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Os primeiros holocaustos
Desde o período mais remoto da história da humanidade a Bíblia registra a prática
de oferecer holocausto a Deus. Obviamente isso teve início após a Queda do
Homem. Antes, porém, não havia a necessidade do holocausto, pois o homem
desfrutava de plena paz com Deus. Mas quando essa comunhão foi quebrada, algo
precisou ser feito, pois o homem pecador não poderia mais se aproximar do
Santíssimo Deus.
O sistema sacrifical foi mencionado pela primeira vez na Bíblia de forma mais explicita
quando Noé saiu da arca após o dilúvio. De forma significativa, o primeiro ato do
patriarca sobrevivente foi adorar a Deus. Ele levantou um altar e ofereceu aves e
animais limpos em holocausto sobre o altar (Gênesis 8:20-22).
Mas vários aspectos desse sistema sacrifical remontam uma época anterior a Noé.
Apesar de não haver qualquer referência acerca da construção de um altar para
holocausto antes disso, Abel, filho de Adão, foi o primeiro homem a ser citado na
Bíblia apresentando uma oferta agradável ao Senhor; seu irmão, Caim, também foi o
primeiro homem citado a oferecer a Deus uma oferta reprovável (Gênesis 4:4,5). É
que possível Adão igualmente tenha oferecido sacrifícios ao Senhor, apesar de a
Bíblia não registrar isto.
Os três grandes patriarcas do povo de Israel também ofereceram holocaustos a
Deus. Abraão construiu altares ao Senhor, dos quais o mais conhecido e significativo
foi aquele erguido no Monte Moriá. Com a finalidade de testar Abraão, Deus lhe
pediu que seu filho fosse oferecido em holocausto. Abraão provou sua obediência
através de uma fé inabalável ao Senhor, e Deus providenciou um carneiro como
sacrifício substituto para Isaque (Gênesis 22:9-13; cf. Gênesis 12:6-8; 13:18).
Isaque também construiu um altar em resposta a revelação de Deus (Gênesis 26:23-
25). Mais tarde, Jacó também construiu altares ao Senhor (Gênesis 33:18-20; 35:1-7).
Mas a Bíblia não fala nada a respeito de como eram esses altares e do tipo de oferta
apresentada sobre eles.
Os holocaustos em Israel
Quando Deus libertou os israelitas do Egito, Ele instituiu a regulamentação de como
deveria ser o culto em Israel. Essas instruções foram fornecidas de forma detalhada
através de Moisés. Portanto, com a entrega da Lei no Monte Sinai os israelitas
receberam de Deus todas as informações necessárias para apresentar-lhe
holocaustos corretamente.
O livro de Êxodo, e especialmente o livro de Levítico, trazem todas as especificações
sobre os holocaustos que deveriam ser oferecidos pelos hebreus (cf. Êxodo 29;
Levítico 1-9). Uma pessoa simplesmente não poderia oferecer holocaustos a Deus de
qualquer maneira. Para isso Deus separou uma classe sacerdotal para mediar e cuidar
o culto em Israel. Por isso o livro de Levítico dedica seções acerca da adoração no
Tabernáculo que são dirigidas aos leigos (Levítico 1:1-6:7) e aos sacerdotes (Levítico
6:8-7:38).
Os holocaustos em Israel envolviam a oferta de animais domésticos selecionados sob
critérios rígidos. Havia também ofertas de cereais, azeite e vinho. Cada sacrifício tinha
suas características próprias, de acordo com sua finalidade particular. Mas todos os
sacrifícios tinham em comum o fato de simbolizarem o adorador que se apresentava
diante de Deus. Saiba quais eram os sacrifícios no Antigo Testamento.
Quando um animal era oferecido em holocausto, por exemplo, o adorador colocava
sua mão sobre a cabeça do animal como um ato de identificação com ele. Isso
significa que a partir dali aquele animal que seria ofertado em holocausto
representaria aquele que o ofertou.
Essa conexão está clara em toda a Escritura, como por exemplo, quando Deus
providenciou o carneiro para que Abraão pudesse oferecê-lo em holocausto em
lugar de Isaque. Aquele sacrifício substituto tipificou o sacrifício de Jesus Cristo. Ele
morreu no lugar de suas ovelhas para que estas pudessem viver. Jesus, o holocausto
perfeito, reconciliou o pecador, que merecia a morte, com Deus.
O fogo do juízo de Deus que consumia o holocausto pela expiação do pecado passou
sobre Cristo no Calvário. É por causa de Jesus, o holocausto perfeito, que o redimido
não é consumido. Entenda também por que Deus é fogo consumidor.