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Na antiga aliança as pessoas tinham seus pecados “expiados” através do sangue do animal que era sacrificado no altar do holocausto.
Propiciação:
A madeira é uma figura Bíblica do homem (que aponta para a perfeita humanidade de Cristo)
A forma do altar era meio “quadrada” – lembrava muito bem uma churrasqueira. O tamanho do altar do holocausto é muito controvérsia,
algumas literaturas falam 2,25m de largura e 1,35m de altura.
Postado bem à entrada do tabernáculo o altar do holocausto era o móvel central no culto diário dos israelitas (como a cruz precisa estar
centralizada em nosso culto)
Ele tinha uma base alta e apresentava quatro CANTOS com quatro pontas em forma de CHIFRES. Esses chifres ajudavam o sacerdote na
ministração da cerimônia, pois o animal ficava amarrado em um desses chifres – para depois ser sacrificado. Lembrando que tinha sangue
nas pontas dos chifres.
O propósito do holocausto era que por meio dele, as pessoas fossem aceitas e perdoadas diante de Deus (Levítico 1:4).
Para o holocausto, um animal macho era sacrificado: um carneiro, um bode, um boi ou uma rola (ou um pombinho) (Levítico 1:13-17). –
Como veremos a seguir.
A oferta deveria ser sem mancha ou defeito e mais saudável possível. (Levítico 1:3)
Isto representa o Senhor jesus, que foi examinado por Pilatos – qual declarou: “Não acho nele crime algum“. (João 18:38).
Todo dia, ao menos duas vezes, pela manhã e ao entardecer, os sacerdotes ofereciam a Deus sacrifícios em favor do povo, e que eram
totalmente queimados sobre este altar.
Mas não somente os sacrifícios regulares oficiados pelos sacerdotes eram realizados ali. Muitos outros sacrifícios realizados pelos israelitas
tinham lugar no tabernáculo.
Além do holocausto propriamente dito, outras ofertas eram feitas, quer com sacrifício animal quer com oferta de manjares.
Ele é “o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (Jo 1.29). Assim, nosso Senhor suportou, em nosso lugar, o juízo de Deus sobre o
pecado, fazendo-se pecado por nós (Is 53.4,10; Zc 13.7; Mt 26.39; 1 Tm 2.5,6).
Segundo a doutrina do Antigo Testamento, confirmada no Novo, “quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue; e sem
derramamento de sangue não há remissão” (Hb 9.22). O lugar em que foi cumprida de uma vez por todas tal realidade foi no Calvário (Hb
9.27,28). Nele, o Cordeiro de Deus, o Filho Unigênito, foi sacrificado por amor a nós (Jo 3.16).
1. Um lugar de expiação
A ideia-chave em torno do altar do holocausto era de expiação, do verbo
hebraico kaphar (ou kippur), que significa limpar, cobrir, remir. Ali a vida do animal sacrificado
encobria os pecados do penitente, afastando assim a ira de Deus. Todavia, aqueles sacrifícios somente
tinham efeitos porque eram prefigurações do perfeito sacrifício de Jesus Cristo, “o Cordeiro que foi
morto desde a fundação do mundo” (Ap 13.8) nos eternos desígnios de Deus. De tal modo que a
salvação dos crentes da antiga aliança não seu deu em razão do sangue de animais derramados sobre
o altar de bronze, mas em razão do sangue de Cristo vertido na cruz do Calvário, afinal o sacrifício de
Cristo também teve efeitos retroativos para aqueles que morreram na fé. Ninguém chegará ao céu
senão pelos méritos de Cristo!
Aliás, aqui reside a grande diferença entre os sacrifícios animais praticados desde a antiguidade entre
os pagãos e o sacrifício ordenado por Deus através de Moisés: é que nas religiões pagãs, alienadas do
verdadeiro conhecimento do Senhor, o sacrifício é um mero presente que se oferece aos deuses para
aplacar-lhes a ira, mas nem há a ideia de substituição de pecados e muito menos a prefiguração de um
Salvador humano. Todavia, está escrito: “é impossível que o sangue dos touros e dos bodes tire os
pecados” (Hb 10.4). Os israelitas tinham a noção de substituição; certamente não imaginavam todo o
valor tipológico daqueles sacrifícios, embora a revelação progressiva de Deus vá deixando isso cada vez
mais claro, como quando Isaías profetiza:
“Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si; e
nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido. Mas ele foi ferido por causa das nossas
transgressões, e moído por causa das nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava
sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. Todos nós andávamos desgarrados como
ovelhas; cada um se desviava pelo seu caminho; mas o Senhor fez cair sobre ele a iniquidade de
nós todos” (Is 53.4-6)
Em Isaías, Jesus é o cordeiro levado ao matadouro e a ovelha muda perante os seus tosquiadores (Is
53.7); no Novo Testamento, Jesus é o verdadeiro Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo! (Jo
1.29) Ele não só perdoa nossos pecados, afastando de nós a ira de Deus, como também nos justifica
(Rm 5.1), declarando-nos inocentes no tribunal do céu, e ainda mais: reconcilia-nos com Deus ( 2Co
5.19), fazendo-nos favoráveis diante dele! Uma das estrofes do hino 39 da Harpa Cristã retrata com
beleza poética esta obra maravilhosa da graça de Deus em Cristo Jesus:
Se nós a Ti confessarmos, E seguirmos na Tua luz, Tu não somente perdoas, Purificas também,
ó Jesus; Sim, e de todo o pecado! Que maravilha de amor! Pois que mais alvo que a neve. O Teu
sangue nos torna, Senhor.
“Quando alguma pessoa pecar, e cometer ofensa contra o SENHOR (…) por sua oferta pela culpa, trará, do rebanho, ao SENHOR
um carneiro sem defeito, conforme a tua avaliação, para a oferta pela culpa; trá-lo-á ao sacerdote, e o sacerdote fará expiação por ela diante
do SENHOR, e será perdoada de qualquer de todas as coisas que fez, tornando-se, por isso, culpada.” – (Lv 6. 2, 6, 7)
No holocausto, o animal era queimado sobre um altar em oferta ao Senhor – ou seja, uma oferta totalmente queimada perante o Senhor.
“e disse a Arão: Toma um bezerro, para oferta pelo pecado, e um carneiro, para holocausto,
ambos sem defeito, e traze-os perante o SENHOR.” (Lv 9. 20)
“Se a sua oferta ao SENHOR for holocausto de aves, trará a sua oferta de rolas ou de pombinhos.” (Lv 1. 14)
Em geral, as ofertas trazidas perante Deus deveriam custar algo àquele que as trazia.
A oferta em si não era o mais importante, mas a mudança que acontecia no coração das pessoas. Oferta sem mudança de coração não valia
de nada.
2. Transferência de culpa
No átrio do tabernáculo, na direção norte, junto ao grande altar de bronze onde as
chamas ardiam incessantemente, o transgressor impunha as mãos sobre a cabeça do
animal oferecido para sacrifício expiatório. Por essa imposição de mãos, o ofertante
não apenas identificava aquele animal como seu (ou seja, “minha oferta”), mas no
íntimo estava a dizer: será sacrificado em meu lugar. Como diz Claudionor de
Andrade, o crente hebreu fazia ali ao pé do altar de bronze “uma oração que, apesar
da ausência de palavras, era eloquente e persuasiva; implicava em sua total
submissão ao querer divino” [1]. Ocorria, então, a total entrega do animal e o
sacrifício expiatório, para que a culpa do pecado fosse removida e o ofertante
encontrasse o perdão de Deus. Cristo se entregou totalmente, sendo obediente até a
morte, e morte de cruz! (Fp 2.5-11)