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Discursa o evangelista: “ἔν ἀρχή ἦν λόγος καί λόγος ἦν πρός θεός καί λόγος ἦν
θεός” (João 1:1)
tão amplo, tão abrangente, tão apropriado, tão complexo e ao mesmo tempo simplíssimo,
que todos têm a impressão de entende-lo, ele comunica facilmente desde que não se
solicite dizer mais nada, somente "logos". A tentativa de dar-lhe uma definição é tão plural
que é assertiva afirmação de que a forma em que ele predomina em cada filósofo é
diferente. De forma semelhante, Bento indica aquilo que é mais importante para a
espiritualidade: "a Fé em Deus", claro, "baseada na Bíblia", mas essa segunda sentença não
é alvo, o alvo é "a Fé em Deus", ela é o objetivo da busca, “baseada na Bíblia” é predicado,
O encontro acontece quando a modificação amplia tudo, mas não muda nada. A
modificação ilumina afim de que se possa ver com clareza aquilo que permanece
inalterado eternamente. No primeiro versículo de Gênesis lemos que "no princípio criou
Elohim", em João que "no princípio era o Logos". Perceba que "era" está para “criou” (por
que aquele que é, alguma coisa faz, o simples fato de estar implica ser) e "logos" está para
“Elohim”. É importante perceber isso e não confundir "logos" com o Filho ou com o Pai,
Ação em Deus é Logos. Já vimos que "criar" em Gênesis 1:1 está para "ser" em João 1:1 e
que ser implica em presença, o simples fato de estar é criação, portanto, invariavelmente a
Sendo a Razão "Criadora", no Logos é Causa de tudo, logo ela mesma não pode
ser causada. O criador de tudo não pode ser criado, porque toda criatura de que temos
notícia tem um criador, isso é verdade objetiva, portanto o Criador de tudo não pode ter um
criador, porque se o Criador de tudo fosse criado, existiriam criaturas sem um criador, e
necessariamente se fazer Presente e Criar, pois aquilo que comunica, comunica a alguém,
assim como aquilo que está presente, está presente “diante de”, a relação é dialógica,
ambas as partes comunicam e são Presença uma na outra. Se a Palavra se Faz presente e
comunica, é observada como criação, pois é localizada diante do outro, o que geraria uma
tudo tanto quanto é o Logos, como poderia a Palavra que é Logos ser Criatura? Já
"Com este termo, João ofereceu-nos a palavra conclusiva para o conceito bíblico
de Deus, uma palavra na qual todos os caminhos, muitas vezes cansativos e
sinuosos, da fé bíblica alcançam a sua meta, encontram a sua síntese"
Logos tem a força de Ser Razão Criadora, mas também a Presença da Criação que
comunica. Assim Logos é Razão e Palavra, é Criador e Criatura. Logos é Razão que Cria, é
Palavra Presente, portanto temos uma exata síntese, tudo que pode ser tido de Um, pode ser
dito de Todos. Queria uma forma para definir essa Unidade entre todas as coisas, mas
minha razão não é suficiente para criar tal imagem, meu limite é a Criatura onde observo a
"No princípio era o logos, e o logos é Deus: diz-nos o evangelista. Este encontro
entre a mensagem bíblica e o pensamento grego não era simples coincidência"
Uma vez que no Logos o encontro entre Razão e Palavra não é acaso, mas a
própria Natureza da Unidade, não podem os encontros produzidos pela Presença no logos
serem meras coincidências. Residindo no Logos Razão e Palavra, Criador e Criatura, tudo
que é racional, palavra, criador e criatura é Logos, não pode haver distinção. Já verificamos
que no Logos há Unicidade nas Parte, logo nossa participação não é acaso, é Presença que
No Princípio era Presença, Presença era para Deus e Presença era Deus