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 Galvanómetro de D'Arsonval

Um galvanómetro consiste de uma bobina móvel, suspensa


entre os polos de um ímã, que pode girar em torno de um eixo.

Quando ligado a um circuito, uma corrente eléctrica na bobina


produz um campo magnético. A interacção desse campo com o
campo magnético do ímã produz um torque que faz a bobina
girar.

Um ponteiro, fixo na bobina, indica em uma escala o valor da


corrente eléctrica. Se a direcção da corrente for invertida, a
bobina e o ponteiro giram no sentido oposto. As peças polares
do ímã são projectadas para que o campo magnético entre elas
seja uniforme, de forma que a deflexão angular do ponteiro seja
proporcional à corrente eléctrica na bobina.
 Galvanómetro de D'Arsonval
 Analógicos vs. Digitais

 Analógicos:
 Qualidade inferior
 Imprecisão de leitura
 Fragilidade
 Desgaste mecânico
 Difícil automação de leitura

 Digitais
 Robustos
 Precisos
 Estáveis
 São baseados em conversores analógico/digitais (A/D)
 Facilmente adaptáveis a uma leitura automatizada
 Custo inferior
 Não possuem sensação analógica
 Instrumentos de Medidas Eléctricas

 Um instrumento analógico é aquele no qual o


deslocamento angular de um ponteiro
representa a magnitude da grandeza a ser
medida; ou seja uma calibração é usada de tal
forma que o deslocamento angular é
transformado no valor da grandeza a ser medida.

 No caso de instrumentos digitais, o instrumento


responde mostrando num display (LCD ou LED) a
grandeza medida.
 Instrumentos de Medidas Eléctricas

 O instrumento de medida básico normalmente é


um galvanómetro;

 acrescentando-se resistores em série


(Voltímetro), em paralelo (amperímetro), pilha
(ohmímetro), etc…, pode-se transformar o
galvanómetro num multímetro, onde esses
componentes e suas ligações são seleccionados
por uma chave adequada, de modo a permitir a
leitura da grandeza de interesse.
 Classificação dos instrumentos de medição
 Quanto a natureza do torque motor (instrumentos
eletromecânicos):
 Os sistemas de medição mais usados são:
Bobina móvel (A, V, Ω)
Ferro móvel (A, V)
Eletrodinâmicos (W, A, V, cos φ)
Lâminas vibratórias (Hz)
Indução (KΩ)
Eletrostáticos (V)
Electrónicos / digital (A, V, Hz).
 Instrumento de Medida de Ferro Móvel

 Os galvanómetros de tipo ferro móvel são muito usados


como instrumentos de painel; são instrumentos de baixo
custo mas em compensação sua precisão é ruim; por isso, são
usados mais na indicação de faixas de trabalho ou
simplesmente para saber se existe ou não um sinal eléctrico.
Ex: num determinado equipamento industrial, precisa-se
saber se existe ou não voltagem. Não importa se o valor
indicado é 208, 224. Sabe-se que o valor é em torno de 220V
e que existe sinal eléctrico.
 Principio de funcionamento do Ferro Móvel:

Quando duas barras de ferro adjacentes são magnetizadas


(através da corrente em uma bobina na qual as barras estão
inseridas) de maneira uniforme, surge uma força de repulsão
entre ambas uma vez que as duas adquirem a mesma
polarização magnética. Usando uma das barras fixa e a outra
móvel, e, adaptando-se um ponteiro na barra móvel, consegue-
se, através de uma escala previamente calibrada, ler o valor da
voltagem ou corrente aplicada na bobina.
 Instrumento de Bobina Móvel

 O mais utilizado instrumento analógico é do tipo “Bobina


Móvel”, também chamado galvanómetro de D’Arsonval.

 Uma bobina rectangular está adaptada a um cilindro, que


por sua vez está imerso em um campo magnético
permanente gerado por um íman.

 Quando uma corrente eléctrica é aplicada na bobina


(condutor) tem-se a interacção entre essa corrente e o
campo magnético gerado pelo íman.

 O resultado é o surgimento de força sobre o condutor;


como a corrente eléctrica muda de sentido em cada lado da
bobina, a força também muda de sentido.
 Classificação dos instrumentos de medição

 Quanto ao tipo da grandeza mensurável:

 Amperímetro
 Voltímetro
 Frequencímetro
 Wattímetro
 Fasímetro
 Varímetro
 Ohmímetro, etc.
 Voltímetro

 Um voltímetro comum pode ser construído a partir


de um galvanómetro de bobina móvel, uma chave
selectora e um conjunto de resistências; através da
chave selectora as resistências são
convenientemente colocadas em série (para
aumentar) com a resistência interna do
galvanómetro. As diferentes combinações permitem
o uso de diferentes escalas.
 Amperímetro

 O amperímetro também utiliza um galvanómetro, uma chave


selectora e resistências, só que, nesse caso a chave selectora
coloca as resistências em paralelo com a resistência interna
do galvanómetro; essas resistências são denominadas por
shunts (desvios), permitindo dessa maneira a leitura de
correntes eléctricas maiores do que aquelas lidas
exclusivamente pelo galvanómetro que normalmente são
pequenas.
 Ohmímetro

 A partir do Galvanómetro, basta adicionar uma


bateria em série. A resistência a ser medida fecha o
circuito.

 NÃO PODE ligar o ohmímetro em um circuito


energizado

 Calibrar antes de sua utilização. Verificar 0Ω com as


pontas de medição em curto-circuito e Não coloque
o dedo (ou feche o circuito pelo corpo).
 Ohmímetro

NÃOPODE!!!!

Nunca medir Rx energizado


Exercícios

Dado um galvanômetro de 1 mA Ri = 60Ω, deseja-se


medir 220 V. Qual o valor de R a se colocar em série?
Calcule os valores das resistências do Voltímetro
Exercícios
Calcule as resistência para os amperímetros abaixo para Ri = 15
ohms e Iamp = 1 mA.
 Instrumentação virtual
 Na instrumentação virtual, temos os seguintes elementos
conectados:
 Computador industrial ou estação de trabalho (Workstation)
 Software aplicativo
 Hardware (por exemplo, com placas plug-in e drivers)
 Esse é o futuro da instrumentação, com sistemas focados em
software, em vez de focados em hardware. Algumas vantagens
exploradas nesse sistema:
 Poder computacional
 Produtividade e Visualização gráfica
 Conectividade dos computadores e estações de trabalho, com
várias funcionalidades.
 Multímetro
 Como o próprio nome indica (multi = vários / metro = medida),
multímetro é o aparelho que mede várias grandezas eléctricas
e até não-eléctricas através do uso de sensores, como o
termopar.
 Multímetro

 Actualmente existem multímetros com várias funções.


Além das tradicionais medições de resistência, tensão
e corrente, alguns incorporam opções para medir
frequência, temperatura, capacitância e indutância.
 Por tudo isso, e por ser portátil, ele é muito prático na
análise de circuitos com defeitos.
 Com ele também podemos fazer testes de
continuidade eléctrica e verificar se um transístor é
NPN ou PNP.
 Multímetros Digitais (DMM)

 Os DMMs são geralmente menores e podem


fornecer medidas com menor incerteza.

 Os DMMs, por serem em essência, um processador


digital com um conversor AD, possuem flexibilidade.
Assim, muitos outros medidores são integrados,
como:
Testadores de diodos e de transistores,
Medidores de capacitância,
Medidores de temperatura,
Entre outros
 Multímetros Digitais (DMM)
 Multímetros digitais utilizam conversores AD. Hoje em dia,
são utilizados poderosos microprocessadores, que entre
outros recursos, possuem conversores AD.

 Os dígitos são geralmente feitos com LCD (display de cristal


líquido) ou então displays feitos com LEDs.

 Muitos instrumentos (principalmente os de baixo custo), são


construídos a partir de um único conversor AD, o qual já
possui descodificador para o display o que facilita a
construção pois são necessárias apenas algumas ligações.
 Osciloscópio

O osciloscópio é um instrumento de medida que


permite visualizar, em um display, sinais eléctricos
(formas de ondas) ou na tela de um computador, caso
seja virtual.
Osciloscópio

Com o osciloscópio podemos:


 Determinar valores de tensão e valores temporais de
um sinal.
 Determinar a frequência de um sinal periódico.
 Determinar a componente contínua (CC) e alternada
(CA) de um sinal.
 Detectar a interferência de ruído num sinal e, por
vezes, eliminá-lo.
 Comparar dois sinais num dado circuito para concluir,
por exemplo, se um componente está avariado.
 Osciloscópio Digital
 Os osciloscópios digitais têm seus princípios de
funcionamento bastante diferentes do analógico uma vez
que os sinais são amostrados e adquiridos por um sistema
de aquisição de dados que trabalha em altas velocidades.
 Os mesmos podem utilizar ou não o TRC: se utilizarem o
TRC, as principais diferenças ficam por conta do poder de
armazenamento de dados e possibilidade de tratamento
dos mesmos.
 As funções oferecidas por osciloscópios digitais dependem
do modelo e do fabricante. Entre algumas destas funções
pode-se citar:
Osciloscópio Digital

 Visualização continua de sinais de baixa frequência


 Possibilidade de congelamento de telas
 Possibilidade de programação de modo de disparo de telas
(trigger)
 Programação do modo de visualização de parâmetros (VRMS,
VMÉDIA, Frequência, Tempo, etc) e auto ajuste de canais
 Possibilidade de ligar o instrumento em rede (adaptador GPIB)
 Dispositivos de interface como discos flexíveis
 Recursos para medição precisa nas ordenadas e nas abcissas –
como barras móveis que permitem o posicionamento exacto do
inicio e fim de trecho de interesse do sinal.
 Zoom, etc
GERADOR DE FUNÇÕES/Function Generator
 É um equipamento muito útil para a análise do
comportamento dos circuitos.

 É um instrumento que proporciona sinais de entrada para o


equipamento sob teste, que são os mais parecidos possíveis
com aqueles com que na realidade trabalharemos.

 Os diferentes tipos de sinais que são capazes de nos


proporcionar, ou seja, sinais sinusoidais, quadrados,
triangulares, em rampa, um sinal de varredura ou disparo,
geração de impulsos, modulação AM e FM para alguns destes
sinais, etc.
 Analisador de espectro
 O que é a análise de espectro?

 Em sua essência, é a análise das características de um sinal


eléctrico representado em função da frequência.

 A ferramenta de medição usada para podermos ver estes sinais


é denominada analisador de espectro. Este instrumento pode
fornecer um quadro claro e preciso do espectro de frequências.

 É muito usado em telecomunicações.

 Com o analisador de espectro podemos saber a frequência e a


intensidade das componentes de um sinal. Podemos detectar
precisamente ruídos e componentes harmónicas que podem
deformar o sinal.
 Analisador de espectro
Analisador de espectro

 Teoria de Operação.
 Diagrama de Blocos do Analisador de Espectro
 Frequencímetro
 Como o próprio nome indica, esse instrumento mede a
frequência de um sinal eléctrico, numa ampla faixa de
frequências. Em geral, os equipamentos electrónicos
funcionam com sinais que tem frequências que variam de
poucos a bilhões de hertz.
 Frequencímetro

 O frequencímetro utiliza, em seu funcionamento, os


conceitos de Registradores e Contadores, aprendidos
em Electrónica Digital .
 O frequencímetro é um instrumento de medida
muito preciso, com muitos dígitos no display
(visor). Ele também é muito útil na descoberta de
problemas, ajuste e comprovação de funcionamento
de muitos equipamentos electrónicos.
 Terrómetro
 O terrómetro ou telurimetro, serve para medir
resistência do solo.
 Terrómetro é um medidor de resistência de terra, que
pode ser usado tanto para medição de resistência de
aterramento como para medição das tensões espúrias
geradas pelas correntes parasitas no solo.
 Terrómetro tipo alicate
 Além dos instrumentos que medem directamente a resistência
de terra, e que exigem a interrupção do circuito de aterramento,
hoje o profissional pode contar com termómetros tipo alicate.
Estes instrumentos simplesmente envolvem o fio terra com uma
pinça e através desta conexão podem medir a resistência de um
aterramento.
 Terrómetro
 Entre as aplicações mais comuns do terrómetro, podemos
destacar a medição de resistência de terra em indústrias,
edifícios, residências, pára raios, antenas e subestações,
permitindo avaliar a qualidade de um sistema de aterramento.
 Simbologia dos Instrumentos de Medidas
 Simbologia dos Instrumentos de Medidas

Sistema de ferro móvel Posição Vertical

Sistema de bobina móvel Posição Horizontal

Sistema Electrodinâmico Posição Inclinada

Ambas Correntes
Sistema Ressonante Continua e Alternada
 Simbologia dos Instrumentos de Medidas

 Quanto à tensão de isolação

Tensão de isolação ou tensão de prova. É o valor máximo de


tensão que um instrumento pode receber entre sua parte
interna (de material condutor) e sua parte externa (de material
isolante). Esse valor é simbolicamente representado nos
instrumentos pelos números 1, 2 ou 3, contidos no interior de
uma estrela (em KV).
Uma estrela sem número em seu interior
indica que o valor da tensão de isolação é de
500 V. Usar instrumentos de medidas
eléctrica que apresentam tensão de isolação
inferior à tensão da rede a ser medida pode
causar danos aos instrumentos e risco do
operador recebe um choque eléctrico. O
instrumento pode ser utilizado, sempre que
sua tensão de isolação for maior que a
tensão da rede.
 Classes dos Instrumentos
 Simbologia quanto à classe de precisão

 A classe de precisão dos instrumentos é representada por


números. Esses números também são impressos no visor dos
instrumentos.

 A classe de precisão do instrumento é indicada pelo seu erro


em porcentagem do seu valor, no fim da escala.
 Classes dos Instrumentos
Índice de Classe Limites de erros
0,05 0,05%
0,1 0,1%
0,2 0,2%
0,5 0,5%
1,0 1,0%
1,5 1,5%
2,5 2,5%
5,0 5,0%

 Os erros são sempre relativos ao fundo de


escala sendo utilizado na medida.
 Tarefa extra aula
 Existem muitos outros instrumentos para medição de grandezas
eléctricas que não serão abordados em aula. Faça uma pesquisa
sobre os seguintes instrumentos:

 Medidor de capacitância
 Medidor de indutância
 Medidor de resistências muito baixas (impossível de medir
com o multímetro)
 Medidor de resistências elevadas (megohmímetro)
 Medidores de energia eléctrica
 Medidores de potência (activa e reactiva)
 Pontes resistivas

Faça um estudo sobre o princípio de funcionamento e procure


circuitos de implementações dos instrumentos.
Bibliografia
 Referências Básicas
 1. KASSATKIN, A.S., Fundamentos da Eletrotecnia. Editora Mir Moscovo, 2ª Ed. URSS,
1984
 2. SENRA, RENATO. Instrumentos e Medidas Elétricas, Editora Barauna – São- Paulo
2011.
 3. ALBERTAZZI G. JUNIOR, A.; SOUSA, A. R., Fundamentos de Metrologia Científica e Industrial.
Barueri: Manole, 2012.
 4. BALBINOT, A.; BRUSAMARELLO, V. J., Instrumentação e Fundamentos de Medidas, Volume 1. 2.
ed. Rio de Janeiro: LTC, 2011.
 5. OISSON, H. E., Instrumentação Industrial. Revisão Técnica: Luis Roberto de Godói Vidal.
Curitiba: Hemus, 2002.

 Referências Complementares
 2. FIALHO, A. B., Instrumentação Industrial: Conceitos, Aplicações e Análises. 7. ed. rev. São Paulo: Érica, 2011.

 3. IRWIN, J. D.; NELMS, R. M., Análise Básica de Circuitos para Engenharia. Tradução e Revisão Técnica: Fernando
Ribeiro da Silva. 9. ed. Rio de Janeiro: LTC, c2010.

 4. JOHNSON, D. E.; HILBURN, J. L.; JOHNSON, J. R., Fundamentos de Análise de Circuitos Elétricos. Tradução:
Onofre de Andrade Martins e Marco Antonio Moreira de Santis. 4. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2000.

 5. LIRA, F. A., Metrologia na Indústria. 7. ed. São Paulo: Érica, 2010.

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