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Igreja do Evangelho Quadrangular

Culto de Missões

Texto Base: Apocalipse 1: 9-13

1. Introdução:

Alguns anos após Cristo ter sido recebido aos céus após a sua ressurreição, a igreja já passava por enormes
dificuldades. Era o ano de 64 pós Cristo, assume o trono de Roma, o Imperador Nero. Um homem muito mal e
cruel que inicia uma grande perseguição contra os cristãos.

Milhares de cristãos morrem, são decapitados, crucificados, queimados... Outros foram jogados às feras para
serem devorados por pura crueldade.

No ano de 86 pós Cristo. Assume o trono o Imperador Domiciano que era uma espécie de segundo Nero. Um
homem totalmente louco e que foi o responsável por muitas milhares de mortes e também foi Domiciano quem
mandou o último dos apóstolos vivos para uma ilha presídio. A ilha de Patmos.

Certamente Domiciano pensava que fazendo isso, que trancando o último dos apóstolos naquele lugar deserto,
estaria calando a última voz do evangelho. Mas quando as portas foram fechadas para João na terra, Deus abre
uma porta para ele no céu.

E Cristo então revela-se a João. Aquele dia era um dia de domingo. E João ouve uma voz por detrás dele como
uma voz de trombeta que dizia o que vês escreve as sete igrejas. E quando João vira-se para ver quem falava com
ele, ele vê sete candeeiros de ouro e no meio destes sete candeeiros de ouro, um semelhante ao filho do homem.

Obs.: Os sete candeeiros representavam as sete igrejas... e é interessante que Cristo se revela no meio da
igreja. Portanto, só é possível ver a Cristo na Igreja... Cristo não pode ser conhecido fora da Igreja.
Tem gente por aí dizendo que todos os caminhos levam a Deus, e isso não é verdade.... Deus se revela na Igreja
e para a Igreja.

Porém o Cristo que João vê entre os candeeiros não é aquele Cristo que foi espancado, humilhado,
vilipendiado...não era aquele Cristo que estava angustiado no Getsemani e que sentiu medo da morte e suou
gotas de sangue... Não era o Cristo que carregou uma cruz pesada por mais de 1km sendo xingado e maltratado e
abandonado pelos seus amigos.

Mas o Cristo que João vê é o Cristo glorificado, aquele que é o Senhor do céu e da terra, aquele que revela-se
como o princípio e o fim, o alfa e o ômega.

Os seus cabelos não estavam mais sujos de poeira e de sangue, mas eram brancos como a lã.
Os seus olhos não estavam mais inchados e com hematomas de tanto levar bofetadas, mas os olhos eram como
chamas de fogo
Suas mãos não estavam mais contidas pelos cravos, mas sustentavam a Igreja
Os seus pés não estavam mais esmagados e presos ao madeiro, mas eram como bronze polido
Sua voz não estava mais enfraquecida e embargada pelo cansaço e pela sede, mas era como o som de muitas
águas.
E o seu rosto não estava mais desfigurado, mas brilhava como sol em seu fulgor.
E João quando vê Cristo glorificado cai como morto e Cristo então põe a mão em seu ombro e diz: “Não temas
João. Eu sou o primeiro e o último. Eis que estive morto, mas estou vivo pelos séculos dos séculos e tenho as
chaves da morte e do inferno.

É interessante essa revelação de Cristo. Ele diz que tem as chaves da morte, isto é, Cristo estava dizendo a sua
Igreja que a morte não poderia contê-lo, que as amarras do inferno não poderiam contê-lo, porque Ele aquele
que disse que todo o poder me foi dado no céu e na terra. Assim como a morte não pode conter a Jesus ela
também não pode conter a mim e a você.

Então você me dirá:

Mas irmão Gabriel como assim? Nós vamos morrer.

E eu lhes direi: É verdade! Vamos morrer, porém nós ressuscitaremos e nosso corpo será transformado para
que possamos reinar juntamente com Ele no céu.

No verso de número 13 vemos que Jesus está no meio da Igreja. Jesus está em nosso meio nessa noite.

No capítulo 2, versículo 1, vê-se que Cristo não está parado no meio da igreja estático. Não, Ele está passeando
pelo meio da Igreja.

A alguém vai perguntar mais para quê Cristo está no meio da Igreja?

Cristo está em nosso meio porque ele tem um propósito para cada um de nós nessa noite. Ele quer corrigir os
rumos da sua igreja, Ele quer consolar, Ele quer fortalecer, Ele quer encorajar, Ele quer fazer promessas a igreja.

Ele está no nosso meio principalmente porque ele ama a igreja.

E Cristo então vai dar um diagnóstico a respeito de cada Igreja e usa um verso comum: eu conheço as tuas obras

Cristo está nos dizendo:

Eu conheço vocês! O que seu pai não vê, eu vejo! O que seu marido não vê, eu vejo! O que o seu pastor não vê,
Eu vejo! Eu conheço você e sei o que você está passando!

Jesus faz um diagnostico de cada Igreja, para umas uma repreensão leve, para outras uma repreensão mais
severa, mais para outras Jesus não faz advertência nenhuma, mas apenas elogios

Para a Igreja de Éfeso:

Jesus faz elogios dizendo que aquela igreja guardou-se dos falsos mestres e das falsas doutrinas. Isso é para mim
reconfortante uma vez que Jesus está dizendo que se agrada daqueles que guardam a ortodoxia da Palavra.
Porque há muitas igrejas hoje que no intuito de arrebanharem pessoas, acabam substituindo a Palavra
verdadeira, por uma Palavra mas aceitável, uma Palavra mais ao gosto do freguês.

Porém Jesus faz uma séria advertência contra a Igreja de Éfeso: Mas vocês abandonaram o primeiro amor.

Então o diagnóstico dado por Jesus era o seguinte: a igreja de Éfeso era uma igreja que tinha um ensino correto
da Palavra, mas era uma igreja sem fervor. Fria espiritualmente.

Não podemos apenas conhecer a Palavra, mas precisamos praticar a Palavra


Para a Igreja de Esmirna:

Jesus diz eu conheço você. Tu dizes que é pobre, mas eu afirmo que és rica.

Jesus está dizendo: Aos olhos dos homens tu és pobre. Mas ao meus olhos tu és rica.

Jesus então aqui destrói o conceito do mundo sobre a prosperidade. Jesus está dizendo que não importa o
tamanho da igreja, não importa a quantidade de membros, não importa se os membros que frequentam a igreja
são todos ricos, que se vistam com roupas finas. Não! Para mim não importa nada disso! O que importa para mim
é o que está dentro!

Aos olhos do mundo Esmirna era uma igreja pobre, aos olhos dos homens era uma igreja que não deu certo. Mas
aos olhos de Deus era uma Igreja rica. Era pobre diante dos Homens mais rica diante de Deus.

Para a Igreja de Pérgamo:

Jesus diz eu conheço você. Eu sei que entre vocês há crentes fiéis, que guardam o meu nome e que vocês não
negaram a fé.

Porém tenho contra ti que dentro do teu meio há aqueles que seguem outras doutrinas, que seguem e propagam
doutrinas de enganadores que lavam vocês a se contaminarem e a se prostituírem.

Jesus estava dizendo:

Igreja de Pérgamo, sei que entre vocês há crentes fiéis, mas vocês estão tropeçando porque permitem no meio de
vocês que haja enganadores. Aqueles que seguem a doutrina de Balaão.

Esses tais não são crentes, são arremedos de crentes, crentes que tem aparência de piedade, mas que na verdade
maquinam o mal constantemente em seus corações, que criam confusão dentro da igreja, que torcem para que o
trabalho que o outro irmão está fazendo não dê certo. São aqueles que tem jeito de crente, se vestem como
crentes, falam como crentes, mas não são dos nossos. Seus corações são obscurecidos, negros, fechados para
ouvir a Palavra de Deus.

Para a Igreja de Tiatira:

Jesus diz eu conheço você. Eu sei das tuas obras de caridade e de fé, conheço o teu amor, o teu serviço e a tua
paciência.

A princípio pode-se imaginar que a Igreja de Tiatira era uma Igreja que estava agradando ao Senhor Jesus em
tudo, mas na verdade havia muitas coisas que precisam ser observadas e corrigidas naquela igreja.

A igreja de Tiatira embora fosse uma igreja de muitos dons, pecava porque não tinha doutrina. Vivia enganada
achando que só as boas práticas da fé seriam bastante para a salvação, achando que somente porque eram
piedosos e amorosos bastava para serem salvos.

Jesus então confronta esse entendimento equivocado e diz:

Embora vocês tenham vários dons, embora vocês sejam amorosos, piedosos, pacientes, cheios de fé e serviço,
vocês falham gravemente em um ponto. Vocês permitem que uma falsa profetisa esteja no meio de vocês. Vocês
permitem que essa mulher difunda erros no meio da igreja e isso tem levados muitos dos meus filhos ao fracasso
e a prostituição.
O que Jesus estava dizendo o seguinte: nós podemos ser a igreja mais amável, as pessoas poderiam chegar aqui e
se sentirem bem pela nossa hospitalidade, poderíamos servir um cafezinho na hora do culto, ou que sabe um
suco de laranja, mas isso de nada adiantaria se nós não pregássemos a mensagem correta.

E qual é a mensagem correta alguém poderia perguntar?

A mensagem correta é a mensagem do evangelho verdadeiro. O evangelho verdadeiro não é esse da doutrina da
prosperidade. O Evangelho verdadeiro não é esse onde a igreja idolatra homens e coloca Jesus para o escanteio.
O Evangelho verdadeiro não é esse em que os pastores andam em suas pick-ups do último modelo enquanto
muitos irmãos depois do culto vão dormir com fome. Não! Definitivamente não foi esse o Evangelho pregado e
ensinado pelo nosso Senhor Jesus Cristo.

O verdadeiro evangelho é um evangelho que exige santificação, que exige transformação, que exige renúncia, que
exige perdão, que exige, humildade, que exige respeito pelas autoridades, que exige amor dos pais pelos filhos,
que exige amor dos filhos para com os pais, que exige mudança de comportamento.

E a pergunta que devemos nos fazer nessa noite é: que igreja sou eu?

Sou uma igreja que aparenta externamente estar viva e está morta?

Ou sou uma igreja que aos olhos dos homens é pobre, mas aos olhos de Deus é rica?

- Onde está o seu coração? Será que o seu coração está no centro da vontade de Deus? Ou o seu coração está
voltado para as coisas do mundo? Onde está o seu tesouro?

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