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Medição
Exemplo 1.1
Considere uma haste de 75mm onde a exatidão requerida é de micrômetros. Neste caso,
sua especificação deve incluir a temperatura e pressão. Por outro lado, se o comprimento
da haste deve ser determinado em milímetros, sua especificação não requer a definição da
temperatura e pressão.
Na grande maioria dos casos, o resultado da medição é determinado através de uma série
de leituras obtidas sob condições de repetitividade. Variações obtidas nas leituras repetidas
são consequência de fatores que afetam os resultados das leituras.
Além disso, o modelo matemático da medição, que transforma as leituras repetidas no
resultado da medição é crítico, pois incluí fatores que não são totalmente conhecidos. Assim,
a variação obtida nas leituras repetidas e a falta de informação do modelo matemático,
contribuem para a incerteza do resultado da medição.
Medição
É o conjunto de operações com objetivo de determinar o valor de uma grandeza. Estas
operações podem ser realizadas automaticamente.
Medir
É um processo experimental pelo qual o valor momentâneo de uma grandeza física
(grandeza a medir) é determinado como múltiplo e/ou uma fração de uma unidade,
estabelecida por um padrão, e reconhecida internacionalmente.
Incerteza de Medição
Exemplo 1.1.1
Uma correção devido à impedância finita de um voltímetro usado para medir uma diferença
de potencial (a grandeza) através de um resistor de alta impedância é aplicada para reduzir
o efeito sistemático sobre no resultado da medição proveniente do efeito de carregamento
do voltímetro. Entretanto, os valores da impedância do voltímetro e do resistor, que são
usados para estimar o valor da correção e são obtidos a partir de outras medidas, são
incertos. Essas incertezas são usadas para avaliar a componente de incerteza da
determinação de diferença de potencial originada da correção e, assim, do efeito sistemático
devido à impedância finita do voltímetro.
Frequentemente, os instrumentos e sistemas de medição são ajustados com base em
padrões de medição e materiais de referência para eliminar os efeitos sistemáticos.
Contudo, as incertezas associadas a esses padrões e materiais ainda devem ser levadas
em consideração.
Resultado da medição
Embora não seja ainda de entendimento geral e até mesmo algumas vezes de
desconhecimento de alguns, cumpre-nos observar que dentre as parcelas mostradas na
expressão do resultado de uma medição a IM (incerteza de medição) é a mais importante,
até mesmo do que a média (das medidas) e mereceria uma maior compreensão e aplicação.
Vejamos um exemplo em que a um metrologista fosse solicitado para medir as dimensões
do seu laboratório de metrologia para a preparação de um layout, e este não dispusesse de
trena ou qualquer outro meio de medição. Neste poderíamos utilizar as dimensões
padronizadas das placas do piso (por exemplo Paviflex, 30 30 cm) e após uma contagem
do número de placas em cada lado emitir um resultado de medição como o seguinte:
4,0 4,0 m 0,15 m.
Metrologicamente falando, o resultado da sua medição está correto mesmo se o solicitante
não estivesse satisfeito com a IM apresentada e neste caso o mesmo poderia propor uma
alteração no procedimento de medição utilizado, como por exemplo, o uso de uma trena.
Sob o mesmo ponto de vista, errado estaria se a medição fosse feita, por exemplo, com uma
trena e o resultado apresentado fosse: 4,010 4,047 m (sem a declaração da IM).
Fluxo para o Cálculo de Incerteza
• Valores e incertezas, os quais são conduzidos para uma medição de fontes externas,
tais como:
grandezas associadas com calibração de padrões, certificados de materiais de referência e
referência de informações obtidas através de manuais.
Exemplo 1.3.1:
Para medirmos o volume, podemos utilizar o seguinte método
Exemplo 1.3.2
(NIS 3003, 1995) Calibração de uma massa padrão com valor nominal 10kg de classe M1,
utilizando um comparador. Neste caso, obtemos a equação da massa desconhecida ,
por
Na prática não aplicamos correções para esta classe de massa e o comparador tem
linearidade desconhecida. Entretanto, associamos incertezas para estas contribuições.
Efeito do ar B ± 10mg 0
Repetitividade A
Exemplo 1.3.3
Determinar a incerteza da área de um círculo cujo diâmetro foi medido experimentalmente
através de um sistema de medição denominado paquímetro.
Valor do diâmetro obtido com o paquímetro com resolução de 0,01 mm e incerteza
expandida U= 0,02 mm (k = 2):
Leituras Diâmetro
1 10,28
2 10,26
3 10,28
4 10,3
5 10,28
Exemplo 1.3.4
Determinar a incerteza de medição na composição de dois blocos padrão, que foram
medidos pelo mesmo sistema de medição.
Bloco 1
Dimensão nominal: 10 mm.
Exemplo 1.4.1
Voltando ao Exemplo 1.3.2. Considerando o processo de calibração da massa padrão do
exemplo anterior, o avaliador realizou cinco medidas da diferença entre a massa padrão e
a massa desconhecida. Os resultados estão abaixo.
Leitura 1 15 mg
Leitura 2 25 mg
Leitura 3 20 mg
Leitura 4 13 mg
Leitura 5 18 mg
Média 18,20 mg
Exemplo 1.4.1
Voltando ao Exemplo 1.3.3 .
1 10,28 82,99963
2 10,26 82,67699
3 10,28 82,99963
4 10,3 83,3229
5 10,28 82,99963
Caso 1
Se a estimativa é retirada da especificação do fabricante, certificados de calibração,
manuais ou outras fontes, sua incerteza padrão é simplesmente o valor citado dividido
pelo multiplicador.
Exemplo 1.5.1
Voltando ao exemplo 1.3.2 o certificado de calibração afirma que a massa padrão com valor
nominal de 10kg de classe M1 tem como incerteza para o nível de confiança com k
= 2.
A incerteza da massa padrão, é então
Exemplo 1.5.2
Um certificado de calibração afirma que a resistência de um resistor padrão de valor
nominal é a 23ºC e com incerteza de , definindo um intervalo com
nível de significância de 99%.
A incerteza padrão é dada por
Exemplo 1.5.3
Voltando ao exemplo 1.3.4.
Exemplo 1.5.4
Voltando ao exemplo 1.3.3
A incerteza expandida do paquímetro, definida no certificado de calibração do mesmo, é
de 0,02 com fator de abrangência k=2. Desta forma, a incerteza herdada do equipamento
é de
Caso 2
,
cuja variância associada é dada por
Exemplo 1.5.5
Um manual estabelece que o valor do coeficiente linear de expansão térmica de um bloco
padrão de aço é determinado por e que o "erro'' neste valor não
deve exceder . Baseado nesta informação limitada, é razoável assumir que
o
coeficiente de expansão térmica pertença ao
intervalo: até , com probabilidade 1. A incerteza padrão
do coeficiente de expansão térmica é dado por
Caso 3
Os limites superiores e inferiores para uma grandeza de entrada podem não
ser simétricos, ou seja, se o limite inferior é escrito como e o limite superior
como , então . Neste caso, não é o centro do intervalo e
a distribuição de probabilidade de não pode ser uniforme. Entretanto, pode não existir
informação suficiente para escolher uma distribuição apropriada e diferentes modelos
conduzirão para diferentes expressões para a variância.
Na ausência de tais informações, uma simples aproximação é
Exemplo 1.5.6
Caso o exemplo anterior referente ao coeficiente de expansão térmica
especifique tal que o menor valor possível seja e
que o maior valor possível seja de . Neste
caso, e .
Logo, a incerteza padrão é determinada por
Exemplo 1.5.7
Voltando ao Exemplo 1.3.2 da calibração da massa padrão, vamos estimar as incertezas
padrão do Tipo B.
Caso 4
Nos casos acima não temos informação sobre os valor da grandeza , apenas que ela se
encontra dentro dos limites especicados. Por isso, assumimos que os valores da grandeza
são equiprováveis dentro destes limites, e que tem probabilidade zero de estar fora destes
limites. Muitas vezes é mais realista assumirmos que valores perto dos limites especificados
são menos prováveis do que valores próximos ao centro. Neste caso, é razoável trocarmos
a distribuição triangular. Assumindo uma distribuição triangular para a grandeza ,
obtemos como média com incerteza associada .
Assim,
1.6 - INCERTEZA PADRÃO COMBINADA
Quando a incerteza do resultado do mensurado é obtida pela combinação das incertezas
padrão das estimativas de entrada , esta incerteza combinada da
estimativa é representada por e denominada de incerteza padrão combinada.
As estimativas de entrada , podem ser classificadas como grandezas:
Estatisticamente independentes ou não correlacionadas;
Estatisticamente dependentes ou correlacionadas.
Exemplo 1.6.1:
Voltando ao Exemplo 1.3.2. Na calibração da massa padrão, obtemos a seguinte incerteza
combinada
Exemplo 1.6.1
Voltando ao Exemplo 1.3.3, obtemos:
Admitimos que e são constantes isentas de incerteza ou com incertezas desprezíveis,
somente a variável é considerada para cálculo da incerteza. Primeiramente calcularemos
o coeficiente de sensibilidade da seguinte forma
O valor do fator k é escolhido com base no nível de confiança requerido para o intervalo.
Em geral, k é usado entre 2 e 3. Portanto, para aplicações especiais, k poderá ser
determinado conforme o nível de confiança requerido, de acordo com a distribuição normal
ou t-Student.
A Namas (NIS 3003 , 1995) recomenda que o fator k seja igual a 2 para calcular a incerteza
expandida. Este valor corresponde a aproximadamente 95% de confiança. Entretanto, se as
contribuições para a incerteza relativa a repetitividade for grande comparadas com as outras
distribuições e o número de repetições for pequeno, existe uma possibilidade de que a
distribuição de probabilidade normal não seja adequada. Neste caso, o fator k=2 nos
garante um nível de confiança menor que 95%. Aqui, devemos utilizar a distribuição t-
Student para encontrar o valor do fator k que garante 95%.
Regra: Se a incerteza do Tipo A for menor que metade da incerteza combinada, vamos
utilizar o fator Caso contrário, devemos utilizar a distribuição t-Student para obtermos
o valor de k que nos garante um intervalo com 95% confiança. A norma ISO GUM [ver.
2008] recomenda a utilização da equação de Welch-Satterwaite para calcular o grau de
liberdade, baseado nos graus de liberdade de cada fonte de incerteza. A fórmula para tal
cálculo é dada por
Exemplo 1.4.1
Suponha que um sistema de medição com incerteza do Tipo A, baseada em 4 observações,
tenha valor de 3,5 unidades. Existem outras 5 fontes de incerteza do Tipo B que
apresentam incerteza estimada muito pequena, de tal forma que a incerteza
combinada seja igual a 5,7 unidades.
Como a incerteza do Tipo A é maior que metade da incerteza combinada, vamos utilizar a
distribuição t-Student para determinar o fator . Através da equação de Welch-Satterwaite,
temos
Exemplo 1.4.2
Voltando ao Exemplo 1.3.2 da calibração da massa padrão, observe que a incerteza do Tipo
A é menor que metade da incerteza combinada.
Vamos calcular os graus de liberdade efetivo
Exemplo 1.4.4
Voltando ao Exemplo 1.3.4.
Não temos incerteza do tipo A, então o fator de abrangência k é 1,96;
Assim, a incerteza expandida é dada por
Incorreto Correto
Exemplo 1.8.1
Voltando ao exemplo 1.3.2
Neste caso, o resultado da medição é expresso na forma
ou seja
Exemplo 1.8.2
Voltando ao exemplo 1.3.3
Neste caso, o resultado da medição é expresso na forma
em que
Exemplo 1.9.1:
Considere as seguintes medições:
Medidas 11,899 11,9596 11,8986 11,9141 12,0425 12,1531 11,9455 11,8682 11,8595 12,1337 12,6
Com isso, vamos calcular para o ponto 11 o teste de Grubbs, usando a seguinte estatística
Exercício 1.9.1:
Considere as seguintes medições na tabela 1.9.2 e calcule a média, desvio padrão e o teste
de Grubbs:
Medidas 9,98803 10,0208 9,99753 10,0699 9,99594 10,1367 9,93608 9,88008 9,99015 10,046 11
Exemplo 1.10.1:
O diâmetro de um anel padrão pode ser medido por dois tipos de sistemas de medição. Para
comparar estes sistemas de medição, um anel padrão foi medido 5 vezes por cada sistema
de medição utilizando o mesmo operador. Os resultados estão abaixo.
SM1 SM2
em que
Etapa 2:
• Se EN ≤ 1, os dois sistemas de medição são compatíveis;
• Se EN > 1, os dois sistemas de medição não são compatíveis, isto é, os sistemas de
medição apresentam diferenças significativas.
Como, no exemplo, EN=1,109 é maior que 1, concluímos que existe uma diferença
significativa entre os dois sistemas de medição.
Exercício:
Durante o processo de acreditação do laboratório de ensaio de potência efetiva líquida do
motor, o INMETRO exigiu um estudo de comparação inter laboratorial. Com o motor em
marcha lenta, foi realizado um ensaio de potência pelo laboratório participante e um
laboratório de referência. Com os dados apresentados na tabela abaixo, calcule o erro
normalizado e faça as devidas conclusões.
• Amplitude;
• Resolução;
• Erro Máximo Permissível.
Apresentamos um diagrama dos processos envolvidos na comprovação metrológica na
Figura 2.1
Função Metrológica
A função metrológica deve ser definida pela organização. A Alta Direção da organização
deve assegurar a disponibilidade dos recursos necessários para estabelecer e manter a
função metrológica. A função metrológica pode ser um departamento único ou estar
distribuída em toda a organização.
A gestão da função metrológica deve estabelecer, documentar e manter o sistema de gestão
de medição e continuamente melhorar a sua eficiência.
A orientação para os métodos usados para a determinação ou mudança dos intervalos entre
comprovações metrológicas é de que devemos descrever em procedimentos
documentados. Devemos analisar criticamente e ajustarmos quando necessário para
assegurar a contínua conformidade dos requisitos metrológicos especificados. Para
determinação dos intervalos de comprovação metrológicas podemos usar dados obtidos de
histórias de calibração, comprovação metrológica e avanços de tecnologia e conhecimento.
Ao usarmos registros utilizando técnicas como Controle Estatístico de Processo (CEP), elas
podem ser úteis para a determinação da necessidade ou não de alterar os intervalos de
comprovação metrológica.
Segundo (OIML D10), o intervalo de calibração pode ser igual ao intervalo de comprovação
metrológica.
Outro ponto importante é que cada vez que reparamos, ajustamos ou modificamos um
equipamento de medição não conforme o intervalo de comprovação metrológica deve ser
analisado criticamente.
Como dissemos, a função metrológica deve definir uma estratégia para avaliar cada
equipamento de medição, que é um requisito obrigatório, segundo item 5.5.2 da
norma ISO/IEC 17025 [9]. Uma das formas mais utilizadas consiste em definir o erro máximo
permissível (EMP), através da tolerância de produto ou especificações do fabricante, e
compará-la com o resultado da calibração do equipamento. Para isto, tomamos
O mais utilizado é . Assim
Critério:
Exemplo 2.1.1
Suponha que temos uma tolerância de 1 g para as massas padrão. Após a calibração das
massas, obtivemos as seguintes informações do certificado de calibração. Essas
informações estão apresentadas na Tabela 2.1.1
Ponto Tendência
U (g) k
(g) (g)
Ponto
|T|+U Critério
(g)
Exemplo 2.1.2
Vamos aplicar a comprovação metrológica em uma bureta graduada. Suponha que a bureta
controla um processo de tolerância de 2 mL para as medidas de volume. Na Figura 2.1.3
apresentamos o certificado de calibração da bureta graduada.
Graus de
Valor Correção Incerteza Fator de
Média liberdade efetivo
nominal |C| Expandida abrangência (k)
(veff)
5 0,0943 Aprovado
15 0,175 Aprovado
25 0,0708 Aprovado
À partir disto, notamos que a razão TUR compara a variação admissível para o mensurando
(o numerador) com a variabilidade associada com a medição do mensurando (o
denominador).
Figura 2.1.3: Relação entre a zona de especificação e a zona de conformidade.
A figura (2.1.3), nos mostra a relação entre a zona de especificação e a zona de
conformidade. Se o "verdadeiro valor" do mensurando estádentro da zona de especificação,
temos que a especificação é satisfeita, caso contrário, o mensurando está fora
de especificação. No entanto, nunca podemos conhecer o "verdadeiro valor" do
mensurando conforme citamos no módulo 2. Afim de indicar se o mensurando
está ou não fora da especificação, temos que conhecer a incerteza no processo de
medição. Isso é mostrado na parte inferior da linha horizontal da figura. Se
o mensurando está na zona de conformidade, temos confiança de que o verdadeiro
valor está dentro da especificação. Da mesma forma, se o mensurando está na zona de não
conformidade, temos confiança de que o verdadeiro valor está fora de especificação. Para
a região de incerteza mostrado entre conformidade e não conformidade, não temos
confiança suficiente para determinar se a peça ou produto está conforme ou não.
Padrão de referência:
Termômetro padrão.
Resolução: ºC
Incerteza expandida: .
Faixa de indicação (faixa nominal): .
Banho:
Falta de Homogeneidade do Banho:
Resultados:
A bancada foi ajustada com o termômetro (a ser calibrado) e as leituras foram realizadas
com o padrão. A Tabela 3.5.1 apresenta os dados.
Medidas
Desvio
Desvio
Ajustado Média Correção Padrão da
Padrão
M1 M2 M3 M4 Média
0 0 0 0 0 0 0 0 0
50 50 50 50 50 50 0 0 0
75 75 75 75 75 75 0 0 0
Fontes de Incerteza
• Repetitividade - Tipo A;
• Resolução do termômetro;
• Resolução do termômetro padrão;
• Incerteza herdada do padrão;
• Falta de Homogeneidade do Banho.
Incerteza Combinada
Através da equação de propagação da incerteza, temos que a expressão da incerteza
combinada para o termômetro é dada por
onde
onde
Resolução do termômetro
Distribuição: Retangular.
Cálculo da Incerteza do termômetro
Ponto 25 ºC
Falta de
Homogeneid Retangula 3,4641 0,0288 0,0288
0,1 B 1
ade do r 02 68 68
Banho
Herdada do
0,25 B Normal 2 0,125 1 0,125
Padrão
Resolução
Retangula 3,4641 0,1443 0,1443
do 0,5 B 1
r 02 38 38
Termômetro
0,1973
Incerteza Combinada
79
6556,6
Graus de Liberdade Efetivo
88
Incerteza combinada
Graus de liberdade efetivo
Incerteza Expandida