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- DESCRIÇÃO GERAL:`
O instrumento empregado na medição das grandezas elétricas (corrente, tensão e
resistência) são denominados VOM (volt-ohm-milliammeter), ou Multitestes. Existem
dois tipos básicos de VOM: os analógicos que utilizam um mostrador baseado no
deslocamento de um ponteiro e os digitais que apresentam o valor medido em um
mostrador digital.
Da mesma forma, a resistência elétrica medida por um multiteste expressa um valor que
não leva em consideração certos efeitos que surgem à medida que a frequência
aumenta. Veremos mais adiante que, quando colocamos um resistor em um circuito por
onde há a circulação de frequência alta, este resistor comporta-se de uma forma
inteiramente diferente quando comparado com a sua aplicação em circuitos de CC ou
baixa frequência.
Acompanhe o raciocínio:
Preso ao eixo do conjunto móvel está um ponteiro que se desloca na frente de uma
escala graduada, em valores da grandeza que medirá o instrumento.
A corrente contínua i a ser medida, percorre a bobina B a qual gera um campo
magnético. Este campo magnético interage com o campo magnético gerado por um imã
permanente.
O resultado da interação dos dois campos magnéticos descrita acima, faz com que o
conjunto móvel se desloque para a direita ou para a esquerda, dependendo da
polaridade da corrente que é aplicada à bobina móvel, provocando também um
deslocamento no ponteiro.
Caso a corrente aplicada no galvanômetro não fosse contínua, a interação entre o imã
permanente e a bobina trocaria constantemente de sentido, fazendo com que o ponteiro
se deslocasse ora para a direita ora para a esquerda, dependendo da polaridade da
corrente. Para freqüências acima de 30Hz, este efeito é absorvido pela própria inércia do
conjunto móvel, e o ponteiro pareceria parado.
- CARACTERÍSTICAS BÁSICAS:
Exemplos:
Onde:
1. Utilize um instrumento de teste somente se tiver certeza que o está utilizando de forma
correta. Para tanto, leia os manuais de operação do instrumento antes de utilizá-lo.
2. Escolha o instrumento correto para medir a grandeza desejada, seja ela corrente,
resistência elétrica ou tensão ( CC ou CA).
Partes Componentes:
1- Parte móvel conectada ao ponteiro
Até aqui temos uma bobina enrolada num tubo metálico e um segundo tubo coaxial ao
primeiro. Agora analisemos o que ocorre quando a corrente elétrica percorre a bobina
(4): o campo magnético gerado pela parte 2 induz um campo magnético com a mesma
polaridade na parte 3. Isto faz com que a parte 3 desloque-se dentro da parte 2. Como
as partes 2 e 3 são coaxiais a parte 3 girará dentro da parte 2. A parte 3 é acoplada a
um ponteiro que gira na frente de uma escala graduada e a estrutura deste ponteiro é
preso a uma mola fixa. Desta forma, quando a corrente é aplicada à bobina de
excitação, provocará o giro do ponteiro até o ponto em que a força aplicada ao ferro
móvel for equilibrado pela reação da mola. Neste ponto o ponteiro pára e a leitura
poderá ser feita. Quando a corrente é retirada da bobina de excitação, a mola exercerá
uma força no ponteiro, trazendo-o de volta à origem.
- MEDIDORES DIGITAIS
Os medidores digitais baseiam-se na utilização de conversores Analógico-Digital
(ADC). Estes conversores transformam um nível analógico de tensão num código digital
de comprimento fixo que, após tratamento conveniente, é apresentado em um medidor
de cristal líquido (LCD – Liquid Crystal Display).
O ADC tem um nível de tensão máximo que pode operar. A função da chave seletora
de medidas (Figura 1B) é escolher um divisor resistivo adequado, de tal forma que a
tensão de entrada a ser medida, seja reduzida a um valor menor do que a máxima
tensão do ADC.
Elevada eficiência.
Precisão na leitura apresentada.
Pode medir freqüências tão altas quanto 10KHz.
Pela prática podemos dizer que um VOM analógico é a melhor opção em 80% das
necessidades de medidas no campo das telecomunicações.
Concluímos então que, para minimizar o distúrbio causado por um medidor de tensão,
e conseqüentemente aumentar sua eficiência, a resistência série deste medidor deve ter
o maior valor possível.
Figura 7: Representação esquemática da utilização de um amperímetro como voltímetro
A bateria que compõem o ohmímetro envia uma corrente attravés do resistor a ser
medido. Esta corrente é indicada pelo galvanômetro de bobina móvel em série com o
circuito. O instrumento mede, naturalmente, a corrente que circula através do resistor R.
Como a corrente circulante é relacionada de forma inversa com a resistência a ser
medida, pode-se graduar a escala para que o valor da resistência R seja lida
diretamente.
- MEDIDAS DE CORRENTE:
Para se medir a corrente em um determinado ponto do circuito com um VOM:
Como visto anteriormente, caso não seja possível fazer uma estimativa deste valor,
escolha o maior fundo de escala disponível no instrumento. Veja Figura 9.
Antes de respondermos a esta pergunta, temos que recordar o tópico onde tratamos
de Eficiência de um galvanômetro.
Neste tópico foi dito que todo instrumento tem uma resistência interna de perda que
aparece em série com o instrumento e que o ideal é que essa perda fosse nula, fato que
nunca acontece. Fisicamente a resistência interna do galvanômetro é a resistência
apresentada pelo fio da bobina por onde circula a corrente a ser medida.
Rs é uma resistência variável (potenciômetro) que deve ser ajustado para que o
galvanômetro mostrado indique uma leitura de fundo de escala.
Para exercitar: qual deve ser o valor de Rs para que tenhamos uma leitura de fundo
de escala no galvanômetro? Se você respondeu 25 KOhms, acertou. Caso você tenha
dúvida, estude a Lei de Ohm.
Ajustemos Rp, de forma que a leitura no galvanômetro caia para a metade. Agora
responda: se Rp for retirado do circuito e medido num ohmímetro, qual será o
significado de seu valor?
O método acima pode ser aplicado na prática sempre que não dispusermos do valor da
resistência interna de um galvanômetro.
Vemos que a queda de tensão sobre o galvanômetro pode ser calculada por:
onde:
Como a tensão Vab também está presente nos extremos de Rs (derivador ou Resistência
Shunt), o valor deste pode ser calculado pela seguinte relação:
onde:
Estes valores são obtidos utilizando-se pedaços pequenos de fio com resistividade
(resistência elétrica por unidade de comprimento) bem definida, e com um bom
coeficiente de temperatura (variação de resistividade com a temperatura).
- MEDIDAS DE TENSÃO:
Para se medir a tensão em um determinado ponto do circuito com um VOM, escolha a
escala de medida de tensão no VOM através da chave de seleção de medidas. Ainda
nesta chave, escolha um valor de fundo de escala para o medidor compatível com o
valor a ser medido.
Como visto anteriormente, caso não seja possível fazer uma estimativa deste valor,
escolha o maior fundo de escala disponível no instrumento. Veja Figura 14 .
Coloque o voltímetro em paralelo com o circuito a ser medido. Coloque sempre o polo
positivo do voltímetro conectado no ponto de potencial mais positivo do circuito. Veja a
Figura 15 abaixo.
Figura 15: Conexões do VOM num circuito para medição de tensão.
Neste caso, estamos medindo a tensão de uma bateria de 1.5 Volts. Observe a
coerência da escala escolhida no instrumento. Leia diretamente o valor da tensão da
bateria emVolts na escala de tensão do instrumento.
Vamos à resposta de nossa questão: vimos que um voltímetro deve ser conectado em
paralelo com o circuito a ser medido e, como tal, quanto maior for sua resistência
interna menor será o distúrbio causado pelo instrumento no circuito que está sendo
medido.
Porquê?
Respostas:
Incorreríamos num erro muito grande, pois a resistência interna do voltímetro ficaria
menor do que a resistência dos pontos considerados. Desta forma o circuito de medição
“pesaria” no circuito que está sendo medido.
Para se resolver esta questão teríamos que utilizar um amperímetro com calibre muito
menor. Assim a resistência em série com o galvanômetro seria bastante elevada,
elevando a eficiência do medidor.
- MEDIDAS DE RESISTÊNCIA:
Para se medir a resistência elétrica em um determinado ponto do circuito com um
VOM:
Observe que quando estamos medindo uma resistência, o ohmímetro aplica uma
tensão ao elemento que se quer medir provocando, conseqüentemente, uma circulação
de corrente através deste elemento. A polaridade da tensão aplicada pelo ohmímetro é
inversa em relação a indicação de + e – mostrada (ver Figura 18).
Apresentaremos, a seguir, um quadro com o resumo do que foi estudado até agora e
alguns exercícios de aplicação que normalmente aparecem na vida real.
TIPO DE
MEDIDA INSTRUMENTO CONEXÃO OBSERVAÇÃO
MEDIDA
OBS: Tanto o Voltímetro como o Ohmímetro são construídos a partir de um amperímetro, normalment
móvel.
Respostas:
Observação:
Para melhorar a situação teríamos que utilizar um galvanômetro com um calibre muito
menor, da ordem de 10mA.
Agora o conceito final: Qual será a equação matemática que relaciona o deslocamento
angular instantâneo do pêndulo em sua trajetória com o tempo?
Agora vamos construir um gráfico com o eixo das abscissas (y), sendo o ângulo de
deslocamento do pêndulo em graus e, no eixo das ordenadas (x), o valor do tempo
decorrido em intervalos de 0,1 segundos. O aspecto do gráfico é o mostrado na Figura
23.
Então guarde:
IMPORTANTE:
Observe a Figura 24, onde a abscissa é graduada com grandeza que se quer
representar (graus de deslocamento do pêndulo) e a ordenada é graduada em
freqüências.
Suponha dois fasores: um com ângulo de fase de 30˚ e outro com ângulo de fase de
60˚. Neste caso, dizemos que, o segundo fasor está adiantado do primeiro de 30˚ ou
que, a diferença de fase entre o segundo fasor e o primeiro é de +30˚.
Agora suponha que o fasor da Figura 25 comece a girar com uma velocidade angular
constante. Neste caso, o fasor volta a ser um vetor pois já não está mais estacionário. À
medida que o vetor se desloca, descreve uma trajetória que é um círculo.
Pense:
O movimento é periódico.
Fy tem amplitude constante e simétrica cujos valores são +F e –F,
respectivamente, ocorrendo quando θ=90˚ e quando θ=270˚.
O valor de Fy será: Fy= F*sen(θ).
IMPORTANTE:
Observe que o ângulo de fase do fasor é diferente de 0 e que no tempo t=0, a senóide
começa também com um valor diferente de 0.
DEFINIÇÃO:
Neste tópico, vamos fazer um resumo de todas as definições vistas até aqui para que
você tenha uma completa caracterização do sinal senoidal. Nos dois últimos tópicos,
serão introduzidos os conceitos de Valor Médio e Valor Eficaz de uma forma de onda
senoidal.
Pergunta-se:
t=T
Teta=2°
teremos:
Substituindo teremos:
Exemplo de Aplicação:
Vamos supor um fasor com ângulo de fase igual a 0˚, módulo igual a 10 e período
igual a 100μseg. Determinar:
1. A freqüência da senóide.
2. O valor instantâneo da senóide nos tempos: t=0 e t=50 μseg.
3. Se o valor ângulo de fase do fasor fosse (30°), qual seria o valor
Solução:
1. , logo se T=100μseg
então: ou
Para t=50μseg,
temos: .
Para t=50μseg,
temos: ,
uma vez que .
O valor médio de uma forma de onda senoidal é igual à área dos semiciclos positivos e
negativos da senóide. Como o sinal senoidal é simétrico, as áreas dos dois semiciclos são
iguais com valores trocados, portanto: O Valor médio de um sinal senoidal é igual a 0.
Valor Eficaz:
O Valor Eficaz de uma forma de onda senoidal é dada pela seguinte relação:
Existe, ainda, uma outra forma de se referir ao valor de uma senóide que é pelo seu
valor pico a pico. Veja a relação abaixo:
Exercício de fixação:
Respondendo:
Por exemplo: quando você está assistindo TV no canal 13, isto significa que um
portadora de vídeo na freqüência aproximada de 210MHz transporta a informação de
vídeo até você, que é um pontos de recepção. No mesmo canal, é associado uma
portadora de áudio que transporta a informação de áudio correspondente. Observe que,
quanto maior for a potência de transmissão maior será a área coberta pelo canal.
Por exemplo: um sinal de áudio transmitido por uma emissora de FM, tem
componentes que vão de 50Hz a 15KHz, isto é, se analisarmos um sinal de áudio no
domínio da freqüência, encontraremos um espectro de linha, com componentes que vão
de 50Hz a 15KHz. No caso de uma informação de vídeo, encotraremos um espectro de
linha que vai desde freqüências próximas a 0Hz (CC) até 4,2MHz. Comparando as
informações de áudio e de vídeo no domínio da freqüência, vemos que os sistemas de
transmissão de vídeo necessitam de sistemas muito mais sofisticados para trafegar que
os sistemas de áudio.
Tom de Teste: Quando se executa uma medida num sistema, normalmente não
utilizamos um sinal de bandabase. Em seu lugar utilizamos um sinal senoidal puro, cuja
freqüência pertence à faixa de freqüência de bandabase.
Por exemplo: é comum utilizar um tom de teste de 1KHz para se avaliar sistemas de
transmissão de áudio. O nível deste tom de teste é especifico do sistema que se está
avaliando.
Modulação: Termo que indica uma variação e que, quando aplicado a uma portadora,
quer dizer que um dos seus parâmetros,( amplitude, freqüência e fase) será variado.
O circuito que gera um sinal modulado chama-se Modulador. Um modulador pode ser
visto como um bloco com uma entrada para o sinal de bandabase ou modulante, e uma
saída que constitui-se no sinal modulado. O oscilador que gera a portadora está dentro
do modulador. Veja a Figura 28.
Foram utilizados, até aqui, exemplos de fenômenos físicos para que você entendesse a
caracterização dos sinais do domínio do tempo e da freqüência e a geração fasorial de
uma senóide. Além de uma introdução às técnicas de medidas em corrente contínua e
baixa freqüência, com a descrição dos respectivos instrumentos de teste
Suponha dois fasores de mesma amplitude. Um dos fasores está girando com
frequência de 10000Hz e ângulo de fase de 0˚ e o outro com freqüência de 9000Hz e
ângulo de fase de 90˚.
Assim, se você está no chão (referencial inercial), você verá as duas rodas girarem
com uma determinada freqüência. Se você for para uma das rodas e olhar a outra, sua
freqüência de giro não será mais a mesma que antes. Imagine que as duas rodas-
gigantes estejam girando com a mesma freqüência e você está em uma delas... Agora é
com você!
Para a forma de onda mostrada abaixo, escreva a equação do valor instantâneo de
senóide usando valores numéricos para a amplitude, fase e freqüência.
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