ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS NÁUTICAS

DEPARTAMENTO DE RADIO
ENGENHARIA ELECTÓNICA E DE TELECOMUNICAÇÕES

TEMA:

INSTRUMENTOS DE MEDIDAS ELÉCTRICAS

(instrumentação analógica)

Discentes: Docente:
Edmilson Rui Chaúque

Eng.º. Carlos Alberto Laice

Maputo, Abril de 2019

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Índice

Introdução…………………………………………………………………………………………1
Metodologia……………………………………………………………………………………….2
Instrumentos de medidas analógicos………………………………………………………….3,4
Características Construtivas……………………………………..............................................5,6,7
Características Operacionais………….……………………………………………………8,9,10
Conclusão………………………………………………………………………………………11
Referências Bibliográficas……………………………………………………………………….12

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Introdução

• Os instrumentos analógicos são, geralmente, baseados no movimento do medidor. Ele

consiste de uma serie de espirais colocadas no campo magnético de um íman permanente.

• Os instrumentos de medidas possuem aplicações muito variadas, portanto, neste conteúdo

faremos a análise dos instrumentos de medidas eléctricas. Para cada tipo de grandeza,
existe um tipo de instrumento e uma própria constituição do seu sistema de
funcionamento.

• A confiabilidade de uma medida esta ligada a precisão dos instrumentos e ao rigor que
empregamos ao faze-la. Portanto, o técnico de medidas deve saber solucionar os tipos de
instrumentos de acordo com as suas características de funcionamento e o tipo de medida
desejada, sem extrapolar a sofisticação dos instrumentos e os métodos de utilização.

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Metodologia
Para a realização deste presente trabalho baseou-se na leitura bibliográfica que aborda sobre a
matéria relacionada com instrumentos de medidas eléctricas, também foram consultados alguns
pdf que nos foram úteis na realização do mesmo.

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Instrumentos de medidas analógicos
O instrumento analógico tem como fundamentação básica a medida de corrente, adaptações
feitas neste medidor permitem que seja usado para a medida de outras grandezas como, tensão e
resistência. Vejamos a seguir na figura 1 um instrumento de medidas analógico.

É um instrumento aplicado na medição da intensidade de corrente que flui por um ramo. Este
deve ser ligado em série com o ramo do qual se deseja medir a corrente. O instrumento deve ter
valores de resistência interna baixos, tipicamente da ordem (mpara não apresentar oposição
na passagem da corrente. Deve-se observar a polaridade das pontas de prova do amperímetro
quando utilizado para medidas em corrente contínua. O sentido de ligação do instrumento deve
coincidir com a polaridade da fonte de tensão. Caso a ligação for contrária, o instrumento
analógico não deflaciona seu ponteiro indicado

Voltímetro
O Voltímetro é um instrumento aplicado na medição de diferença de potencial. É ligado em
paralelo com o circuito no qual se deseja determinar a tensão. Este aparelho deve apresentar
resistência interna elevada para impedir a passagem de corrente através de si.

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Ohmímetro

É um instrumento aplicado para determinar o valor de resistência em um componente ou sistema

eléctrico resistivo. Este instrumento de medição geralmente é um aparelho que contém o
voltímetro, amperímetro, frequencímetro, capacímetro, e outras grandezas eléctricas,
denominado Multímetro.
O ohmímetro analógico tem a necessidade e ajuste interno a cada vez que se utilizar uma nova
escala. A resistência interna que limita a corrente quando a resistência é zero deve ser ajustada
para tal leitura quando os terminais do ohmímetro forem colocados em curto-circuito.

Wattímetro

É um aparelho apropriado para medir potência activa. Os wattímetros analógicos possuem duas
bobinas, uma para a medida de tensão (também chamada bobina de potencial) e outra para medir
a corrente (bobina de corrente). O aparelho é construído de tal forma que o ponteiro indica o
produto dessas duas grandezas multiplicado.

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Frequencimetro

O frequencimetro indica a frequência de um sinal eléctrico, numa ampla faixa de frequências. O

frequencimetro é um instrumento de medida muito preciso, com muitos dígitos no display. Ele
também é de muito útil na descoberta de problemas, ajuste e comparação de funcionamento de
muitos equipamentos electrónicos.

Características Construtivas

Os instrumentos analógicos baseiam sua operação em algum tipo de fenómeno

electromagnético ou electrostático, como a acção de um campo magnético sobre uma espira
percorrida por corrente eléctrica ou a repulsão entre duas superfícies carregadas com cargas
eléctricas de mesmo sinal, respectivamente. São, portanto, sensíveis a campos eléctricos ou
magnéticos externos, de modo que muitas vezes é necessário blindá-los contra tais campos.
As características de construção dos instrumentos analógicos que destacam-se são: a suspensão,
a escala e a linearidade.

Suspensão

Nestes instrumentos, temos um mecanismo de suspensão que promove a fixação da parte móvel
(geralmente um ponteiro) e deve proporcionar um movimento com baixo atrito. Este mecanismo
de suspensão é a parte mais delicada de um instrumento analógico.

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 Figura 1: Mecanismo de suspensão.
Os tipos de suspensão mais utilizados são:

● Por fio - usado em instrumentos de precisão, devido ao excepcional resultado que proporciona,
pois garante um resultado mais exacto;

● Por pivô - conhecido também como mecanismo d’Arsonval, é composto de um eixo de aço
(horizontal ou vertical) cujas extremidades afiladas se apoiam em mancais de rubi ou safira
sintética. Confira a figura 1;

● Suspensão magnética - devida à força de atracão (ou repulsão) de dois pequenos ímans, um
dos quais, preso à parte móvel e o outro fixado ao corpo do aparelho.

Figura 2: Suspensão magnética.

Escala

A escala é um elemento importante nos instrumentos analógicos, já que é sobre ela que são feitas
as leituras. Entre suas muitas características podem-se ressaltar as seguintes:
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● Fundo de escala ou calibre - o máximo valor que determinado instrumento é capaz de medir
sem correr o risco de danos;

● Posição do zero - a posição de repouso do ponteiro, quando o instrumento não está efectuando
medidas (posição zero) pode variar muito: zero à esquerda, zero à direita, zero central, zero
deslocado ou zero suprimido (aquela que inicia com valor maior que zero). Na Figura 3 são
mostrados alguns tipos de escalas que se diferenciam quanto à posição do zero. Costuma-se
explicitar a posição do zero através da designação da escala. Por exemplo: a) 0 – 200 mA -
miliamperímetro, escala com zero à esquerda. b) 120 - 0 -120 V - voltímetro, escala com zero
central; c) 40 – 0 – 200 V - voltímetro, escala com zero deslocado e d) 10 – 200 A amperímetro,
escala com zero suprimido.

Figura 3:
(a) zero à direita; (b) zero central; (c) zero suprimido; (d) zero deslocado.

● Efeito de Paralaxe - quando a vista do observador, a ponta do ponteiro e o valor indicado

na escala não se situam no mesmo plano um erro de medição poderá estar presente. Desta
forma, muitos instrumentos possuem um espelho logo abaixo da escala graduada, como
mostrado na Figura 4, este espelho tem a função de fazer a correcção do efeito de paralaxe.
Isto deve-se ao facto de que, a medida deverá ser feita quando a posição do observador é tal
que o ponteiro e sua imagem no espelho coincidam.

Figura 4: Espelho para correcção do erro de paralaxe.

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Linearidade
Esta característica não é a menos importante, diz respeito à maneira como a escala é dividida.
Podendo ser:
● Linear - quando a valores iguais correspondem divisões iguais. Pode-se referir igualmente
como homogénea, como aquelas mostradas na Figura abaixo;

● Não-linear ou Heterogénea - quando a escala é como a que aparece acima do espelho, onde
as divisões iguais podem corresponder valores diferentes.

CARACTERÍSTICAS OPERACIONAIS

Sensibilidade – por possuírem uma resistência interna, quando esses equipamentos são inseridos
em um circuito, ocorre uma mudança em sua configuração original (carregam o circuito). Quanto
maior a sensibilidade do instrumento, melhor este será. Os aparelhos de bobina móvel possuem
mais sensibilidade dentre só os medidores analógicos, pois atingem valores da ordem de 100
kΩ/V.
Valor fiducial – é o valor de referência para a especificação da classe de exactidão do
instrumento, este valor é baseado no tipo de escala medidor, no que se refere a posição zero.
Resolução – é a capacidade de diferenciar grandezas com valores próximos entre si (duas
divisões adjacentes em sua escala).

Tensão de prova – é simbolizada por uma estrela encerrando um algarismo, o qual indica a
tensão (em kV) que deve ser aplicado entre a carcaça e o instrumento de medida para testar a
isolação do aparelho. Na ausência de algarismos a tensão de prova é igual a 500V.

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Posição – são instrumentos do painel usualmente projectados para funcionamento na posição
vertical, porém outras posições podem ser viáveis. O uso de um instrumento em posição
diferente daquela para a qual foi projectada pode ocasionar erros grosseiros de leitura.

Classe de exactidão – a classe de exactidão de um instrumento fornece o erro admissível entre o

valor indicado pelo instrumento e o fudical, levando-se em consideração o valor do fundo de
escala. É indicada no painel do instrumento por um número expresso em algarismos arábicos.
Por exemplo, o amperímetro de classe 0.5 tem amplitude de escala de 0 a 200 mA. Isso significa
que o erro máximo admissível em qualquer ponto da escala é:

0.5∗200
ɛ= = 1mA
100

APLICAÇÃO DOS INTRUMENTOS ANALÓGICOS

Para laboratórios – são aparelhos dotados pela exactidão e precisão. Estes são normalmente
utilizados para fabricação e calibração dos instrumentos que normalmente se usam na
indústria.

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Industriais - embora não sejam necessariamente tão exactos quanto os de laboratório, têm a
qualidade da robustez, mostrando-se apropriados para o trabalho diário sob as mais diversas
condições.

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Conclusão
No decorrer do trabalho concluiu-se que a medição é realizada a partir do posicionamento de um
ponteiro que se move numa escala fixa e estes são sensíveis a campos magnéticos externos por
isso por vezes devem ser protegidos contra esses campos e como forma de protecção, eles são
blindados. Pode-se compreender também que os instrumentos analógicos têm como
fundamentação básica a medida de corrente. Dos diversos tipos de instrumentos

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Referências Bibliográficas
FRANK, E. Electrical Measurement Analysis. Editora Robert E. Krieger, 1977.

GUSSOW, M. Eletricidade Básica. Editora Pearson Makron Books, 1997.

NEVES, E. G. C; MÜNCHOW, R. Caderno Didático – Eletrotécnica –Capitulo 06 - Medidas
Elétricas. Vol. 1. Universidade Federal de Pelotas (UFPEL).

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