faziam com
o rito pascal, não significava uma mera recordação, mas uma
atualização para a participação de todas as gerações naquele
gesto. Não se trata, pois, de recordar somente a sua Ceia, mas de
renovar o seu próprio Sacrifício Pascal do Calvário, que está
antecipado nesta última Ceia.

PAIXÃO E MORTE DE JESUS CRISTO

Depois do jantar, ele saiu com alguns amigos para um jardim


onde costumava rezar e entrou em um lugar mais isolado do
jardim com três dos seus discípulos: Pedro, Tiago e João. E lhes
disse: “Minha alma está triste até a morte, fiquem aqui comigo,
em vigília”.
4
Jesus se afastou deles uns trinta metros para rezar sozinho ao Pai,
experimentando o sofrimento de quem, em pouco tempo, seria
entregue aos seus inimigos.

Jesus dirige-se ao Pai numa oração cheia de confiança e de ternura.


“Meu Pai, se é possível afasta de mim esse cálice, mas que seja
como tu queres”. E, depois de pouco tempo, voltou e encontrou
seus três amigos adormecidos. Naquela solidão, não encontrou o
calor dos seus discípulos, o alívio da amizade.

Nessa hora, quando Ele estava rezando, um dos que era seu amigo,
chamado Judas, foi até Ele e, com um beijo, mostrou aos que queria
prender Jesus quem eles procuravam. Mesmo sem reconhecê-Lo
culpado, Pilatos mandou que o flagelassem e crucificassem,
atendendo ao povo, que, enfurecido, mandava soltar Barrabás e
crucificar Jesus. O povo gritava: “Crucifica-O! Crucifica-O!”.

Jesus sofreu muito, tanto física quanto espiritualmente. Foi espan-


cado, cuspido, humilhado, debochado. Sua pele em carne viva
sangrava a cada chicotada e ainda foi, ironicamente, coroado de
espinhos pelos soldados romanos. Seu coração misericordioso,
porém, não reagia com violência, mas pedindo perdão ao Pai pelos
que O injuriavam, exatamente como ensinara no Sermão da
montanha:

Para nos redimir, Jesus assumiu todos os nossos sofrimentos e


carregou todas as nossas dores, foi trespassado pelas nossas
iniqüidades e triturado pelos nossos pecados. Suportando sozinho
todo o castigo, trouxe-nos a paz.

Por acaso não continuamos a abandonar e crucificar Jesus Cristo


também hoje em dia? Também nós não gritamos: Crucifica-O! Não
queremos que Ele seja o nosso Rei. Jesus, são muitos os que não te
querem! Fala-se de pecados “coletivos”, mas são sempre os mesmos
pecados “pessoais” a causa pela qual as sociedades Te rejeitam,
destruindo a família, corrompendo a juventude, infeccionando os
meios de comunicação e de cultura, os estabelecimentos de ensino,
sujando os negócios e a administração pública.
5
Que necessidade tão grande temos de reparar pelos nossos pecados
e pelos do mundo inteiro! Que necessidade temos de amar! Não
devemos esquecer nunca que “os nossos pecados atingem o próprio
Cristo”. Por causa deles, Jesus foi considerado um malfeitor, como
o pior e o mais desprezível dos homens.

Se perguntarmos a Jesus se Ele quer nossa ajuda, poderemos escutar


em nossos corações a resposta: “quando ajudas o teu próximo, é a
mim que ajudas”.

Existe uma intimidade com Cristo que só se alcança quando se sobe


com Ele até o Calvário, passo a passo, levando uma parte da Cruz
divina. É possível que Deus não queira agora para nós uma vida
inteira de sofrimentos e dores sem cura. A nossa pequena cruz nos
espera em cada dia, nas dificuldades normais da nossa vida. Se pu-
déssemos consolar Jesus na sua solidão com a nossa fidelidade de
cada dia! Pedimos à sua Mãe que, no meio da nossa vida diária, se
complete em nós, ainda que de um modo tão insuficiente, o que falta
aos sofrimentos de Cristo (Col. 1, 24). A nossa dor oferecida, as
nossas penas e fadigas acolhidas com ânimo sereno, servem para
acompanhar Cristo no seu caminho até a Cruz. Convertemo-nos em
corredentores com Ele!

Devemos procurar aceitar a nossa cruz com paz, e é no espírito de


renúncia diário que a elevamos a Deus, consagrando-Lhe o cumpri-
mento dos nossos deveres de cada momento, a despeito das
adversidades e das contrariedades que não devem nos afastar Dele.

Do alto da Cruz, Jesus contempla várias pessoas que por ali passavam
e O injuriavam, ridicularizando o seu sofrimento. E, apesar de sofrer
tantos e tão terríveis tormentos, Jesus suplicava “Pai, perdoa-lhes,
porque não sabem o que fazem”. As suas palavras são de amor e de
misericórdia. O amor sobrepõe-se à dor. A caridade sempre soube
desculpar mesmo aquilo que não tinha desculpa alguma. Se o amor
não encontra uma boa desculpa para as ofensas alheias, inventa-as.

6
Mas nem todos O traíram. Alguns poucos permaneceram fiéis.
Crucificado, sufocado por uma dor aterradora, Jesus avista a sua
mãe e o seu discípulo amado, João. Que alívio e conforto não deve
ter sentido Deus feito homem! Sim, a mãe de Jesus estava aos pés
da Cruz: de pé (Jo 19: 25). A mãe de Jesus, que participou de modo
único da encarnação de Deus-Filho, é o exemplo supremo de vida
cristã, de oração, de discrição, de entrega fiel ao plano de Deus.
“Escrava do Senhor”, Maria ama até o fim, com fortaleza e dedica-
ção, tão integralmente unida estava com Deus.

Do alto da Cruz, Jesus dedica quem mais ama, a sua mãe, ao


discípulo amado, João. O que mais Jesus poderia lhe deixar, senão
o seu bem mais precioso, a única pessoa completamente agraciada,
isenta de todo pecado, Maria? Jesus diz à sua mãe: “Mulher, eis aí
o teu filho”. Ao discípulo, diz: “Eis aí a tua mãe.” (Jo 19: 27). A
partir desse momento, João será o filho de Maria, levando-a para
casa. Em João, todos nós nos tornamos filhos de Maria. Jesus é o
Filho único, mas a maternidade espiritual de sua Mãe estende-se
a todos os homens, que Ele veio salvar. Jesus nos tornou filhos de
Deus e de Maria.

São Josemaria ensina: “Se queres ser fiel, sê muito mariano. A nossa
Mãe – desde a embaixada do Anjo até a sua agonia aos pés da Cruz
– não teve outro coração nem outra vida que não a de Jesus. Recorre
a Maria com terna devoção de filho, e Ela te alcançará essa lealdade
e abnegação que desejas.” Quando sentirmos a tentação de desertar,
de fugir da Cruz que liberta, mostra-nos, Maria, mãe de Jesus, que
és também nossa Mãe. Mostra-nos onde está o teu Filho, na paz e
na alegria de Belém, no júbilo do Casamento em Caná, e na dor e
no desamparo do Calvário.

Jesus estava já há mais de 15 horas sem comer nem beber nada, e


disse: “Tenho sede”. Um dos soldados molhou uma esponja em
vinagre, colocou-a na ponta de uma vara e aproximou-a de Jesus.
Jesus provou o vinagre e disse: “Tudo está consumado!”. Dono da
sua vida, Jesus a entregou livremente ao Pai para redenção de todos
os homens. A seguir, bradou: “Pai, nas tuas mãos entrego o meu
espírito”.
7
Estar nas mãos de Deus significa estar sob a sua proteção e cuidado.
Esta plena confiança em Deus nos dá um modo de ser no mundo
especialmente amoroso, que é uma das principais manifestações da
filiação divina, que Jesus, com a encarnação e morte como homem,
abre para todos nós.

E, agora, Jesus estava morto!

(SILÊNCIO)

Tudo ficou escuro, bem escuro. O véu do Templo rasgou-se em duas


partes de alto a baixo, a terra tremeu e as pedras fenderam-se. E as
nuvens choravam do céu. São Jerônimo explica que as trevas
exprimem o luto do universo pelo seu Criador, o protesto da
natureza contra a morte injusta do seu Senhor.

O centurião que tinha executado a sentença encheu-se de temor e


exclamou: “Verdadeiramente, este homem era Filho de Deus”.
Também nós precisamos de um terremoto..., mas na alma; que se
produza em nós algo parecido ao que aconteceu naquela tarde no
Calvário.

É necessário que um santo temor de Deus despedace de uma vez por


todas a nossa alma, por vezes dura como uma pedra, e a prepare
para que possa se encher de amor e de veneração pelo Senhor. O
temor de Deus não é medo de represálias e castigos eternos, mas
um receio de desgostar um Pai que nos ama e a quem queremos
amar no meio da nossa fraqueza.

No fim do dia, desceram o corpo de Jesus e o colocaram numa


caverna protegida por um guarda pra ninguém entrar lá. Os amigos
de Jesus ficaram sozinhos, como se tudo aquilo com que eles
sonharam tivesse acabado.
8
RESSURREIÇÃO DE JESUS CRISTO

No domingo bem cedinho, três amigas de Jesus foram lá na gruta


onde ele foi sepultado. Elas estavam tristes porque ele tinha morrido,
e levavam perfumes para ungir o corpo do Senhor. Perguntavam-se
quem, tão cedo, ajudaria a remover a pedra enorme que tinha sido
colocada na frente do sepulcro.

Para a surpresa das mulheres, o sepulcro estava aberto. Maria Madalena,


ao perceber que o corpo de Jesus não estava em nenhuma parte, saiu
correndo para avisar Pedro, o líder dos apóstolos, e João, o discípulo
amado.

Sem saber o que fazer, as outras duas mulheres – Maria (mãe de Tiago)
e Salomé – ficaram por ali, quando viram dois anjos que disseram: “não
tenham medo, Jesus não está mais aqui porque ele está vivo!” E eles
saíram correndo: “Jesus está vivo, Jesus está vivo!Cristo vive.” Esta é a
grande verdade que enche de conteúdo a nossa fé.

Jesus, que morreu na cruz, ressuscitou; triunfou da morte, do poder das


trevas, da dor e da angústia. Este é o dia que o Senhor fez para nós!
Alegremo-nos! A sua Ressurreição revela-nos que Deus não abandona
os seus.

“Pode a mulher esquecer o fruto do seu seio e não se compadecer do filho


das suas entranhas? Pois ainda que ela se esquecesse, eu não me esquece-
rei de ti”, Ele nos havia prometido. E cumpriu a promessa.

“Pode a mulher esquecer o fruto do seu seio e não se compadecer do filho


das suas entranhas? Pois ainda que ela se esquecesse, eu não me esquece-
rei de ti”, Ele nos havia prometido. E cumpriu a promessa.
9
A ressurreição de Cristo não é fruto de uma especulação, de uma
experiência mística: é um acontecimento, que ultrapassa certamente
a história, mas verifica-se num momento concreto da história e deixa
nela uma marca indelével.

A luz, que encandeou os guardas no sepulcro de Jesus, atravessou o tempo


e o espaço. É uma luz diferente, divina, que fendeu as trevas da morte e
trouxe ao mundo o esplendor de Deus, o esplendor da Verdade e do Bem.
Tal como os raios do sol, na primavera, fazem brotar e desabrochar os
rebentos nos ramos das árvores, assim também a irradiação que transborda
da Ressurreição de Cristo dá força e significado a cada esperança humana,
a cada expectativa, desejo, projeto.

Por isso, hoje, o universo inteiro se alegra, implicado na primavera da


humanidade, que se faz intérprete do hino de louvor da criação. O Aleluia
pascal, que ressoa na Igreja peregrina no mundo, exprime a exultação
silenciosa do universo e, sobretudo, o anseio de cada alma humana aberta
sinceramente a Deus, mais ainda, agradecida pela sua infinita bondade,
beleza e verdade.

“Na vossa ressurreição, ó Cristo, alegrem-se os céus e a terra”. A este convite


ao louvor, que hoje se eleva do coração da Igreja, os céus responde plena-
mente: as multidões dos anjos, dos santos e dos beatos unem-se unânimes
à nossa exultação. Juntemo-nos aos céus com todo o nosso amor e louvor!
Agora, confiantes de que o Pai escuta o Filho, rezemos com fé e amor:

“Pode a mulher esquecer o fruto do seu seio e não se compadecer do filho


das suas entranhas? Pois ainda que ela se esquecesse, eu não me esquece-
rei de ti”, Ele nos havia prometido. E cumpriu a promessa.

“PAI NOSSO, que estais no céu, santificado seja o vosso nome, venha a nós
o vosso reino, seja feita a vossa vontade, assim na terra como no céu. O pão
nosso de cada dia nos dais hoje, perdoai as nossas ofensas, assim como nós
perdoamos a quem nos têm ofendido. E não nos deixeis cair em tentação
mas nos livrai do mal. Amém.”

10
Fontes:

Bíblia de Jerusalém. Editora Paulus.


São Josemaria Escrivá. É Cristo que passa.Editora Quadrante.
_____. Santo Rosário.Editora Quadrante.
_____. Via-Sacra.Editora Quadrante.
Francisco Fernandez-Carvajal, A vida de Jesus.Editora Quadrante.
_____. A cruz de Cristo. Editora Quadrante.
_____. Falar com Deus. Meditações para dia do ano. Editora Quadrante.
Bento XVI. Homilia pascal de 2011.

Diagramação: Luise Ribeiro


Texto: Victor e Laise Sales Pinheiro

Você também pode gostar