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O sacrifício perfeito, feito apenas uma vez por ano, era em homenagem ao deus
Tezcatlipoca. Um ano antes o sacerdote designava um jovem prisioneiro para ser o
“representante da divindade". Ele passava aquele ano sendo instruído em várias áreas da
cultura Asteca. Aprendia a tocar flautas e muitos cultos eram feitos em sua homenagem.
Quanto mais próxima a hora de seu sacrifício, mais os cultos ganhavam importância. O
representante de deus usava vestes que simbolizavam a imagem da divindade nele. No
dia do sacrifício, o jovem guerreiro entrava em um barco com quatro mulheres, eles
navegavam em direção ao templo, chegando lá elas o deixavam e ele se dirigia sozinho
para o alto da pirâmide. Ao subir os degraus ele quebrava as flautas que usou durante
todo o ano de preparação. No topo, quatro sacerdotes o deitavam na pedra de sacrifício,
eles seguravam suas mãos e pernas e um quinto sacerdote abria seu peito, ele enfiava a
mão dentro da vítima, arrancava seu coração e o estendia ao céu em sinal de oferenda. O
coração era depositado em um grande vaso e depois queimado em oferta. Os penitentes
sacerdotes vestiam-se com a pele do sacrifício por vinte dias.
Nesse culto temos vários elementos. Temos a ideia de substituição, uma vez
que o jovem guerreiro morria em oferta a divindade para garantir a vida dos demais.
Temos a ideia de representação divina, o jovem guerreiro era entendido como uma
imagem da divindade em semelhança humana. É de se notar que existe a ideia de
coparticipação, uma vez que os penitentes se vestiam com a pele do sacrificado.
Todo esse culto tem como ideia central o conceito de “pagar o preço”. Os
Astecas davam a divindade aquilo que de melhor a semente humana produziu. Eles
estão oferecendo um sacrifício altíssimo, uma vez que a oferta deles é um ser humano
que representa a divindade, ele é uma espécie de “deus em carne”. Assim eram os
sacrifícios na cultura Asteca, e na cultura bíblica cristã, a morte de Jesus também é vista
como um “preço pago” a divindade?
Os Sacrifícios na bíblia
Vamos discorrer um pouco sobre a questão da oferta pela culpa, a partir de
Levítico 6 e 7.
Perceba que pela culpa é dado uma oferta, e não um pagamento. Outra questão
é que existe uma diferença entre a dívida com o próximo e a culpa pelo pecado.
Percebam que em relação ao próximo a obrigação era a restituição total:
Vejam que existe uma culpa maior, que é contra o SENHOR, e uma culpa
"menor", essa deve ser restituída totalmente pelo ofensor. "Totalmente", envolvia ainda
um acréscimo de um quinto, uma compensação que eliminava qualquer possibilidade de
a vítima não se sentir totalmente restabelecida de seu direito. Note que nessa primeira
fase da restituição, o devedor paga um preço por sua culpa. No entanto, mesmo que já
não houvesse culpa diante do ofendido, ainda assim restava uma culpa maior, que era a
culpa diante do SENHOR:
E, por sua oferta pela culpa, trará, do rebanho, ao Senhor um carneiro sem
defeito, conforme a tua avaliação, para a oferta pela culpa; trá-lo-á ao
sacerdote. E o sacerdote fará expiação por ela diante do Senhor , e será
perdoada de qualquer de todas as coisas que fez, tornando-se, por isso,
culpada.
Velho Testamento
"Com o sopro de seus lábios" deve ser entendido dentro do contexto. Sobre o
Messias estaria o Espírito de conhecimento, conselho e entendimento, e tudo isso possuí
implicações sobre sua missão, ele julga com justiça, decide com equidade, e isso não é
segundo a vista dos olhos, as "vestes" humanas não o enganam, pois ele não as "usa",
com a espada de sua boca ele "mata" a perversidade, ele não usa as ferramentas naturais
a quem luta, suas ferramentas são coisas que saem de sua boca, nesse sentido seu
"sopro" é consumidor.
Novo Testamento
Não penseis que vim trazer paz à terra; não vim trazer paz, mas espada.
Mateus 10:34 ARA
Eu vim para lançar fogo sobre a terra e bem quisera que já estivesse a arder.
Lucas 12:49 ARA
Voltei-me para ver quem falava comigo e, voltado, vi sete candeeiros de ouro
e, no meio dos candeeiros, um semelhante a filho de homem, com vestes
talares e cingido, à altura do peito, com uma cinta de ouro. A sua cabeça e
cabelos eram brancos como alva lã, como neve; os olhos, como chama de
fogo; os pés, semelhantes ao bronze polido, como que refinado numa
fornalha; a voz, como voz de muitas águas. Tinha na mão direita sete estrelas,
e da boca saía-lhe uma afiada espada de dois gumes. O seu rosto brilhava
como o sol na sua força.
Preste atenção no que Jesus falava de sua missão e a maneira que João o
descreveu em sua glória. Há um uníssono em toda essa linguagem que apela para o fogo
e a espada em relação ao Messias. O Messias consome o pecado continuamente a partir
de ferramentas que saem de sua boca. A espada que sai da boca do Messias é de dois
gumes porque ela tem poder para cortar para a vida e para a morte. Se o ser humano
houve a voz do Messias e crê, esse tem a vida eterna (João 5:24), o que não crê, já está
julgado (João 3:18). Assim, nós percebemos que o aspecto da oferta que agrada ao
SENHOR, que é positivo, é porque ela consome o pecado, e não porque um preço é
pago a Ele. Deus não recebe nada, Ele oferece, e sua oferta "queima o pecado"
permanentemente.
É muito significativa a ideia que surge do fato de que o fogo deveria arder
continuamente, uma clara alusão a eternidade. No Apocalipse alguém como filho do
homem é apresentado como fogo consumidor. Em Daniel 7 o resultado da presença do
Filho do Homem é um Reino Eterno, continuo, que vem a partir da aniquilação total da
maldade.
Um rio de fogo manava e saía de diante dele; milhares de milhares o serviam,
e miríades de miríades estavam diante dele; assentou-se o tribunal, e se
abriram os livros.
(...)
Eu estava olhando nas minhas visões da noite, e eis que vinha com as nuvens
do céu um como o Filho do Homem, e dirigiu-se ao Ancião de Dias, e o
fizeram chegar até ele. Foi-lhe dado domínio, e glória, e o reino, para que os
povos, nações e homens de todas as línguas o servissem; o seu domínio é
domínio eterno, que não passará, e o seu reino jamais será destruído.