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A Última Ceia começa com o pôr-do-sol. Jesus recita os salmos com voz
firme e num tom particularmente expressivo. São João diz-nos que Jesus
desejava ardentemente comer essa Páscoa com os seus discípulos3.
O que Cristo fez pelos seus pode resumir-se nestas breves palavras de São
João: amou-os até o fim5. Hoje é um dia especialmente apropriado para
meditarmos nesse amor de Jesus por cada um de nós e no modo como lhe
estamos correspondendo.
III. NISTO CONHECERÃO todos que sois meus discípulos, se vos amardes
uns aos outros9.
Jesus fala aos Apóstolos da sua iminente partida, e é então que anuncia o
mandamento novo, proclamado também em todas as páginas do Evangelho:
Este é o meu mandamento: que vos ameis uns aos outros como eu vos amei 10.
Desde então, sabemos que “a caridade é o caminho para seguir a Deus mais
de perto”11 e para encontrá-lo com maior prontidão. Deus é Amor, e a alma
entende-o melhor quando pratica a caridade com maior finura, e torna-se mais
nobre na medida em que cresce nessa virtude teologal.
O modo como tratarmos e servirmos os que nos rodeiam será o sinal pelo
qual nos hão de reconhecer como discípulos do Senhor. “Ele não fala em
ressuscitar mortos nem em qualquer outra prova evidente, mas nesta: que vos
ameis uns aos outros”12. “Muitos querem saber se amam a Cristo e procuram
sinais pelos quais possam descobri-lo. O sinal que nunca engana é a caridade
fraterna [...]. E essa é também a medida do estado da nossa vida interior,
especialmente da nossa vida de oração”13.
(1) Ex 12, 14; (2) Jo 13, 5; (3) Jo 13, 1; (4) Paulo VI, Homilia da Missa da Quinta-feira Santa,
27-III-1975; (5) Jo 13, 1; (6) 1 Cor 5, 7; (7) Lc 22, 19; (8) 1 Cor 2, 26; (9) Jo 13, 35; (10) Jo 15,
12; (11) São Tomás, Coment. à Epístola aos Efésios, 5, 1; (12) idem, Opúsculo sobre a
caridade; (13) B. Baur, A vida espiritual; (14) Jo 13, 34; (15) São Josemaría Escrivá, Amigos de
Deus, n. 287.