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Naquele tempo, 24Jesus saiu e foi para a região de Tiro e Sidônia. Entrou numa
casa e não queria que ninguém soubesse onde ele estava. Mas não conseguiu
ficar escondido.
25Uma mulher, que tinha uma filha com um espírito impuro, ouviu falar de
Jesus. Foi até ele e caiu a seus pés. 26A mulher era pagã, nascida na Fenícia da
Síria. Ela suplicou a Jesus que expulsasse de sua filha o demônio. 27Jesus disse:
“Deixa primeiro que os filhos fiquem saciados, porque não está certo tirar o pão
dos filhos e jogá-lo aos cachorrinhos”.
28A mulher respondeu: “É verdade, Senhor; mas também os cachorrinhos,
debaixo da mesa, comem as migalhas que as crianças deixam cair”.
29Então Jesus disse: “Por causa do que acabas de dizer, podes voltar para casa.
O demônio já saiu de tua filha”. 30Ela voltou para casa e encontrou sua filha
deitada na cama, pois o demônio já havia saído dela.
— Palavra da Salvação.
Meditando o evangelho
No evangelho de hoje conseguimos perceber o exemplo de compaixão que Jesus
nos dá, compaixão que não enxerga fronteiras. A mulher pagã que tem sua filha
curada se mostra um modelo para nós, pois numa posição de humildade pede a
Jesus a graça para sua filha. De um lado temos Jesus que nos dá o exemplo de
como o cristão deve agir perante a dor do outro, compadecendo-se. E de outro
lado, a mulher Cananeia nos ensina como se colocar em oração. Em espírito de
humildade e pequenez.
A partir dessa passagem também percebemos um detalhe importante sobre a
missão de Jesus. Ele veio para salvar todos os povos, não eram apenas os judeus
e hoje não são apenas os cristãos.
Que possamos ser propagadores da esperança e do diálogo nos dias de hoje,
que compreendamos que Jesus fala a todos.
Os Cinco Mandamentos da Igreja
Os mandamentos da Igreja situam-se na linha de uma vida moral ligada à vida
litúrgica.
Uma coisa que muitos católicos não sabem, e por isso não cumprem, é que
existem os “Cinco Mandamentos da Igreja”, além dos Dez Mandamentos
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conhecidos. É preciso entender que mandamento é algo obrigatório para todos
os católicos, diferente de recomendações, conselhos, entre outros.
Cristo deu poderes à Sua Igreja a fim de estabelecer normas para a salvação da
humanidade.
2 - Lc 10, 16
Então, a Igreja legisla com o “poder de Cristo”, e quem não a obedece, não
obedece a Cristo e, consequentemente, a Deus Pai.
3 - Mt 18, 18
De modo que para a salvação do povo de Deus, a Igreja estabeleceu cinco
obrigações que todo católico tem de cumprir, conforme ensina o Catecismo da
Igreja Católica:
CIC 2041. Os mandamentos da Igreja situam-se nesta linha de uma vida moral
ligada à vida litúrgica e que dela se alimenta. O caráter obrigatório dessas leis
positivas promulgadas pelas autoridades pastorais tem como fim garantir aos
fiéis o mínimo indispensável no espírito de oração e no esforço moral, no
crescimento do amor de Deus e do próximo.
Note que o Catecismo diz que isso é o “mínimo indispensável” para o
crescimento na vida espiritual dos fiéis. Podemos e devemos fazer muito mais,
pois isso é apenas o mínimo obrigado pela Igreja. Ela sabe que, como Mãe, tem
filhos de todos os tipos e condições, portanto, fixa, sabiamente, apenas o
mínimo necessário, deixando que cada um, conforme a sua realidade, faça mais.
E devemos fazer mais.
1º - Participar da Missa inteira aos domingos, de outras festas de guarda e
abster-se de ocupações de trabalho
2º - Confessar-se ao menos uma vez por ano
3º - Receber o sacramento da Eucaristia ao menos pela Páscoa da ressurreição
4º - Jejuar e abster-se de carne, conforme manda a Santa Mãe Igreja
5º - Ajudar a Igreja em suas necessidades
Primeiro mandamento da Igreja: “Participar da Missa inteira aos domingos, de
outras festas de guarda e abster-se de ocupações de trabalho”.
3 – Gn 2, 2-3
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Ordena aos fiéis que santifiquem o dia em que se comemora a ressurreição do
Senhor, e as festas litúrgicas em honra dos mistérios do Senhor, da Santíssima
Virgem Maria e dos santos, em primeiro lugar participando da Celebração
Eucarística, em que se reúne a comunidade cristã, e se abstendo de trabalhos e
negócios que possam impedir tal santificação desses dias (Código de Direito
Canônico-CDC , cân. 1246-1248) (§2042).
Os Dias Santos com obrigação de participar da Missa são esses conforme o
Catecismo: Devem ser guardados [além dos domingos] o dia do Natal de Nosso
Senhor Jesus Cristo, da Epifania (domingo no Brasil), da Ascensão (domingo) e
do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo (Corpus Christi), de Santa Maria, Mãe de
Deus (1º de janeiro), de sua Imaculada Conceição (8 de dezembro) e Assunção
(domingo), de São José (19 de março), dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo
(domingo) e, por fim, de Todos os Santos (domingo)” (CDC, cân. 1246,1; n. 2043
após nota 252) (§2177).
Segundo mandamento: “Confessar-se ao menos uma vez por ano”.
4 - 1 Jo1, 8-9
Assegura a preparação para a Eucaristia pela recepção do Sacramento da
Reconciliação, que continua a obra de conversão e perdão do Batismo (CDC,
cân. 989). É claro que é pouco se confessar uma vez ao ano, seria bom que
cada um se confessasse ao menos uma vez por mês, pois fica mais fácil de se
recordar dos pecados e de ter a graça para vencê-los.
Terceiro mandamento: “Receber o sacramento da Eucaristia ao menos pela
Páscoa da ressurreição”
5 - Jo 6, 54-57
(O período pascal vai da Páscoa até a Festa da Ascensão) e garante um mínimo
na recepção do Corpo e do Sangue do Senhor em ligação com as festas pascais,
origem e centro da Liturgia cristã (CDC, cân. 920).
A Igreja recomenda que a comunhão seja . . .
Também é muito pouco comungar ao menos uma vez ao ano. A Igreja
recomenda (não obriga) a comunhão diária.
Quarto mandamento: “Jejuar e abster-se de carne, conforme manda a Santa
Mãe Igreja” (No Brasil, isso deve ser feito na Quarta-feira de Cinzas e na Sexta-
feira Santa).
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6 - Mt 6, 16-18
Esse jejum consiste em um leve café da manhã, um almoço leve e um lanche
também leve à tarde, sem mais nada no meio do dia, nem o cafezinho. Quem
desejar, pode fazer um jejum mais rigoroso; o obrigatório é o mínimo. Os que já
tem mais de sessenta anos estão dispensados da obrigatoriedade, mas podem
fazê-lo se desejarem.
Diz o Catecismo que o jejum “determina os tempos de ascese e penitência, os
quais nos preparam para as festas litúrgicas, contribuem para nos fazer
adquirir o domínio sobre nossos instintos e a liberdade de coração (CDC, cân.
882)”.
Quinto mandamento: “Ajudar a Igreja em suas necessidades”
7 - 2 Cor 9, 7
Recorda aos fiéis que devem ir ao encontro das necessidades materiais da
Igreja, cada um conforme as próprias possibilidades (CDC, cân. 222). Não é
obrigatório que o dízimo seja de 10% do salário, nem o Catecismo nem o
Código de Direito Canônico obrigam essa porcentagem, mas é bom e bonito se
assim o for. O importante é, como disse São Paulo, dar com alegria, pois Deus
ama aquele que dá com alegria (cf. 2Cor 9, 7). Essa ajuda às necessidades da
Igreja pode ser dada uma parte na paróquia e em outras obras da Igreja.
Conclusão:
8 - Ef 4, 13
Por serem os membros do Corpo cuja Cabeça é Cristo os cristãos contribuem,
pela constância de suas convicções de seus costumes, para a edificação da
Igreja. A Igreja aumenta, cresce e se desenvolve pela santidade de seus fiéis
até que alcancemos todos nós a semelhança a Cristo Nosso Senhor.