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A LENDA DO BODE
14/10/2011 18:07

 
A LENDA DO BODE

Por René Fragoso

Tudo na Maçonaria, quando não é palpite ou lenda popularesca, deve ter uma explicação racional e histórica.

Simbólicamente (a partir do séc XVIII) a confraria utiliza os afazeres e instrumentos de ofício dos canteiros
medievais e faz uma recriação erudita de antigos mistérios aliados à Cultura judaica-cristã , mais a contribuição
do Iluminismo.

Daí a importância de se destacar os referenciais próprios para não haver confusão na ritualística, alegorias,
etc... , para não haver intemporalidade e sincretismo.

É comum profanos fazerem referência à figura do bode na maçonaria (com sentido demoníaco), aludindo a
uma sociedade onde se vende a alma ao diabo. Para nós maçons é até prazeroso e engraçado quando
escutamos tantas especulações mirabolantes sobre a maçonaria.

Fica-nos ainda aquele poético ar de mistério que antes a Ordem tinha. Hoje, outdoors anunciam conferências
maçônicas.

Entretanto, por trás das inúmeras lendas que borbulham em torno da Maçonaria, a do "Bode", como tantas
outras, tem sua origem nos cultos pagãos das civilizações clássicas.

A figura do bode remonta às antigas civilizações mesopotâmicas ( símbolo de fertilidade e de vida, os


arqueólogos encontraram várias estatuetas em sepulturas ), depois por práticas judaicas ( séc. XIII a.C ) e
Grécia Arcaica , especificamente por volta do século VI a.C, quando verificou-se uma proliferação das
chamadas religiões de mistérios, de caráter iniciático.

Dentre elas, uma teve enorme difusão : o culto de Dionísio, que passou a ser o núcleo da religiosidade órfica.
Dionísio está ligado a ritos agrários, daí Messe e Messias no Cristianismo. O Senhor da Vinha.

Neste sentido é que, como práticas catárticas, incluía-se ritos de purificação pessoal e da comunidade ( pólis ).
Um destes ritos era o sacrifício, fora dos muros da cidade, de um bode. Para purificar a comunidade. Os
oficiantes do rito se vestiam com pele de bode. Por isso que na tragédia grega o termo "vestir a pele" significava
"encarnar" a personagem a ser representada. Persona , em grego, significa máscara.

Daí a expressão "bode expiatório", que o catolicismo simboliza no Cristo crucificado (que tira os pecados do
mundo); os teólogos devem ter se inspirado em Levítico 16-16 e 16-20 ).

Este (a expiação dos erros ) é apenas um dos significados.

Mas já na Antiguidade , o matemático Pitágoras de Samos, fundou na cidade de Crotona uma confraria
científico-religiosa, substituindo na religiosidade órfica a figura de Dionísio pela da matemática, especificamente
a Geometria.

O que Pitágoras fez foi racionalizar poemas épicos musicados (que segundo a tradição foram revelados a
Orfeu). A tradição esotérica órfica colocava a vida humana como uma tragédia , não no sentido de desastre ou
fatalidade, mas no sentido filosófico de livre-arbítrio.

Tragédia vem do grego : Tragos + Otos (literalmente: caminho do bode).

Falamos aqui do bode montanhês, que deve "calcular" muito bem seus passos para não cair no precipício.

A vida humana possui dificuldades, tentações e dores; mas devemos insistir na purificação e na busca da Luz.
Como o bode, que apesar do precipício, insiste em seu caminhar.

É devido a esta tradição que existem as viagens iniciáticas do neófito e a meditação na Câmara das Reflexões.
O caminhar do "bode" deve ser em esquadria para não errar os passos.

Os termos "bode novo", "bode velho", "montar o bode" (prática antiga, não saberia dizer se ainda utilizada no
R.E.A.A , talvez em algumas LL:.) têm aí sua origem histórica.

E a questão não tem nada a ver se o bode é preto, branco, cinza....

Filosóficamente: bode, nesta vida, todos somos. Devemos ter cuidado em não andar com "passos incertos" e
cair em precipícios morais.

O BODE NA MAÇONARIA

Por José Castellani

Dentro da nossa organização, muitos desconhecem o nosso apelido de bode. A origem desta denominação
data do ano de 1808. Porém, para saber do seu significado temos necessidade de voltarmos no tempo. Por
volta do III ano d.C. vários Apóstolos saíram para o mundo a fim de divulgar o cristianismo. Alguns foram para o
lado judaico da Palestina. E lá, curiosamente, notaram que era comum ver um judeu falando ao ouvido de um
bode, animal muito comum naquela região. Procurando saber o porquê daquele monologo foi difícil obter
resposta. Ninguém dava informação, com isso aumentava ainda mais a curiosidade dos representantes
cristãos, em relação aquele fato. Até que Paulo, o Apóstolo, conversando com um Rabino de uma aldeia, foi
informado que aquele ritual era usado para expiação dos erros. Fazia parte da cultura daquele povo, contar
alguém da sua confiança, quando cometia, mesmo escondido, as suas faltas, ficaria mais aliviado junto a sua
consciência, pois estaria dividindo o sentimento ou problema.

Mas por que bode? Quis saber Paulo. É por­que o bode é seu confidente. Como o bode nado fala, o confesso
fica ainda mais seguro de que seus segredos serão mantidos, respondeu-lhe o Rabino. A Igreja, trinta e seis
anos mais tarde, introduziu, no seu ritual, o confessionário, juntamente com o voto de silêncio por parte do
padre confessor - nesse ponto a história não conta se foi o Apóstolo que levou a idéia aos seus superiores da
Igreja, o certo é que ela faz bem à humanidade, aliado ao voto de silêncio, o povo passou a contar as suas
faltas.

Voltemos em 1808, na França de Bonaparte, que após o golpe dos 18 Brumários, se apresentava como novo
líder político daquele país. A Igreja, sempre oportunista, uniu-se a ele e começou a perseguir todas as
instituições que não governo ou a Igreja. Assim a Maçonaria que era um fator pensante, teve seus direitos
suspensos e seus Templos fechados; proibida de se reunir. Porém, irmãos de fibra na clandestinidade, se
reuniram, tentando modificar a situação do país. Neste período, vários Maçons foram presos pela Igreja e
submetidos a terríveis inquisições. Porém, ela nunca encontrou um covarde ou delator entre os Maçons.
Chegando a ponto de um dos inquisidores dizer a seguinte frase a seu superior: - “Senhor este pessoal
(Maçons) parece BODE, por mais que eu flagele não consigo arrancar-lhes nenhuma palavra”. Assim, a partir
desta frase, todos os Maçons tinham, para os inquisidores, esta denominação: “BODE” - aquele que não fala,
sabe guardar segredo.

 
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A PARÁBOLA DO BODE PREGUIÇOSO

Por Samuel Freitas

Um fazendeiro querendo aumentar e melhorar seu rebanho, após escolher entre muitos adquiriu um lindo
cabritinho ainda pequenino e o criou com todas as regalias, para que no futuro breve após crescer e receber as
instruções e aprendizados necessários, o mesmo viesse a divertir seus filhos e sobrinhos. Após algum tempo o
cabritinho se transformou num belo, lindo, dócil, forte e bem cuidado bode. Aí o fazendeiro mandou construir
uma charretinha infantil para o mesmo, e assim as crianças pudessem brincar com o belo animal, passeando
pelos jardins, quintal e pomar, em plena paz e harmonia com a natureza. Mas o bode não queria saber de
trabalhar. Era super preguiçoso e fazia de tudo para esquivar-se do pouco trabalho que lhe era atribuído, se
escondia, fugia, empacava, ficava de mal humor e dava coices. O fazendeiro fez tudo o que podia para que o
bode trabalhasse, mas sem resultado algum.

Finalmente, desesperado, pediu conselhos ao vizinho, que era um verdadeiro mestre para lidar com estas
situações.

- Você tem que oferecer a ele muito amor, compaixão e carinho - declarou o vizinho.

- Amor, compaixão e carinho? - exclamou o fazendeiro.

- Sim, isso mesmo - disse o vizinho, isso faz maravilhas.

Os dois se separaram, e o fazendeiro voltou para o bode. Depois de duas semanas, o fazendeiro acabou
encontrando o vizinho que lhe dera sua opinião.

- Como vai o bode ? - perguntou o vizinho - está trabalhando agora ?

- Nem um pouco - respondeu o fazendeiro. - O que você sugeriu não fez diferença alguma.

- Deixe-me vê-lo - disse o vizinho.

E os dois foram encontrar o bode num estábulo ali perto. Quando o vizinho com toda sua experiência,
aproximou-se do bode, pegou um cajado e, indo diretamente até onde ele estava, quebrou-a na cabeça do
bode com uma forte pancada.

- Mas, - gaguejou o fazendeiro - , eu achei que você havia dito que eu tinha que usar amor, compaixão e
carinho.

- Sim, disse o vizinho, um fazendeiro experiente. - Mas, primeiro, você chama a atenção dele. Se isso não for
suficiente, tente mais duas vezes, e se nada resolver descarte-o pois assim ele não estragará o seu
rebanho. E numa próxima vez analise melhor para uma escolha positiva, pois de nada adianta criar e educar
se não tens a participação necessária.

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